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no Cotidiano
A elaboração litúrgica
no contexto da missão
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b. O público que celebrará indica um importante pressuposto da
elaboração litúrgica. Aspectos educacionais, sociais, culturais,
regionais. Uma liturgia também possui um aspecto de comunicação e
para nos comunicarmos, precisamos conhecer o nosso público.
Por exemplo, uma celebração em uma escola pode ter uma linguagem
muito diferente de uma celebração na igreja. Uma celebração com
adolescentes exige uma maneira de comunicação diferente de uma
celebração com toda igreja.
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e. O calendário metodista: A Igreja Metodista no Brasil e no mundo
possui datas especiais que expressam nossa unidade denominacional
e contribuem para nossa reflexão e ação.
Exemplos: Dia da Autonomia da Igreja Metodista no Brasil (02/09); Dia
da Voz Missionária (3º Domingo de setembro); Dia do Metodismo
(24/05); Dia do Pastor e da Pastora Metodista (2º Domingo de abril).
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2. Formas litúrgicas: diálogo entre as partes e o todo do culto
A forma mais comum em nossas igrejas
Conforme prescrição de nossos Cânones, bem como do Ritual da Igreja
Metodista, nosso culto público cotidiano apresenta uma estrutura organizada
em torno de um diálogo nosso com Deus:
a. Adoração: Sempre que nos achegamos a Deus, nossa primeira atitude
é a de adorá-lo. Na Bíblia encontramos inúmeros exemplos de pessoas
que se achegam a Jesus e se prostram, num sinal de adoração.
Adoramos a Deus pelo que Ele é. Portanto, esse é um momento no
qual encontramos formas de expressar os atributos do Senhor:
santidade, onipotência, onisciência, onipresença, justiça, amor,
bondade, entre tantos outros.
b. Confissão: O impacto de estarmos comunitariamente na presença de
Deus nos conduz, naturalmente, ao reconhecimento de nossa
pequenez e de nossas imperfeições. Confessamos, portanto, nossos
pecados pessoais e comunitários, mediante o arrependimento sincero
e a esperança de sua misericórdia.
c. Louvor: A Graça de Deus se manifesta nos perdoando e salvando. Por
isso, respondemos a esse amor louvando a Deus pelo que Ele faz em
nossa vida.
d. Edificação: Após essa “preparação”, estamos prontos para receber sua
Palavra e celebrar à Mesa. Na Edificação, somos conduzidos e
conduzidas ao encontro com a Palavra da parte de Deus.
e. Ceia do Senhor: Após a Palavra somos convidados e convidadas a
aprofundarmos nossa comunhão mediante a Ceia do Senhor.
f. Dedicação: Como resposta à Palavra e à Mesa, dedicamo-nos ao seu
serviço, comprometendo-nos a servi-lo em nosso cotidiano,
transformando-o assim em um grande culto a Deus!
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Durante o culto, cantamos, oramos, ouvimos, lemos....
Destaque algumas maneiras de expressar o culto a Deus
em cada um dos momentos litúrgicos:
Adoração:_______________________________________________________
Confissão:_______________________________________________________
Louvor:_________________________________________________________
Edificação:______________________________________________________
Ceia do Senhor:_________________________________________________
Dedicação:______________________________________________________
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Outra proposta tradicional
Há uma forma litúrgica bastante difundida no contexto cristão em todo o
mundo que serve de inspiração para a elaboração litúrgica em nosso cotidiano.
Nela, o culto é dividido em quatro partes:
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Propostas alternativas
Há inúmeras possibilidades na elaboração litúrgica. Tanto nas celebrações
dominicais no templo quanto nas reuniões de oração nos lares, podemos
encontrar formas criativas e enriquecedoras de celebrarmos a Deus. Eis duas
ideias:
Celebração da Trindade no Cotidiano
1. Pai: criador e sustentador de nossa vida
2. Filho: Companheiro em nossa caminhada de vida e missão
3. Espírito Santo: Nos envia a transformarmos realidades em seu nome
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3. Recursos litúrgicos
Os recursos mais comuns para nos expressarmos nos cultos são a leituras
bíblicas, orações, cânticos, afirmações de fé, testemunhos e antífonas, além, é
claro, das palavras espontâneas de quem dirige o culto.
Entretanto, existem outros recursos que podem ser utilizados com
criatividade: Poesias, silêncio, sons, vídeos.
Percebemos que até agora exploramos apenas a audição
e a fala, e pouco da visão e de outros sentidos. Um desafio
é encontrarmos expressões que incluam outros sentidos:
Visão: Cores, símbolos, fotos, luzes, velas, lamparinas,
objetos do cotidiano.
Paladar: Alimentos (o pão e a água eram utilizados pelos
primeiros metodistas na celebração da Festa do Amor e
uma proposta desse culto encontra-se no Ritual da Igreja Metodista).
Tato: ajoelhar-se, abraçar, dar as mãos, lavar mãos ou os pés,
danças, palmas, bater os pés.
Olfato: Aromas, incensos, perfumes.
Na verdade, há uma imensidão de recursos em nosso cotidiano
que podem ser utilizados numa celebração litúrgica.
Quais outros recursos você destacaria?
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4. Anuário Litúrgico
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5. Calendário Litúrgico
O Ano Litúrgico baseia-se na história da salvação motivada por dois eventos
fundantes: A morte e ressurreição de Cristo (Ciclo da Páscoa) e a encarnação
de Jesus (Ciclo do Natal). Entre estes dois ciclos, temos o Tempo Comum.
