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Agradecimentos

A realização deste relatório só foi possível com ajuda de algumas pessoas, que se
disponibilizaram para esclarecer as minhas dúvidas e ajudaram elaborar o documento.
Em primeiro lugar, quero agradecer a todas as pessoas que se disponibilizaram em
ajudar-me neste relatório. Também quero agradecer à professora Naídea Nunes por estar sempre
disponível para tirar as minhas dúvidas.
Quero também agradecer a Dr.ª Nádia, diretora da instituição Lar de São Francisco –
Centro de dia que se disponibilizou em dar a entrevista, pois sem esta colaboração era
impossível realizar o meu trabalho.
Por último, quero agradecer alguns dos meus colegas do curso que durante estes dois
meses que estivemos juntos partilhamos várias ideias o que contribui para o enriquecimento do
meu conhecimento. Apesar das nossas divergências sempre respeitamos uns aos outros e
soubemos ouvir a opinião uns dos outros.
Um sincero obrigada.

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Resumo

Neste trabalho a entrevista faz parte da avaliação da disciplina de


Técnica de Expressão de Português, no Curso Técnico Superior Profissional
– Promoção de Qualidade de Vida e Bem Estar da Pessoa Idosa –
Universidade da Madeira. Contudo neste trabalho apresentou a descrição da
entrevista ao Lar de São Francisco tendo entrevistado a Dr.ª Nádia Serrão. A
entrevista teve a duração aproximadamente 14 minutos.
A entrevista abordou os seguintes temas IPSS, os valores da instituição, os
pontos fracos e fortes, as dificuldades que a instituição enfrenta, os recursos
humanos e entre outros aspetos. Durante entrevista a Dr.ª Nádia mostrou-se
sempre disponível em responder as perguntas e também forneceu a
informação necessária para perceber o funcionamento da instituição
tornando-se agradável a realização desta.
No decorrer do trabalho, comecei a perceber como a instituição funcionava e
também como geriam as pessoas idosas. Contudo achei interessante a
história da instituição, assim como a forma como falavam da instituição.
Ao concluir este trabalho, fiquei a perceber melhor como é a vida de uma
instituição no geral e como lidar com as necessidades das pessoas da mais
idosas.
Por fim percebi que para trabalhar nestes lugares é necessário ter a
capacidade de saber ajudar os que mais precisam. Na minha opinião é
necessário ter sempre presente estas palavras Amor, Paz, Calma e
Paciência.

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Introdução

O objetivo deste trabalho é realizar uma entrevista a responsável da instituição, de modo


conhecer um pouco melhor a instituição. Também tem como objetivo perceber como as pessoas
interagem no seu quotidiano com a as pessoas mais idosas.
Também pretendo perceber e saber quais são as pessoas que colaboram com a instituição,
interação/comunicação entre a instituição e os utentes, os pontos fracos e fortes da instituição, a
visão da instituição para o futuro, como é financiada, tipo de utentes que frequentam a
instituição, acompanhamento dos utentes/familiares e os seus objetivos/missão da instituição.
Por fim pretendo fazer uma pequena descrição como nasceu o Lar de São Francisco.

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História da instituição

O Lar de São Francisco foi criado com iniciativa do Padre Alexandre Henriques Jorge, que
teve o apoiado de um grupo de legos, de um casal Dina e José Barreto que tiveram um papel
principal. Foi fundado a 16 de abril de 2008, pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco
Silva. Em 2012 quando celebrou o 5º aniversário, teve a presença do vigário-Geral da Diocese,
cónego Fiel de Sousa e o presidente do Governo Regional, Dr. Alberto João Jardim entre outras
entidades oficiais.
O Lar vive sobre os valores cristãos e franciscanos, desta forma pretende homenagear São
Francisco de Assis e perpetuar a sua missão. Tem como missão específica a promoção da
qualidade de vida, saúde, da autonomia e independência em articulação com a comunidade
envolvente. No entanto possuíram ainda uma capela interior para a celebração da Eucaristia, às
terças e sobados pelas 17h30.
No centro Social Paroquial da Sagrada Família, Instituição Particular de solidariedade Social
(IPSS), concretiza a sua ação sócia caritativa em cooperação com o centro de Segurança Social
da Madeira, com duas valências: Lar e Centro de dia. O lar acolhe a normalmente 35 pessoas e
o centro de dia 20 pessoas.
A 14 de abril de 2023 foi anunciado que o Lar de São Francisco será “ampliado” para terreno
cedido pela Diocese onde será construído um edifício terreno anexo ao edifício principal com
aproximadamente 1000 m2. Este investimento irá beneficiar do apoio do atual PRR (Plano de
Recuperação e Resiliência).
Desta forma a instituição poderá duplicar a sua capacidade.

