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Embrapa Semiárido
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Editoras Técnicas
Embrapa
Brasília, DF
2022
Embrapa Semiárido Responsável pela edição
Rodovia BR-428, Km 152, Zona Rural Embrapa, Superintendência de Comunicação
CEP: 56302-970 Petrolina, PE
Fone: +55 (87) 3866-3600 Coordenação editorial
www.embrapa.br Carla Alessandra Timm
www.embrapa.br/fale-conosco/sac Nilda Maria da Cunha Sette
ISBN 978-65-89957-12-6
CDD 551.68
e da deficiência hídrica, com reflexo direto no caram que poderá haver redução da área apta
risco climático para a agricultura (Deressa et al., para culturas forrageiras importantes como a
2011), o que afetará a produção de alimentos palma forrageira (Opuntia sp. e Nopalea sp.) e
e a renda das famílias, podendo contribuir para o capim-buffel (Cenchrus ciliaris L.), o que po-
deslocamentos de pessoas do meio rural para derá impactar consideravelmente na produção
os centros urbanos. pecuária, sobretudo nas regiões mais secas,
Está previsto também o aumento da frequência especialmente em decorrência da redução das
e da intensidade das secas, com consequente precipitações e do aumento da temperatura.
redução da disponibilidade de recursos hídri- Aliado a isso, poderão também ser observa-
cos, o que pode impactar na biodiversidade dos maiores custos de produção em razão das
(Marengo et al., 2013), apesar de a vegetação da menores produtividades e/ou da incorporação
Caatinga ser formada por espécies adaptadas de custos advindos principalmente de maiores
às condições regionais (Angelotti et al., 2011). usos de insumos externos, como ingredientes
A população do Nordeste do Brasil também para rações e suplementos oriundos de outras
apresenta alta vulnerabilidade às mudanças localidades, equipamentos para a irrigação e
climáticas, o que é acentuado pelos baixos ín- captação de água, além de instalações e equi-
dices de desenvolvimento social e econômico, pamentos para amenizar os efeitos do estresse
considerando que grupos populacionais com calórico nos animais.
piores condições de renda, educação e moradia
podem sofrer maiores impactos das alterações
no clima (Marques; Oliveira, 2016). Fontes de emissão de
Nos sistemas de produção pecuários, as alte- gases de efeito estufa e
rações no clima poderão afetar a produção e a
qualidade dos alimentos e das forragens, a dis- medidas de mitigação
ponibilidade de água, o crescimento do animal,
o desempenho produtivo e a reprodução. Além As ações de mitigação abrangem as medidas
disso, essas alterações podem impactar no con- que visam reduzir as emissões de gases de efei-
forto térmico dos animais, aumentando o es- to estufa (GEE), além de aumentar o seques-
tresse calórico, assim como afetar o consumo e tro de carbono nos ecossistemas terrestres.
a utilização dos alimentos, com consequentes Na produção pecuária, o adequado manejo e
efeitos sobre a produção e a saúde do animal uso do solo e a redução da emissão de metano
(Rojas-Downing et al., 2017). entérico são exemplos de medidas mitigadoras
(Angelotti et al., 2011).
Possíveis diminuições na produção de forragem
e na capacidade de suporte dos pastos, em vir- Os principais GEE são o gás carbônico (CO2), o
tude de menores precipitações, prejudicarão a metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O), os quais
geração de produtos de origem animal, a ocu- estão naturalmente presentes na atmosfera ter-
pação de pessoas na agropecuária e a movi- restre e contribuem no bloqueio da radiação in-
mentação econômica promovida pelas cadeias fravermelha, sendo fundamentais para a manu-
produtivas pecuárias. As alterações na tempe- tenção da vida no planeta. Em decorrência das
ratura e na disponibilidade hídrica podem in- atividades antrópicas, o nível de concentração
fluenciar as áreas aptas ao cultivo de plantas do CO2, CH4 e N2O vem aumentando na atmos-
forrageiras, o que, em maior ou menor grau, fera (Brasil, 2014).
poderá promover considerável impacto social e Os sistemas produtivos pecuários contribuem
econômico nos sistemas de produção. com as emissões dos GEE de forma direta e indi-
Santos et al. (2011), em análise do cenário fu- reta, como nas etapas de produção de insumos
turo da pecuária no Semiárido brasileiro, verifi- (Hristov et al., 2017), processamento e trans-
Capítulo 10 – Estratégias de mitigação dos efeitos das alterações do clima
no Semiárido brasileiro e adaptação dos sistemas produtivos pecuários
153
A B
Figura 1. Pasto degradado sem cobertura vegetal (A) e pasto diferido com cobertura vegetal (B), em Petro-
lina, PE.
