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Conteúdos de TCM2 Revisão Referências

Transferência de Calor e Massa II


Aula 0 – Revisão TCM1 Convecção e Correlações.

Felipe da Costa Kraus

Prof. Felipe da Costa Kraus, Ms. Eng.


felipedacostakraus@hotmail.com.br

Programa de Graduação em Engenharia Mecânica Udesc.


Universidade Estadual de Santa Catarina

31 de julho de 2023

Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 31 de julho de 2023 1 / 13


Conteúdos de TCM2 Revisão Referências

Sumário

2 Revisão
1 Conteúdos de TCM2

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Conteúdos de TCM2 Revisão Referências

Equação de Difusão de Calor I

Condução Bidimensional
Condução Transiente
Ebulição
Condensação
Radiação
Transferência de Massa por Difusão

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Transferência de Calor

Uma das dificuldades da matéria de transferência de calor é


que na pratica muitos dos modelos combinam técnicas
experimentais, modelos numéricos e físicos no mesmo
problema. Enquanto o ensino e as explicações em sala pesam
para conceitos físicos, deduções e modelos analíticos.
Pensando nisso trago na primeira aula uma situação exemplo
para ilustrar usando notebook em código python:
https://colab.research.google.com/drive/1Ag4O4T7XgEAynVP5KgGft0Gi1AfzFfiU?usp=sharing

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Exemplo 01

Um responsável pela linha de placas eletrônicas que devem


ser resfriadas por um ventilador tipo cooler com velocidade
ajustável. É preciso configurar a velocidade do cooler segunda
a potência da placa eletrônica que deve ser resfriada. Logo se
teve a ideia de colocar o equipamento no laboratório de
eletrônica e medir a velocidade do cooler e a potência da
placa e assim coletar dados sobre o problema.

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Exemplo 02
O responsável registrou a temperatura ambiente de 20◦ C e fez as
medições tentando manter a temperatura da placa estável em 50◦ C
trocando a potencia da placa ajustando a velocidade, colocado os
resultados num gráfico temos:

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Exemplo 03

Todos ficaram felizes com a simplicidade da ideia e placas


eletrônicas foram enviadas para todo o Brasil usando o ajuste
dos cooler usando a função encontrada. Porém logo houve
reclamações de problemas técnicos como a queima de
componentes. Depois de muito debater resolveram refazer os
testes em um outro laboratório em uma das cidades que
apresentaram o problema, Curitiba.

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Exemplo 04
A temperatura ambiente foi registrada em 20◦ C e uma pressão ambiente
corrigida pela alitude de 877,15 KPa, novamente se fez as medições
tentando manter a temperatura da placa estável em 50◦ C trocando a
potencia da placa ajustando a velocidade, colocado os resultados no
mesmo gráfico temos:

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Exemplo 03

Como podemos ver é perceptível que o modelo não captura as


mudanças de temperatura e altitude. A convecção é um
fenômeno complexo que envolve a interação entre o fluido e a
superfície. Assim a correlação usada não tinha nenhuma
informação física sobre as propriedades do fluido ou da
interação com a superfície. Para corrigir esse problema um
estudante de transferência de calor sugeri-o usar
adimensionais, o Reynolds em x e Nusselt em y.

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Exemplo 05
Percebemos que assim a mudança de propriedades do fluido foram
consideradas igualando as duas situações e obtendo uma correlação bem
próxima. Outra melhora no modelo seria melhorar a relação entre Re e Nu
para melhor refletir fisicamente o fenômeno.

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Conclusão

A transferência de calor é um campo fundamental na engenharia e


desempenha um papel crucial em uma variedade de setores e aplicações.
No caso do responsável pela linha de placas eletrônicas resfriadas por um
cooler, o conhecimento de transferência de calor é de extrema importância
para garantir o bom desempenho e a confiabilidade dos componentes
eletrônicos.
Isso implica na a importância de compreender os princípios de
transferência de calor e aplicar corretamente as correlações e modelos
adequados. Sendo relevante para uma ampla gama de aplicações
industriais, como sistemas de refrigeração, trocadores de calor, sistemas de
energia térmica, entre outros. Um profissional com conhecimentos em
transferência de calor pode projetar sistemas mais eficientes [1].

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Conteúdos de TCM2 Revisão Referências

Referências I

[1] Frank P Incropera et al. Fundamentals of heat and mass transfer.


Vol. 6. Wiley New York, 1996.

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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Transferência de Calor e Massa II


Aula 1 – Condução Bidimensional em Regime Estacionário.

Felipe da Costa Kraus

Prof. Felipe da Costa Kraus, Ms. Eng.


felipedacostakraus@hotmail.com.br

Programa de Graduação em Engenharia Mecânica Udesc.


Universidade Estadual de Santa Catarina

28 de agosto de 2023

Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 28 de agosto de 2023 1 / 35


Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Sumário

3 Diferenças finitas
1 Difusão de Calor
Simulção Python
2 Condução Bidimensional Simulção Excel

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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Equação de Difusão de Calor I

O maior objetivo na analise de condução de calor é


determinar a distribuição de temperatura
T (x, y, z, t) em um meio sabendo as taxas de
transferência de calor ou a temperatura na
superfície. Vamos derivar a equação de difusão
de calor para esse proposito.

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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Equação de Difusão de Calor II


qz

dx
dy
dz
dz
z
qx + dx qx
y
x qy dx dy

qz + dz
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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Equação de Difusão de Calor III


Consideramos:
Transferência de calor em todos os sentidos qx , qy , qz num
solido infinitesimal de lados dx , dy , dz .
∂T
Armazenamento de energia Ėst = ρCp dxdydz
∂t
Geração de energia Ėg = q̇dxdydz

Conservação de energia: Ėin + Ėg − Ėout = Ėst


∂T
qx +qy +qz + q̇dxdydz −qx+dx −qy+dy −qz+dz = ρCp dxdydz
∂t
(1)
Não há advecção, só condução

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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Equação de Difusão de Calor III


Expansão de Taylor:
∂f
f (x + dx, y, z) = f (x, y, z) + |x,y,z dx
∂x

∂qx
qx+dx = qx + q dx
∂x
Sendo que:
q = −kA∇T
 

qx − qx+dx = qx − qx + (−kdydz∇T ) dx
∂x

qx − qx+dx = dydz + (−kdydz∇T ) dx
∂x

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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Equação de Difusão de Calor IV

       
∂ ∂T ∂ ∂T ∂ ∂T ∂T
dxdydz k + k + k + q̇ = ρCp dxdydz
∂x ∂x ∂y ∂y ∂z ∂z ∂t
(2)

∂ 2T ∂ 2T ∂ 2T ρCp ∂T
+ + + q̇ = (3)
∂x 2 ∂y 2 ∂z 2 k ∂t

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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Condução Bidimensional

∂ 2T ∂ 2T
+ 2 =0 (4)
∂x 2 ∂y

Figura: Fonte [1]

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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Solução analítica I

T − T1 ∂ 2θ ∂ 2θ
θ = T2 −T1 ; ∂x 2
+ ∂y 2
= 0 (5)

T2 , Θ = 1
y

T1 , Θ = 0 T(x,y) T1 , Θ = 0

0 L x
T1 , Θ = 0
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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Solução analítica II

θ(0, y) = 0 ; θ(x, 0) = 0 ; θ(L, y) = 0; θ(x, W ) = 1

θ(x, y) = X (x) · Y (y)


2 1 d 2Y
− X1 ddxX2 = Y dy 2
(6)
d2X 2 d 2Y 2
dx 2
= λX =0 e dy 2
= λY =0

X = C1 · cosλx + C2 · sinλx

Y = C3 · e−λy + C4 · e+λy

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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Solução analítica III

θ(x, y) = (C1 · cosλx + C2 · sinλx) · C3 · e−λy + C4 · e+λy




θ(0, y) = 0 → C1 = 0

θ(x, 0) = 0 → C2 · sinλx · (C3 + C4 ) → C3 = −C4

θ(L, y) = 0 → C2 C4 · sinλL · eλy − e−λy = 0



→ λ = nπ L
; n = 1, 2, 3...
(7)

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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Solução analítica IV

 nπy −nπy

C2 C4 · sin nπx
L
· e L − e L

nπy −nπy
e L −e L = 2 · sinh nπy
L
(8)
P∞
θ(x, y) = n=1 Cn · sin nπx
L
· sinh nπy
L
P∞
θ(x, W ) = 1 = n=1 Cn · sin nπx
L
· sinh nπy
L

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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Solução analítica V

Ra
b
gm (x) · gn (x) · dx = 0 m ̸= n
P∞
f (x) = n=1 An gn (x)
Ra Ra P∞
b
f (x) · gm (x) · dx = b
gm (x) · n=1 An gn (x) · dx (9)
Ra Ra
b
f (x) · gm (x) · dx = Am b
gm2 (x) · dx
Ra
b Rf (x)·gm (x)·dx
An = a 2
b gm (x)·dx

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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Solução analítica VI

RL
sin nπx ·dx 2·((−1)n+1 +1)
An = R 0L
2 nπx
L
= π·n
0 sin L ·dx

P∞ 2·((−1)n+1 +1)
1= n=1 π·n
· sin nπx
L
(10)
2·((−1)n+1 +1)
Cn = nπ·sinh nπW
n = 1, 2, 3...
L

P∞ (−1)n+1 +1 sinh nπy


θ(x, y) = 2
π n=1 n
· sin nπx
L
· L
sinh nπW
L

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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Solução analítica VII

Figura: Isotermas e linhas de fluxo de calor para a condução bidimensional em uma placa
retangular Fonte [1]

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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Fatores de forma para condução I

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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Fatores de forma para condução II

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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Fatores de forma para condução III

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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Fatores de forma para condução IV

Figura: Fonte [1]

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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Solução diferenças finitas I

Figura: Fonte [1]


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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Solução diferenças finitas II

∂2T ∂T /∂x|m+1/2,n −∂T /∂x|m−1/2,n


∂x 2 m,n
≈ ∆x

∂T Tm+1,n −Tm,n
∂x m+1/2,n
≈ ∆x

∂T Tm,n −Tm−1,n
∂x m−1/2,n
≈ ∆x

∂2T Tm+1,n +Tm−1,n −2Tm,n


∂x 2
≈ (∆x)2
m,n

∂2T Tm,n+1 +Tm,n−1 −2Tm,n


∂y 2
≈ (∆y)2
m,n

∂2T ∂2T
∂x 2
+ ∂x 2
= Tm,n+1 + Tm,n−1 + Tm+1,n + Tm−1,n − 4Tm,n = 0
(11)
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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Solução diferenças finitas III

