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Anatomia
Humana
A Anatomia Humana do Coração e Vasos é descrita baseada na vascularização normal e
Humana
definitiva, como se observa no adulto, sendo também descrita a vascularização fetal ou
placentária, entre o fim da 8.ª semana da vida intra-uterina e o nascimento, em que a nutrição
do feto é realizada pela mãe, com as trocas feto-maternais feitas na placenta.
do Coração e Vasos
e vasos em ecografia, no coração em cintigrafia.
do
2.ª EDIÇÃO
2.ª EDIÇÃO
Esta obra contempla o estudo de:
. Anatomia geral do coração e vasos
Coração e Vasos
. Coração e pericárdio
. Sistema arterial 2.ª EDIÇÃO
C
. Sistema venoso
M
. Sistema linfático
. Vascularização e inervação de órgãos com aplicações clínicas
. Microvascularização de órgãos
Y
. Coração e vasos em TC e RM
MY
CY
K
. Coração em cintigrafia
J. A. Esperança Pina
Professor Catedrático de Anatomia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova
de Lisboa; Presidente da Federação Internacional das Associações de Anatomistas (IFAA),
de 1994 a 1999; Membro Efectivo da Academia das Ciências de Lisboa
J. A. Esperança Pina
www.lidel.pt
ISBN 978-989-752-852-1
J. A. ESPERANÇA PINA
Professor Catedrático de Anatomia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa
Presidente da Federação Internacional das Associações de Anatomistas (IFAA) de 1994 a 1999
Membro Efectivo da Academia das Ciências de Lisboa
O AUTOR
Entre outros cargos que exerceu, foi Presidente da Comissão Instaladora da Faculdade de Ciências
Médicas da Universidade Nova de Lisboa (1977-1980); Presidente do Conselho Nacional de
Ensino e Educação Médica da Ordem dos Médicos (1978-1980); Presidente do Conselho
Científico das Ciências da Saúde do INIC (1979-1991); Membro do Conselho Nacional do Ensino
Superior (1979-1982); Vice-Reitor da Universidade Nova de Lisboa (1980-1982); Reitor da
Universidade Nova de Lisboa (1982-1991); Representante de Portugal no Conselho de
Investigação Médica Europeia da Fundação Europeia de Ciência (1982-1991); Presidente do
Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (1987-1989); Presidente do Conselho de
Acção Social do Ensino Superior (1989-1991); Membro da Comissão Permanente do Conselho
Superior de Ciência e Tecnologia (1987-1989); Membro do Conselho Nacional de Educação
(1988-1991); Representante de Portugal no grupo de direcção do programa IMHE da OCDE
(1980-1998); Presidente da Federação Internacional das Associações de Anatomistas (IFAA)
(1994-1999); Presidente do Conselho Científico da Faculdade de Ciências Médicas da Univer-
sidade Nova de Lisboa (1994-2002).
© LIDEL – EDIÇÕES TÉCNICAS
ÍNDICE
PREFÁCIO
artéria carótida comum, artéria carótida externa, artéria carótida interna e artéria subclávia. No
membro superior serão descritas: artéria axilar, artéria umeral, artéria radial, artéria ulnar e artérias
da mão. No membro inferior serão descritas: artéria femoral, artéria poplítea, artéria tibial anterior,
artéria dorsal do pé, tronco tíbio-fibular, artéria fibular, artéria tibial posterior e artérias do pé.
O sistema venoso descreve as veias do tronco, as veias da cabeça e do pescoço, as veias do membro
superior e as veias do membro inferior. Nas veias do tronco serão descritas: veias pulmonares, veias
bráquio-cefálicas, veia cava superior, veia ilíaca externa, veia ilíaca interna, veias ilíacas comuns,
XXXII ANATOMIA HUMANA DO CORAÇÃO E VASOS
veia cava inferior, veia porta, veias ázigo e veias da coluna vertebral. Nas veias da cabeça e do
pescoço serão descritos: seios da duramáter, veia jugular interna, veia jugular externa, veia jugular
anterior, veia tiroideia média, veia cervical profunda, veia vertebral e veia subclávia. Nas veias do
membro superior serão descritas: veias profundas, veias superficiais e veia axilar. Nas veias do
membro inferior serão descritas: veias profundas e veias superficiais.