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Apêndice

Transcrição da Entrevista

Entrevistador: Sofia Ferreira (A)

Entrevistado: Nádia (B)

A: Boa tarde, antes de mais quero agradecer pela sua disponibilidade, por estar aqui
para falar comigo. As perguntas que seguem agora é para identificar a instituição?

B: Ok. A nossa instituição tem 15 anos. É uma IPSS, sendo uma instituição
particular de solidariedade social, que tem duas influências de apoio à terceira
idade. Como instituição temos a valência centro de dia, tendo um acordo com
segurança social para cerca de 20 vagas. Auxiliamos 20 utentes e também
temos a valência ERPI, que é a estrutura residência para pessoas idosas.
Antigamente, era chamado lar, no entanto atualmente era o ERPI e nós
auxiliamos 30 utentes.

A: Esta é a localização da instituição ou houve outra?

B: Não, a sua localização sempre foi esta. Nós somos centro social da patriarcal da Sagrada
Família, porque temos uma estreita relação com a sagrada família, que se situa junto ao Hospital
Central do Funchal, mas a nossa instituição sempre foi localizada aqui neste local.

A: Esta instituição tem outros espaços ou apenas estes?

B: São mesmo este. Nós gostaríamos no futuro, caso não fosse muito oneroso para a
instituição de ampliar as nossas instalações para o terreno que temos mesmo à frente do
edifício principal. Se calhar fazer outra instituição, mas estamos a guardar para ver se é
possível, para ver se à disponibilidade económica para nós conseguirmos fazer essa
ampliação e conseguirmos apoiar mais pessoas idosas.

A: Pode me dizer, por favor, como surgiu a instituição. Ou seja, a sua origem ou a sua
história.

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B: Exatamente. A instituição partiu da ideia do senhor Padre Alexandre, que à muitos
anos atrás era o pároco da igreja da Sagrada Família. Foi ele que teve a ideia de auxiliar
a população mais idosa, da freguesia. Claro, que isto já não é só o auxiliar a população
que freguesia a instituição, porque já conseguimos auxiliar utentes de vários pontos da
ilha, mas foi uma ideia que nasceu do senhor padre Alexandre que atualmente não é o
presidente da instituição. Ele é o nosso guia espiritual dos nossos utentes e vem cá
muitas vezes para falar com eles.

A: Qual é a missão da instituição?

B: Nós seguimos o lema Franciscano, eu não sei se viu na entrada?

A: Não, não vi.

B: Mas tem, logo na entrada da instituição. Está escrito “Paz e Bem” que é o lema
Franciscano, que é apoiar e dar todo aquilo que os utentes precisam. Apoiar ao nível de
cuidados primários, aos níveis de cuidados de saúde, conforto, carinho, entre outros.

A: Isto são todos os cuidados que fazem?

B: Exatamente, tentamos impressionar o melhor os nossos utentes e também aquilo que


são as perspetivas dos seus familiares. Não somos perfeitos, não existe instituições
perfeitas, mas tentamos auxiliar e fazemos o nosso melhor.

A: Qual é a visão da instituição no presente e para o futuro?

B: No presente, nós queremos continuar a prestar os nossos serviços de acordo com as


necessidades dos nossos utentes. Queremos sempre melhorar e temos sempre o objetivo
de melhorar, mas principalmente que os idosos estejam bem, sintam seguros, que
estejam num ambiente calmo e que eles possam passar aqui na instituição os anos mais
felizes das suas vidas. No futuro e como já tinha mencionado anteriormente,
gostaríamos de ter mais espaço, outras camas disponíveis para nós conseguirmos ajudar,
mais utentes que necessitam. Atualmente a lista de pessoas em lista de espera para
poderem entrar na instituição é muito extensa, cerca de 1000 pessoas. Esta não é só uma

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preocupação da nossa instituição, mas também de muitas outras instituições.

