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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO

PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA


TURMA - PDE/2012

Título: CORFEBOL (KORFBALL – BOLA AO CESTO): uma proposta para minimizar os


conflitos entre gêneros nas aulas de Educação Física

Autor Autora MIRIAM REGINA BARROTTO DO CARMO

Disciplina/Área (ingresso no PDE) EDUCAÇÃO FÍSICA

Escola de Implementação do Projeto COLÉGIO ESTADUAL BENEDITA ROSA REZENDE –


e sua localização ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.
AVENIDA: ROBERT KOCH Nº 377 – JD GUARARAPES

Município da escola LONDRINA

Núcleo Regional de Educação LONDRINA

Professor Orientador MARCELO ROMANZINI

Instituição de Ensino Superior UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

Relação Interdisciplinar
(indicar, caso haja, as diferentes
disciplinas compreendidas no
trabalho)

Resumo Os conflitos entre meninas e meninos durante as aulas da


Educação Física na escola é um bom exemplo para que
(descrever a justificativa, objetivos e questões como discriminação e desigualdade entre gêneros
metodologia utilizada. A informação possam ser discutidas, reconhecendo a ampliação da
deverá conter no máximo 1300
diversidade nas relações sociais. É relevante a observação
caracteres, ou 200 palavras, fonte
de que a co-educação nem sempre é garantida e que as
Arial ou Times New Roman,
atividades propostas muitas vezes fortalecem a reprodução
tamanho 12 e espaçamento simples)
de comportamentos de uma sociedade sexista. Esta
unidade didática objetiva um trabalho co-educativo. Conta
com uma apostila elaborada para alunos e alunas com
conteúdos e recursos pedagógicos contemplando textos,
vídeos, discussões, reflexões e momentos onde desafios e
estratégias são pensados para que meninos e meninas
possam se integrar e construir sua aprendizagem num
processo colaborativo. Propõe: jogos competitivos e
cooperativos, discussões de gêneros, reflexões sobre
diferenças e desigualdades sociais e apresenta um esporte
chamado Corfebol (Korfball - bola ao cesto), onde meninos
e meninas obrigatoriamente fazem parte de uma mesma
equipe jogando em igualdade de condições. Busca
especialmente verificar por meio da prática esportiva do
Corfebol, como se dá a integração entre meninas e meninos
durante as aulas de Educação Física.
Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) GÊNEROS – CONFLITOS – CORFEBOL - INTEGRAÇÃO

Formato do Material Didático UNIDADE DIDÁTICA

Público Alvo ALUNOS E ALUNAS DO 9º ANO DO ENSINO


(indicar o grupo para o qual o FUNDAMENTAL
material didático foi desenvolvido:
professores, alunos, comunidade...)

