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Trabalho de
Conclusão do Curso
de Educação Física

Licenciatura

PRECONCEITO NA APLICAÇÃO DAS ATIVIDADES NAS AULAS DE


EDUCAÇÃO FÍSICA: POR QUE A DIFERENÇA ENTRE MENINOS E
MENINAS?

Natália Feitoza da Costa1


Edson Leonel Rocha2

Resumo – O preconceito é considerado um grave problema no mundo hoje, e é visto, principalmente


nas escolas, observado com frequência nas aulas de educação física através da divisão de gênero
na prática do exercício físico. Esse artigo possui o objetivo de descrever as atividades e preconceitos
relacionados às aulas de educação física. Foi realizada uma pesquisa de campo, através de um
questionário, onde foram avaliados 40 alunos (20 meninos e 20 meninas) de uma escola na cidade
de Goiânia, que indicaram, por meio de suas respostas a separação psicológica de gênero no
decorrer das aulas e sugestões para a melhora de tal dificuldade. Pode-se, então, concluir que é
preciso compreender as diferenças de gênero nas aulas de educação física como fronteiras que
constantemente são construídas e cruzadas.

Palavras chaves: Preconceito. Gênero. Educação Física.

1 INTRODUÇÃO

A educação diferenciada entre meninos e meninas existiu desde sempre, no


entanto, nos anos 70, as mulheres começaram a pensar sobre a discriminação que
sofreram, passando então, a compreender que as diferenças de gênero não
surgiram de diferenças biológicas, mas resultado estrutura social e cultural que
exaltam o masculino e desvalorizam o feminino. Hoje as mulheres ainda são
descriminadas, mas os homens continuam negando que descriminam as mulheres e
estas vem provando que são capazes de conquistarem seus espaços assim como
os homens (COSTA e SILVA, 2002).

1
Discente do Curso de Educação Física da Universidade Salgado de Oliveira
2
Docente do Curso de Educação Física da Universidade Salgado de Oliveira
2

O preconceito é considerado um dos graves problemas da atualidade,


existente em toda a sociedade, e de um modo geral, principalmente na escola,
sendo frequentemente observado nas aulas de Educação Física. Essas
diferenciações de gênero se constituem no dia a dia de alunas na prática de
esportes culturalmente considerados masculinos, como por exemplo, o futebol,
futsal, lutas, entre outros. E mesmo que elas lutem para vencer discriminações e
assim conquistar seu espaço no esporte, ainda vem enfrentando muitos
preconceitos já que isso vem há muito tempo da cultura das famílias e das
instituições educacionais.
A Educação Física é uma disciplina que na escola se apresenta diferente
das demais em cada currículo escolar quanto à formação de turmas, pois se tem
verificado a separação dos alunos por gêneros – masculino e feminino. Percebendo-
se que esta é uma atitude discriminatória.
No decorrer dos anos muito se tem dito sobre o conceito de gênero. Nessa
cultura que sofre transformações a todo o momento, tornou-se comum a distinção da
capacidade entre meninos e meninas, predominando sempre o masculino.
Em meio há diversas mudanças sociais nos anos que passaram, os
conceitos de diferenciação de deveres de acordo com o gênero seguem destacados
na sociedade. Ao falar em gênero, logo se entende uma diferença na capacidade
física de cada um, onde os meninos são vistos como fortes e agressivos e as
meninas, delicadas e meigas (GOELLNER, 2010; SOUSA E ALTMAN, 1999;
SARAIVA-KUNZ, 2003).
Dessa forma, o tema sexualidade infantil está ligado à identidade de gênero,
que dispõe subsídios para a criança se reconhecer como pertencente ao gênero
feminino ou masculino, que se desenvolve no âmbito de instituições como a família e
a escola (COSTA et al., 2009).
Então, na busca pelo significado de gênero, Carvalho (2010) define-o como:

