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LIDEL da Relação
Anatomia TRATADO
Anatomia
Humana
A Anatomia Humana da Relação foi escrita para estudantes no início da sua carreira universitária
Humana
com a finalidade de lhes transmitir conhecimentos indispensáveis à sua vida clínica, permitindo ao
futuro médico, que precisa de ter bases seguras em Anatomia Neurológica e Anatomia Estesiológica,
compreender as bases da semiologia, da patologia e do diagnóstico diferencial, fundamentais ao
estudo da Neurologia, da Neurocirurgia, da Oftalmologia, da Otorrinolaringologia, da Anestesio-
logia e da Medicina Dentária.
Esta obra foi também escrita não só para licenciados e mestrados em Medicina – para
poderem preparar os internatos da especialidade em Neurologia, Neurocirurgia,
Neurorradiologia, Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Anestesiologia, Medicina Física
da Relação
e de Reabilitação, Cirurgia Plástica e Reconstrutiva, Estomatologia e Medicina Dentária
e nos vários ramos da Ciência da Imagem Médica, entre outras, – como também para
da
alunos de outros cursos da área das Ciências da Saúde, entre os quais a Enfermagem
e a Fisioterapia.
Relação
Esta nova edição da obra Anatomia Humana da Relação foi actualizada e revista com
base na Terminologia Anatomica, em especial a Anatomia Radiológica, e contempla
4.ª EDIÇÃO
o estudo de:
C
Medula espinhal
.
Y
Nervos cranianos
. J. A. Esperança Pina
CM
Cerebelo
MY
. Prosencéfalo
CY
. Diencéfalo
4.ª EDIÇÃO
. Telencéfalo
.
CMY
Meninges
. Sistema nervoso autónomo
. Órgãos dos sentidos
. Grandes vias de condução e aplicações clínicas
. Vascularização do sistema nervoso central
. Anatomia Radiológica na tomografia computorizada (TC) e na ressonância magnética
J. A. Esperança Pina
(RM) (crânio-encefálica, medula espinhal, órbita e bulbo ocular, ouvido, ressonância
magnética funcional, e ainda angiografias encefálicas com a técnica videodigital
de subtracção)
J. A. Esperança Pina
Professor Catedrático de Anatomia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de
Lisboa; Presidente da Federação Internacional das Associações de Anatomistas (IFAA), de 1994 a
1999; Membro Efectivo da Academia das Ciências de Lisboa www.lidel.pt
ISBN 978-989-752-807-1
J. A. ESPERANÇA PINA
Professor Catedrático de Anatomia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa
Presidente da Federação Internacional das Associações de Anatomistas (IFAA) de 1994 a 1999
Membro Efectivo Nacional da Academia das Ciências de Lisboa
Edição baseada na Terminologia Anatomica do Federative Committee on Anatomical Terminology, Thieme, Stuttgart
– New York, 1998, publicada na depêndência da International Federation of Associations of Anatomists (IFAA)
O AUTOR
ÍNDICE
8. PLEXO CERVICAL.................................................................................................................................................. 63
8.1. Constituição e relações do plexo cervical................................................................................................... 63
8.2. Classificação dos ramos do plexo cervical ................................................................................................. 63
XII ANATOMIA HUMANA DA RELAÇÃO
V. NERVOS CRANIANOS
22. NERVOS CRANIANOS .......................................................................................................................................... 187
22.1. Classificação dos nervos cranianos ........................................................................................................ 187
22.2. Nervos cranianos motores ..................................................................................................................... 187
22.2.1. Nervo oculomotor (III Par) ......................................................................................................... 187
22.2.1.1. Origem aparente do nervo oculomotor ...................................................................... 188
22.2.1.2. Trajecto e relações do nervo oculomotor ................................................................... 188
22.2.1.3. Classificação dos ramos do nervo oculomotor ........................................................... 188
22.2.1.4. Ramos terminais do nervo oculomotor ...................................................................... 189
22.2.2. Nervo troclear (IV Par) ............................................................................................................... 189
22.2.2.1. Origem aparente do nervo troclear ........................................................................... 189
22.2.2.2. Trajecto e relações do nervo troclear ........................................................................ 189
22.2.2.3. Classificação dos ramos do nervo troclear ................................................................ 190
22.2.2.4. Ramo terminal do nervo troclear ............................................................................... 190
22.2.3. Nervo abducente (VI Par) ........................................................................................................... 190
ÍNDICE XXI
VI. CEREBELO
23. CEREBELO .......................................................................................................................................................... 231
23.1. Considerações gerais ............................................................................................................................. 231
23.1.1. Situação ..................................................................................................................................... 231
23.1.2. Dimensões ................................................................................................................................. 231
23.1.3. Peso .......................................................................................................................................... 231
23.1.4. Consistência ............................................................................................................................... 231
23.2. Descrição ................................................................................................................................................ 231
23.2.1. Face superior ............................................................................................................................. 231
23.2.2. Face inferior .............................................................................................................................. 232
23.2.3. Face anterior ............................................................................................................................. 232
23.2.4. Margem circunferencial .............................................................................................................. 232
