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CENTRO EDUCACIONAL GOVERNADOR GILBERTO MESTRINHO

SÉRIE: 2º ANO TURMA: 02 TURNO: MATUTINO

CAMPOS DA SOCIALIZAÇÃO DA DIMENSÃO/SOCIAL


DO PROJETO DE VIDA

TEFÉ-AM
2023
GABRIELA ALVES GOMES - 18

CAMPOS DA SOCIALIZAÇÃO DA DIMENSÃO/SOCIAL


DO PROJETO DE VIDA

Trabalho da disciplina de Projeto de


Vida, série 2º ano, turma 02, turno:
matutino, supervisionado e ministrado
pela professora Vera Lúcia.

TEFÉ-AM
2023
Família e amigos

Eu me chamo Irmã Josefina Bakhita. Meu nome civil é Gabriela Alves


Gomes. Eu sou do interior do Amazonas, de uma cidade chamada “Tefé”. Sou
filha do casal, Pedro de Oliveira Gomes e Maria Selma Alves de Lima. Tenho
quatro irmãos. São eles Cleberson, Álvaro (por parte somente de pai), Beatriz,
Rafaela e Daniela, dentre eles eu sou a mais nova. No total, nossa família é
composta por sete pessoas. Também sou tia; ganhei esse presente do meu
irmão quando eu tinha apenas oito anos de idade. Também tem Ísis Maria, filha
da minha irmã Beatriz. Além da minha outra irmã, Daniela, que está esperando
esse presentinho.
Tive muitos amigos em minha infância, mesmo que a maioria fossem
meninos, mas eu os considerava como amigos. Era uma diversão e tanto.
Também tive muitos grandes amigos quando eu entrei na igreja, mais
especificamente na Comunidade Católica Em Adoração, onde até hoje sou
membro. Além de amigos, meus grandes irmãos. Tenho a graça de ter perto as
Irmãs, que foram e são um presente de Deus em minha vida. São pessoas que
realmente me ajudam no caminho que percorro atualmente.

Religião

Depois de muito tempo, comecei a viver experiências novas. Eu conheci


um grupo de jovens católicos que eram responsáveis por um grupo de oração
que acontecia na Igreja de Nossa Senhora de Fátima. Eu sempre fui católica.
Quando fui pela primeira vez neste encontro de jovens, chamado JMI (Juventude
da Milícia da Imaculada), eu me apaixonei. A ousadia e a alegria daqueles jovens
ajudaram-me a enxergar diversos momentos com outros olhos. Eu não
conseguia descrever, pois, realmente é difícil explicar algo que foi vivido, porque,
experiência não se explica, se vive. E quando se vive de verdade, deixa marca,
deixa saudade, deixa lembranças. Isso fez parte da minha vida e, a partir daí, eu
nunca mais fui a mesma.
Muitos me julgaram, porque eu “queria somente estar na igreja”.
Perguntaram o que tanto tinha lá que eu não saía mais. Aqui vemos que, alguns
ainda tem esse olhar de prisão, de obrigação e, não de escolha. Eu comecei a
participar mais das atividades da igreja e, para o mundo, principalmente para
minha família, era perda de tempo. Mas, eu continuei e deixei com que falassem.
Continuando nessa caminhada, eu conheci uma Nova Comunidade,
chamada Comunidade Católica Em Adoração, que veio para Tefé, no ano de
2018 (essas Novas Comunidades que existem, são formadas por católicos que
são chamados a viver uma mesma identidade dentro da Igreja Católica). Eu me
interessei muito, pelo fato de nunca ter ouvido falar de “Novas Comunidades” e,
como eu sou bastante curiosa, comecei a participar do vocacional desta
Comunidade (vocacional é semelhante a conhecer, descobrir). Foi realmente
incrível viver aquilo! Logo quando terminei, me tornei membro e, desde então,
tudo mudou!
Dos anos mais desafiadores, 2020 superou! Como sabemos, foi o ano
que aconteceu uma grande pandemia que abalou o mundo todo. Viver distante
de pessoas que tanto amávamos, ver casos de morte todos os dias, não poder
abraçar, não poder estar junto como tanto queríamos, foi uma das situações que
eu mais me questionei e, que foi difícil de aceitar. Tem seus lados negativos, mas
também seus lados positivos. Eu pude estar mais perto da minha família e, isso
foi muito importante para mim. Cada um tem sua opinião, cada um viveu de um
jeito. A minha dor, não vai ser maior que a do outro, no entanto, o outro também
não pode medir a minha dor.
Em dezembro, ainda no ano de 2020, eu viajei para João Pessoa, na
Paraíba. Eu fiquei na casa religiosa da Comunidade que sou membro, como
hóspede. Só que tudo foi mudando. Eu senti um chamado muito forte à vida
religiosa. Isso aconteceu durante a investidura do véu de algumas Irmãs, que
estavam iniciando uma nova fase em suas vidas no dia 03 de Março. Depois de
ter passado seis meses em João Pessoa, voltei para Tefé no dia 28 de Maio.
Passei dois meses ainda na casa dos meus pais e tive uma conversa com eles.
Minha mãe aceitou, porém, tive dificuldades com meu pai. Mas, depois de muitas
tentativas consegui convencê-lo. Então, os dois me levaram à casa religiosa, em
Tefé. Conversaram com a Irmã responsável pela missão e, assim eu entrei para
a experiência de vida do Instituto Oblatos Beneditinos Em Adoração para ser
religiosa.
Muitos ainda não entendiam a minha decisão, pelo fato de eu ser nova.
Eu também pensava que era coisa da minha cabeça e já tentei desistir. Eu jurava
que não ia conseguir, que eu não tinha capacidade, que era uma grande
responsabilidade e esses pensamentos foram me consumindo durante dois
meses. E é normal acontecer isso no começo. Quando eu comecei a viver de
verdade essa experiência, vi que não era o fim do mundo.