Uma construção cultural de feminilidade e masculinidade fundada na


diferença sexual tem como objetivo desnaturalizar as diferenças e denunciar
as desigualdades de sexo. O gênero é um modo de compreender mais
claramente as relações existentes entre homens e mulheres e assim diluir
preconceitos e geração de questionamentos sobre normas e condutas
naturalmente atribuídas ao feminino e ao masculino (CARVALHO, p. 33,
2010).
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Apesar das mulheres lutarem contra as discriminações e conquistarem seu espaço,


no esporte, ela ainda vem sofrendo muitos preconceitos e nesse contexto, surgem
estudos sociológicos sobre a mulher no esporte, onde, no decorrer dos anos, se
observou um aumento no índice de mulheres que praticam esportes, no entanto,
ainda existe uma resistência, apontando uma história de exclusão feminina e sua
fragilidade, inferioridade para atividades físicas de escorço (OLIVEIRA, 2006).
Nas aulas de educação física, é possível observar claramente a divisão
entre menino e menina no momento em que os professores reforçam padrões
discriminatórios de comportamento em seu discurso e ação docente. De forma geral,
a escola vem contribuindo para que essa divisão de sexo continue. A educação
física no ambiente escolar está envolvida, principalmente pela sua evolução histórica
e nas práticas discriminatórias entre os sexos, auxiliando na construção de sujeitos
masculinos e femininos.
Nesse contexto, o artigo que segue tem como objetivo geral apontar as
atividades e preconceitos relacionados às práticas nas aulas de Educação Física,
que diferenciam para meninos e meninas onde o preconceito é o maior problema
observado. Grande parte das questões é abordada de forma explícita,
principalmente no que está relacionado ao corpo. O preconceito em questão é fruto
de padrões estabelecidos pela sociedade, o corpo reflete a principal forma de
manifestação deste, sendo que, especialmente na escola, muitos destes
pensamentos são manifestados em forma de críticas, exclusões e humilhações.
O artigo em questão também busca mostrar que as aulas de Educação
Física no ensino médio são separadas entre meninos e meninas podem dificultar a
prática, discutir o porquê de atividades essencialmente masculinas e outras
essencialmente femininas nas aulas de Educação Física e relacionar as principais
atividades que são estabelecidas como masculina (futebol, lutas, basquete, entre
outras) e feminina (dança, aeróbica, voleibol, entre outras).
Assim, uma reflexão contundente sobre essas questões é fundamental para
vivenciarmos uma escola composta de valores de respeito, e que estes valores
sejam inseridos nas aulas de educação física.

4 REVISÃO DE LITERATURA
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A Educação Física nas escolas possui variadas características diante dos


demais componentes curriculares, pois auxilia na formação cultural do ser humano
por meio de técnicas, instrumentos e conhecimentos diferenciados dos métodos
tradicionais que existem nas escolas.

As aulas de Educação Física e as atividades corporais são mais usadas a


partir da linguagem corporal dos seus sujeitos, pois assim as vivências e as
experiências coletivas da disciplina vão apresentar uma ação mais
verdadeira e consciente, possibilitando mais iniciativa, autonomia na
resolução de problemas, e criando caminhos para o multiculturalismo, tendo
confiança e capacidades para se auto avaliar. (SARAIVA, 2005).

A Educação Física pode atuar colaborando com os alunos das escolas,


contribuindo para a construção de um novo cidadão, mais completo, mais integrado
e consciente de seu papel na sociedade a qual pertence. Porém, no Ensino Médio,
essa disciplina é por vezes, marginalizada, porque alguns diretores, professores e os
próprios alunos deturpam ao considerar as meninas inferiores aos meninos durante
as aulas.
Conforme Saraiva (2005) a Educação Física deve ser constituída como um
espaço democrático dentro da concepção escolar. Os professores devem trabalhar
diferenças e diversidades de gênero nas práticas das aulas, considerando essencial
que a práxis pedagógica tenha finalidade educativa e inclusiva. Sendo assim, é de
grande importância discutir com alunos e alunas questões referentes ao gênero nas
aulas, pensando numa aproximação dos mesmos.

A coeducação considera a equidade entre meninos e meninas nas aulas de


Educação Física, porém isso não quer dizer que meninos e meninas tenham
que realizar as mesmas atividades e ao mesmo tempo (COSTA e SILVA,
2002).