23.3. Classificação e divisão ........................................................................................................................... 233
23.3.1. Classificação clássica ................................................................................................................. 234
23.3.1.1. Lóbulos e fissuras na face superior do cerebelo ....................................................... 234
23.3.1.2. Lóbulos e fissuras na face inferior do cerebelo ......................................................... 234
23.3.1.3. Lóbulos e fissuras na face anterior do cerebelo ........................................................ 235
23.3.2. Classificação anátomo-funcional ................................................................................................ 235
23.3.2.1. Lobo flóculo-nodular .................................................................................................. 235
23.3.2.2. Lobo anterior ............................................................................................................. 235
23.3.2.3. Lobo posterior ........................................................................................................... 235
23.4. Constituição ............................................................................................................................................ 236
23.4.1. Substância cinzenta ................................................................................................................... 236
23.4.1.1. Córtex cerebeloso ...................................................................................................... 236
23.4.1.2. Núcleos centrais do cerebelo ..................................................................................... 236
23.4.2. Substância branca ...................................................................................................................... 237
23.5. Sistematização ....................................................................................................................................... 237
23.5.1. Circuito arquicerebeloso ............................................................................................................ 237
23.5.1.1. Centros nervosos ....................................................................................................... 238
23.5.1.2. Vias aferentes ........................................................................................................... 238
© LIDEL – EDIÇÕES TÉCNICAS
VII. PROSENCÉFALO
25. CONSIDERAÇÕES GERAIS .................................................................................................................................... 251
25.1. Situação ................................................................................................................................................. 251
25.2. Forma .................................................................................................................................................... 251
25.3. Dimensões ............................................................................................................................................. 251
25.4. Peso ....................................................................................................................................................... 251
26. ASPECTOS GERAIS DA CONFORMAÇÃO EXTERNA ................................................................................................. 253
26.1. Fissura longitudinal do cérebro e fissura transversa do cérebro (Bichat) ............................................... 253
26.2. Telencéfalo ou cérebro (Hemisférios cerebrais) ...................................................................................... 254
26.3. Comissuras inter-hemisféricas ............................................................................................................... 256
27. ASPECTOS GERAIS DA CONFORMAÇÃO INTERNA ................................................................................................. 259
27.1. Corte horizontal ou axial (Flechsig) ........................................................................................................ 259
27.2. Corte frontal ou coronal (Charcot) .......................................................................................................... 259
28. ANFRACTUOSIDADES, LOBOS E GIROS ................................................................................................................ 261
28.1. Anfractuosidades.................................................................................................................................... 261
28.1.1. Sulco lateral (Sylvius) ................................................................................................................. 261
28.1.2. Sulco central (Rolando) ............................................................................................................... 262
28.1.3. Sulco occipital transverso .......................................................................................................... 262
28.1.4. Sulco parieto-occipital ................................................................................................................ 262
28.1.5. Sulco do cíngulo ......................................................................................................................... 263
ÍNDICE XXV
VIII. DIENCÉFALO
29. EPITÁLAMO ....................................................................................................................................................... 279
29.1. Habénula ................................................................................................................................................ 279
29.1.1. Descrição ................................................................................................................................... 279
29.1.2. Sistematização ........................................................................................................................... 279
29.1.2.1. Vias aferentes ........................................................................................................... 279
29.1.2.2. Vias eferentes ........................................................................................................... 280
XXVI ANATOMIA HUMANA DA RELAÇÃO
XII. MENINGES
© LIDEL – EDIÇÕES TÉCNICAS
46.1.2.2.1. Via de sensibilidade profunda inconsciente dos membros inferiores e do tronco 459
46.1.2.2.2. Via de sensibilidade profunda inconsciente do membro superior............ 459
46.2. Vias de sensibilidade geral da cabeça e do pescoço .............................................................................. 460
46.3. Aplicações clínicas .................................................................................................................................. 463