O sistema linfático descreve os linfáticos do tronco, linfáticos da cabeça e do pescoço, linfáticos
do membro superior e linfáticos do membro inferior. No tronco serão descritos: linfáticos pélvicos,
linfáticos do abdómen e linfáticos do tórax. Na cabeça e pescoço serão descritos: linfáticos da cabeça
e linfáticos do pescoço. No membro superior serão descritos: linfáticos superficiais e linfáticos
profundos. No membro inferior serão descritos: linfáticos superficiais e linfáticos profundos.
Na vascularização e inervação de órgãos descrevem-se os vasos e os nervos dos órgãos com maior
importância médico-cirúrgica, nomeadamente: bulbo ocular, ouvido, laringe, pulmão, esófago,
estômago, duodeno, jejuno-íleo, cólon direito, cólon esquerdo, recto, pâncreas, fígado, vias biliares
extra-hepáticas, rim, bexiga, testículo e epidídimo, próstata, ovário, tuba uterina (Falópio), útero,
mama, baço e glândula tiróide.
A microvascularização de órgãos descreve as unidades microvasculares de órgãos resultantes de
linhas de investigação científica, realizadas no Departamento de Anatomia da Faculdade de Ciências
Medicas da Universidade Nova de Lisboa, nomeadamente: coração, retina, cóclea, pulmão, estômago,
duodeno, jejuno-íleo, cólon, pâncreas, fígado, rim, testículo, ovário, tuba uterina (Falópio), útero,
baço, glândula tiróide e placenta.
A anatomia dos órgãos em angiografia descreve as imagens em angiografia convencional e em
angiografia de subtracção, no coração e em sistemas vasculares: artérias (tronco, cabeça e pescoço,
membro superior e membro inferior) e veias (tronco, cabeça e pescoço, membro superior e membro
inferior).
A anatomia dos órgãos em tomografia computorizada (TC) e em ressonância magnética (RM)
descreve as imagens, no coração e em sistemas vasculares: artérias (tronco, cabeça e pescoço e
membro inferior) e veias (tronco e membro inferior).
A anatomia dos órgãos em ecografia descreve as imagens em ecografia bidimensional e em
ecografia Doppler, no coração e em vasos (tronco, pescoço e membro inferior).
A Anatomia Humana do Coração e Vasos foi escrita essencialmente a pensar nos estudantes em
início da carreira universitária, com a finalidade de lhes fornecer os conhecimentos indispensáveis
à sua prática clínica. No entanto, a obra é também destinada ao futuro médico de família, que precisa
de bases seguras em Anatomia Cárdio-vascular, a fim de compreender as noções semiológicas,
patológicas, de diagnóstico diferencial e de terapêutica, fundamentais ao estudo da Medicina Geral
e Familiar.
A Anatomia Humana do Coração e Vasos foi também escrita para médicos que queiram rever os
conceitos morfológicos necessários à sua formação nos internatos de especialidade de Cardiologia,
Cirurgia Cárdio-torácica, Cirurgia Vascular, Cirurgia Geral, Imagiologia, Medicina Dentária e
Estomatologia, Medicina Interna, Pneumologia, entre outras.
PREFÁCIO
ÍNDICEXXXIII
Finalmente, a Anatomia Humana do Coração e Vasos foi escrita a pensar nos cursos superiores
de Enfermagem.
Para que o livro possa ter utilidade e alcance os diversos objectivos a que se propõe, torna-se
necessário que o utilizador fique capaz de:
A Terminologia Anatomica, cuja primeira edição foi adoptada em Paris em 1955, com a denominação
de Nomina Anatomica tem vindo a impor-se nas publicações internacionais. Os termos em latim,
língua escolhida como língua única, adaptaram-se à língua portuguesa, nunca se negligenciando a
brilhante nomenclatura anatómica portuguesa, consagrada no Manual Sinóptico de Anatomia
Descritiva de José António Serrano.