Aplicar a equação de diferenças finitas em todos os pontos


nodais do interior da malha. Junto com as condições de
contorno nas bordas. Resolvemos numericamente as equações
com álgebra linear usando a técnica de inversão de matrices:

Gauss - Jordan Elimination


Gauss - Seidel Iteration

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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Solução diferenças finitas IV

Tebela 4.2 Caso 1: Ponto nodal interior

m,n+1

Equação diferenças finitas para


∆y
∆x = ∆y
m,n m+1,n
m-1,n Tm,n+1 + Tm,n−1 + Tm+1,n
(12)
+Tm−1,n − 4Tm,n = 0

m,n-1
∆x

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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Solução diferenças finitas V

Tebela 4.2 Caso 2: Ponto nodal em um


vértice interno com convecção

m,n+1
Equação diferenças finitas para
∆y ∆x = ∆y
m,n m+1,n
m-1,n 2(Tm−1,n + Tm,n+1 ) + (Tm+1,n
 + Tm,n−1 )
h∆x h∆x
T∞ , h +2 k T∞ − 2 3 + k Tm,n = 0
(13)
m,n-1
∆x

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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Solução diferenças finitas VI

Tebela 4.2 Caso 3: Ponto nodal em uma


superficie plana com convecção
m,n+1

Equação diferenças finitas para


∆y
m,n
∆x = ∆y
T∞ , h
m-1,n (2Tm−1,n + Tm,n+1 + Tm,n−1
h∆x h∆x
 )+
+2 k T∞ − 2 2 + k Tm,n = 0
(14)
m,n-1
∆x

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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Solução diferenças finitas VII

Tebela 4.2 Caso 4: Ponto nodal em um


vértice externo com convecção
m-1,n
m,n
T∞ , h Equação diferenças finitas para
∆x = ∆y
∆y
Tm,n−1 + Tm−1,n ) + 2 h∆x
k
T∞
h∆x
 (15)
∆x
m,n-1 −2 1 + k Tm,n = 0

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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Solução diferenças finitas VIII

Tebela 4.2 Caso 5: Ponto nodal em uma


superfície plana com fluxo térmico uniforme
m,n+1

∆y Equação diferenças finitas para


m,n ′′
∆x = ∆y
m-1,n
q
(2Tm−1,n + Tm,n+1 + Tm,n−1 )
′′ (16)
+2 q ∆x
k
− 4Tm,n = 0
m,n-1
∆x

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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Simulção Python I

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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Simulção Python II

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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Simulção Python III

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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Simulção Python IV

Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 28 de agosto de 2023 31 / 35


Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Simulção Python

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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Simulção Excel

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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

Referências I

[1] Frank P Incropera et al. Fundamentals of heat and mass transfer.


Vol. 6. Wiley New York, 1996.

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Difusão de Calor Condução Bidimensional Diferenças finitas Referências

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Transferência de Calor e Massa II


Aula 2 – Condução Transciente.

Felipe da Costa Kraus

Prof. Felipe da Costa Kraus, Ms. Eng.


felipedacostakraus@hotmail.com.br

Programa de Graduação em Engenharia Mecânica Udesc.


Universidade Estadual de Santa Catarina

28 de setembro de 2023

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Sumário

2 Solido Semi-infinito
1 Condução Transciente 3 Sistemas Radiais

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Condução Transciente

Voltamos a equação de difução de calor e agora não


podemos desprezar o termo transciente de calor
com a difusividade de calor:
ρCp m2
α= [ ]
k s

∂ 2T ∂ 2T ∂ 2T ∂T
+ + + q̇ = α (1)
∂x 2 ∂y 2 ∂z 2 ∂t

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Difusividade de calor

A difusividade térmica mede a capacidade de um


material de conduzir energia térmica em relação à
sua capacidade de armazenar energia térmica. Alta
difusividade significa transferências de calor
rapidamente.

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Solução Analítica

Ts,1 T(x,t0 )

T(x,t1 )
Ts,2

x x=L

4 X 1 −( nπ )2 αt  nπx 
T (x, t) = T1 + (T0 − T1 ) · e 2L sin (2)
π n=1
n 2L

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Método da Capacitância Global I


Assume que não há nenhum gradiente de temperatura em
um objeto a medida que muda minha temperatura com trocas
de calor externas.

O termo capacitância é adaptado da teoria do circuito


elétrico para o calor problema de transferência. Podemos
definir uma constante de tempo térmica:
Å ã
1
τt = (ρcV ) = Rt Ct
h̄A
1
resistência térmica : Rt = h̄A

capacitância térmica: Ct = ρc V
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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Método da Capacitância Global II

A solução elétrica para E (t) é análoga à resposta


térmica:

+
E I R
− ∆V

−Q +Q
C

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Método da Capacitância Global III


1

0.8

0.6
∆Θ
0.4

0.2

0
0 10 20 30 L
40
O corpo sendo resfriado

Θ = 10 e−x/10

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Método da Capacitância Global IV


−Ėsai = Ėacu

−hAs (T − T∞ ) = ρVCp dT
dt

θ ≡ T − T∞
ρVCp dθ
hAs
· dt
= −θ
(3)

ρVCp Rθ dθ
Rt
hAs θ
=− dt
θi 0

θi ≡ Ti − T∞
θ hAs
ln θi
= −t · ρVCp
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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Método da Capacitância Global V


ρVCp
θ
θi
= e−t hAs

ρVCp
T −T∞
Ti −T∞
= e−t hAs

constante tempo termico


ρVc
τt = hAs
= Rt Ct (4)

−t
T −T∞
Ti −T∞
= e τt
Ä t ä
Q = ρVCp θi 1 − e− τt

−Q = ∆Eacu
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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Método da Capacitância Global VI


1

ρVc
τt = hAs = Rt Ct
Ti −T∞
T −T∞
=
Θi
Θ

0.37

0 τt,1 τt,2 τt,3 τt,4 τt,5 τt,6


0
t
Figura 5.2: Resposta transciente da temperatura de sólidos com capacitância
globais para diferentes constantes de tempo térmicas τt . Fonte [1]
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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Numero de Biot I

Bi < 0, 1 1 > Bi > 0, 1 Bi > 1


conducao dominate ambas significantes conveccao dominante

O número de Biot (Bi) é um número adimensional usado em transferência


de calor e dinâmica de fluidos para descrever a importância relativa da
condução e da convecção em um sistema. É nomeado após o engenheiro
francês Jean-Baptiste Biot, que desenvolveu o conceito no século XIX.

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Numero de Biot II
hLc V
Bi = Lc = (5)
k As

Figura: Distribuição de temperatura para numero de biot diferentes numa parede sobre
convecção Fonte:[1]

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Numero de Biot III

Geometria Area Sp. Volume Lc

L
2·e·h 2L · e · h L

2πr · L πr 2 · L r/2

4πr 2 4/3 πr 3 r/3

6L2 L3 L/6

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Capacitância Global outros casos

′′
qrad

ρ, c, V , T (0) = Ti
′′
T∞ , h
qs
Ėq , Ėst ′′
qcov

As , h As(c,r)

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Somente radiação

dT
= −ϵAs,r σ T 4 − Tviz
4

ρVc
dt

Z t Z T
ϵAs,r σ dt
dt = 4
ρVc o Ti Tviz − T4
(6)
ß
ρVCp Tsur + T Tsur + Ti
t= ln − ln
3
4εAs,r σTsur Tsur − T Tsur − Ti
ï Å ã Å ãò™
−1 T −1 Ti
+2 tan − tan
Tsur Tsur

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Com coeficiente convectivo variável

h = C(T − T∞ )n

−C(T − T∞ )n As,c (T − T∞ ) = −CAs,c (T − T∞ )n+1 = ρVCp dT


dt

Ä nCA θin
ä− 1
θ
θi
= s,c
ρVCp
t +1 n
(7)

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Solido Semi-infinito I

Analise dimensional

T (t = 0, x) = Ti
T (t, x = 0) = To
n
∂2T ∂T ∗ θ T −T∞ Aquecimento 1 ∼ 0
α· ∂x 2 = ∂t → θ = θi = Ti −T∞ Resfriamento 0 ∼ 1

∆θ2 ∆θ

α· 2
∆xref
= ∆t → xref = α·t
(8)

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Solido Semi-infinito II

n ∂η ′
∂t =x·g(t) η
η = x · g(t) ∂η ex = g(t)
∂x =g(t)

∂T dT ∂η ′ dT
∂t = dη ∂t = x · g(t) · dη
(9)
∂T dT ∂T dT
∂x = dη ∂x = g(t) · dη

∂2T d 2T
d ∂T
 ∂η
∂x 2 = g(t) · dη ∂x ∂x = g(t)2 · dη 2

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Solido Semi-infinito III

∂2T ∂T
α· ∂x 2 = ∂t


d 2T g(t) dT
α · g(t)2 · dη 2 =η· g(t) · dη (10)

d2T ′
dη 2 g(t)
dT
η· dη
= α·g(t)3 = C1

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Solido Semi-infinito IV


g(t) = C1 g(t)3 α
R dg(t) R 1
g(t)3 = C1 · α · dt → −2·g(t)2 = C1 αt + C2
»
−1
g(t) = 2C1 αt+2C2 para T (t = 0, x) = Ti
»
−1
Ti = 2C2 usando t → ∞ x = 0 → C2 = 0
»
−1 √1
g(t) = 2C1 αt → C1 = −2 → g(t) = 2 αt
(11)
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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Solido Semi-infinito V

d2T
dη 2 d 2T dT
dT
η· dη
= −2 → dη 2 + 2η · dη =0

dT dF
dη =F → dη + 2ηF = 0
(12)

dF
F = −2ηdη → ln(F ) = −η 2 + ln(C3 )
2 2
F = C3 · e−η → dT
dη = C3 · e−η

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Solido Semi-infinito VI

2 Rη 2
dT = C3 · e−η dη → T = C3 0 e−η dη + C4

usando T (t = 0, x) = Ti e T (t, x = 0) = To
Rη √
2 π
Ti = C 3 0 e−η dη + To → Ti = C3 2 + To
Rη 2
C3 = √2
π
· (Ti − To ) → T = √2
π
· (Ti − To ) 0 e−η dη + T

T (t,x)−To Rη 2
Ti −To = √2
π 0 e−η dη = erf (η)
(13)