46.3.1. Lesão ao nível dos receptores ................................................................................................... 463
46.3.2. Lesão do nervo periférico.......................................................................................................... 463
46.3.3. Lesão da raiz posterior ............................................................................................................. 463
46.3.4. Síndromes sensitivas medulares ............................................................................................... 463
46.3.4.1. Lesão do funículo posterior ....................................................................................... 463
46.3.4.2. Lesão da substância cinzenta .................................................................................... 464
46.3.4.3. Lesão do funículo lateral ........................................................................................... 464
46.3.4.4. Hemisecção medular .................................................................................................. 465
46.3.4.5. Secção completa da medula espinhal ......................................................................... 465
46.3.5. Síndrome sensitiva medulo-oblongo-pôntica .............................................................................. 465
46.3.6. Síndrome sensitiva peduncular .................................................................................................. 466
46.3.7. Síndrome sensitiva talâmica ...................................................................................................... 466
46.3.8. Síndrome sensitiva da cápsula interna ...................................................................................... 466
46.3.9. Alteração da sensibilidade por lesão do centro semioval (Vieussens) e ao nível do córtex cerebral 466
47. VIAS DE MOTRICIDADE ...................................................................................................................................... 467
47.1. Vias piramidais ...................................................................................................................................... 467
47.1.1. Tracto piramidal propriamente dito ou córtico-espinhal............................................................. 467
47.1.2. Tracto geniculado ou córtico-nuclear .......................................................................................... 467
47.2. Vias extrapiramidais .............................................................................................................................. 468
47.2.1. Vias extrapiramidais propriamente ditas ................................................................................... 470
47.2.1.1. Vias extrapiramidais com origem cortical .................................................................. 470
47.2.1.2. Vias extrapiramdiais de origem subcortical ............................................................... 471
47.2.2. Vias extrapiramidais cerebelosas .............................................................................................. 472
47.2.2.1. Circuito arquicerebeloso ............................................................................................ 472
47.2.2.1.1. Centros nervosos .................................................................................... 472
47.2.2.1.2. Vias aferentes ......................................................................................... 472
47.2.2.1.3. Vias de associação intracerebelosas ....................................................... 472
47.2.2.1.4. Vias eferentes ......................................................................................... 472
47.2.2.2. Circuito paleocerebeloso ............................................................................................ 473
47.2.2.2.1. Centros nervosos .................................................................................... 473
47.2.2.2.2. Vias aferentes ......................................................................................... 473
47.2.2.2.3. Vias de associação intracerebelosas ....................................................... 473
© LIDEL – EDIÇÕES TÉCNICAS
XVII. ANATOMIA RADIOLÓGICA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL E DOS ÓRGÃOS DOS SENTIDOS
52. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA TC E DA RM ................................................................................................................. 531
52.1. Nota técnica a propósito do sinal ........................................................................................................... 531
52.2. Planos anatómicos do crânio e aquisição dos tomogramas .................................................................... 538
52.3. Resoluções de contraste e espacial ........................................................................................................ 551
53. TC E RM CRÂNIO-ENCEFÁLICAS PARA APLICAÇÃO NA CLÍNICA ............................................................................ 557
53.1. Anatomia crânio-encefálica na TC........................................................................................................... 557
53.1.1. Plano axial ou horizontal ........................................................................................................... 557
53.1.2. Plano coronal ou frontal ............................................................................................................ 561
53.2. Anatomia crânio-encefálica na RM.......................................................................................................... 563
53.2.1. Plano sagital ou de perfil .......................................................................................................... 563
53.2.2. Plano axial ou horizontal ........................................................................................................... 565
53.2.3. Plano coronal ou frontal ............................................................................................................ 566
ÍNDICE XLI
PREFÁCIO
A Anatomia Humana da Relação constitui a interligação do corpo humano com o meio que o
rodeia. Os órgãos dos sentidos recebem os estímulos e transmitem a correspondente informação,
por intermédio dos nervos periféricos, até ao sistema nervoso central. Este regista as informações,
transforma-as de novo e, através dos nervos periféricos, envia as respostas ao sistema locomotor
como agente executor.
A Anatomia Humana da Relação é constituída pelo sistema nervoso central e periférico e pelos
órgãos dos sentidos.
A porção que se localiza na cavidade craniana é o encéfalo, constituído pelo tronco encefálico, o
cerebelo e o cérebro. A porção que se situa no canal vertebral é a medula espinhal.
