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Fortaleza, 26 de março de 2021

Querida Anne,

Sei que nós não nos conhecemos, mas, assistindo o seu documentário,
fiquei impressionado por sua história, pelo modo que vocês conseguiram
ficar escondidos nos fundos da fábrica onde seu pai, Otto Frank,
trabalhava, e também por nunca perder a esperança de que você, e sua
família, iriam escapar ilesos de lá.
Enquanto você estava escondida, você não tinha noção de quanto
aterrorizante estava a Alemanha, no comando de Adolf Hitler. Campos de
concentração estavam lotados de pessoas, homens pesando mais ou menos
30kg, crianças sendo executadas nas câmaras de gás, era verdadeiramente
um terror, um dos maiores massacres na história da Alemanha, e do
mundo.
Hitler poderia aparentar ser “amigável”, quando entrou no poder em
1933, junto com seu partido Narcisista. Mas, para elevar a moral do povo
alemão, humilhado pelo Tratado de Versalhes, apelou para um discurso
anti-semita e arianista, assim, criando um dos maiores horrores de todos
os tempos, os campos de concentração, conhecido como genocídio nazista,
encarregados de aprisionar e promover o exterminio de Judeus.
Adolf Hitler partia do princípio de que as características, as atitudes,
as habilidades e o comportamento das pessoas eram determinadas por suas
“origens raciais”. Em suma, o programa de guerra e de genocídio de Hitler
foram resultantes do que ele via como um conceito: se expandir e dominar
outros povos e espaços, um processo que exigia a eliminação de todas as
ameaças raciais, especialmente a judaica, ou então eles próprios seriam
extintos.
Você é uma verdadeira guerreira, garota, com certeza um exemplo de
superação para todas as pessoas do mundo, inclusive para mim.
Certo de que terei retorno desta carta, desde já, agradeço a oportunidade
de escrevê-la

Beijos e abraços,

Pedro Bruno Alves Fernandes

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