Contribuições

Creio que isso tenha contribuído para um bom desenvolvimento social do


projeto de vida. Um caminho construtivo requer paciência para passar por todos
os processos necessários para que assim seu desenvolvimento seja completo.
Trazendo também uma boa relação para quem vive e se permite viver de
maneira justa e compreensiva.
A METAMORFOSE DA MINHA VIDA
A minha relação com outros campos sociais
Introdução

Imagino que diversas pessoas já tenham passado por isso ou até mesmo
escutado, porém, muitas das vezes elas não encontram respostas. Então você
se pergunta: “Por quê?”.
Por que somos de uma sociedade de pessoas que fazem, gostam e falam
coisas diferentes? Por que temos culturas diferentes? Por que muitas das coisas
que eu falo não me agradam tanto? E o mais comum: “Por que eu sou assim?”.
De fato, somos seres racionais e complexos. O ser humano não se contenta com
falas, mas com provas, e mesmo assim implicamos dizendo que não foi o
suficiente.
Entender a realidade do mundo é mais fácil do que entender a si mesmo;
sair da zona de conforto é mais difícil do que permanecer; reconhecer-se bom é
muito melhor do que falar que estou sendo “ruim”, e assumir meus erros para o
mundo é sinal de fraqueza, porque ainda vivemos em uma sociedade egoísta e
muito menos encontrada. E para mim? O que eu sou diante destes
questionamentos? Em quê vai me ajudar? Quando me deparo com esta
situação, me recordo destas seguintes perguntas: Quem sou eu? O que eu quero
ser? Quem irei me tornar diante das minhas decisões?
Precisamos lembrar e ter em mente que tudo depende de mim, ou melhor
dizendo, tudo depende das minhas decisões. No existencialismo de Sartre, ele
cita algo muito interessante sobre este tema: “Escolher isto ou aquilo é afirmar
ao mesmo tempo o valor do que escolhemos, porque nunca podemos escolher
o mal, o que escolhemos é sempre o bem, e nada pode ser bom para nós sem
que o seja para todos”. Ou seja, é a determinação e a capacidade de escolher,
sendo um bom caminho para mim e para o outro. Como todos nós sabemos
(quem não sabia está sabendo agora), nós nascemos com o dom do livre arbítrio
e muitas das vezes não é a questão somente de ter esta liberdade, mas de como
nós a usamos.
Quando entramos na fase do Ensino Médio, por exemplo, a primeira coisa
que trabalhamos em sala de aula é em relação ao que eu quero ser no futuro; a
minha profissão, o meu estado de vida, etc. E o professor que já esteve no
mesmo lugar que você, quer impor isso na sua vida, não para nos complicar nem
desafiar, mas para ter noção e uma direção no que realmente todos desejam
seguir, portanto, mesmo que a escola seja um instrumento que nos ajuda a
entender melhor o nosso caminho, tudo depende da nossa escolha.
Decidir com responsabilidade e ter determinação no que queremos, se
soubermos cuidar da situação, não significa autossuficiência, todavia que ainda
estamos aprendendo a lidar com as nossas limitações, claro que não podemos
jamais permanecer na mesma coisa todos os dias, porque cada dia é um
recomeço e a decisão de mudar diariamente é nossa, por isso é tão importante
sabermos o nosso papel e quem somos diante de uma sociedade. Nós não nos
descobrimos da noite pro dia, é um percurso, é um caminho e nessa trajetória
vamos nos descobrindo aos poucos.
Então, se você nunca se perguntou, se pergunte hoje: Quem sou eu como
mulher? Quem sou eu como homem? Quem sou eu como filho (a)? Quem sou
eu como estudante?
Tendo consciência de que a nossa determinação precisar ser responsável
e madura, não podemos deixar nas mãos de outros aquilo que é minha
responsabilidade, porque se fosse assim, quem seria eu hoje se meus pais
carregassem tudo pelas costas? Quem seria eu hoje se eles decidissem tudo
por mim? Será que eu seria a pessoa que eu gostaria de ter me tornado?
Tenhamos cuidado! Porque responder pelo outro não é ser bom e nem é
ser maduro, no entanto, você está roubando o lugar que não é seu, e além disso,
não está deixando o outro ser responsável na vida, nem fazendo com que ele
ande com seus próprios pés.
A minha relação com outros campos sociais