Mantive o nome dos anatomistas entre parênteses, nas estruturas por eles descritos pela primeira
vez, não permitindo o seu esquecimento, como o fizeram numerosas obras de Anatomia. Suprimi
deliberadamente, as referências bibliográficas, por entender não serem de utilidade primordial, numa
obra que é destinada a todos aqueles que pretendam estudar pela primeira vez ou rever a Anatomia
Humana do Coração e Vasos.
Se, de algum modo, este trabalho contribuir para facilitar o estudo da Anatomia Humana do
Coração e Vasos, considero o meu esforço de cerca de 28 anos bem recompensado.
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48 CORAÇÃO E PERICÁRDIO
O óstio do tronco pulmonar está situado ântero- 7.4.2.1.7. Cavidade do ventrículo direito
-medialmente ao óstio átrio-ventricular direito.
O óstio do tronco pulmonar apresenta a A cavidade do ventrículo direito está dividida
valva semilunar pulmonar que é constituída pela valva tricúspida em duas porções: a câ-
por três válvulas: a válvula semilunar ante- mara de entrada ou venosa e a câmara de saída
rior (Fig. 48.1); a válvula semilunar póstero- ou arterial.
-direita (Fig. 48.2); e a válvula semilunar A câmara de entrada ou venosa (Fig. 49.1)
póstero-esquerda (Fig. 48.3). apresenta o seu eixo com obliquidade ântero-
A margem livre das válvulas apresenta, na sua -látero-direita, desde o óstio átrio-ventricular
porção mediana, o nódulo valvular semi- direito ou tricúspido (Fig. 49.2) até ao ápice
lunar pulmonar (Morgagni) (Fig. 48.4) e, do ventrículo direito (Fig. 49.3).
para cada um dos lados, as lúnulas valvulares A câmara de saída ou arterial (Fig. 49.4)
semilunares pulmonares (Fig. 48.5). apresenta o seu eixo com obliquidade súpero-
Entre a face parietal das válvulas semilunares -medial-esquerda, desde o ápice do ventrículo
e a parede do vaso, encontra-se uma cavidade, direito até ao cone arterial (Fig. 49.5).
o seio valvular semilunar pulmonar (Fig. As duas câmaras comunicam entre si por
48.6). intermédio de uma abertura limitada: supe-
riormente, pela crista supraventricular (His)
6 (Fig. 49.6) e pela válvula anterior da valva
tricúspida (Fig. 49.7) e, ântero-inferiormente,
5 pelo músculo papilar anterior (1ª ordem) (Fig.
49.8) e pela trabécula septo-marginal (Fig.
49.9).
2 5
1
6
4 4
3
2 7
Fig. 81 - Artéria coronária esquerda observada na face anterior do Fig. 82 - Artéria coronária esquerda observada na face inferior do
coração, segundo a técnica de injecção-corrosão-fluorescência, num coração, segundo a técnica de injecção-corrosão-fluorescência, num
molde vascular preparado por J. A. Esperança Pina molde vascular preparado por J. A. Esperança Pina
1. Artéria circunflexa 2. Artéria do nó sino-atrial (Keith-Flack) 3. Artérias 1. Artéria atrial posterior, ramo da artéria circunflexa 2. Artérias
ventriculares anteriores, ramos da artéria circunflexa 4. Artéria ventriculares posteriores, ramos da artéria circunflexa
marginal esquerda 5. Artéria interventricular anterior 6. Artéria
descendente, ramo da artéria interventricular anterior 7. Artérias
ventriculares direitas, ramos da artéria interventricular anterior
do coração, emitindo ramos atriais e ramos
8. Artéria do cone arterial esquerda 9. Artérias ventriculares esquerdas,
ventriculares.