Saraiva (1999) assevera:

Torna-se importante trazer para o campo das discussões e possibilidades


pedagógicas as questões [...] como: os papéis sexuais estereotipados, os
anseios irracionais de dominação dos homens, a opressão tradicional da
mulher e, principalmente a ameaça ao direito de melhores condições e
igualdade dos seres humanos no esporte e na educação física (SARAIVA,
p. 181, 1999).

É recente e importante a diferenciação de meninos e meninas nas aulas de


Educação Física e as normas usadas para dividi-los.
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Segundo Caron (2008) deve-se levar em consideração o contexto cultural


que apresenta diversas disciplinas onde meninas e meninos estudam juntos, não
havendo diferenciação entre os mesmos, e a estrutura que a Educação Física
muitas vezes apresenta, realizando um tratamento diferenciado para ambos os
sexos, não havendo um trabalho coeducativo.
A separação dos sexos nas aulas, conforme Saraiva (2005) surgiu do
preconceito imposto pela sociedade, onde as mulheres tinham papel secundário no
mundo esportivo, sendo tratadas pelo homem como incapazes de realizar atividades
ditas “masculinas”.
Ao professor de Educação Física compete intervir na formação de valores
dos indivíduos, destacando assuntos como preconceito racial, étnico, de gênero,
relacionado a parâmetros estéticos ou a qualquer tipo de diferença entre os
mesmos. Ou seja, é essencial que o professor de Educação Física aborde os
assuntos no momento da situação para que se cause uma meditação por parte dos
alunos sobre o ocorrido.
Em todas as práticas da Educação Física a atuação docente é importante,
nas aulas coeducativas não é diferente. A atuação do docente é necessária, como
também sua intervenção na formação social do ser, como bem se posiciona Pereira
Netto (2004).
A coeducação conforme Saraiva (2005) deve ser entendida em geral como:

[...] práticas conjuntas entre meninas e meninos, a qual colabora na


interpretação das atividades físicas e do esporte numa visão relacional de
gênero, combatendo o sexismo, libertando alunos e alunas dos estereótipos
e das determinações de que cada sexo deve vivenciar tais práticas
corporais . Deve ser uma prática que venha revelar o sentido da união dos
sexos na Educação Física Escolar, buscando a emancipação dos alunos.
Seu objetivo é que as aulas sejam capazes de fornecer aos educando
conhecimentos para problematizar os padrões estabelecidos, mostrando
para eles que o masculino e o feminino têm coisas em comum, pois é
importante, meninos aprenderem a dançar e meninas a jogarem futebol, por
exemplo (SARAIVA, 2005).

Ainda que várias escolas e professores/as venham executando um trabalho


para reeducar alunos, a Educação Física parece ser uma área onde as resistências
ao trabalho integrado persistem, ou melhor, onde as resistências provavelmente se
renovam, a partir de outras argumentações ou de novas teorizações.
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5 METODOLOGIA

Esse estudo caracteriza-se como de campo, sendo esta o tipo de pesquisa


que pretende buscar a informação diretamente com a população pesquisada,
exigindo do pesquisador um encontro mais direto. Nesse caso, o pesquisador
precisa ir ao espaço onde o fenômeno ocorre, ou ocorreu e reunir um conjunto de
informações a serem documentadas Segundo Gonçalves (2001). De acordo com os
objetivos caracteriza-se como descritivo.
Para fundamentação do tema abordado, bem como sua compreensão e
descrição, foi realizada uma revisão teórica. Segundo Farias Filho (2013), a
pesquisa bibliográfica é realizada a partir de materiais já publicados, conforme
verificação na referência bibliográfica sobre quais livros, revistas e sites foram
utilizados para a construção do projeto.
Participaram da pesquisa 40 voluntários (20 do sexo masculino e 20 do sexo
feminino) com faixa etária entre 14 a 18 anos, alunos de uma escola localizada no
Setor Novo Mundo na cidade de Goiânia-GO.
Para a seleção da amostra dos estabelecimentos foi adotado apenas um
critério de seleção: escola que possua ensino médio.
Para a seleção da amostra dos sujeitos da pesquisa foram critérios de
inclusão: ser estudante do Ensino Médio da escola em questão.
A avaliação, por meio de um questionário, foi realizada com os alunos no
decorrer da aula de educação física com a presença da professora, antes
ressaltando os objetivos da pesquisa e o caráter ético da mesma, e explicando o
procedimento de coleta de dados.
Os dados foram analisados e tabuados por meio do (Software Microsoft
Excel 2010), para melhor exemplificar os resultados obtidos entre os alunos da
escola. Os resultados serão apresentados em forma de gráfico de pizza e cilindro
com as determinadas legendas.