Aprender a conviver com o outro nos ajuda a entender o tempo de cada


um. E relacionar-se com o outro, é uma decisão de aceitá-lo independentemente
de como ele é. E isso contribui para uma construção de valores que nos
direcionam para um caminho de relações saudáveis e para um maior
crescimento social. Digo isso porque vejo muitas situações parecidas, e pude
compreender que esses pontos podem ser trabalhados e mudados de maneira
saudável e responsável, entendendo o meu papel e como desenvolvê-lo.
Na introdução eu citava um pouco dessas relações no mundo em que
vivemos, de como é difícil estabilizar esse convívio, até porque muitos teriam
opiniões diferentes. Mas olhando por esse lado, percebemos que a sociedade
anda muito frágil, pois tudo gira em torno de uma perspectiva criativa. Então,
todo mundo tem seu ponto de vista, todo mundo tem seu jeito de fazer, criar e
desenvolver. Tudo bem, isso é um direito de todos. Mas se ficarmos só nisso e
não dermos um próximo passo, isso vai se tornando algo muito dividido, criando
uma gigante barreira, impossibilitando a passagem de um bom convívio social.
Não estou dizendo que não podemos mais ter nosso próprio ponto de vista, estou
dizendo que podemos ser quem somos, onde estamos e onde decidirmos estar,
criando um ambiente construtivo para mim e para outros que virão.
Então, o que quero dizer referente ao texto, se olharmos bem esses
campos sociais, eles não se relacionam somente à lugar, mas como posso tornar
esse campo social num ambiente extremamente aberto, possibilitando várias
oportunidades para vários tipos de pessoas que precisam entender essa relação
com o outro, mas muito mais que isso, aprendendo a conviver e a valorizar o que
o outro também pode oferecer para uma boa construção social ativa. Assim,
todos nós podemos nos ajudar.
Meu convívio social

Eu como religiosa, tenho meu convívio social com as Irmãs que moram
comigo. Além também dos lugares que frequento, que em geral, temos o trabalho
de evangelizar quem, quando e onde for necessário. Nesse mesmo contexto, o
contato com várias pessoas e com diversas realidades é frequente.
Posso dizer que eu tive e ainda tenho dificuldades com esse tipo de
assunto, porque as vezes, por tudo o que eu faço e falo, não vale pelo que penso.
Por exemplo, as vezes o que faço não bate com o que penso, porque eu não
penso antes de agir e sei que posso mudar isso. Por muito tempo eu criava as
pessoas na minha cabeça, e trazendo para minha realidade, isso aconteceu no
meu convívio com minhas irmãs do Instituto. Eu tinha medo de conviver com
elas, não porque são diferentes de mim, mas por justamente eu ter criado isso
em mim. E por ter criado essa imagem distorcida das Irmãs, tive medo até
mesmo de me relacionar com elas; não tinha diálogo, eu não conseguia me abrir,
eu não conseguia conversar com todas e por um bom tempo eu fui lutando contra
isso. E por esse motivo, acabei criando uma barreira impedindo que minha
cabeça entendesse, que somos seres humanos e que todos nós temos nossas
características e limitações, e que ninguém é igual a todo mundo.
No entanto, isso foi mudando quando minha visão sobre ter um convívio
saudável com cada uma delas foi mudando também, que consequentemente,
mudou a minha forma de agir.

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