O sistema nervoso periférico ou nevrologia é constituído pelos nervos, aos quais cabe a dupla função
de transmitir o influxo nervoso nos sentidos centrípeto e centrífugo.
Os nervos do sistema nervoso autónomo são constituídos por grupos ganglionares, ligados entre si
por fibras nervosas, e pertencem à vida vegetativa.
O sentido da visão, constituído pelo bulbo ocular, encontra-se na órbita, sendo protegido anterior-
mente pelas pálpebras e apresenta como anexos a glândula e as vias lacrimais, bem como um con-
junto de músculos estriados que permitem executar os diversos movimentos.
O sentido da audição é constituído pelos ouvido externo e ouvido médio com a função de recolher
e transmitir as ondas sonoras, e pela porção anterior do ouvido interno, a cóclea, que faz a recepção
XLVI ANATOMIA HUMANA DA RELAÇÃO
das ondas. A porção posterior do ouvido interno, o vestíbulo e os canais semicirculares têm a
finalidade da manutenção do equilíbrio.
O sistema nervoso e os órgãos dos sentidos estão interligados através das grandes vias de condução
da sensibilidade geral, da motricidade e sensoriais.
A obra Anatomia Humana de Relação foi escrita para estudantes no início da sua carreira uni-
versitária, mas com a finalidade de adquirir conhecimentos indispensáveis à sua vida clínica, sendo
um curso destinado ao futuro médico generalista, que precisa de ter bases seguras em Anatomia
Neurológica e Anatomia Estesiológica, a fim de poder compreender as bases da semiologia, da pato-
logia e do diagnóstico diferencial, fundamentais ao estudo da Neurologia, da Neurocirurgia, da
Oftalmologia, da Otorrinolaringologia e da Medicina Dentária.
A obra Anatomia Humana de Relação foi também escrita para licenciados em Medicina para
poderem preparar os internatos da especialidade em Neurologia, Neurocirurgia, Neurorradiologia,
Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Medicina Física e de Reabilitação, Cirurgia Plástica e Recons-
trutiva, Estomatologia e Medicina Dentária e os vários ramos da Ciência da Imagem Médica, entre
outras, e também escrita a pensar noutros cursos da área das Ciências da Saúde, entre os quais a
Enfermagem e a Fisioterapia.
Para poder ter utilidade e para alcançar os diversos objectivos torna-se necessário que o utilizador
do presente livro fique capaz de:
– Explicar as bases morfológicas e funcionais que permitem construir um plano de exploração das
estruturas nervosas essenciais, quer dizer, de poder elaborar um exame neurológico a partir das
bases anatómicas;
A Terminologia Anatomica, cuja primeira edição foi adoptada em Paris em 1955, com a deno-
minação de Nomina Anatomica tem vindo a impor-se nas publicações internacionais. Os termos
em latim, língua escolhida como língua única, adaptaram-se à língua portuguesa, nunca se negli-
genciando a brilhante nomenclatura anatómica portuguesa, consagrada no Manual Sinóptico de
Anatomia Descritiva de José António Serrano.
Mantive o nome dos anatomistas entre parênteses, nas estruturas por eles descritos pela primeira
vez, não permitindo o seu esquecimento, como o fizeram numerosas obras de Anatomia. Suprimi
deliberadamente as referências bibliográficas por entender não serem de utilidade primordial
PREFÁCIO
ÍNDICE XLVII
numa obra que é destinada a todos aqueles que pretendam estudar pela primeira vez ou rever
a Anatomia Humana da Relação.
A obra Anatomia Humana da Relação foi escrita em diversos capítulos: generalidades sobre a
Anatomia Neurológica e Estesiológica; medula espinhal; nervos espinhais; tronco encefálico; nervos
cranianos; cerebelo; prosencéfalo; diencéfalo; telancéfalo; cavidades encéfalo-medulares e formações
coroideias; meninges; sistema nervoso autónomo; órgãos dos sentidos; grandes vias de condução e
aplicações clínicas; Anatomia Radiológica em tomografia computorizada (TC) e ressonância
magnética (RM) (crânio-encefálica, medula espinhal, órbita e bulbo ocular, ouvido e ressonância
magnética funcional, e ainda angiografias encefálicas com a técnica videodigital de subtracção).
Esta nova edição da obra Anatomia Humana da Relação foi remodelada e actualizada, sobretudo
no referente à Anatomia Radiológica.