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Caso 1:

Figura: Fonte [1]

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Caso 1:

Temperatura superficial constante

T (x, t) − Ts
Å ã
x
= erf √
Ti − Ts 2 αt
Ts − Ti
qs ” = k √
παt

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Caso 2:

Figura: Fonte [1]

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Caso 2:

Fluxo termico na superficie constante

2qo′′ (αt/π)1/2 qo′′ x


Å 2ã
−x
Å ã
x
T (x, t) − Ti = exp − erfc √
k 4αt k 2 αt

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Caso 3:

Figura: Fonte [1]

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Caso 3:

Convecção na superficie
−k ∂T
∂x |x=0 = h(T∞ − T (0, t))
ãò ñ Ç √ åô
T (x, t) − Ti h2 αt
Å ã ï Å
x hx x h αt
= erfc √ − exp + 2 erfc √ +
T∞ − Ti 2 αt k k 2 αt k

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Figura: Contato interfacial entre dois sólidos semi-infinitos a diferentes temperaturas inicais
Fonte [1]
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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Figura: Condução transciente temperatura constante na superfície Fonte [1]

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Numero de Forier I

Analise dimensional
n
∂2T ∂T ∗ θ T −T∞ Aquecimento 1 ∼ 0
α· ∂x 2 = ∂t → θ = θi = Ti −T∞ Resfriamento 0 ∼ 1

∆θ2 ∆θ ∆x 2 L2
α· ∆x 2 = ∆t → ∆t ≂ α∆θ ≂ α

αt α∆t α L2
Fo = L2 → ∆Fo = L2 → ∆Fo ≂ L2 · α ≂1
(14)

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Numero de Forier II

O número de Fourier descreve a taxa na qual o


calor flui para um material em relação à taxa na
qual o material pode armazenar calor.
Um pequeno número de Fourier indica que a
condução de calor ocorre lentamente em
comparação com o armazenamento de calor.
Por outro lado, um grande número de Fourier
indica que a condução de calor ocorre rapidamente
em relação ao armazenamento de calor.

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Numero de Forier III

O número de Fourier é freqüentemente usado na


análise de transferência de calor transiente para
determinar quanto tempo leva para um sistema
atingir o estado estacionário.
Em geral, um número de Fourier menor que 0,2
indica que o sistema ainda está no estado
transitório, enquanto um número de Fourier maior
que 1,0 indica que o sistema atingiu o estado
estacionário.

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Efeitos espaciais I

∂2T 1 ∂T
∂x 2 = α ∂t

T −T∞
T (x, 0) = Ti θ∗ = θ
θi = Ti −T∞

∂T
∂x |x=0 =0 x∗ = x
L

−k ∂T
∂x |x=L = h[T (L, t) − T∞ ] t∗ = αt
L2 = Fo
(16)

T = T (x, t, Ti , T∞ , L, k, α, h)
(15)

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Efeitos espaciais II

∂ 2 θ∗ ∂θ∗
∂x ∗2 = ∂Fo

θ∗ (x ∗ , 0) = 1

∂θ∗ ∗
∂x ∗ |x =0 =0 (17)

∂θ∗ ∗
∂x ∗ |x =1 = −Bi θ∗ (1, t ∗ )

θ∗ = f (x ∗ , Fo , Bi )

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Solução exata

P∞
θ∗ = 2 ∗
n=1 Cn exp (−ζn Fo) cos (ζn x )

4 sin ζn
Cn = 2ζn +sin(2ζn )
(18)

ζn tan ζn = Bi

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Solução aproximada

P∞
θ∗ = 2 ∗
n=1 Cn exp (−ζn Fo) cos (ζn x )

Temperatura espacial : θ∗ = θo∗ cos (ζ1 x ∗ )


(19)
−ζ12 Fo
Temperatura no centro : θo∗ = C1 e

Q sin(ζ1 ) ∗
Perda de calor : Qo =1− ζ1 θo

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Cilindro Infinito Exata

P∞
θ∗ = 2 ∗
n=1 Cn exp (−ζn Fo) cos (ζn r )

Fo = αt/ro2

2 J1 (ζn )
Cn = ζn + J02 (ζn )+J12 (ζn ) (20)

ζn JJ01 (ζ
(ζn )
n)
= Bi = hro
k

J1 e J0 sao funcoes de Bessel

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Esfera Exata

P∞
θ∗ = 2 1
n=1 Cn exp (−ζn Fo) ζn r ∗ cos (ζn r ∗ )

Fo = αt/ro2
(21)
4(sin(ζn )−ζn cos(ζn ))
Cn = 2ζn −sin(2ζn )

hro
1 − ζn cot(ζn ) = Bi = k

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Cilindro Infinito Aproximada

θ∗ = C1 exp (−ζn2 Fo) cos (ζ1 r ∗ )

Temperatura espacial : θ∗ = θo∗ J0 (ζ1 r ∗ )

Temperatura no centro : θo∗ = C1 exp (−ζn2 Fo) (22)

J1 e J0 sao funcoes de Bessel

Q 2θo∗
Perda de calor : Qo =1− ζ1 J1 (ζ1 )

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Esfera Aproximada

θ∗ = C1 exp (−ζ12 Fo) ζ11r ∗ sen (ζ1 r ∗ )

Temperatura espacial : θ∗ = θo∗ ζ11r ∗ sen (ζ1 r ∗ )

Temperatura no centro : θo∗ = C1 exp (−ζn2 Fo)

Q 3θo∗
Perda de calor : Qo =1− ζ13
(sen(ζ1 ) − ζ1 cos(ζ1 ))
(23)

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Tabela Coeficientes

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Tabela Coeficientes

Figura: Fonte [1]

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Referências I

[1] Frank P Incropera et al. Fundamentals of heat and mass transfer.


Vol. 6. Wiley New York, 1996.

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Condução Transciente Solido Semi-infinito Sistemas Radiais Referências

Obrigado(a) pela Atenção!

Contato:

felipe.kraus@udesc.br
felipe.kraus@labcet.ufsc.br

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Transferência de Calor e Massa II


Aula 3 – Ebulição e Condensação.

Felipe da Costa Kraus

Prof. Felipe da Costa Kraus, Ms. Eng.


felipedacostakraus@hotmail.com.br

Programa de Graduação em Engenharia Mecânica Udesc.


Universidade Estadual de Santa Catarina

30 de outubro de 2023

Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 30 de outubro de 2023 1 / 56


Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Sumário

3 Ebulição Conv. Forçada


1 Ebulição
2 Ebulição piscina 4 Condensação

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Ebulição

A evaporação ocorre numa interface solido-líquido


tendo a temperatura de superfície Ts maior do que
a temperatura de saturação, Tsat , correspondente a
pressão do líquido.

q” = h(Ts − Tsat ) (1)

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Tipos de Ebulição

Ebulição de piscina (convecção natural


g(ρl − ρv ))
Subresfriada Tliq <Tsat
Saturada Tsat
Convecção forçada ( escoamento multifásico)
Sub-resfriada Tliq <Tsat
Saturada Tsat

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Noções Físicas

Área superfície bolha

Área troca de Calor

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Balanço de Força Descolamento da Bolha

Tensão Superficial σ
As · g · (ρl − ρg ) = σ

2 · π · (d/2)2 · g · (ρl − ρg ) = σ

1 2·σ
» »
d= π · g·(ρl −ρg )

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Descolamento da Bolha

Água β o = 45°
ddesc Refrigerantes β o = 35°
Benzeno β o = 40°

βo

Correlação levando em conta o angulo de contato


da bolha
2·σ
ddesc = 0, 0149 · β o · (2)
g · (ρl − ρg )
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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Curva de Ebulição

Figura: Experimento de controle de potência de Nukiyama Fonte [1]

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Curva de Ebulição

Figura: Fonte [1]

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Curva de Ebulição

De 0C ◦ a 5C ◦ convecção livre (só liquido).


De 5C ◦ a 10C ◦ ebulição nucleada, bolhas isoladas.
De 10C ◦ a 30C ◦ ebulição nucleada, jatos e colunas de
bolhas.
De 30C ◦ a 120C ◦ região de transição, filme de bolhas
formando um isolamento.
De 120C ◦ ebulição de filme, escoamento anular,
aquecimento por radiação.

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Transferência de Calor

qs′′ = h · (Ts − Tsat ) = hfg · V


Ab · (ρl − ρg ) / t

2·π·r 3
qs′′ = h · (Ts − Tsat ) = hfg · 3·π·r 2 · (ρl − ρg ) / t

2·r
qs′′ = h · (Ts − Tsat ) = hfg · 3 · (ρl − ρg ) / t

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Coeficiente de convecção
8,000 Água 662KPa
Coeficiente de convecção (W /m2 · K )

4,000 a
lead
N uc
ão
u liç
Eb
2,000 e
Convecção Livr

1,000
1 2 3
Excesso de Temperatura Ts − Tsat (K)
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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Correlação ebulição nucleada em piscina

Rohsenow Equation [2]


ò1/2 Å ã3
− c
ï
g (ρ l ρ v ) p,l ∆T e
qs′′ = µl hfg
σ Cs,f hfg Prln
(3)
Propriedades a temperatura de saturação ±100%

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Valores de Csf para várias combinações superfície-fluido [5,7]


Combinação Superfície-Fluido Csf n
Água-Cobre 0,0068 1,0
Riscada 0,0128 1,0
Polida 1,0
Água-aço inoxidável 1,0
Tratado quimicamente 0,0133 1,0
Polida mecanicamente 0,0132 1,0
Esmerilhada e polida 0,0080 1,0
Água-latão 0,0060 1,0
Água-níquel 0,0060 1,0
Água-platina 0,0130 1,0
n-Pentano-cobre 1,0
Polida 0,0154 1,7
Esmerilhada 0,0049 1,7
Benzeno-cromo 0,0001 1,7
Álcool etílico-cromo 0,0027 1,7
Fonte: [1]

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Panela fervendo água

Tsat = 100C ◦ Panela de Inox polida Ts = 130C ◦


Raio de desprendimento: 1.08 mm
Fluxo de calor: 1098837.97 W /m2
Tempo de desprendimento: 1.3 s
Coeficente de convecção: 36627.93 W /K · m2

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Dedução fluxo térmico crítico I

y y

x x

Figura: Transição entre ebulição nucleada, bolhas isoladas, e jatos e colunas de bolhas.

