Você está na página 1de 4

28

Este pré-requisito tem o objetivo de analisar os aspectos da arquitetura bioclimática que


foram aplicados no projeto, por meio de estudos de insolação, através de softwares de simulação
ou de carta solar. Para o presente caso, foi feito um estudo solar através de simulação no
software Revit e no software Sol-ar e análise da ventilação por meio do site windy.
Utilizando o Sol-ar, pode-se obter a carta solar do lote e a análise detalhada da insolação
em cada fachada. A residência em questão apresenta quatro fachadas, sendo elas a frontal
orientada para o norte-nordeste, duas fachadas laterais orientadas para leste-sudeste e oeste-
noroeste e a fachada posterior orientada para o sul-sudoeste.
Figura 9. Insolação nas fachadas
29
30

Fonte: Software Sol-Ar


Com isso, observa-se que a fachada frontal (Norte-nordeste) é o local com a maior
insolação comparado as demais fachadas, recebendo a insolação majoritariamente no período
da manhã. E ao comparar com o site windy, no qual mostra a maior incidência de ventilação
pela fachada lateral orientada para leste-sudeste e pela fachada posterior orientada para Sul-
Sudoeste, com isso foi utilizado vãos e janelas prioritariamente nessas duas orientações para
poder captar a maior quantidade de vento e realizar uma ventilação natural na residência.
Concluiu-se, por meio da simulação, que a arquiteta buscou posicionar os ambientes de
acordo com a insolação e ventos dominantes. Dessa forma, os quartos foram distribuídos no
lado leste, pois são áreas em que se busca temperaturas mais frias. Utilizou-se também aberturas
estratégicas à sudeste e nordeste, onde acontece a entrada e saída de vento.
Outro ponto considerado pela arquitetura bioclimática é a escolha de materiais, como
brises de madeira e pintura com tintas mais claras, colaborando para uma menor absorção de
calor na residência.

Seleção do terreno

O objetivo deste pré-requisito é evitar construções em terrenos acidentalmente sensíveis,


reduzindo os impactos da construção no meio ambiente (GBC, 2017).
31

Para atendimento deste pré-requisito, o Guia GBC Brasil Casa, 2017, aponta os
seguintes itens:
 Priorizar a seleção de terrenos próximos a áreas que já possuam rede de
infraestrutura existente (rede de tratamento de esgoto e de abastecimento de
água). Quando não existente, fornecer nova infraestrutura (privada ou pública)
de água e esgoto para o projeto;
 Desenvolver um levantamento de flora e fauna do terreno, quando existir
vegetação no local, para verificação da existência de espécies nativas regionais
(conforme bioma local, atendendo arbustos, herbáceas e arbóreas). Caso haja
vegetação nativa regional, desenvolver com especialistas um Plano de
Conservação que contemple o mapeamento do local para identificação das
espécies.
 Não construir edificações ou pavimentações impermeáveis a menos de 30
metros de áreas alagáveis ou corpos hídricos, respeitando-se sempre as
distâncias estabelecidas pelo poder público, adotando, em todos os casos, a
situação mais restritiva. Respeitar as restrições legais referentes à ocupação de
terrenos que contenham áreas de mananciais, reservas ecológicas, Áreas de
Preservação Permanente (APP’s), unidades de conservação federais, estaduais e
municipais e áreas de preservação agrícola.
 Não construir edificações em locais cuja cota de elevação seja igual ou inferior
à cota de inundação calculada para um período de, no mínimo, cinquenta anos.
Caso a viabilidade do projeto exija a ocupação de alguma dessas áreas,
apresentar descrição das estratégias construtivas para mitigar os impactos, tanto
para os futuros ocupantes, como para o meio ambiente, mantendo o mesmo
escoamento superficial com estratégias como infiltração e/ou aproveitamento de
água da chuva.

O condomínio onde será situada a edificação já possui rede de infraestrutura


(abastecimento de água, esgotamento e rede elétrica). O terreno também está localizado fora de
área de proteção permanente e a 105 metros de distância do rio Cajupiranguinha, conforme
apresentado na Figura 9.

Você também pode gostar