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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O Gráfico 1 representa as respostas dos alunos questionados sobre como é


ministrada a aula de Educação Física, onde foi unânime a afirmação que diz serem
coletivas os tipos de atividades.
Romero (1994) alerta sobre o papel dos professores e professoras de
Educação Física na escola, já que estes em suas práticas ajudam a reproduzir
velhos valores, auxiliando na manutenção dos estereótipos sexuais diferenciados
para meninos e meninas.

As preferências pelas turmas mistas se dão de maneira que os alunos


possam aprender com diferenças, respeito, cooperação, solidariedade e
também é notável a facilitação de questionamento ou tratamento de gênero
(GASPARI et. al., p. 17, 2003).

Gráfico 1 – Tipos de Atividades

Observa-se no Gráfico 2 que 67,5% dos alunos afirmam não existir


atividades apenas para meninos. Entretanto, tal afirmação nem sempre é
apresentada literalmente, pois a separação dos sexos nas aulas de Educação
Física, em algumas escolas, ocorre desde o primário escolar ao ensino médio,
permanecendo engajada culturalmente no âmbito escolar ao longo dos anos, tendo
continuadamente os repetidos argumentos para tal diferenciação, a Biologia, tendo
em vista as diferenças observadas entre os meninos e as meninas.
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Gráfico 2 – Atividades para meninas e meninos

Ao serem questionados sobre a existência de atividades determinadas por


alunos ou professores como sendo de meninos ou meninas, os alunos apresentaram
um alto índice de 75% que afirmam existir essa determinação, indicando futebol e
luta para os meninos e dança e vôlei para as meninas.
É criado em cada sociedade, um conceito diferente de corpo, que acarreta
certas regras concebidas como indicadoras de normalidade, onde às meninas, é
imposta a condição de delicadeza e cuidados, o que resulta na deficiência de
algumas habilidades motoras - salvas exceções femininas -, ao contrário dos
meninos, dos quais já se espera agilidade e altivez.

Gráfico 3 – Atividades exclusivas para homens e mulheres


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Contradizendo o resultado do Gráfico anterior, 37% dos meninos ao


praticarem uma atividade considerada feminina, afirmam ser uma atividade normal e
gosta, e 27% apesar de afirmar ser uma atividade normal, não gostam. Apenas 10%
dos questionados confirmam não ser uma atividade normal e não participam.

Essa separação por sexo continua, ainda, em algumas escolas brasileiras.


Visto que a tal diferença entre os corpos, feminino e masculino, seria mais
visível e um empecilho, nas aulas esportivas. É cientificamente comprovada
à questão de os meninos serem mais fortes, durante a puberdade, como já
fora citado. Mas, partindo-se do pressuposto papel da Educação Física
escolar, cujos objetivos não incluem rendimento, torna-se viável o trabalho
com um único grupo de alunos (ASSIS; NASS; RODRIGUES; SANTOS;
SANTOS, p. 12, 2007).

Gráfico 4 – Tipo de atividade


Já as meninas quando questionadas sobre atividades consideradas
masculinas, somaram 45% que afirmaram ser uma atividade normal e gostam e teve
um pequeno índice de 7,5% que afirmaram não ser uma atividade normal e não
participam.
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Gráfico 5 – Tipo de Atividade

O Gráfico 6 apresenta uma questão importante onde se observa


comportamento ao se tratar da modalidade dança, onde 87,5% mostram que a
grande maioria as meninas participam e 12% todos participam. A opção maioria dos
meninos não foi considerada.