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Dedução fluxo térmico crítico II

Assumindo: Sem geração de vapor ao


Vapor longo da coluna. Todo o vapor é gerado
Liquido Tsat na base da coluna.

σ
u
σ Usando conservação de massa
na coluna de vapor:

u · π · rb2 = u · π · (rb − δ)2


u
ä2 Å ã2
1
Ä
θ ′
u =u· rb
=u·
rb Superfície To rb −δ 1− rδ
b
Fδ Fδ
(4)

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Dedução fluxo térmico crítico III

Assumindo δ
rb
<< 1
1 2 3
Usando a expansão de série de Taylor: (1−x)2 = 1+2x +3x +4x

Å ã

∼ δ
u =u 1+2
rb
Aplicando Bernoulli ao longo da linha de fluxo na coluna de

vapor entre u e u
Ä ′2
∆P = 12 ρg u − u2
ä

′2 δ2
u ∼
Ä ä
= u2 1 + 4 rδb + 4 ̸ rb2

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Dedução fluxo térmico crítico IV

Já que δ
rb
<< 1 temos que ( rδb )2 = 0

1 4δu2 2pg δu2


Å ã
2 2
∆P = ρg ̸ u + −̸u =
2 rb rb
δ Ä ̸2 ä
F∆ρ = 2ρg u2 πrb = 2ρg u2 δπrb
̸ rb
δ
Fσ = Peri σ sin θ ≈ Peri σ tan θ = σ · 2π ̸ rb
̸ rb

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Dedução fluxo térmico crítico V


Usando balanço de forças:

2 ̸ πrb ρgu2 ̸ δ ≁ πσ ̸ δ
» 
2 σ σg ρf − ρg
u ∼ ∼
ρg Db ρg
Usando Db ∼ ( σ
)1/2
(pf −pg )g
1 1/2  1/4
u∼ σg pf − pg
pg
′′ 1/2  1/4
qmax ∼ uρg hfg ∼ hfg ρg σg ρf − ρg

1/4
′′
= Cmax hfg σgρg 2 ρf − ρg

qmax
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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Fluxo térmico crítico

Kutateladze [3] e Zuber [4] Equation


ã1/4

Å
σg(ρ l ρ v )
′′
qmax = Chfg ρv (5)
ρ2v
Propriedades a temperatura de saturação ±16%
Placas horizontais grandes C=0,149
Para grandes cilindros horizontais C=0,131

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Fluxo térmico Minímo

Zuber [4] Equation


ã1/4
σg(ρl − ρv )
Å
′′
qmin = Cρv hfg (6)
(ρl − ρv )2
Propriedades a temperatura de saturação ±50%
Placas horizontais grandes C=0,09 Berenson [5]

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Ebulição em Filme em Piscina

Além do ponto de Leidenfrost


′ !1/4
3
hconv D g(ρl − ρv )hfg D
NuD = =C
kv vk kv (Ts − Tsat )
(7)
Propriedades a temperatura de filme
Tf = (Ts − Tsat )/2 e ρv e hfg a Tsat
Para cilindros horizontais C=0,62 [6]
Para esferas C=0,67 [7]

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Ebulição em Filme em Piscina

Radiação
4/3 4/3 1/3
h = hconv + hrad h
(8)
ϵσ ( Ts4 −Tsat
4
)
hrad = Ts −Tsat
Solução Iterativa

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Ebulição Convecção Forçada Escoamento Externo

Baixa Velocidade
ã1/3 å
1 4
Ç
′′ Å
qmax
= 1+ (9)
ρv hfg V π WeD

Alta Velocidade
′′
qmax (ρl /ρv )3/4 (ρl /ρv )1/2
= + (10)
ρv hfg V 169π 19, 2πWeD
1/3

ρv V 2 D
WeD ≡ σ ±50%

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Escoamento Bifásico

R
Att ρu(r, x)XdAtr
X≡ (11)

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Escoamento Bifásico Tipos

convecção forçada no liquido


escoamento com bolhas (bubbly flow regime)
escoamento em bolsões (slug flow regime)
escoamento anular (annular-flow regime)
regime de transição (transition regime)
regime de névoa (mist regime)
convecção forçada no vapor

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Escoamento Bifásico Tipos

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Correlações Escoamento Bifásico

Ebulição em escoamento saturado em tubos circulares lisos


Å ã0,1
h ρl
=0, 6683 X̄ 0,16 (1 − X̄ )0,64 f (Fr)
hmf ρv
Å ′′ ã0,7
qs
+ 1058 ′′
(1 − X̄ )0,8 Gs,f
ṁ hfg
Å ã0,45
h ρl (12)
=1, 136 X̄ 0,72 (1 − X̄ )0,08 f (Fr)
hmf ρv
Å ′′ ã0,7
qs
+ 667, 2 ′′
(1 − X̄ )0,8 Gs,f
ṁ hfg
0 < X̄ ≤0, 8

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Correlações Escoamento Bifásico


Valores de Gs,f para várias combinações superfície-líquido [27,28]
Fluido em tubo de cobre s,f
Querosene
Refrigerante R-134a 1,63
Refrigerante R-152a 1,10
Água 1,00
Para tubos de aço inoxidável use Gs,f =1
Fonte: [1]

2
Fr = (ṁ”/ρl ) /(gD) para Fr ≥ 0, 04

f (Fr) = 2, 63Fr0,3 para Fr ≤ 0, 04


»
Co = σ/ (g (ρl − ρv )) /Dh ≤ 1/2

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Condensação

A condensação ocorre numa interface


solido-líquido quando a temperatura de vapor Tv é
reduzida a uma temperatura menor do que a
temperatura de saturação, Tsat , correspondente a
pressão do líquido.

q” = h(Ts − Tsat ) (13)

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Tipos de Condensação
Condensação de filme Condensação de gotas

Figura: Fonte [1]

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Maximizar condensação

Figura: Condensação sobre arranjo de tubos minimizando a area vertical e maximizando o


gotejamento e a troca de calor. Fonte [1]

Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 30 de outubro de 2023 35 / 56


Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Maximizar condensação

Utilização de recobrimentos
Teflon
Silicone
Corrugações
Óleos

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Camada Limite para condensação

Figura: Condensação em filme sobre uma placa vertical. a) Taxa de condensado para uma
placa de largura b. b) Regimes de escoamento Fonte [1]

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Figura: Efeitos de camada-limite realcionados à condensação em filme sobre uma superfície


vertical. a) Sem aproximação. b) Com a hipótese associadas à análise de Nusselt,
para uma placa vertical com largura b. Fonte [1]
Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 30 de outubro de 2023 38 / 56
Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Hipóteses na análize de Nusselt

Escoamento laminar e propriedades constantes são


supostas no filme
Gás vapor puro a Tsat , desprezando a condunção vinda do
vapor.
Supõe-se que a tensão cisalhante na interface
∂u
líquido-vapor seja desprezível, ou seja |y=δ = 0.
∂y
As transferências de momento e energia por advecção no
filme de condensado são consideradas desprezíveis.

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Análize de Nusselt I
Navier Stokes na direcao x no condensado :
2
 + v ∂u
∂u 1 ∂P ∂ u
u∂x ∂y = − ρl ∂x + νl ∂y 2 + g




2
1 ∂P ∂ u
ρl ∂x = νl ∂y 2 + g

Navier Stokes na direcao x no vapor :


2
 + v ∂u
∂u 1 ∂P ∂u
u∂x ∂y = − ρg ∂x + νg ∂y 2 + g

 
 

∂P
∂x = ρg · g P hidroestatica
Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 30 de outubro de 2023 40 / 56
Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Análize de Nusselt II
n
∂2u g u(y=0)=0
∂y 2 = µl (ρl − ρg ) ∂u µg
∂y |y=δ =0 µl ≪1
Balanco Energ.
g(ρ −ρ )δ 2 1 y 2
Ä ä
y
u(y) = l
µl
v
δ − 2 δ
′′
q = k ∂T |
∂y y=0
= hfg d ṁ
(14) (15)
y

dx d ṁ

ṁ + d ṁ
δ
x
Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 30 de outubro de 2023 41 / 56
Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Análize de Nusselt III

Equacao Energetica na direcao x :


2
u∂T ∂T ∂ T
∂x + v ∂y = α ∂y 2
 



2
n
T (y=0)=Ts
α ∂∂yT2 =0 T (y=δ)=Tsat

T (y) = Ts + (Tsat − Ts ) yδ

ṁ(x) R δ(x)
b = 0 ρl u(y)dy ≡ Γ(x)

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Análize de Nusselt IV

Rδ g(ρl −ρv )δ 2 1 y 2
Ä ä
y
0 µl δ − 2 δ

δ ′
hfg = hfg (1 + 0, 68Ja)
g(ρl −ρv )δ 2 y2
Ä 3 ää
1
Ä
y
µl 2δ − 6 δ2 0 ′
qs = hx (Tsat − Ts )
g(ρl −ρv )δ 3
Γ(x) = 3µl kl
hx = δ
(17)
′′ Tsat −Ts
qs = k ∂T
∂y = d ṁ · hfg sendo ∂T
∂y = δ
y=δ
(16)

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Análize de Nusselt V

dΓ kl (Tsat −Ts )
dx = δhfg
Å ′ ã1/4
gρl (ρl −ρv )kl3 hfg
hx = 4kl µl (Tsat −Ts )x
dΓ gρl (ρl −ρv )δ 2 dδ
dx = µl dx
1
hx dx = 43 hL
RL
hL = L 0
δ 3 dδ = kl µl (Tsat −Ts )
gρl (ρl −ρv )hfg dx Å ′ ã1/4
gρl (ρl −ρv )kl3 hfg
hL = 0, 943 µl (Tsat −Ts )L
−T )x 1/4
Ä 4k µ (T
(19)
ä
l l sat s
δ(x) = gρl (ρl −ρv )hfg
(18)

Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 30 de outubro de 2023 44 / 56


Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Análize de Nusselt VI

Å ′
ã1/4
gρl (ρl −ρv )hfg L3
NuL = hL L
kl = 0, 943 µl kl (Tsat −Ts )

Å ′
ã1/4
gρl kl3 (ρl −ρv )hfg (Tsat −Ts )3
q = hL A(Tsat − Ts ) = 0, 943A µl L

Å ã1/4
q gρl kl3 (ρl −ρv )(Tsat −Ts )3
ṁ = ′
hfg
= 0, 943A ′ 3
µl L(hfg )
(20)

Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 30 de outubro de 2023 45 / 56


Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Correlação de Nusselt

′ !1/4
hLL gρl (ρl − ρv )hfg L3
NuL = = 0, 943
kl µl kl (Tsat − Ts )
(21)
Propriedades a temperatura de filme
Tf = (Ts − Tsat )/2 e ρv e hfg a Tsat
Cpl (Tsat − Ts )
Ja = Ja ⩽ 0, 1 ±3%
hfg
1 ⩽ Pr ⩽ 100 Re ⩽ 30 Laminar
Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 30 de outubro de 2023 46 / 56
Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Correlação de Filme Turbulento

4Γ 4ṁ 4ρl um δ 4gρl (ρl −ρv )δ 3


Reδ ≡ µl = µl b = µl = 3µ2l
(22)
b = πD para cilindro vertical
Laminar
1/3
hL (νl2 /g)
NuL = = 1, 47 Re-1/3 δ Reδ ⩽ 30 (23)
kl
Turbulento
Reδ
NuL = 30 < Reδ ⩽ 1800 (24)
1, 08 Re1,22
δ −5, 2
Reδ
NuL = Reδ ⩾ 1800, Prl ≥ 1
8750 + 58Prl−0.5 Re0.75

δ −253
Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II
(25)
30 de outubro de 2023 47 / 56
Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Correlação de Filme Turbulento

1/3
h̄L (νl2 /g) kl L (Tsat − Ts )
Reδ = 4P = 4PNuL P= (26)
kl µl h′fg (νl2 /g)1/3

Laminar
1/3
hL (νl2 /g)
NuL = = 0, 943P −1/4 P ⩽ 15, 8 (27)
kl
Turbulento
1
NuL = (0, 68P + 0, 89)0,82 15, 8 ⩽ P ⩽ 2530 (28)
P
1Ä 1/2
ä4/3
NuL = (0, 024P − 53)Prl + 89 P ⩾ 2530, Prl ≥ 1
P
(29)
Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 30 de outubro de 2023 48 / 56
Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Correlação de Filme Turbulento

Figura: Numero de Nusselt modificado para a condensação sobre uma placa vertical Fonte
[1]

Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 30 de outubro de 2023 49 / 56


Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Correlação de Filme sobre Sistemas Radiais

′ !1/4
3
hD D gρl (ρl − ρv )hfg D
NuD = =C
kl µl kl (Tsat − Ts )
(30)
C=0,826 para esfera e 0,729 para tubo
Propriedades a temperatura de filme
Tf = (Ts − Tsat )/2 e ρv e hfg a Tsat
Cpl (Tsat − Ts )
Ja = Ja ⩽ 0, 1 ±3%
hfg
1 ⩽ Pr ⩽ 100 Re ⩽ 30 Laminar
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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Tubo aletado

q
εft,min = ft,min
î quft ó1/4
= Sr1 r2 + 1, 02 (ρ −ρv )gt 3
tr2 r1 σr1
l
(31)
Figura: Condensação sobre um tubo
aletado horizontal Fonte [1]

Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 30 de outubro de 2023 51 / 56


Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Tubo em arranjo

hD,N = hD N −1

hD,N = hD N −1/2

hD,N = hD N −1/3

Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 30 de outubro de 2023 52 / 56


Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Condensação em Tubos Horizontais

Figura: Condensação em filme no interior de tubos horizontais. a) Seção transversal do escoa-


mento do condensado para baixas velocidades do vapor. textbfb) Seção longitudinal
de escoamento do condensado para altas velocidades de vapor textbfc) Microaletas
organizadas em um padrão helicoidal. Fonte [1]

Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 30 de outubro de 2023 53 / 56


Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Correlação Tubos Horizontais

2.22
ï ò
hD
NuD = = 0.023 Re0.8 0.4
D,l Prl 1 + 0.89
kl Xtt
(32)
1 − X 0.9 ρv 0.5 µl 0.1
Å ã Å ã Å ã
Xtt = (33)
X ρl µv

Propriedades a temperatura de saturação Tsat

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

Referências I
[1] Frank P Incropera et al. Fundamentals of heat and mass transfer.
Vol. 6. Wiley New York, 1996.
[2] Warren M Rohsenow. “A method of correlating heat-transfer data
for surface boiling of liquids”. Em: Transactions of the American
Society of Mechanical Engineers 74.6 (1952), pp. 969–975.
[3] SS Kutateladze. “On the transition to film boiling under natural
convection”. Em: Kotloturbostroenie 3 (1948), p. 10.
[4] Novak Zuber. Hydrodynamic aspects of boiling heat transfer.
4439. United States Atomic Energy Commission, Technical Informa-
tion Service, 1959.
[5] Paul Jerome Berenson. “Film-boiling heat transfer from a horizontal
surface”. Em: (1961).
[6] Eugene I Motte e Leroy A Bromley. “Film boiling of flowing subcoo-
led liquids”. Em: Industrial & Engineering Chemistry 49.11 (1957),
pp. 1921–1928.
[7] John H Lienhard. A heat transfer textbook. Phlogistron, 2005.

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Ebulição Ebulição piscina Ebulição Conv. Forçada Condensação Referências

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felipe.kraus@labcet.ufsc.br

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Conceitos fundamentais

Transferência de Calor e Massa II


Aula 4 – Radiação.

Felipe da Costa Kraus

Prof. Felipe da Costa Kraus, Ms. Eng.


felipedacostakraus@hotmail.com.br

Programa de Graduação em Engenharia Mecânica Udesc.


Universidade Estadual de Santa Catarina

8 de novembro de 2023

Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 8 de novembro de 2023 1 / 20


Conceitos fundamentais

Sumário

1 Conceitos fundamentais

Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 8 de novembro de 2023 2 / 20


Conceitos fundamentais

Radiação

Radiação térmica é radiação eletromagné-


tica emitida por um corpo devido a tempe-
ratura.

Q = 5.67 · 10−8[J/s · m2 · K 4] · A · T 4 (1)

Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 8 de novembro de 2023 3 / 20


Conceitos fundamentais

Propriedades radiação

Radiação por questões praticas foi um dos últimos


fenômenos de transferência de calor a serem estu-
dados
A transferência independe de meio físico.
Garrafa Térmica
Isolar condução
Eliminar a convecção
(câmara de vácuo)
Diminuir a radiação
(material reflexivo)

Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 8 de novembro de 2023 4 / 20


Conceitos fundamentais

Propriedades radiação II

Fisicamente é um elemento crucial que explica o balanço ener-


gético de grandes corpos celestiais, como estrelas e buracos
negros. Porém do ponto de vista de engenharia se torna rele-
vante para aplicações de alta temperatura.
Todos os objetos emitem radiação pois é um fenômeno intrínseco da
matéria (∼ sup.) do qual oscilações eletrônicas emitem fótons e
fótons causam oscilações eletrônicas. Q = ϵ · A · σ · Ts4 − α · A · σT 4

8 min
SOL
200 000 anos

Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 8 de novembro de 2023 5 / 20


Conceitos fundamentais

Relação fóton onda

A transferência se propaga como uma onda,


com velocidade da luz no vácuo
Temos a velocidade da luz no vácuo como uma constante. As-
sim temos que quando frequência (energia) de uma onda au-
menta o comprimento da mesma diminui. c = 299792458 m/s
Q = 5.67 · 10−8 [J/s · m2 · K 4 ] · A · T 4 (2)
Assim como os níveis de energia que o fótons pode assumir é
de forma quantizada com base no valor mínimo da constante
de Plank 6, 62607015 · 10−34 J/s.
E =h·f (3)

Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 8 de novembro de 2023 6 / 20


Conceitos fundamentais

Onda Eletromagnética

Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 8 de novembro de 2023 7 / 20


Conceitos fundamentais

Espectro da radiação eletromagnética

Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 8 de novembro de 2023 8 / 20


Conceitos fundamentais

Espectro da radiação eletromagnética

km m mm µm pm fm
4 3 2 1
λ [m] 10 10 10 10 1 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10
−1 −2 −3 −4 −5 −6 −7 −8 −9 −10 −11 −12

radio micro IR UV X ray gamma

104 105 106 107 108 109 1010 1011 1012 1013 1014 1015 1016 1017 1018 1019 1020 1021
MHz GHz THz PHz EHz

Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 8 de novembro de 2023 9 / 20


Conceitos fundamentais

Corpo Negro

Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 8 de novembro de 2023 10 / 20


Conceitos fundamentais

Corpo Negro

Melhor emissor possível


Absorve toda a radiação incidente
Emissor difusivo
Lei de Planck
C1
Eb = (4)
Λ5e( ΛT
C2
− 1)

Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 8 de novembro de 2023 11 / 20


Conceitos fundamentais

Ângulo Sólido
z

r sin
θ
r dθ
r
θ r sin θ dϕ

y
ϕ dϕ

Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 8 de novembro de 2023 12 / 20


Conceitos fundamentais

De Plank a Boltzmann I

2hc 2 1
Planck Bλ (T ) = λ5
· hc
e λKT −1

h constante de Plank 6, 62607015 · 10−34 J/s

c velocidade da luz no vacuo 299792458 m/s

k constante de boltzmann 1, 380649 · 10−34 J/K (5)

dE
Bλ (T ) = dA·dT ·dλ·dΩ

Energia por area, tempo, comp. de onda, angulo solido

dΩ = cos θ sen θ com ϕ de 0 a 2π e θ de 0 a π/2

Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 8 de novembro de 2023 13 / 20


Conceitos fundamentais

De Plank a Boltzmann II
R R 2π R π/2
Q= Bλ (T ) dλ 0
dϕ 0
sen θ · cos θ · dθ

hc dx −hc 2
com x = λKT
→ dλ
= λ2 KT
→ dλ = − λ hcKT dx

2hc 2
R∞ 1
Q= 0 λ5
· ex −1
· 2π · 21 · dλ

1 1 −λ2 KT
Q = 2πhc 2
R
λ5
· ex −1
· hc
dx

KT 4 x3
Q = −2πhc 2
R 
hc
· ex −1
· dx
4 π4
Q = − 2πK
h3 c 2
· 15
· T4
4
2π 5 K 4 2·π 5 (1.380649·10−23 )
σ= 15h3 c 2
= 15·(6.62607015·10−34 )3 ·2997924582
= 5, 6704 · 10−8 W /m2 K 4
Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II (6)
8 de novembro de 2023 14 / 20
Conceitos fundamentais

Emissão Corpo Negro


×1010
UV optical IR
Power P [kW/sr m2 nm]

5000 K
1
5000 K Rayleigh-Jeans

0.5
4000 K

3000 K

500 1000 1500 2000 2500 3000


Wavelength λ [nm]
Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 8 de novembro de 2023 15 / 20
Conceitos fundamentais

Emissão Corpo Negro


1012
10 000 K
Power P [kW/sr m2 nm]

7500 K
5000 K
3000 K
109 2000 K
1000 K
500 K

106

103

102 103 104 105


Wavelength λ [nm]

Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 8 de novembro de 2023 16 / 20


Conceitos fundamentais

Espectro de Cor devido a temperatura

lava Betelgeuze sun Sirius

T [°C]
900 1000 2000 3000 4000 5000 6500 8000 10000 40000

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Conceitos fundamentais

Propriedades de superfície

G ρG

Incidente Refletido

Absorvido Transmitido

αG τG

G = ρG + αG + τ G logo ρ+α+τ =1

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Conceitos fundamentais

Referências I

[fox_mcdonald_pritchard_2010]

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Conceitos fundamentais

Obrigado(a) pela Atenção!