156 Agricultura de baixa emissão de carbono em regiões semiáridas
Tabela 2. Emissão de metano entérico de caprinos e ovinos a partir de estudos realizados na região semiárida
brasileira.(1)
Fonte: 1Barbosa et al. (2018) caprinos confinados alimentados com diferentes proporções de volumoso e concentrado na dieta; 2Gor-
diano (2015) cabras Repartida e Canindé em pastejo na caatinga, 3Mota (2014), ovinos em pastejo em caatinga raleada enriquecida
ou não enriquecida, 4Costa (2016), ovinos mestiços Santa Inês em pastejo em caatinga raleada.
e das celulolíticas. Além disso, o aumento no As fontes lipídicas para os ruminantes também
consumo de carboidratos não fibrosos (CNF), são alternativas promissoras, uma vez que po-
como consequência do aumento na proporção dem promover a redução da emissão de CH4 por
de concentrado, pode contribuir para otimizar a ação deletéria sobre as bactérias metanogêni-
fermentação ruminal, aumentando a produção cas e consumo do H2 no processo de biohidro-
de propionato que utiliza o H2 que seria usado genação (Beauchemin et al., 2008). Martin et al.
pelas bactérias metanogênicas para a produção (2009) sumarizaram dados de estudos in vivo,
de CH4. oriundos de 28 publicações, que avaliaram os
Patra (2013) aponta diversas estratégias como efeitos de diferentes fontes de lipídeos sobre a
potenciais mitigadoras da emissão de metano emissão de CH4 entérico em bovinos e ovinos e
entérico, que atuam sobre as bactérias metano- verificaram a redução de 3,8% na emissão desse
gênicas no rúmen, tais como: vacinas antime- elemento (g kg-1 de MS ingerida) para cada 1%
tanogênicas, drenos alternativos de nitrogênio de gordura adicionada na dieta.
(nitrato, sulfato, potencializadores de propio-
nato e butirato), ácidos orgânicos insaturados, Patra (2013) avaliou dados de 29 experimentos
inibidores da produção de hidrogênio (ionófo- e verificou que a suplementação com fontes lipí-
ros, bacteriocinas), assim como os metabólitos dicas reduziram a produção de metano (g dia-1,
secundários de plantas (saponinas e taninos) e g kg-1 de MS, g kg-1 de MS digestível, g kg-1 de
as fontes lipídicas (gorduras e ácidos graxos). leite, % da energia bruta ingerida). Os ácidos
Os mecanismos de ação dos taninos sobre a graxos C12:0 (ácido láurico) e C18:3 (ácido lino-
metanogênese consistem no efeito direto sobre lênico) apresentaram maiores efeitos sobre a
os microrganismos ruminais em que os polife- metagênese, se comparados com outros ácidos
nois reagem com a parede celular das bactérias graxos da dieta. Concluiu-se que a suplemen-
e as enzimas extracelulares segregadas, inibin- tação lipídica com alta concentração de C12:0
do o transporte de nutrientes dentro da célula, e C18:3 e ácidos graxos polinsaturados até 6%
retardando o crescimento dos microrganismos da MS são considerados estratégias alimentares
(McSweeney et al., 2001). O outro efeito é o in- para reduzir a emissão de metano entérico sem
direto sobre a degradação da fibra, que surge comprometer a produtividade animal.
pela possível formação de complexos tanino-
Outra fonte de emissão de GEE é formada a
-celulose, reduzindo a atividade fibrolítica e a
produção de hidrogênio, que é o substrato para partir da deposição dos dejetos dos animais,
os microrganismos (Tavendale et al., 2005). quando o material orgânico é decomposto em
condições anaeróbias. A produção de CH4 pelos
Jayanegara et al. (2012), a partir de dados de 30 microrganismos metanogênicos é favorecida
experimentos, verificaram que o aumento na
quando os dejetos são estocados na forma lí-
concentração de tanino na dieta leva a redução
quida. A compostagem, que consiste em uma
da emissão de CH4, indicando que os efeitos do
forma sólida de manipulação de dejetos ani-
tanino são esperados a partir de 20 g kg-1 de
MS. O uso de leguminosas explorando a pre- mais, diferente da forma líquida, é capaz de
sença de taninos são algumas das estratégias suprimir as emissões de CH4, entretanto pode
que podem ser adotadas. A Caatinga apresenta aumentar a formação de N2O (Paustian et al.,
elevada presença de leguminosas, as quais pos- 2000). O manejo adequado dos dejetos pode
suem teores consideráveis de taninos (Marques; trazer benefícios para o ambiente, contribuindo
Oliveira, 2016), demonstrando potencial para a ainda para melhorar a renda nas unidades de
redução de CH4 (Lucas, 2012; Magalhães et al., produção, já que o CH4 pode ser utilizado como
2015; Oliveira, 2016). fonte alternativa de energia.