ramos da artéria interventricular anterior 10. Artéria pré-ventricular
As artérias atriais (Fig. 83.A6 e Fig. 84.2)
esquerda (Mouchet) 11. Artérias septais anteriores
em número de duas a três, vascularizam a
parede anterior do átrio direito, entre as quais
se origina, em cerca de 60% dos casos, a
ântero-direito. Relaciona-se com a face ante- artéria do nó sino-atrial (Keith-Flack).
rior do átrio direito (Fig. 83.A2), entre o Das artérias ventriculares (Fig. 83.A7 e Fig.
tronco pulmonar (Fig. 83.A3), medialmente, 84.3), em número de duas a quatro, a primeira,
e a aurícula do átrio esquerdo (Fig. 83.A4), a artéria do cone arterial direita (Fig. 83.A8),
lateralmente. Percorre a porção direita do sulco vasculariza o flanco anterior do tronco pul-
coronário até à cruz do coração, onde muda de monar e anastomosa-se com a artéria do cone
direcção para alcançar o sulco interventricular arterial esquerda e a segunda irriga o terço
posterior. Descrevem-se três segmentos na superior da face anterior do ventrículo direito.
artéria coronária direita. O segundo segmento (Fig. 83.B1 e Fig. 85.1)
O primeiro segmento (Fig. 83.A5 e Fig. 84.1) estende-se desde a margem direita do coração
estende-se desde a origem até à margem direita até ao nível da cruz do coração. Ao alcançar
VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO DO CORAÇÃO E DO PERICÁRDIO 73
5 3
1
Fig. 92 - Veias superficiais que drenam o sangue venoso do território
da artéria coronária direita na face inferior do coração, segundo a
A técnica de injecção-corrosão-fluorescência, num molde vascular
2 preparado por J. A. Esperança Pina
1. Veia interventricular posterior 2. Veias ventriculares esquerdas,
1 aferentes da veia interventricular posterior 3. Veias ventriculares
5 direitas, aferentes da veia interventricular posterior 4. Veia cardíaca
parva 5. Veias ventriculares póstero-direitas
4
B
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3
1
4
B
Fig. 106 - Gânglios e troncos e linfáticos supracardíacos, segundo a
técnica de injecção com uma solução de azul de Evans, numa preparação Fig. 107 - Padrão normal de distribuição linfática no coração
realizada por J. A. Esperança Pina A1. Tronco linfático direito A2. Tronco linfático esquerdo A3. Tronco
1. Nodo linfático pré-aórtico 2. Nodos linfáticos mediastínicos anteriores linfático circunflexo A4. Troncos linfáticos interventriculares anteriores
B1. Tronco linfático direito B2. Tronco linfático circunflexo B3. Tronco
linfático interventricular posterior
O tronco linfático esquerdo (Fig. 107.A2) ini-
cia-se pela união do tronco circunflexo (Fig.
107.B2 e Fig. 107.A3) com os dois troncos 9.1.4.1. NERVOS CARDÍACOS RAMOS DO NERVO VAGO
interventriculares anteriores (Fig. 107.A4). Os nervos cardíacos do nervo vago (Fig. 108.1)
O tronco circunflexo inicia-se pelo tronco são três: superiores, médios e inferiores.
interventricular posterior (Fig. 107.B3) que Os nervos cardíacos cervicais superiores
se vai continuar com o tronco circunflexo, per-
(Fig. 108.2) destacam-se um pouco inferior-
correndo a metade esquerda do sulco coronário.
mente ao gânglio inferior do nervo vago.
Os nervos cardíacos cervicais inferiores (Fig.