1 APRESENTAÇÃO

Esta unidade didática foi pensada e elaborada a partir da identificação de


conflitos, dificuldades de relacionamento e convivência entre alunos e alunas nas
aulas de Educação Física, sendo especialmente proposta para a turma do 9º ano do
ensino fundamental do Colégio Estadual Benedita Rosa Rezende em Londrina-Pr.
Esses conflitos e dificuldades de relacionamentos, na maioria das vezes, são
manifestados com comportamentos agressivos (verbal ou físico), preconceituosos
(entre gêneros, falta de habilidade, peso etc.) e manipuladores (principalmente na
formação de grupos e equipes) (SANTOS, 2010).
Esta proposta opta pelo trabalho co-educativo (a co-educação considera a
igualdade de oportunidades entre os gêneros) com atividades que contemple
desafios, estratégias e cooperação entre meninos e meninas com momentos de
reflexão sobre as relações sociais, diferenças e desigualdades na sociedade.
Cunha Junior (1996) aponta para tentativa de colaborar com a construção de
uma pedagogia e de uma escola que não produza e/ou reproduza as desigualdades
baseadas no critério sexual, enfim, na construção de uma pedagogia/escola não
sexista. Como primeiro passo para a realização de tal objetivo devemos, enquanto
educadores(as), problematizar nossas práticas diárias, nossa linguagem, nossas
estratégias escolares e nossos referenciais teóricos.
A proposta da co-educação com discussões sobre as relações de poder entre
meninos e meninas em aulas mistas de Educação Física, vem oportunizar atividades
com grau de dificuldades que atenda as diferenças de habilidades entre estudantes
juntos ou separados por sexo, em favor do processo de ensino e aprendizagem.
Louro (1997, p. 72) lembra que, se em alguns componentes curriculares a
constituição da identidade de gênero parece, muitas vezes, ser feita por meio de
discursos implícitos, nas aulas de Educação Física esse processo é, geralmente, mais
explícito e evidente. Ainda que várias escolas e professores/as venham trabalhando
em regime de co-educação, a Educação Física parece ser a área onde as
resistências ao trabalho integrado persistem, ou melhor, onde as resistências
provavelmente se renovam, a partir de outras argumentações ou de novas
teorizações.
Trata-se também de promover a reflexão acerca dos conflitos entre os gêneros
que ocorrem durante as aulas, identificando quais dificuldades estão presentes nesse
grupo de convivência em questão e, quais acordos serão estabelecidos para
minimizar essas dificuldades e conflitos que interferem negativamente nas aulas de
Educação Física.
Verbena (2001) sugere que para minimizar os conflitos nas aulas de Educação
Física é necessária a atuação docente no sentido de romper com a ideologia sexista
que reina na sociedade, desenvolver o respeito entre meninos e meninas e combater
a discriminação e os preconceitos, principalmente em relação às meninas.
Objetiva-se assim, a motivação para uma mudança dentro da escola e na vida
cotidiana dos(as) alunos(as).
O trabalho desenvolvido nesta unidade didática terá como foco principal, a
apresentação de um esporte chamado Corfebol, o qual traz como princípios: a
inclusão e a cooperação de todos os jogadores e jogadoras por se tratar de um
esporte originalmente misto.
O Corfebol é chamado o jogo dos gêneros, pois homens e mulheres fazem
parte de uma mesma equipe, apresentando igualdade de condições, sendo de fácil
aprendizagem e necessário que haja cooperação entre jogadores e jogadoras para o
sucesso do jogo. Pode ser uma ótima opção pedagógica para aulas de Educação
Física mista, e um importante instrumento para oportunizar uma reflexão acerca dos
conflitos entre meninas e meninos durante as aulas.
Para Fortuna (2008, p.14), o caráter misto e coletivo do Corfebol faz com que
tanto as mulheres quanto os homens participem em nível de igualdade e pensem em
seu papel no jogo. Esse pode ser um assunto abordado durante a aula, e então fazer
com que os alunos reflitam sobre as regras do jogo e como o que acontece durante o
jogo pode ser levado à vida real. Meninos em situação de igualdade com meninas,
todos juntos, cooperando juntos, em busca de um objetivo em comum.
Os objetivos para esta unidade didática buscam especialmente verificar por
meio da prática esportiva do Corfebol, como se dá a integração entre meninas e
meninos durante as aulas de Educação Física; promover a co-educação com
momentos de reflexão sobre diferenças e desigualdades sociais; minimizar por meio
de atividades cooperativas, os conflitos entre os gêneros nas aulas de Educação
Física; desenvolver estratégias de trabalho em conjunto, com meninos e meninas;
conhecer uma nova modalidade esportiva: o Corfebol, que, com as devidas
adaptações para o trabalho na escola, oportunizará aos alunos e alunas, seu
aprendizado e a compreensão de suas regras.

2 RECURSOS MATERIAIS E DIDÁTICOS

Os recursos utilizados para a implementação do projeto serão: sala de aula, TV


multimídia, DVD, pen drive, internet, câmera fotográfica e filmadora, computador,
data-show, slides, filmes, vídeos, músicas, textos, quadra, pátio do colégio, campo de
grama, cestas livres de basquetebol (sem tabela) ou cesto com mastro do Corfebol,
bolas de futsal, basquetebol, handebol, voleibol, futebol, medicine-ball, painéis,
cartolinas, figuras, imagens, giz, quadro negro e outros.

3 ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

Para esta Unidade Didática, foi elaborada uma apostila com conteúdos e recursos
pedagógicos assim distribuídos: material de apoio, tópicos de discussões e
reflexões, sugestões de atividades em sala de aula e quadra, filmes e vídeos,
letras de músicas, tarefas para casa e avaliações. As apostilas serão impressas e
repassadas aos alunos e alunas para o acompanhamento durante a
implementação do projeto. Serão usados 27 encontros para aplicação da Unidade
Didática.
TEMA 01 JOGOS COMPETITIVOS

Este tema será realizado em quatro encontros


Objetivo
Criar um ambiente onde alunos e alunas possam conhecer e discutir sobre jogos
competitivos e sentimentos competitivos, bem como organizar um torneio interno
de futsal e de handebol para a turma.