Capítulo 10 – Estratégias de mitigação dos efeitos das alterações do clima
no Semiárido brasileiro e adaptação dos sistemas produtivos pecuários
159
C D
Figura 2. Palma forrageira como fonte de alimentos e água (A), conservação de forragem na forma de sila-
gem (B), gliricídia (Gliricidia sepium) (leguminosa) (C) e cultivo de maniçoba (planta nativa) (D).
A vegetação nativa deve ser utilizada de acordo [Manihot glaziovii Müll. Arg.; Manihot catingae
com a capacidade de suporte e as peculiarida- Ule; Manihot carthaginensis (Jacq.) Müll. Arg.],
des de cada área. A utilização de plantas pere- o mandacaru (Cereus jamacaru DC.) e o feijão-
nes para a alimentação dos rebanhos poderá -bravo [Cynophalla flexuosa (L.) J.Presl]. Muitas
ser incentivada, pois grande parte dos riscos delas apresentam parâmetros da composição
inerentes à produção de forragem na região química com consideráveis teores de nutrien-
está no plantio. Dessa forma, reduzindo-se as tes, sendo utilizadas na alimentação animal,
operações de plantio, pode-se ter mais sucesso com produção de forragem considerável quan-
na produção de forragem e animal aliado a me- do se leva em conta as características climáti-
nores custos de produção. Nos pastos, visando cas da região (Guimarães Filho; Soares, 1997).
aumentar a vida útil e a produtividade e mini- O estudo e a aplicação de técnicas de cultivo
mizar a degradação, é fundamental a aplicação e o uso das plantas nativas poderão contribuir
de estratégias de manejo do pastejo. É impor- consideravelmente com o aporte dos sistemas
tante também trabalhar a consorciação dos produtivos pecuários.
pastos visando melhorar a dieta dos animais e Por um lado, as plantas da Caatinga se desen-
o aporte de nutrientes ao solo. volveram ao longo dos anos nas condições am-
Dentre os recursos forrageiros nativos, podem bientais regionais, como elevadas temperatu-
ser destacadas algumas plantas com poten- ras, baixas e irregulares precipitações pluviais,
cial para serem cultivadas, como a maniçoba por isso apresentam vantagens competitivas
162 Agricultura de baixa emissão de carbono em regiões semiáridas
em comparação com outros recursos forragei- ca no solo afetando diretamente seus atribu-
ros para o cultivo na região semiárida brasileira, tos físicos, químicos e biológicos. A ILPF pode
sobretudo nas áreas mais secas. Por outro lado, proporcionar a diversificação na produção; au-
essas espécies podem apresentar a presença de mentar a fixação biológica de N atmosférico;
espinhos e compostos secundários como o ta- melhorar a ciclagem de nutrientes; e promover
nino e os glicosídeos cianogênicos, em que al- a modificação de microclimas (Mangabeira et
guns desses componentes são antinutricionais al., 2011; Iwata et al., 2012), contribuindo com
ou tóxicos aos animais. o aumento na biomassa vegetal, tanto na parte
aérea quanto no sistema radicular das plantas,
Na região semiárida, a estacionalidade na pro-
estocando C acima e abaixo do solo em razão
dução de forragem faz com que, na época seca
da grande quantidade de material orgânico que
do ano, tenha déficit na quantidade de alimen-
é adicionada.