Gráfico 6 – Aula ministrada

Observa-se também nas meninas essa diferenciação de atividades, onde, o


Gráfico 7, não houve índice que apresenta maioria das meninas participam da aula
de luta, apresentando apenas 25% indicando a participação de todos.
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Gráfico 7 – Aula ministrada

O Gráfico 8 representa o alto índice de 67,5% de aceitação como um todo


da aula de ginástica. Porém, a maioria dos meninos participam apresenta apenas
15% dos questionados.

Gráfico 8 – Aula ministrada


Os alunos foram questionados sobre a vivência e se consideram correto
separar atividades entre os sexos e grande maioria concordam com a coletividade
nas aulas, argumentando ainda, ideias sobre a inserção das meninas em atividades
consideradas masculinas desde cedo e aos poucos. Ainda apresentaram opiniões
sobre métodos para ministrar as aulas mostrando em vídeos ou imagens de homens
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que praticam esportes culturalmente considerados femininos e mulheres que


praticam esportes culturalmente considerados masculinos, bem como implantar, de
forma coletiva, esportes com essas determinadas considerações.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao considerar o tema em questão, concluímos que a mulher ainda é cercada


de muitos preconceitos e a sociedade é a grande responsável para que isso
aconteça. E no âmbito educacional, a escola tem um papel fundamental para acabar
com esses estigmas.
Historicamente, Cruz & Palmeiras (2009) constataram que a educação tem
contribuído para a perpetuação da estereotipia sexual. O processo de transmissão
dos preconceitos sexuais baseia-se, na maioria das vezes, em argumentos de
ordem biológica, o que os torna naturais e imutáveis, o que por sua vez,
desencadeia numa diferença acentuada de experiências vividas por meninos e
meninas, interferindo diretamente na sua vida social.
Na escola se destaca o professor de Educação Física que ao abordar as
questões de gênero durante suas aulas, pode contribuir reduzir esse preconceito e
diferenciação entre os alunos, mesmo se tratando de questões culturais difíceis de
lidar.

Nas aulas de Educação Física o professor assume o papel de formador do


cidadão, não só pela ótica fisiológica e/ou motora, mas também pelo viés da
formação do indivíduo como um todo. Neste sentido, é papel do professor
de Educação Física a transmissão do saber elaborado, desvinculado de
qualquer valor que vise à reprodução de preconceitos, discriminação e
subordinação (BOZ et al, p. 5, 2008).

Talvez o que torne essa pesquisa inacabada é o fato de que professores e


professoras, independente do tempo de atuação na área, encontram dificuldades
e/ou desculpas para lidar com esse tema durante suas aulas, sem deixar de
considerar o fator biológico que ainda sustenta as práticas na educação física em
que meninos e meninas jogam, brincam de forma separada.
Os estudos feitos desde a década de 90 nos informam que este olhar é
limitador, portanto, não dá conta ou não contribui para fazermos uma Educação
Física transformada e transformadora.
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REFERÊNCIAS

ASSIS, Márcia; NASS, Paulo; RODRIGUES, Aline; SANTOS, Natasha; SANTOS,


Aline dos. Gêneros e Educação Física escolar: notas gerais sobre a formação
cultural no decorrer da história. Buenos Aires, 2007.

BOZI, Luiz Henrique Marchesi; ESPERANÇA, Rodrigo A. A.; MELO, Ana Luiza Mota;

CARON V.C. Gênero, sexualidade e co-educação: uma experiência na escola. 2008.


Disponível em:
<.http://www.fazendogenero8.ufsc.br/sts/ST10/Viviane_das_Chagas_Caron_10.pdf.>
. Acesso em 03 Nov. 2018.

CARVALHO, M. P. Gênero é um conceito complexo e de difícil sensocomunização.


Considerações a partir de uma experiência de formação docente. Juíz de Fora: Est.
Pesq. Educ. Juiz de Fora, 2010.

COSTA, M. R. F.; SILVA, R. G. A Educação Física e a Co-Educação: igualdade ou


diferença? Campinas: Revista Brasileira de Ciências do Esporte, 2002.

COSTA, A. P. et al. Sexualidade, gênero e educação: novos olhares. Revista Ibero-


Americana de estudos em Educação, 2009.