Primeiro encontro

MATERIAL DE APOIO

Leituras
Fonte: Clip-art - Microsoft

O que é Jogo:

Jogo é um termo do latim “jocus” que significa gracejo, brincadeira,


divertimento. O jogo é uma atividade física ou intelectual que integra um sistema de
regras e define um indivíduo (ou um grupo) vencedor e outro perdedor. Os jogos
podem ser utilizados para fins educacionais para transmitir o sentido de respeito às
regras e a mensagem de que numa disputa entre adversários haverá sempre um que
perde e outro que ganha.
Disponível em: http://www.significados.com.br/jogo/

O que é esporte:

Esporte é uma atividade física sujeita a determinados regulamentos e que


geralmente visa a competição entre praticantes. Para ser esporte tem de haver
envolvimento de habilidades e capacidades motoras, regras instituídas por uma
confederação regente e competitividade entre opostos. O esporte também pode ser
definido como um fenômeno sócio-cultural, que envolve a prática voluntária de
atividade predominantemente física e competitiva com finalidade recreativa ou
profissional, ou predominantemente física não competitiva com finalidade de lazer,
contribuindo para a formação, desenvolvimento e/ou aprimoramento físico, intelectual
e psíquico de seus praticantes e espectadores. Além de ser uma forma de criar uma
identidade esportiva para uma inclusão social.
Disponível em: http://www.significados.com.br/jogo/

Jogos Competitivos:

Jogos Competitivos tem como essência estimular a competição entre os


participantes, porém é importante criar uma face educativa para que ensinar crianças
e adolescentes que perder ou ganhar não é o que importa, e sim fazer com que todos
trabalhem por um objetivo em comum.
Os jogos competitivos podem ser de diferentes tipos e que requerem habilidades
distintas, como jogos intelectuais, jogos que utilizam rapidez de raciocínio, jogos de
estratégia, entre outros, para fazer com que o lado competitivo seja estimulado, mas
em especial o raciocínio. Um dos problemas dos jogos competitivos é que quando se
colocam os indivíduos em situação de rivalidade, sua aceitação é muito relacionada
com o fato de ganhar ou perder, provocando assim alto nível de angústia e
agressividade.
. Disponível em: http://www.significados.com.br/jogo/

Nos jogos competitivos deve-se evitar a


competição como única motivação, discriminação
em geral, seja ela do sexo, do físico, cor, e a
valorização excessiva dos vencedores e dos
perdedores.
.
Disponível em: http://www.significados.com.br/jogo/

Fonte:aimportanciadosjogoscompetitivos.blogspot.com

Para Refletir
e Discutir

Fonte: educadores.diaadia.pr.gov.br

Se não puder ajudar, atrapalhe, afinal “o importante é participar”


Quando entramos numa competição, ouvimos sempre esta frase
“o importante é participar”.

Mas será que realmente esse é o nosso sentimento diante de uma


derrota?

Ser o melhor, o mais forte, o mais habilidoso, o mais inteligente nos dá


a sensação de poder e superioridade em relação ao outro?

Sugestões de Atividades:
Fonte: clip-art - Microsoft

Atividade 01:
Alunos e alunas deverão organizar torneios rápidos de futsal e handebol para a
própria turma:

Regras para o evento:


1-Toda a turma deverá participar;
2-A escolha das equipes ficará por conta dos próprios alunos;
3-As regras para o evento deverão ser criadas pela turma e não poderão ser
alteradas;
4-As inscrições prévias serão obrigatórias;
5-Caso haja adaptação nas regras dos esportes em questão, toda a turma deverá
estar ciente e de acordo.
6-Será decidido com a turma, a premiação para a equipe vencedora;
7-Deverão escolher entre eles uma dupla de árbitros e uma dupla de mesários.
8-A turma deverá confeccionar as tabelas dos torneios.
Segundo encontro

Objetivo
Iniciar as competições de futsal na forma da organização dos alunos e alunas da
turma.

Atividade 02:
Na quadra, alunos e alunos deverão organizar-se para iniciar o torneio de futsal.

Afixar as tabelas dos confrontos;

Designar mesários e árbitros;

Apresentar as equipes;

Realizar a competição; Fonte: clip-art - Microsoft

Terceiro encontro

Objetivo
Finalizar as competições de futsal e Iniciar o torneio de handebol na forma da
organização dos alunos e alunas da turma.

Atividade 03:
Na quadra, alunos e alunas deverão organizar-se para finalizar as competições de

futsal e iniciar o torneio de handebol.