tos a serem destinados aos animais, logo é fun-
damental a conservação de alimentos. Os prin- Os sistemas agroflorestais podem ser classifi-
cipais métodos de conservação de alimentos cados de acordo com seus componentes em
para animais são a fenação e a ensilagem, obje- agrossilviculturais, silvipastoris e agrossilvi-
tivando melhorar os índices zootécnicos e eco- pastoris e consistem na diversificação, rotação,
nômicos da produção pecuária da região (Silva consorciação ou sucessão das atividades de
et al., 2015), ao suprir as deficiências quantitati- agricultura e pecuária na unidade de produ-
vas e qualitativas do rebanho. ção (Fernandes; Finco, 2014). A estimativa do
potencial em escala global desses sistemas em
Os sistemas integrados de produção agrope- sequestrar carbono é de 1,1 Pg a 2,2 Pg de C
cuária ou os modelos ILPF são definidos como (1 Pg = 1.015 g ou 1 bilhão de toneladas) duran-
sistemas de uso da terra que envolvem dois te 50 anos, na parte aérea e no solo. Entretanto,
componentes principais, árvores ou arbustos esse potencial varia de acordo com o modelo,
em conjunto com pastagem e/ou cultura agrí- composição das espécies, idade das espécies
cola (Castro Neto et al., 2017). Esses sistemas componentes, localização geográfica, fatores
são considerados eficientes estratégias de ma- ambientais e práticas de manejo (Lorenz; Lal,
nejo para restaurar áreas degradadas, podendo 2014).
aumentar a produção agrícola e pecuária com
potencial de promover o sequestro de C no solo A conversão do pasto degradado em bem ma-
e vegetação. Além de serem estratégias miti- nejado e a introdução de sistemas de ILPF po-
gadoras, evitando perdas de CO2, também são dem reduzir as emissões de GEE em kg de CO2 eq
alternativas de adaptação dos sistemas de pro- emitido por kg de produto animal gerado, po-
dendo aumentar a produção agrícola, pecuária
dução pecuários.
e de madeira. A redução ocorre principalmente
A inclusão do componente florestal propicia devido ao melhoramento do pasto, aumento na
benefícios de ordem ambiental e socioeconô- produção animal, sendo uma técnica potencial
mica, que refletem em melhoria na eficiência para sequestrar C no solo e na biomassa visan-
do uso da terra. Além disso, promove impac- do compensar as emissões de GEE relacionadas
tos positivos em variáveis microclimáticas e na com os animais (Figueiredo et al., 2017).
captura de C, em que as árvores aumentam a
remoção de CO2 da atmosfera e proporcionam
maior conforto térmico aos animais e, quando Manejo do rebanho
em maior densidade, aumentam a fixação de C.
Considerando o cenário de aumento na tem-
A presença de componentes florestais arbóreos peratura, possibilidade de redução na disponi-
adicionados à biodiversidade de espécies pro- bilidade de alimentos e água para os animais,
picia a deposição contínua de resíduos vegetais, assim como o aumento no estresse calórico e a
o que facilita a manutenção da matéria orgâni- redução na eficiência de utilização de alimentos
Capítulo 10 – Estratégias de mitigação dos efeitos das alterações do clima
no Semiárido brasileiro e adaptação dos sistemas produtivos pecuários
163
emissão de CO2, enquanto a melhoria dos ali- Semiárido brasileiro. Petrolina: Embrapa Semiárido,
mentos e da alimentação dos animais, os tani- 2007. p. 141-155.
nos e as fontes lipídicas na alimentação podem ANTUNES, G. R. Diversidade e eficiência na
contribuir na redução da emissão de CH4. As- promoção do crescimento vegetal por bactérias
isoladas de plantas forrageiras do Semiárido. 2016.
sim, a melhoria na eficiência produtiva e inten- 92 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal) –
sificação das áreas de produção proporcionam Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina.
balanços positivos de GEE. ARAÚJO, G. G. L. Os impactos das mudanças climáticas
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regiões semiáridas. Revista Brasileira de Geografia
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vadas temperaturas, a alteração climática irá
acentuar essas condições, sendo necessário ex- ARAÚJO FILHO, J. A.; SOUZA NETO, M.; NEIVA, J. N. M.;
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tos suculentos. Além disso, serão necessárias BARBOSA, A. L.; VOLTOLINI, T. V.; MENEZES, D. R.;
medidas que promovam o bem-estar e ameni- MORAES S. A. de; NASCIMENTO, J. C. S.; RODRIGUES, R.
zem as situações de estresse calórico aos animais, T de S. Intake, digestibility, growth performance, and
como a adequação das instalações, a maior pre- enteric methane emission of Brazilian semiarid non-
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