CRUZ, M. M. S., PALMEIRA F. C. C. Construção de identidade de gênero na


Educação Física Escolar. Rio Claro: Motriz, Rio Claro, 2009.

FARIAS FILHO, Milton Cordeiro. Planejamento da pesquisa científica. São Paulo:


Atlas, 2013.

GASPARI, T.C.; SOUZA JUNIOR, O.; MACIEL,V.; IMPOLCETTO, F.; VENANCIO,


L.; ROSARIO, L. F.; IÓRIO, L.; THOMAAZO, A. Di.; DARIDO, S. C. A realidade dos
professores de Educação Física na escola: suas dificuldades e sugestões. Revista
Mineira de educação física, 2006.

GOELLNER, S. V. Mulher e esporte no Brasil: entre incentivos e interdições elas


fazem história. Rio de Janeiro: Pensar e prática, 2005.

GONÇALVES, Elisa Pereira. Iniciação à Pesquisa Científica. Campinas: Alínea,


2001.

MIRANDA, Dayane Graciele de Jesus. Educação Física escolar: principais formas


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NETTO, José. Ditadura e serviço social: uma análise do serviço social no Brasil pós
São Paulo: Cortez, 2004.

OLIVEIRA, F. F. Relações de gênero nas aulas de educação física: discriminação


e/ou preconceitos, 2006.
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ROMERO, E. Os estereótipos, as representações sociais, as questões de gênero e


as repercussões sobre o corpo. Livro: Imaginários e Representações Sociais em
EFI, Esportes e Lazer. Ed. Gama, 2001.

SARAIVA, M. C. Co-Educação Física e Esportes: quando a diferença é mito. Ijuí:


Unijuí, 1999.

SARAIVA, M. C. Co-educação física e esportes: quando a diferença é mito. Ijuí:


Unijuí, 2005.

SOUSA, E. S.; ALTMANN, H. Meninos e meninas: Expectativas corporais e


implicações na Educação Física escolar. São Paulo: Cadernos Cedes, 1999.
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ANEXO

QUESTIONÁRIO PARA ALUNOS E PROFESSORES.

1- Nas aulas de Educação Física as atividades são feitas coletivamente ou


individuais?
( ) COLETIVAMENTE
( ) INDIVIDUAIS

2- Existem atividades para meninas e para meninos?


( ) NÃO
( ) SIM

3- Existem atividades que meninos, meninas e professores determinaram como


sendo exclusivamente para homens e mulheres, quais?
( ) NÃO
( ) SIM – homens:
______________________________________________________
- mulheres:
_____________________________________________________

4- Quando os meninos participam de atividades consideradas femininas, qual a


reação deles?
( ) Considera uma atividade normal, e gosta;
( ) Considera uma atividade normal, mas não gosta;
( ) Não considera uma atividade normal, mas participa;
( ) Não considera uma atividade normal, e não participa.

5- Quando as meninas participam de atividades consideradas masculinas, qual


a reação delas?
( ) Considera uma atividade normal, e gosta;
( ) Considera uma atividade normal, mas não gosta;
( ) Não considera uma atividade normal, mas participa;
( ) Não considera uma atividade normal, e não participa.

6- Quando ministrada uma aula de dança, qual o comportamento observado?


( ) Todos participam;
( ) Maioria das meninas participam;
( ) Maioria dos meninos participam;
( ) Ninguém participa;
( ) Outra resposta:
_______________________________________________________

7- Quando ministrada uma aula de lutas, qual o comportamento observado?


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( ) Todos participam;
( ) Maioria das meninas participam;
( ) Maioria dos meninos participam;
( ) Ninguém participa;
( ) Outra resposta:
_______________________________________________________

8- Quando ministrada aula de ginástica, qual o comportamento observado?


( ) Todos participam;
( ) Maioria das meninas participam;
( ) Maioria dos meninos participam;
( ) Ninguém participa;
( ) Outra resposta:
_______________________________________________________

9- De acordo com a sua vivencia, acha que é certo separar atividades para
meninos e meninas? Justifique sua resposta.

10-O que você acha que pode ser feito para mudar essa visão de que existem
atividades somente para meninas e atividades somente para meninos?

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