9.1.4. NERVOS 108.3) originam-se no nervo laríngeo recor-
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Fig. 123 - Vasa vasorum arteriais da aorta ascendente, observando- Fig. 124 - Vasa vasorum venosos do tronco pulmonar terminando em
-se a sua origem na 1ª porção da artéria coronária direita e na porção ramos ventriculares ântero-esquerdos da veia interventricular anterior,
inicial da artéria coronária esquerda, segundo a técnica de injecção- segundo a técnica de injecção-corrosão-fluorescência, num molde
-corrosão-fluorescência, num molde vascular preparado por J. A. vascular preparado por J. A. Esperança Pina
Esperança Pina
1. Tronco pulmonar 2. Ramos ventriculares ântero-direitos, ramos
1. Aorta ascendente 2. Artéria coronária direita 3. Artéria coronária colaterais da veia interventricular anterior 3. Vasa vasorum venosos
esquerda 4. Vasa vasorum arteriais do arco da aorta do tronco pulmonar
A artéria meníngea posterior (Fig. 171.5) A artéria profunda da língua (Fig. 172.8), o
é o seu ramo terminal, penetra na cavidade ramo terminal da artéria lingual, dirige-se para
craniana pelo forame jugular ou pelo ducto o ápice da língua, vascularizando a mucosa
condiliano, quando existe, vascularizando a e os músculos desta zona, anastomosando-se
duramáter relacionada com os lobos occipitais. com a artéria homóloga.
4º Artéria facial
3º Artéria lingual
A artéria facial (Fig. 173.1) origina-se na
A artéria lingual (Fig. 172.1) origina-se no
artéria carótida externa (Fig. 173.2) superior-
flanco anterior da artéria carótida externa (Fig.
mente à artéria lingual (Fig. 173.3), dirigindo-
172.2), dirige-se com obliquidade ântero-
-se com obliquidade ântero-superior. Depois
súpero-medial até alcançar o corno maior
de alcançar a glândula submandibular (Fig.
do osso hióide (Fig. 172.3). Situa-se superior-
173.4) e de lhe formar um sulco, contorna esta
mente ao osso hióide, até alcançar o corno
glândula e a margem inferior da mandíbula.
menor do osso hióide, muda de direcção, diri-
Dirige-se obliquamente para alcançar a comis-
gindo-se para o ápice da língua, onde se vai
sura dos lábios (Fig. 173.5), percorre o sulco
anastomosar com a artéria homóloga.
naso-geniano e termina no ângulo medial do
bulbo ocular (Fig. 173.6), onde se anastomosa
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Fig. 172 - Artéria lingual 2
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1. Artéria lingual 2. Artéria carótida externa 3. Osso hióide 4. Artéria 10
supra-hioideia 5. Artéria dorsal da língua 6. Artéria sublingual
7. Glândula sublingual 8. Artéria profunda da língua 4 11
4 3
2
1
III
3
II
5
9
8 6 10
7
2
Fig. 347 - Nervo oculomotor
Fig. 346 - Linfáticos da conjuntiva 1. Nervo oculomotor 2. Ramo terminal superior 3. Nervo do músculo
levantador da pálpebra superior 4. Nervo do músculo recto superior
1. Vasos linfáticos eferentes da conjuntiva 2. Grupos nodais linfáticos 5. Ramo terminal inferior 6. Nervo do músculo recto medial 7. Nervo
submandibulares 3. Grupos nodais parotidianos do músculo recto inferior 8. Nervo do músculo oblíquo inferior 9. Raiz
parassimpática do gânglio ciliar 10. Gânglio ciliar
24.1.4. NERVOS
O nervo troclear (Fig. 348.1) constitui o
O bulbo ocular tem uma inervação motora, nervo do músculo oblíquo superior (Fig.
simpática e sensorial. 348.2), inervando o músculo oblíquo superior.
A inervação motora é feita pelos nervos O nervo abducente (Fig. 348.3) constitui o
© LIDEL – EDIÇÕES TÉCNICAS
oculomotor, troclear e abducente que inervam nervo do músculo recto lateral (Fig. 348.4),
os músculos extrínsecos do bulbo ocular e o inervando o músculo recto lateral.
músculo levantador da pálpebra superior. A inervação simpática é feita por intermédio
O nervo oculomotor (Fig. 347.1) origina dois do gânglio ciliar (Fig. 349.1), um pequeno
ramos terminais, um superior e outro inferior. gânglio com forma quadrilátera situado no
O ramo terminal superior (Fig. 347.2) ori- flanco lateral do nervo óptico (Fig. 349.2),
gina dois ramos: o nervo do músculo levan- recebendo ramos aferentes e enviando ramos
tador da pálpebra superior (Fig. 347.3) que eferentes.