Se, de algum modo, este trabalho facilitar o estudo da Anatomia Humana da Relação, considero
o meu esforço de cerca de 34 anos, bem recompensado.
© LIDEL – EDIÇÕES TÉCNICAS
16 GENERALIDADES SOBRE ANATOMIA NEUROLÓGICA E ESTESIOLÓGICA
6
7
7 bis
8
9
10
11
A B C D E
12
1 4 5 6 8 7
C1 1
3.3. DIMENSÕES, PESO E CONSISTÊNCIA C2
C3
C4
O comprimento médio da medula espinhal C5
C6
ronda os 45 cm, sendo 25 cm o comprimento C7
3
do filamento terminal.
C8
O diâmetro médio da medula espinhal é de T1
1 cm, sendo bastante inferior ao diâmetro do T2
canal vertebral. T3
O peso da medula espinhal oscila pelos 30 T4
gramas. T5
T6
A consistência da medula espinhal é muito T7
frágil, sendo esta fragilidade a causa de lesões 4 T8
definitivas, motivadas por traumatismos. T9
T10
T11
2
3
7.3. RAMOS POSTERIORES DOS NERVOS
LOMBARES
Os ramos posteriores dos nervos lombares,
4
em número de 5 (Fig. 76.6), destinam-se aos
músculos espinhais e à pele das regiões lom-
bar e glútea.
5
7.4. RAMOS POSTERIORES DOS NERVOS
SAGRADOS
6
Os ramos posteriores dos nervos sagrados,
em número de 5 (Fig. 76.7), saem do canal
7
vertebral pelos foramenes sagrados posterio-
8 res, originando ramos motores para os mús-
culos espinhais e ramos sensitivos para a
Fig. 76 - Aspecto subcutâneo dos ramos posteriores dos 4 últimos
pele da região sacro-coccígea.
nervos cervicais, dos 12 nervos torácicos, dos 5 nervos lombares,
dos 5 nervos sagrados e do nervo coccígeo
1. Ramo posterior do 2º nervo cervical ou nervo occipital maior 7.5. RAMO POSTERIOR DO NERVO
(Arnold) 2. Ramo posterior do 3º nervo cervical 3. Ramos poste-
riores do 4º ao 8º nervo cervical 4. Ramos posteriores do 1º ao
COCCÍGEO
8º nervo torácicos 5. Ramos posteriores do 9º ao 12º nervo torácico
6. Ramos posteriores dos 5 nervos lombares 7. Ramos posteriores O ramo posterior do nervo coccígeo (Fig.
dos 5 nervos sagrados 8. Ramo posterior do nervo coccígeo 76.8) inerva a pele da região coccígea.
NERVOS CRANIANOS 187
22 N ERVOS CRANIANOS
1
22.1. CLASSIFICAÇÃO DOS NERVOS 2 3
4
CRANIANOS
5
Os nervos cranianos originam-se ou termi-
nam no encéfalo, saindo ou entrando pelos
foramenes da base do crânio.
Os nervos cranianos classificam-se em doze 6
pares: 7
I par – Nervo olfactivo (Fig. 229.1); 8
II par – Nervo óptico (Fig. 229.2); 9
III par – Nervo oculomotor (Fig. 229.3); 10
IV par – Nervo troclear (Fig. 229.4); 11
V par – Nervo trigémeo (Fig. 229.5);
VI par – Nervo abducente (Fig. 229.6); 12
VII par – Nervo facial e nervo intermédio
(Wrisberg) (Fig. 229.7);
VIII par – Nervo vestíbulo-coclear (Fig.
229.8);
IX par – Nervo glosso-faríngeo (Fig. 229.9);
X par – Nervo vago (Fig. 229.10); Fig. 229 - Classificação dos nervos cranianos por pares
XI par – Nervo acessório (Fig. 229.11);
XII par – Nervo hipoglosso (Fig. 229.12). 1. Nervo olfactivo (I par) 2. Nervo óptico (II par) 3. Nervo oculo-
motor (III par) 4. Nervo troclear (IV par) 5. Nervo trigémeo (V par)
6. Nervo abducente (VI par) 7. Nervo facial e intermédio (Wrisberg)
Os nervos cranianos podem ser classificados
(VII par) 8. Nervo vestíbulo-coclear (VIII par) 9. Nervo glosso-
em nervos motores, nervos mistos e nervos -faríngeo (IX par) 10. Nervo vago (X par) 11. Nervo acessório
sensoriais. (XI par) 12. Nervo hipoglosso (XII par)
Os nervos motores são cinco pares: nervo
oculomotor (III par); nervo troclear (IV par);
nervo abducente (VI par); nervo acessório
(XI par); e nervo hipoglosso (XII par). 22.2. NERVOS CRANIANOS MOTORES
Os nervos mistos são quatro pares: nervo
© LIDEL – EDIÇÕES TÉCNICAS
Na pálpebra superior, os cílios são entre 100 A pele (Fig. 519.1), muito fina, está despro-
e 150, e na pálpebra inferior, entre 70 e 75. vida de pêlos.
