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Estrutura da obra:

Parte 1: A história de Arthur é a parte central do livro, sendo que já mais à frente irá ser
resumida

Parte 2: Temos acesso a muitos mais testemunhos impactantes de outras vítimas do


holocausto, que também merecem uma voz, esta parte serve para comprovar a história de
Arthur, pois muitos desacreditavam na história dele e na existência de prisioneiros de guerra
em Auschwitz

Parte 3: Esta parte dá-nos algum contexto histórico pós-guerra, tendo alguns extratos dos
julgamentos de Nuremberga, que foram uma série de tribunais militares organizados pelos
Aliados, para julgar as dezenas de crimes de guerra cometidos pelos nazis

Parte 4: A história de Arthur na primeira edição teve uma reação positiva por parte do público,
pois contribuiu para uma melhor compreensão dos horrores vividos pelos pais e maridos
quando chegavam a casa. Para além disso também levou a reações por parte das gerações
mais novas, pois estes eram sortudos por terem nascido nuns tempos mais pacíficos

Parte 5: Nesta parte é realçado o facto de o governo britânico não dar apoio suficiente aos
militares ingleses no pós-guerra, uma vez que se encontravam traumatizados, isto leva a uma
hipocrisia da parte do governo britânico, pois os soldados lutaram pela pátria não tendo um
apoio merecido

Resumo:
Esta obra é constituída por cinco partes, mas a principal, que dá nome ao livro é a primeira
parte, que consiste na história de Arthur Dodd.

Arthur Dodd nasceu e cresceu no distrito de Castle, em Northwich. Teve sempre um pai
austero e distante, mas para compensar tinha uma mãe muito preocupada. Arthur teve
sempre uma paixão pela condução, após ter deixado a escola e ter ido trabalhar para uma
companhia de transportes, onde aprendeu a conduzir.

Depois da guerra na Europa começar de novo, Arthur tinha um grande desejo de lutar pela sua
pátria, embora isso afligi-se muito sua mãe. Mas após um acidente que o deixou incapacitado,
esse desejo tornou-se bastante difícil de alcançar, no entanto depois de várias sessões de
fisioterapia, Arthur alistou-se no exército sendo o seu talento mais precioso, o facto de saber
conduzir.

Após percorrer bastantes cenários de guerra pela Europa Ocidental e de se aperceber que o
exército francês e o exército inglês não estavam preparados para a dimensão e grandiosidade
do exército alemão, Arthur foi capturado pelo exército nazi e foi levado para um lugar distante,
perto de Cracóvia, ao qua ainda não era conhecido, chamado Campo de concentração de
Auschwitz-Birkenau.

A Arthur ao início pareceu-lhe uma quinta enorme, onde passaria uns meses até a tensões da
Segunda Guerra Mundial acalmarem. Porém, o militar inglês logo percebeu que a realidade
não era essa, vivenciando os horrores praticados pelos nazis ao povo judeu.

Arthur foi colocado numa zona de fabricação, de marcas ainda hoje existentes, do campo de
concentração, de equipamentos e químicos essenciais para guerra, no qual era diariamente
escravizado e espancado.
Arthur descreve-nos pormenorizadamente o dia a dia no campo de concentração mais
mortífero da Europa, em que atos desumanos e monstruosos eram praticados
constantemente. Perante este clima de ódio e agressão, os judeus e os britânicos faziam de
tudo para se entreajudarem, transmitindo informações para o exterior sobre o que lá se
passava, planeando fugas engenhosas e o mais praticado, a sabotagem.

Arthur à medida que os dias se iam passando ia-se convencendo que não sairia dali vivo para
contar ao mundo as atrocidades desumanas ali cometidas, por isso Arthur decidiu juntar-se a
um grupo de militares prisioneiros, também ingleses, para fazerem a maior e mais inteligente
sabotagem no Campo de Auschwitz. Arthur e mais nove homens destruíram, através de
explosões, a principal central elétrica do campo de concentração.

Logo após a Alemanha perder a guerra os prisioneiros e judeus foram libertados, incluindo
Arthur, conseguindo sair do campo com vida.

Arthur: personagem principal

Apreciação crítica:
Esta obra de Colin Rushton, retrata de forma autêntica um período terrível e mortífero na
história da Humanidade. A linguagem e o vocabulário são simples e objetivos, o que torna o
livro aprazível para a sua leitura, todavia o seu conteúdo é tenso e penoso, devido à
sensibilidade do tema, o que cria um contraste interessante.

Este livro é deveras bastante completo, uma vez que contem cinco partes, cada uma com
imensa importância e informação impactante, funcionando estas cinco partes como cinco
dimensões de ver o acontecimento.

Às vezes pensamos que já lemos e vimos bastantes livros e documentários sobre o holocausto,
e que já temos uma visão geral do que aconteceu naquela época, mas depois lemos um livro
como este, que nos aprofunda e amplifica essa visão, relatando-nos de forma “palpável” as
atrocidades cometidas pelos nazis e que não houve limites para o genocídio contra judeus.

O Sabotador de Auschwitz quer de alguma forma realçar que dentre a crueldade e tirania
praticada por alguns seres “humanos”, existem sempre pessoas com compaixão e
generosidade, que sacrificam e arriscam a sua vida pela vida dos outros.

Conclusão:
Recomendo definitivamente a leitura deste livro, uma vez que a história de Arthur é cativante
desde o início ao fim, bem como as testemunhas reais e chocantes de mais vítimas, para além
do Arthur, da brutalidade nazi. Acredito que qualquer pessoa saia mais enriquecido depois da
leitura deste livro.

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