Afixar as tabelas dos confrontos;

Designar mesários e árbitros;

Apresentar as equipes; Fonte: clip-art - Microsoft

Realizar da competição.
Quarto encontro

Objetivo
*Finalizar as competições de handebol.
*Levantar pontos positivos e negativos das competições.

Atividade 4:
Finalizar as competições de handebol;

Premiação das equipes campeãs.

Fonte: http://br.freepik.com/fotos-vetores-gratis/handebol

Após encerramento, voltemos ao quadro laranja, discuta com seus colegas da


turma sobre as questões ali apresentadas. Relate também, seus sentimentos
frente à competitividade, o desenvolvimento do torneio, as condições das
divisões das equipes e os pontos positivos e negativos do torneio.

Cada “time” deverá apresentar um balanço das atividades competitivas


realizadas pela turma.
TEMA 02

JOGOS COOPERATIVOS

Este tema será realizado em quatro encontros

Objetivos
Criar um ambiente onde alunos e alunas possam conhecer e discutir sobre jogos
cooperativos e sentimentos colaborativos, bem como organizar os jogos de RPG
(Role-playing Game).

Promover o envolvimento de todos os meninos e meninas nas atividades, cooperando


entre si, criando estratégias para resoluções de problemas em conjunto e integrando-
se para compartilhar a diversão sem a ação da competição.

Primeiro encontro

MATERIAL DE APOIO

Leituras
Fonte: Clip-art - Microsoft

Jogos Cooperativos
Segundo Fábio Brotto (2002), os jogos cooperativos propõem um exercício de
ampliação da visão sobre a realidade da vida refletida no jogo. Mesmo sem a
competição o jogo não perde o interesse, pois são atividades dinâmicas e que exigem
apenas respeito entre os participantes. Através dos jogos cooperativos as pessoas
podem mudar a sua maneira de ver o mundo. Brotto (2002) também ressalta que
“podemos vivenciar os Jogos Cooperativos como uma prática re-educativa, capaz de
transformar nosso condicionamento competitivo em alternativas cooperativas para
realizar desafios, solucionar problemas e harmonizar os conflitos."
A principal característica do jogo cooperativo é a forma como os participantes se
envolvem. Os objetivos ao realizarem as atividades devem estar na diversão que eles
proporcionam, sem a preocupação em competir exclusivamente.
Terry Orlick (1989) diz que "a diferença principal entre jogos cooperativos e
competitivos é que nos Jogos Cooperativos todo mundo coopera e todos ganham,
pois tais jogos eliminam o medo e o sentimento de fracasso. Eles também reforçam a
confiança em si mesmo, como uma pessoa digna e de valor".
Um bom exemplo de jogos cooperativos são os Jogos de RPG.

Você conhece os Jogos de RPG?

Role-playing game, também conhecido como RPG (em português: "jogo de


interpretação de personagens"), é um tipo de jogo em que os jogadores assumem os
papéis de personagens e criam narrativas colaborativamente. O progresso de um jogo
se dá de acordo com um sistema de regras predeterminado, dentro das quais os
jogadores podem improvisar livremente. As escolhas dos jogadores determinam a
direção que o jogo irá tomar.
Os RPGs são tipicamente mais colaborativos e sociais do que competitivos. Um jogo
típico que une os seus participantes em um único time que se aventura como um
grupo. Um RPG raramente tem ganhadores ou perdedores. Isso o torna
fundamentalmente diferente de outros jogos de tabuleiros, jogos de cartas
colecionáveis, esportes, ou qualquer outro tipo de jogo. Como romances ou filmes,
RPGs agradam porque eles alimentam a imaginação, sem, no entanto, limitar o
comportamento do jogador a um enredo específico.
O RPG tem seu uso amplamente incentivado pelo Ministério da Educação (MEC),
como método de ensino. É usado para aguçar a cooperação mútua e o raciocínio
lógico dos estudantes.
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Role-playing_game

Para Refletir
e Discutir

Fonte: educadores.diaadia.pr.gov.br

“Se o importante é competir, o fundamental é cooperar”


O que é Cooperar?
A cooperação surge quando trabalhamos juntos para conseguir um objetivo comum, com êxito
pra todos.
Há maior sensibilidade às necessidades dos outros porque todos se ajudam com freqüência;
assim a qualidade das produções coletivas é maior.
Para que o objetivo de cada um seja alcançado, o objetivo de todos deve ser o mesmo.
(BROTTO, 1995)

Fonte: educadores.diaadia.pr.gov.br

Segundo encontro

Objetivo
Criar um ambiente onde meninos e meninas possam trabalhar juntos no
desenvolvimento dos Jogos de RPG.