O limbo palpebral posterior apresenta 25 a O tecido celular subcutâneo (Fig. 519.2)
30 foramenes dos canais excretores das glân- tem pouco tecido adiposo.
dulas társicas (Meibomius) (Fig. 518.6). A camada muscular estriada (Fig. 519.3) é
O interstício (Fig. 518.7) corresponde à constituída pelo músculo orbicular do bulbo
transição da pele para a conjuntiva. ocular.
A camada celular submuscular (Fig. 519.4)
é constituída por tecido conjuntivo laxo.
1
3 A camada fibrosa é constituída por uma
porção marginal, o tarso (Fig. 519.5), que
2
apresenta, na sua espessura, as glândulas tár-
sicas (Meibomius) (Fig. 519.6) e por uma
porção periférica, os ligamentos largos.
7
1
8
7
4
6 5 3
2
Fig. 518 - Margem livre da pálpebra 4
A B C
A B C
D E F
D E F
Fig. 688 - TC no plano coronal da sela turca e da hipófise. Janela Fig. 689 - TC no plano coronal da sela turca. Janela densitométrica
densitométrica de partes moles de osso
592 ANATOMIA RADIOLÓGICA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL E DOS ÓRGÃOS DOS SENTIDOS
Fig. 784 - TC no plano axial dos ouvidos médios. Target program Fig. 785 - TC no plano axial do ouvido médio com articulação inco-
-estapédica. Target program
Anatomia
Humana
A Anatomia Humana da Relação foi escrita para estudantes no início da sua carreira universitária
Humana
com a finalidade de lhes transmitir conhecimentos indispensáveis à sua vida clínica, permitindo ao
futuro médico, que precisa de ter bases seguras em Anatomia Neurológica e Anatomia Estesiológica,
compreender as bases da semiologia, da patologia e do diagnóstico diferencial, fundamentais ao
estudo da Neurologia, da Neurocirurgia, da Oftalmologia, da Otorrinolaringologia, da Anestesio-
logia e da Medicina Dentária.
Esta obra foi também escrita não só para licenciados e mestrados em Medicina – para
poderem preparar os internatos da especialidade em Neurologia, Neurocirurgia,
Neurorradiologia, Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Anestesiologia, Medicina Física
da Relação
e de Reabilitação, Cirurgia Plástica e Reconstrutiva, Estomatologia e Medicina Dentária
e nos vários ramos da Ciência da Imagem Médica, entre outras, – como também para
da
alunos de outros cursos da área das Ciências da Saúde, entre os quais a Enfermagem
e a Fisioterapia.
Relação
Esta nova edição da obra Anatomia Humana da Relação foi actualizada e revista com
base na Terminologia Anatomica, em especial a Anatomia Radiológica, e contempla
4.ª EDIÇÃO
o estudo de:
C
Medula espinhal
.
Y
Nervos cranianos
. J. A. Esperança Pina
CM
Cerebelo
MY
. Prosencéfalo
CY
. Diencéfalo
4.ª EDIÇÃO
. Telencéfalo
.
CMY
Meninges
. Sistema nervoso autónomo
. Órgãos dos sentidos
. Grandes vias de condução e aplicações clínicas
. Vascularização do sistema nervoso central
. Anatomia Radiológica na tomografia computorizada (TC) e na ressonância magnética
J. A. Esperança Pina
(RM) (crânio-encefálica, medula espinhal, órbita e bulbo ocular, ouvido, ressonância
magnética funcional, e ainda angiografias encefálicas com a técnica videodigital
de subtracção)
J. A. Esperança Pina
Professor Catedrático de Anatomia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de
Lisboa; Presidente da Federação Internacional das Associações de Anatomistas (IFAA), de 1994 a
1999; Membro Efectivo da Academia das Ciências de Lisboa www.lidel.pt
ISBN 978-989-752-807-1