Contato:

felipe.kraus@udesc.br
felipe.kraus@labcet.ufsc.br

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Transferência de Calor e Massa II


Aula 5 – Radiação trocas entre superfícies.

Felipe da Costa Kraus

Prof. Felipe da Costa Kraus, Ms. Eng.


felipedacostakraus@hotmail.com.br

Programa de Graduação em Engenharia Mecânica Udesc.


Universidade Estadual de Santa Catarina

6 de junho de 2023

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Sumário

3 Geometria tridimensional
1 Fator de Forma
4 Trocas radiantes
2 Geometria bidimensional 5 Cavidade com duas superfícies

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Fator de Forma

Ao desenvolver o conceito de fator de forma


estamos estabelecendo as características
geométricas do problema da transferência radiante.
Com o objetivo de desenvolver procedimentos que
prevem a transferência radiante entre superfícies
que formam um sistema fechado. O fator de forma
Fij é definido como a fração da radiação que deixa a
superfície i e intercepta a superfície j.

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Fator de Forma

Figura: Fator de forma associado à trica de radiação entre elementos de superfície com áreas
dAi edAj Fonte [1]

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

A integral do Fator de Forma

dqi−j = Ie+r,i cos θi dAi dwj−i

cosθi cosθj
dqi−j = Ie+r,i R2 dAi dAj

cosθi cosθj
dqi−j = Ji πR2 dAi dAj (1)

R R cosθi cosθj qi−j


dqi−j = Ji Ai Aj πR2 dAi dAj Fij = Ai Ji

1
R R cosθi cosθj Aj
Fij = Ai Ai Aj πR2 dAi dAj = Fji · Ai

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Propriedades fundamentais de fator de forma

N
X
Lei de ambiente fechada: Fij = 1
j=1

Lei superfície convexa Fii = 0


Lei superfície concava Fii ̸= 0
Lei da reciprocidade A1 · F12 = A2 · F21

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Relações de Fator de Forma I

Figura: Troca de radiação objeto fechado Fonte [1]

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Exemplo Fator de Forma Integral

Figura: Discos paralelos e sistema de coordenadas [2]

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Exemplo Fator de Forma Integral II


1
H H
F12 = 2π·A1 · c2 c1
ln(S)· (dx1 · dx2 + dy1 · dy2 )

Onde : S e a distAncia entre 2 pontos genericos

S 2 = (x2 − x1 )2 + (y2 − y1 )2 + (z2 − z1 )2


Para o disco : S 2 = (x2 − x1 )2 + (y2 − y1 )2 + H 2

Em coordenadas cilindricas :

x1 = R1 · cos(θ1 ) → dx1 = −R1 · sen(θ1 )· dθ1


x2 = R1 · cos(θ2 ) → dx2 = −R2 · sen(θ2 )· dθ2
y1 = R1 · sen(θ1 ) → dx1 = R1 · cos(θ1 )· dθ1
y2 = R1 · sen(θ2 ) → dx1 = −R2 · cos(θ2 )· dθ2

logo : S 2 = (R2 · cos(θ2 ) − R1 · cos(θ1 ))2 + (R1 · sen(θ2 ) − R1 · sen(θ1 ))2 + H 2

S 2 = R12 + R22 − 2R1 R2 (sen(θ1 )· sen(θ2 ) + cos(θ1 )· cos(θ2 )) + H 2


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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Exemplo Fator de Forma Integral III

usando a identidade : sen(θ1 )· sen(θ2 ) + cos(θ1 )· cos(θ2 ) = cos(θ1 − θ2 )

R12 + R22 − 2R1 R2 (cos(θ1 − θ2 )) + H 2

Substituicoes : A = R12 + R22 + H 2 ; B = 2R1 R2 ; θ = θ1 − θ2

S 2 = A − B· cos(θ)

1
H H
F12 = 2π·A1 · c2 c1
ln(S)· (R1 R2 · (sen(θ1 )· sen(θ2 ) + cos(θ1 )· cos(θ2 )))· dθ1 · dθ2

B
H H
F12 = 4π·A1 · c2 c1
ln(A − B· cos(θ))· cos(θ)· dθ· dθ2
H R 2π R 2π
c1
= 1/2 0
· dθ logo = 1/2 0
ln(A − B· cos(θ))· cos(θ)· dθ

1/2
ï ò
A (A2 −B2 )
=π B − B

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Exemplo Fator de Forma Integral III

1/2
ï ò
B
H A (A2 −B2 )
F12 = 4·A1 · c2 B − B · dθ2

1/2
ï ò
H R 2π B A (A2 −B2 )
c2
= 0
· dθ2 = 4·π·R12
· B − B · 2π

1/2
î ó
1
F12 = 2·R12
· A − (A2 − B2 )
ï ä1/2 ò
2
Ä
1
F12 = 2·R12
· R12 + R22 + H 2 − (R12 + R22 + H 2 ) − 4R12 R22

1+R22 /H 2
com X = 1 + R12 /H 2

1/2
F12 = 12 · [X − (X 2 − 4(R2 /R1 )2 ]

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Fatores de forma geometria bidimensional I

Placas Paralela com Linhas Centrais Conectadas por uma


Perpendicular

1/2  1/2
(Wi + Wj )2 + 4 − (Wj − Wi )2 + 4

Fij =
2Wi
Wi = wi /L, Wj = wj /L

Figura: Fonte [1]

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Fatores de forma geometria bidimensional II

Placas Planas Inclinadas com Igual Largura e uma Aresta Co-


mun.

α

Fij = 1 − sin 2

Figura: Fonte [1]

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Fatores de forma geometria bidimensional III

Placas Perpendiculares com uma Aresta Comun

1/2
1 + (wj /wi ) − [(1 + wj − wi )2 ]
Fij =
2

Figura: Fonte [1]

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Fatores de forma geometria bidimensional IV

Cavidade com Três Lados.

wi +wj −wk
Fij = 2wi

Figura: Fonte [1]

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Fatores de forma geometria bidimensional V

Cilindros Paralelos com Rios Diferentes


1 n 1/2
π + C 2 − (R + 1)2

Fij =

1/2
− C 2 − (R − 1)2

ïÅ ã  ò
R 1
+ (R − 1) cos−1 −
C C
ïÅ ã  ò™
R 1
−(R + 1) cos−1 +
C C
Figura: Fonte [1]
R = rj /ri ,S = s/ri
C = 1+ + S

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Fatores de forma geometria bidimensional VI

Cilindro e Retângulo Paralelos

 −1 S1
r
tan L − tan−1 SL2

Fij = s1 +s2

Figura: Fonte [1]

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Fatores de forma geometria bidimensional VII

Placa Infinita e Linha de Cilindros


Å ã2 ô1/2ñ
D
Fij = 1 − 1 −
s
ñÅ ã1/2 ô
s2 − D2
Å ã
D −1
Figura: Fonte [1] + tan
s D2

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Fatores de forma geometria tridimensional I

Retângulos Paralelos Alinhados

X =X /L, Y = Y /L
 Ä ä 1/2
2 2
äÄ
2   1+X 1+Y

Fij = ln 2 2

πX Y 
 1+X +Y
Ä 2 1/2
ä X
+X 1+Y tan−1 Ä
2 1/2
ä
1+Y
Ä 2 1/2
ä Y
+Y 1+X tan−1 Ä
2 1/2
ä
1+X

Figura: Fonte [1] − X tan−1 X − Y tan−1 Y }

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Figura: Fatores de forma para retângulos paralelos alinhados Fonte [1]


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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Fatores de forma geometria tridimensional II

Discos Paralelos Coaxiais

Ri = ri /L, Rj = rj /L
1 + Rj2
S =1+
Ri2
1 n 1/2 o
S − S 2 − 4 (rj /ri )2

Fij =
2

Figura: Fonte [1]

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Figura: Fatores de forma para discos paralelos coaxiais Fonte [1]


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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Fatores de forma geometria tridimensional III

Retângulos Perpendiculares Aresta Comun


H =Z /X , W = Y /X
1  1 1
Fij = W tan−1 + H tan−1
πW W H
1/2 1
− H2 + W 2 tan−1
(H + W 2 )1/2
2

2
1 + H2
®  
1 1+W
+ ln
4 1 + W 2 + H2
ñ 2  ôW 2
W 1 + W 2 + H2
(1 + W 2 ) (W 2 + H 2 )
Figura: Fonte [1] ñ 2
H 1 + H2 + W 2
 ô2
× })
(1 + H 2 ) (H 2 + W 2 )

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Figura: Fatores de forma para retângulos perpendiculares com uma aresta comun Fonte [1]
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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Fator de Forma Exemplo

Figura: Variação de fatores de forma para retângulos perpendiculares com uma aresta comun
utilizando analise geometricas.