MICROVASCULARIZAÇÃO DA RETINA 389
Fig. 539 - Capilares peridiscais, no cão, segundo a técnica de injecção- Fig. 541 - Mácula mostrando ausência de capilares, no cão, segundo
-corrosão para microscopia electrónica de varrimento, com uma a técnica de injecção-corrosão para microscopia electrónica de
ampliação de 81x, numa observação de J.A. Esperança Pina varrimento, com uma ampliação de 110x, numa observação de J.A.
Esperança Pina
1. Arteríolas pré-capilares 2. Capilares radiários peridiscais
1. Mácula lútea mostrando ausência de capilares
arteriais (Fig. 552.2), e ainda arteríolas que Fig. 553 - Trajecto flexuoso das arteríolas radiárias internas, no cobaio,
se dirigem para a bainha do nervo coclear, os segundo a técnica de diafanização, numa observação de M. Assunção
vasa nervorum. O’Neill
1. Arteríola radiária interna 2. Parede do modíolo da cóclea
Fig. 687 - Capilares drenando para uma vénula pós-capilar e este vaso
Fig. 685 - Capilar intertubular situado na espessura de um aglomerado terminando numa vénula de 2ª ordem, no testículo humano adulto,
de células intersticiais (Leydig), no testículo humano adulto, segundo segundo a técnica de injecção-corrosão para microscopia electrónica
a técnica histológica com coloração Mallory-azul-anilina, numa de varrimento, com uma ampliação de 500x, numa observação de
observação de Diogo Pais Diogo Pais
1. Capilar intertubular 2. Células intersticiais (Leydig) 1. Capilares 2. Vénulas pós-capilares 3. Vénula de 2ª ordem
cujo calibre varia de 11 a 30 µm que, por sua No testículo encontram-se anastomoses micro-
vez, terminam em vénulas de 2ª ordem (Fig. vasculares veno-venosas e artério-venosas,
619.3). não sendo observadas anastomoses microvas-
As vénulas pós-capilares (Fig. 688.1 e Fig. culares artério-arteriais.
689.1) dirigem-se em todos os sentidos, ora As anastomoses veno-venosas (Fig. 690.1)
ocupando os espaços intersticiais intertubu- encontram-se em grande número, com 50 µm
lares (Fig. 688.2), ora cruzando os espaços de calibre médio, unindo transversalmente
peritubulares (Fig. 689.2). vénulas de 2ª ordem (Fig. 690.2).
510 ANATOMIA DO CORAÇÃO E VASOS EM ANGIOGRAFIA
Fig. 813 - Angiografia de subtracção digital da veia mesentérica Fig. 814 - Angiografia de subtracção digital da veia porta, por punção
superior, obtida por retorno venoso, numa incidência frontal, numa directa da veia esplénica, numa incidência frontal, numa observação
observação de J. Martins Pisco de J. Martins Pisco
Anatomia
Humana
A Anatomia Humana do Coração e Vasos é descrita baseada na vascularização normal e
Humana
definitiva, como se observa no adulto, sendo também descrita a vascularização fetal ou
placentária, entre o fim da 8.ª semana da vida intra-uterina e o nascimento, em que a nutrição
do feto é realizada pela mãe, com as trocas feto-maternais feitas na placenta.
do Coração e Vasos
e vasos em ecografia, no coração em cintigrafia.
do
2.ª EDIÇÃO
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Esta obra contempla o estudo de:
. Anatomia geral do coração e vasos
Coração e Vasos
. Coração e pericárdio
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. Sistema linfático
. Vascularização e inervação de órgãos com aplicações clínicas
. Microvascularização de órgãos
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. Coração em cintigrafia
J. A. Esperança Pina
Professor Catedrático de Anatomia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova
de Lisboa; Presidente da Federação Internacional das Associações de Anatomistas (IFAA),
de 1994 a 1999; Membro Efectivo da Academia das Ciências de Lisboa
J. A. Esperança Pina
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