A: Quais são os valores da instituição?

B: Os valores, isso segue muito o que já tinha dito. Anteriormente os valores queremos
preservar o ambiente familiar preservar aquilo que é identidade do utente, aquilo que
são os seus hábitos e os seus costumes. Claro que tendo em conta também a sua situação
clínica, mas também tentamos preservar a identidade de cada um.

A: O tempo que se segue a seguir é as atividades da instituição. Quais são as atividades


principais da instituição ou seus serviços?

B: É assim nós prestamos serviços ao nível de saúde temos uma equipa medica, temos
também cuidados enfermagem, temos funcionários que tem formação para cuidar
diariamente dos nossos utentes, também temos serviços de alimentação, lavandaria,
temos também aquela parte de ocupação onde também temos funcionários que tiram a
formação para e fazem atividades. Tendo em conta aquilo que são as limitações dos
utentes, também tendo em conta o seu estado de as saúdes, temos também aqui na
instituição um fisioterapêutica que faz trabalhos individualizado com os utentes e
também tratamento em grupo.

A: Tem parcerias ou parceiros estratégias que ajudam a reduzir os seus e a promover os


seus serviços

B: Nós temos uma estratégia com a segurança social é quem nos comparticipa
mensalmente com os custos mensalmente, assim como com o Instituto do Emprego,
pois temos vários funcionários que estão cá ao abrigo de alguns protocolos existentes
entre a instituição e este, reduzindo os custo para a instituição.

A: Vamos falar um pouco dos recursos humanos. Quantos trabalhadores ou


colaboradores têm a instituição?

B: Nós atualmente em regime de contrato termos e sem termo, temos cerca de 50

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funcionários. E também temos alguns profissionais em regime de recibo verde se não
estou em erro andam à volta dos 10.

A: Quais são as suas profissionais e formação?

B: Na direção técnica estou eu e o meu colega. Eu sou assistente social e o meu colega é
sociólogo. Temos também enfermeiros, fisioterapêutico, médicos, técnicos de
ocupação, nutricionista, licenciados em ciência de educação. Depois todo o pessoal que
está cá a trabalhar em contacto direto com os utentes têm formação ao nível da
geriatria. Caso não tenham essa formação inicial, nós na instituição damos essa mesma
formação. Normalmente, nós pedimos sempre que tenham experiência e formação na
área a que prestam os serviços.

A: Acha que estas instituições têm concorrência direta ou indireta na região?

B: É assim, eu não acho que seja concorrência. Eu acho que todas as instituições que
fazem um trabalho bem feito e prol da população idosa e que seja mais-valia para a
região, no intuito de reduzir o número de utentes em listas de espera que não é
concorrência, mas sim são uma mais-valia.,

A: Quais são os tipos de utentes que a instituição têm?

B: Cada vez mais, nós temos utentes mais dependentes. Tanto ao nível da nossa
valência ERBI, como o nível da valência centro dia, por norma pensamos que os
utentes da valência centro de dia, são pessoas mais autónomas que conseguem fazer a
maior parte das suas atividades de vida diária em casa e que vivêm aqui passar o seu
tempo durante o dia. A verdade é que infelizmente os nossos utentes centro de dia são
cada vez mais dependentes e também a nossa população de centro lar e com o passar
dos anos esse grau de dependência fica mais acentuado. No geral tendo em conta a
valência de lar dos 38 utentes que nós temos cá, penso que nós temos de cerca 6 ou 7
que podemos considerar autónomos.

A: Quais são os canais de comunicação com os utentes ou com os familiares dos utentes
(antes, durante ou depois de frequentarem esta instituição)

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B: Nós damos sempre primazia ao contacto direto, precisamente ao tentar resolver as
situações em todos os aspetos do processo integrativo de uma forma presencial. Nós
somos uma instituição pequena, acabamos por funcionar em ambiente muito familiar.
Damos valor ao contacto direto, falar com os familiares e diariamente estar sempre com
os utentes, saber o que se passa com cada um deles e tentar ajudá-los. Por vezes não é
fácil, porque também nós não temos resposta da parte de utente, porque não têm
capacidades, mas nós tentamos diariamente falar e estar sempre presente no dia-a-dia
deles.