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Ciclo da Páscoa
Acredita-se que a origem do calendário litúrgico esteja relacionada à
celebração da Páscoa. Um evento tão fundamental precisava ser celebrado
com um “tempo” de preparação. Esse período, composto pelos 40 dias que
antecedem a ressurreição de Jesus é chamado de “Quaresma”. Na semana que
antecede a Páscoa acentuasse o caráter celebrativo da história da paixão,
morte e ressurreição, com a Celebração de Ramos, um domingo antes da
Páscoa, e da Sexta-feira da Paixão e Páscoa.
O Ciclo da Páscoa termina 50 dias após a ressurreição, com a celebração do
Pentecostes. Com a capacitação do Espírito Santo, reforçamos litúrgica e
espiritualmente a vocação missionária da Igreja!
Principais datas do Ciclo Pascal: Quarta-feira de Cinzas, Domingo de Ramos,
Sexta-feira da Paixão de Cristo, Domingo de Páscoa, Ascensão do Senhor (7º
domingo da Páscoa) e Pentecostes.
Símbolos do Ciclo Pascal
Quaresma:
Cor: Roxo ou Violeta
Símbolos: flores desidratadas, galhos, cinzas, coroa de espinhos
Paixão:
Cor: Preto
Símbolos: Cruz, coroa de espinhos, cravo. Costuma-se
esvaziar o tempo de qualquer ornamento festivo,
mantendo uma característica radicalmente sóbria e
até mesmo severa.
Páscoa:
Cor: Amarelo ou Branco
Símbolos: Sol, girassol, borboleta, jardim em flor, luz
Pentecostes:
Cor: Vermelho
Símbolos: Pomba, Fogo, Vento, Água.
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Ciclo do Natal
Assim como na Páscoa, o Natal também possui um período de preparação e
um período de conclusão. A preparação do Natal é chamada de Advento, que
significa “preparação para uma chegada”. O Advento é celebrado nos quatro
domingos que antecedem o Natal.
O Ciclo Natalino inclui a Epifania (06/01) e conclui-se com a celebração do
Batismo de Jesus, no primeiro domingo após a
Epifania.
Símbolos do Ciclo Natalino
Advento:
Cor: Roxo com graduação ao lilás
Símbolos: Coroa do advento, Sinos, Anjos,
luzes, presépio, árvore, etc.
Natal:
Cor: Branco ou Amarelo
Símbolos: Mesmos do Advento, substituindo a coroa por vela branca,
manjedoura, bebês.
Epifania:
Cor: Amarelo
Símbolos: Estrela, presentes, magos.
Batismo do Senhor:
Cor: Branco
Símbolos: Água, concha com as gotas da trindade, pomba.
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Tempo Comum
O Tempo Comum é o período entre os dois ciclos festivos, no qual se
celebra a presença de Jesus no cotidiano. Ele se divide em duas partes:
O primeiro período inicia-se após o Batismo do Senhor e termina um
domingo antes da Quaresma. O segundo período inicia-se após o
Pentecostes e termina com o Domingo de Cristo Rei, antes do Advento.
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5. Um pouco sobre ornamentação litúrgica
B b y C
z
A x
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6. Liturgias do dia a dia
No dia a dia da igreja, além dos cultos dominicais, existem outras celebrações,
desde devocionais até cultos nos lares e reuniões de oração.
Muitas das informações compartilhadas até agora são úteis para a elaboração
destas celebrações, entretanto, essas possuem características específicas,
conforme notamos abaixo:
Culto Evangelístico
Um culto evangelístico tem por princípio o anúncio do Evangelho de
maneira contundente e criativa. Nesse culto, além da adoração e do louvor,
deve-se enfatizar cânticos, orações e ilustrações que destaquem a obra de
Cristo, sua ação salvífica e redentora.
Um momento fundamental desse culto é a pregação, voltada ao
anúncio da Graça de Deus. Considerar o público estará presente é fundamental
na preparação do conteúdo e na forma de apresentar esse conteúdo.
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Nessas ocasiões, é sempre oportuno oferecer às pessoas a
oportunidade para um momento pessoal com Cristo, seja em um apelo, um
convite à oração pessoal, ao arrependimento, à cura e libertação.
Um dos desafios destes cultos é a criatividade. Há inúmeras maneiras
de evangelizar.
Um culto evangelístico possui ainda outra característica fundamental:
a continuidade do contato e discipulado das pessoas que se achegaram a Cristo
neste dia. Portanto, a entrega de material edificante, a visita, o convite a outros
encontros será fundamental.
Reuniões de Oração
Como o próprio nome indica, a prioridade destes encontros é a oração.
A oração possui muitas formas: espontânea, silenciosa, litanias, orações
tradicionais escritas ou decoradas, ainda cânticos.
No geral, uma reunião de oração deve proporcionar a oportunidade de
orar uns pelos outros, de interceder por pessoas ou situações específicas.
Nesses cultos, a mensagem será breve e motivadora.
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Uma reunião de oração pode ter um tema. Mães que oram por filhos,
pátria, missões, etc. Quando em diálogo e oração escolhemos um tema para
uma reunião, podemos focar melhor o propósito do encontro.
b. Devocionais
Devocionais são oportunidades litúrgicas em aberturas ou
encerramento de programações ou momentos do dia. Sua característica
principal é a brevidade. Nem por isso precisam ser improvisadas ou
desprovidas de intensidade e preparação.
Uma devocional, geralmente, é composta por leitura bíblia, um ou
mais cânticos e oração(ões) e uma brevíssima reflexão. Cabem ainda atos
simbólicos, dinâmicas ou outras expressões criativas. A programação a que
está vinculada determinará seu conteúdo e tempo.
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7. Orientações sobre como proceder na direção de cultos
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- Levar em conta o público presente, buscando inseri-lo na celebração,
sejam pessoas idosas, adultas, jovens, adolescentes ou crianças.
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8. Sugestões de Literatura
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