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Fator de Forma Numericamente I


Utilizando uma abordagem aleatória de distribuição dos raios de radiação
estamos diminuindo a amostragem necessária, considerando que o meio é
difuso.
Dados: N amostragem, n◦ de raios de raios de radiação
Medidas: a profund. base, c comp. base, b1 vão, b2 altura.
Contadores: n (total), hit
Loop: √
xo = rand · c yo = rand · a θ = sen− 1( rand ϕ = rand · 2π
Vetor: r = L(cosϕ · senθ)i + (senϕ · senθ)j + cosθ · k
Comprimento: L = yo /senϕ · senθ
Acerto: se0 <= xr <= ceb1 <= zi <= b1 + b2
hit-hit+1
hit
Fator de forma: F = N −→ F = 0, 076

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Fator de Forma Numericamente II

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Fator de Forma Numericamente III

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Fator de Forma Numericamente IV

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Trocas radiantes I

Aproximação por corpos negros

qij = Ai Fij σ Ti4 − Tj4



(2)
Aproximação por superficies Cinzas Difusas e
Opacas em uma Cavidade Fechada

qi = Ai (Ji − Gi ) = Ai (Ei − σGi ) (3)


Ecni − Ji
qi = (4)
(1 − ϵi )/ϵi Ai

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Trocas radiantes II
J3
J2

1
i3 ) −
iF
(A

(A
iF
i2
)
(Ai FiN−1 )−1


Ecni

1
qi JN−1
1−ϵi Ji

(A
ϵi Ai

iF
iN
1
i1 ) −

)

1
iF
(A

J1 JN

Figura 13.10 Representão da rede de troca radiante entre a superfícies i e as


superfícies restantes de uma cavidade fechada [1].

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Trocas radiantes III


J = ρ· G + E· Eb

q
A =J−G
Se a superfície é
G=J− E·Eb negra E = 1 e R=0
1−E
1−E1
Eb1 E1 A1 J1
q E·Eb
 E·Eb
A =J− J− 1−E = 1−E

E·A
q= 1−E (Eb − J)

Eb −J
q= 1−E logo R = 1−E
EA [m−2 ] Resitencia de Superficie
EA
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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Trocas radiantes IV

q1−2 = A1 · F1−2 · J1 − A2 · F2−1 · J2


A2
Reciprocidade :

A1 · F1−2 = A2 · F2−1
A1
J1
1
A1 F12 J2
q1−2 = A1 · F1−2 · (J1 − J2 )

J1 −J2
Resistência q1−2 = (A1 ·F1−2 )−1
Geométrica
R= 1
A1 ·F1−2 [m−2 ]
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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Cavidade com duas superfícies I

Figura 13.11 A cavidade


fechada com duas superfícies
a) Esquema. b) Representação
como uma rede [1].

1−ϵ1 1 1−ϵ2
Ecn1 ϵ1 A1 J1 A1 F12 J3 , 1 ϵ2 A2 Ecn2
b)
q1 −q2
Eb1 −J1 J2 −Eb2
q1 = (1−E1 )/E1 A1 −q2 = (1−E2 )/E2 A2

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Cavidade com duas superfícies III

σ (T14 − T24)
q12 = q1 = −q2 = 1−E1 1 1−E2
E1 A1 + A1 F12 + E2 A2
Com sup. pequenas ou um amb. grande A1 /A2 ≈ 0

q12 = A1E1σ(T14 − T24)

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Cavidade com duas superfícies IV

Grandes Planos Paralelos Infinitos


A1 = A2 = A
F12 = 1
Aσ (T14 − T24 )
Figura: Fonte [1] q12 = 1 1
E1 + E2 − 1

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Cavidade com duas superfícies V


Longos Cilindros Concêntricos Infinitos

A1 r1
=
A2 r2
F12 = 1
A1 σ (T14 − T24 )
q12 = Ä ä
1−E2 r1
1
E1 + E2 r2
Figura: Fonte [1]

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Cavidade com duas superfícies VI

Esferas Concêntricas

A1 r12
= 2
A2 r2
F12 = 1
A1 σ (T14 − T24 )
q12 =
1−E2 r1 2
Ä ä
1
E1 + E2 r2
Figura: Fonte [1]

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Cavidade com duas superfícies VII

Pequeno Objeo Covexo em uma Grande Cavidade

A1
≈ 0
A2
F12 = 1
q12 = A1 σE1 T14 − T24

Figura: Fonte [1]

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Barreiras de Radiação

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Barreiras de Radiação

A1 σ (T14 − T24 )
q12 = 1 1 1−E3,1 1−E3,2
E1 + E2 + E1 A1 + E1 A1
(5)
Figura 13.12 Troca radiante entre dois gran-
des planos parelelos com uma barreira de
radiação esquema ao lado e representação
como uma rede embaixo [1].

1−ϵ1 1 1−ϵ3,1 1−ϵ3,2 1 1−ϵ2


Ecn1 ϵ1 A1 J1 A1 F13 J3 , 1 ϵ3,1 A3 Ecn3 ϵ3,2 A3 J3 , 2 A3 F32 J2 ϵ2 A2 Ecn2

q1

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Três Superfícies I

J3

J1 J2

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Três Superfícies II

J3

(A 2
13 ) −

F 23
1F

)
−1
(A

J1 J2
−1
(A1 F12 )

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Três Superfícies III

Ecn3 = σT34
1−ϵ3
ϵ3 A3

J3
1

(A 2
13 ) −

F 23
1F

)
−1
(A

1−ϵ2
1−ϵ1 ϵ2 A2
ϵ1 A1
J1 (A1 F12 )−1 J2
Ecn1 = σT14 Ecn2 = σT24
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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Três Superfícies IV
Superfície 1

σT14 − J1 J1 − J2 J1 − J3 J1 − J2 J1 − J3
= + = +
(1 − E1 )/E1 A1 1/A1 F12 1/A1 F13 1/A2 F21 1/A3 F31
(6)
Superfície 2

σT24 − J2 J2 − J1 J2 − J3 J2 − J1 J2 − J3
= + = +
(1 − E2 )/E2 A2 1/A2 F21 1/A2 F23 1/A1 F12 1/A3 F32
(7)
Superfície 3

σT34 − J3 J3 − J1 J3 − J2 J3 − J1 J3 − J2
= + = +
(1 − E3 )/E3 A3 1/A3 F31 1/A3 F32 1/A1 F13 1/A2 F23
(8)
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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Superfície Rerradiante

A1 σ (T14 − T24 )
1−E1 1 1−E2
E1 A1
+ A1 F12 +((1/A1 F1R )+(1/A2 F2R ))−1
+ E2 A2
(9)
qR = 0
EcnR
1−ϵR
Figura 13.13 Uma cavidade ϵ R AR
JR = EbR
com três superfícies com

(A 2
1
R)−
uma superfície rerradiante es-

F 2R
F1
1−ϵ2
quema acima e representação

)
−1
q1R

1
ϵ2 A2

(A
como uma rede ao lado [1]. q1 q2R −q2
Ecn1 J1 J2 Ecn2
1−ϵ1 (A1 F12 )−1
ϵ1 A1

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Coletor Solar

Conv E Abs

Vidro

Conv Trans E Ref


Coletor

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Fator de Forma Geometria bidimensional Geometria tridimensional Trocas radiantes Cavidade com duas superfícies Referências

Coletor Solar

Balanco energetico vidro :


σ·A·(Tp4 −Tv4 )
he · A · (Tv − Tear ) + ϵv · σ · A · Tv4 = 1−ϵv 1−ϵp 1
Aϵv Aϵp + F12 A

G · αv + hi · A · (Tiar − Tv ) + G · ρp
Balanco energetico placa :
σ·A·(T 4 −T 4 )
hi · A · (Tp − Tiar ) + 1−ϵv 1−ϵv p p 1 + Ėaq = G · τv · αp
Aϵv + Aϵp +F
12 A
Balanco energetico ar :
hi · A · (Tiar − TV ) = hi · A · (Tp − Tiar )

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Referências I

[1]
[1] Frank P Incropera et al. Fundamentals of heat and mass transfer.
Vol. 6. Wiley New York, 1996.
[2] Vicente Nicolau. “Analytical Methods to Calculate the Radiation
View Factor Between Disks – A Review”. Em: (jan. de 2022).

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Difuão de Massa Concentração Velocidade Difusividade Mássica Referências

Transferência de Calor e Massa II


Aula 6 – Difusão de Massa.

Felipe da Costa Kraus

Prof. Felipe da Costa Kraus, Ms. Eng.


felipedacostakraus@hotmail.com.br

Programa de Graduação em Engenharia Mecânica Udesc.


Universidade Estadual de Santa Catarina

4 de junho de 2023

Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 4 de junho de 2023 1 / 31


Difuão de Massa Concentração Velocidade Difusividade Mássica Referências

Sumário

3 Velocidade
1 Difuão de Massa
2 Concentração 4 Difusividade Mássica

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Difuão de Massa Concentração Velocidade Difusividade Mássica Referências

Difuão de Massa

Transferência de massa é massa em trânsito como


o resultado de uma diferença de concentrações de
espécie em uma mistura.

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Difuão de Massa Concentração Velocidade Difusividade Mássica Referências

Difuão de Massa

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Difuão de Massa Concentração Velocidade Difusividade Mássica Referências

Ocorrência processos industriais

Remoção de substâncias voláteis poluentes por adsorção


Remoção de gases à partir de águas residuárias
Difusão de partículas adsorvidas no interior dos poros de
carvão ativado
Taxa de reação química e biológica catalisada
Produção de álcool
Secagem de madeira

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Difuão de Massa Concentração Velocidade Difusividade Mássica Referências

Tipos de Transferência de Massa

O mecanismo da transferência de massa depende da dinâ-


mica da mistura no qual ocorre.

Figura: Tipos de difusão

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Difuão de Massa Concentração Velocidade Difusividade Mássica Referências

Tipos de Transferência de Massa

Ambos os tipos de transferência de massa – molecular e con-


vectivo – são análogos aos da transferência de calor, isto é :

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Difuão de Massa Concentração Velocidade Difusividade Mássica Referências

Breve Histórico

Parrot, antes de 1815, analisando uma mistura de gases con-


tendo duas ou mais espécies moleculares, constatou que:
Remoção de substâncias voláteis poluentes por adsorção
Concentrações relativas variam de ponto a ponto em um
processo aparentemente natural;
Ao final, a mistura tende a diminuir qualquer inigualdade
da composição.
Surgi, então, o termo Difusão Molecular:
Movimento molecular aleatório que leva à mistura completa.
Esse transporte microscópico independe de qualquer convec-
ção dentro do sistema.

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Difuão de Massa Concentração Velocidade Difusividade Mássica Referências

Causa do Fenômeno:

Para temperaturas acima do zero absoluto, moléculas indi-


viduais estão no estado do movimento contínuo ainda ale-
atório. Dentro de misturas gasosas diluídas, cada molécula
comporta-se independentemente das outras moléculas de
soluto. Colisões entre moléculas de soluto e solvente estão
continuamente ocorrendo. Como resultado das colisões, as
moléculas de soluto movem-se ao longo de um caminho em
zig-zag, ora através de uma região de alta concentração, ora
através de baixas concentrações.