A: Estamos quase a chegar ao fim da nossa entrevista. E gostava de perguntar quais são
os pontos fortes da instituição?

B: Os pontos fortes, a equipa ser jovem, motivada e gosta daquilo que faz. Um dos
pontos fortes é a sua localização, estando numa zona nobre da cidade e de fácil acesso
quer para utentes, familiares serviços de apoio como farmácias e hospital. Por isso, se
acontecer alguma coisa aos nossos utentes conseguimos também enviar, para os
serviços competentes. Temos também uma infraestrutura que é recente e uma
instituição, que tem boas instalações e conseguimos proporcionar que eles precisam.

A: E quais são os pontos fracos?

B: Os pontos fracos, não conseguirmos chegar a tantas pessoas quanto as que


necessitam. Gostaríamos, nós de ter mais quartos disponível para conseguirmos auxiliar
a terceira idade. Temos também uma lacuna que nós temos é a nossa fisioterapia agora,
já ser pequena ter uma dimensão pequena para necessidades dos nossos utentes. Outro
ponto fraco é a nossa lavandaria também, ser pequena para as necessidades da
instituição.

A: Quais são as oportunidades que esta instituição oferece?

B: As oportunidades. Nós aqui tentamos sempre valorizar, as oportunidades vou falar


agora diretamente aos funcionados. Nós aqui como somos uma equipa jovem e
gostamos de dar oportunidades aos jovens ao nível dos estágios. Nós habitualmente

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temos uma relação proximidade com os jovens e gostamos de lhes dar oportunidades
para poder fazer cá o seu estágio.

A: Quais são as ameaças ou dificuldades que a instituição pode enfrentar no futuro?

B: Eu acho que todos nós enfrentamos a falta de poder económico, onde tudo está cada
vez mais caro. Para uma instituição destas que tem imensos gastos diariamente, a parte
económica é uma fragilidade.

A: Para concluirmos gostava que se destacasse o que considera mais importante no


nosso dia na instituição?

B: Entrega, amor e dedicação.

A: Por fim que impacto gostava que esta entrevista tive nesta sociedade?

B: Ainda existe o estigma relativamente aos lares. Com os lares é o abandono, os lares
são os maltratos, não é assim. Eu falo por esta instituição e também conhecendo outras
realidades, estas instituições são cada vez mais necessárias. Os profissionais que
trabalham com a terceira idade devem ser mesmo valorizados, porque não é uma
profissão fácil, mas todo que é feito com gosto e carinho é bem feito.

Conclusão:

Posso concluir, que esta instituição tem o objetivo de vir ao encontre das necessidades das
várias famílias que não têm possibilidade de cuidar dos seus idosos ou dos idosos que estão
sozinhos sem familiares de modo a proporcionar uma boa qualidade de vida nesta fase da sua
vida. Também tem como objetivo a qualidade de vida dos seus utentes, a sua saúde, a
autonomia e a independência, solidariedade e humanidade em articulação com a comunidade
envolvente.

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É uma instituição que não tem como objetivo principal o lucro, mas sim o bem-estar das
pessoas.
Pela conversa que eu tive com Dr.ª Nádia Serrão, conclui que para além destas preocupações já
mencionadas também tem alguma dependência dos subsídios do Estado. Em resumo estás
instituições são importantes na sociedade para acolher os mais desprotegidos e frágil de modo
que eles se sentam acarinhados e uteis através das atividades que são desenvolvidas na
instituição.

Bibliografia

https://www.dnoticias.pt/2023/4/14/356080-lar-de-sao-francisco-devera-ser-ampliado-para-
terreno-cedido-pela-diocese/

https://www.dnoticias.pt/2023/4/14/356080-lar-de-sao-francisco-devera-ser-ampliado-para-

12
terreno-cedido-pela-diocese/#

https://agencia.ecclesia.pt/portal/funchal-faleceu-o-padre-francisco-avelino-vargem-andrade/

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