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Difuão de Massa Concentração Velocidade Difusividade Mássica Referências

Lei de Fick da Difusão


As leis de Transferência de Massa mostram uma relação entre:

Fluxo de uma substância difusiva


Gradiente de concentração
Desde que a T.M. ou difusão ocorre somente para misturas,
deve-se avaliar os efeitos de cada componente.
Movimento molecular aleatório que leva à mistura completa.
Esse transporte microscópico independe de qualquer convec-
ção dentro do sistema.
Exemplo Típico:
Conhecer a taxa de difusão de um componente específico
relativo a velocidade da mistura (média das velocidades) na
qual está se movendo.
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Difuão de Massa Concentração Velocidade Difusividade Mássica Referências

Concentração I

Em misturas multicomponentes, a concentração de uma espé-


cie molecular pode ser expressa de várias formas:
Concentração ou densidade mássica total (ρ): massa total
do sistema
n
contido em uma unidade de volume da mistura
X
ρ= ρi onde, n é o número das espécies na mistura.
i=1

A fração mássica, wA , é a concentração mássica da espécie “A”


dividida pela densidade mássica total:

n
ρA ρA X
wA = Pn = onde Wi = 1
i=1 ρi ρ i=1

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Difuão de Massa Concentração Velocidade Difusividade Mássica Referências

Concentração II

Concentração molar da espécie A (CA ): número de moles de


“A” presentes por unidade de volume da mistura:

molesA
CA =
Vmistura
Relação entre as concentrações mássica (ρA ) e massa molecu-
lar (MA ) da espécie A é definida por:

ρA
CA =
MA

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Difuão de Massa Concentração Velocidade Difusividade Mássica Referências

Concentração III

Quando relacionado com a fase gasosa, as concentrações são


expressas em termos de pressões parciais, isto é:

PA V = nA RT

Aplicando-se a equação da concentração molar, tem-se:

nA PA
CA = =
V RT

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Difuão de Massa Concentração Velocidade Difusividade Mássica Referências

Concentração IV

Concentração molar total (C): número de moles total da mis-


tura contida em uma unidade de volume:

n
X
C= Ci
i=1

ou para uma mistura gasosa que obedece a lei dos gases ide-
ais, tem-se:

ntotal P
C= =
V RT
sabendo que P é a pressão total.

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Difuão de Massa Concentração Velocidade Difusividade Mássica Referências

Concentração V
A fração molar para misturas de líquidos ou sólidos, xA , e ga-
sosas, yA , é definida como a razão entre a concentração molar
da espécie química A e a concentração molar total :
fração molar de líquidos e sólidos
n
CA X
xA = ⇛ xi = 1
C i=1

fração molar de gases


n
CA X
yA = ⇛ yi = 1
C i=1

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Difuão de Massa Concentração Velocidade Difusividade Mássica Referências

Concentração VI

Para misturas gasosas que obedecem a lei dos gases ideais, a


fração molar pode ser expressa em função da pressão:

CA PA /R · T PA
yA = = =
C P/R · T P
Representação algébrica da Lei de Dalton

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Difuão de Massa Concentração Velocidade Difusividade Mássica Referências

Velocidade I

Velocidade mássica média: para mistura multicomponente,


é definida em termos de densidade mássica para todos os
componentes.

Pn →
− Pn
vi i=1 pi vi




v = Pi=1
ρi
=
n
i=1 ρi ρ
é a velocidade absoluta das espécies i relativo ao eixo das co-
ordenadas estacionárias.
Pode ser medida por um tudo de Pitot e é a mesma veloci-
dade que se aplica nas equações de transferência de movi-
mento.

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Difuão de Massa Concentração Velocidade Difusividade Mássica Referências

Velocidade II

Velocidade molar média: definida em termos das concentra-


ções molares de todos os componentes.

Pn →
− Pn
vi i=1 pi vi




v = Pi=1
cii
=
n
i=1 cii ci
Em uma mistura gasosa de várias espécies (multicomponen-
tes), normalmente, moverão em diferentes velocidades. Para a
avaliação de uma velocidade, requererse-á a média das veloci-
dades para cada espécie presente.

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Difuão de Massa Concentração Velocidade Difusividade Mássica Referências

Velocidade III

A velocidade de espécies particulares relativa a velocidade


mássica ou molar média é definida como velocidade de difu-
são.
Há dois tipos de velocidade de difusão:


v i −→−
v velocidade de difusão das espécies i relativa a veloci-
dade mássica média;

− →

V i − V velocidade de difusão das espécies i relativa a veloci-
dade molar média;
De acordo com a lei de Fick, uma espécie pode ter velocidade
relativa à velocidade mássica ou molar média somente se exis-
tirem gradientes de concentração.

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Difuão de Massa Concentração Velocidade Difusividade Mássica Referências

Fluxos

O fluxo mássico ou molar de uma dada espécie é uma quanti-


dade vetorial denominado através da quantidade desta espé-
cie em unidades mássicas ou molares, que se deslocam em um
dado incremento de tempo por uma unidade de área normal
ao vetor.
Mais precisamente, o fluxo é dado pelo produto da velocidade
e concentração, tendo unidade de [massa/(área*tempo)]
Os fluxos podem ser referenciados através das três coordena-
das fixas no espaço (referência inercial) ou movendo-se com
relação a uma velocidade de referência (velocidade mássica
ou molar média).

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Difuão de Massa Concentração Velocidade Difusividade Mássica Referências

Lei de Fick da Difusão

A 1º Lei de difusividade de Fick (1855) define a difusão mo-


lecular do componente A em uma mistura isobárica e isotér-
mica. Para uma difusão, tem-se:

jA = −ρDAB∇mA jA [kg/s · m2]

JA∗ = −CDAB∇xA JA∗ [kmol/s · m2]


(1)

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Difuão de Massa Concentração Velocidade Difusividade Mássica Referências

Difusividade Mássica

V , P, T

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Difuão de Massa Concentração Velocidade Difusividade Mássica Referências

Difusividade Mássica
As T.M. contribuições mais importantes são:
Contribuição difusiva: transporte de matéria devido às intera-
ções moleculares (Interação soluto/meio).
Contribuição convectiva: auxílio ao transporte de matéria
como conseqüência do movimento do meio (Interação soluto/-
meio + ação T.M. Molecular (cont.)
Exemplo: Considerando que os diversos cardumes de peixes
passem por debaixo de uma ponte, a qual está situada perpen-
dicularmente ao escoamento do rio
 Soluto = Cardumes de peixes

Contribuição Difusiva
Identificando Meio = Rio →
e Convectiva
Movimento = Peixe + Rio

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Difuão de Massa Concentração Velocidade Difusividade Mássica Referências

Difusividade Mássica
Para o caso tem-se um fenômeno difusivo e o fluxo associ-
ado será devido a contribuição difusiva molar:

jA,z kg/s · m2
 
jA,z = cA (VA,z − Vz )

onde:
vA,z : velocidade mássica média [veloc. espécie A (peixe “i” ou
cardume “i” ), direção Z]
Vz : velocidade molar média [velocidade do rio (meio), direção
Z]
cA : concentração molar da espécie A
(vA,z − Vz ) : velocidade de difusão relativo a velocidade molar
média
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Difuão de Massa Concentração Velocidade Difusividade Mássica Referências

Difusividade Mássica

Suponha-se agora que, ao invés de nadar, o cardume A deixa-


se levar pelo rio. O movimento do cardume será devido à ve-
locidade do meio. O fluxo associado, neste caso, decorre da
contribuição convectiva:

jA,z kg/s · m2
 
jA,z = cAVz

Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 4 de junho de 2023 25 / 31


Difuão de Massa Concentração Velocidade Difusividade Mássica Referências

Exemplo de contribuições
Se um balão, preenchido com tinta colorida, é jogado
dentro de um lago, a tinta difundirá radialmente pela
contribuição do gradiente de concentração (contribuição
difusiva)
Quando uma fita é jogada dentro de uma corrente em
movimento, esta flutuará corrente abaixo pela
contribuição do movimento volumétrico (contribuição
convectiva)
Se o balão preenchido com tinta for jogado dentro de uma
corrente em movimento, a tinta se difunde radialmente e
é transportada corrente abaixo. Logo, ambas as
contribuições participam simultaneamente na
transferência de massa.

Felipe da Costa Kraus Udesc Transferência de Calor e Massa II 4 de junho de 2023 26 / 31


Difuão de Massa Concentração Velocidade Difusividade Mássica Referências

Difusividade Mássica

Para uma mistura binária:


dyA
JA,z = cA (vA,z − Vz ) = −cDAB
dz
dyA
cA vA,z = −cDAB + cA Vz
dz
1
Vz =(cA vA,z + cB vB,z )
c
cA
yA =
c
cA Vz = yA (cA vA,z + cB vB,z )
dyA
cA vA,z = −cDAB + yA (cA vA,z + cB vB,z )
dz

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Difuão de Massa Concentração Velocidade Difusividade Mássica Referências

Difusividade Mássica
Sob condições adiabáticas e isotérmicas, a equação pode ser
simplificada:

→ Ä−
→ − →ä
NA = −cAB ∇yA + yA NA + NB

Observa-se que o fluxo é a resultante da quantidade de dois


vetores:


−cDAB ∇yA Fluxo molar, j A,z , resultante do gradiente de con-
centração. Esse termo é referido como a “contribuição do
gradiente de concentração”
Ä−
→ − →ä →

yA NA + NB = cA V Fluxo molar resultante do componente
A transportado no fluxo do fluido. Esse termo de fluxo é de-
signado como a “contribuição do movimento volumé-
trico”
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Difuão de Massa Concentração Velocidade Difusividade Mássica Referências

Difusividade Mássica
Sob condições adiabáticas e isotérmicas, a equação (27) pode
ser simplificada:


nA = −DAB ∇ρA + wA → −
nA + →−
nB


Observa-se que o fluxo é a resultante da quantidade de dois


vetores:


−DAB ∇ρA Fluxo mássico, j A,z , resultante do gradiente de
concentração. Esse termo é referido como a “contribuição
do gradiente de concentração”
w → −
n +→ −
n Fluxo mássico resultante do componente A

A A B
transportado no fluxo do fluido. Esse termo de fluxo é desig-
nado como a “contribuição do movimento volumétrico”

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Difuão de Massa Concentração Velocidade Difusividade Mássica Referências

Referências I

[1]
[1] Frank P Incropera et al. Fundamentals of heat and mass transfer.
Vol. 6. Wiley New York, 1996.

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