Sugestões de Atividades:
Fonte: clip-art - microsoft

Atividade 01:

Organização do RPG:
Definição da data e horário;
Definição dos grupos que deverão ser formados por meninas e meninos;
Definição do tema e das fases (cada grupo só conhecerá a sua fase, as demais
serão surpresa);
Definição de cada fase;
Estruturar o jogo de sua fase;
Definir papéis;
Definir poderes e fraquezas, caracterização;
Criar história de introdução da fase;
Descrição dos materiais necessários (SANTOS, 2012).

Para o sucesso desta atividade, será necessário:


1- Que toda a turma participe;
2- Que as equipes sejam divididas de forma que meninos e meninas trabalhem juntos;
3- Que as regras para os jogos sejam criadas pela turma e possam ser alteradas,
desde que todos tomem conhecimento;
4- Que o tema e o ambiente fictício onde se passam os RPGs, possam ser escolhidos
democraticamente pela turma a partir de suas próprias sugestões;
5- Que as histórias sejam criadas de forma sigilosa e;
6- Que as apresentações sejam em horários e espaços que favoreçam o
desenvolvimento e o sucesso do jogo.

Terceiro encontro

Objetivo
Criar um ambiente em que meninos e meninas possam trabalhar juntos no
desenvolvimento dos Jogos de RPG.

Atividade 02:
Alunos e alunas, divididos em grupos continuarão seus trabalhos organizando e
construindo em equipe a sua fase do jogo, a história de introdução, o
desenvolvimento do jogo (com descrição detalhada e minuciosa), a descrição dos
personagens (poderes, fraquezas e caracterização), o local de sua fase e os materiais
a serem utilizados
Quarto encontro

Objetivo
Criar um ambiente onde meninos e meninas possam trabalhar juntos no
desenvolvimento dos Jogos de RPG.
Atividade 03:
As equipes deverão se caracterizar e ambientar suas fases para que o jogo se inicie.
Alunos e alunas, já caracterizados com seus personagens, participarão das fases de
todas as equipes e só avançarão para a próxima fase quando todos conseguirem
vencer os desafios propostos por cada equipe.
Assim é importante que haja colaboração entre os participantes para que todos
possam avançar para a fase seguinte (apresentação de outra equipe).

Fonte: Clip-art – Microsoft.

Após as experiências de atividades cooperativas, volte ao quadro laranja do


tema 02, reflita e discuta sobre suas experiências e sentimentos frente às
atividades realizadas, você concorda com as afirmações ali contidas? Levante
pontos positivos e negativos do trabalho em equipe. Cada equipe deverá
entregar um relatório à professora.
TEMA 03

Coisa de Menino.
Coisa de Menina.
Será?
Este tema será realizado em cinco encontros

Objetivos
Identificar na turma, o que são “coisas de meninos e coisas de meninas” de acordo
com suas construções sociais.

Promover discussões sobre construção sociais para cada gênero, preconceitos,


desigualdades e o respeito pelas diferenças.

MATERIAL DE APOIO

Leituras
Fonte: Clip-art - Microsoft

TEXTO 1: Coisa de Menino. Coisa de Menina. Será?


Luciana Zenti (novaescola@atleitor.com.br)

Meninos são bagunceiros, gostam das aulas de Matemática e se dão melhor


nos esportes. Meninas são organizadas, se destacam em Língua Portuguesa e Arte e
têm mais disciplina. Quantas vezes você já não ouviu, disse ou pensou uma dessas
frases? Várias, certo? Mas será que é isso mesmo? Esses conceitos, tão comuns em
nosso cotidiano, expressam, na verdade, estereótipos sobre masculinidade e
feminilidade. São heranças culturais transmitidas pela sociedade (família, amigos,
professores). O que não quer dizer que seja a verdade absoluta. Ao contrário. A
natureza não determina que as moças devem lavar a louça e os rapazes, o carro.
Nem que elas têm o direito de chorar em público e eles não. E na escola? Só as
garotinhas podem manter os cadernos arrumados, com a letra impecável? Idéias
assim não passam de estereótipos. Tratá-las como verdades imutáveis, pode ser um
erro com uma conseqüência nefasta: a difusão de preconceitos. Ao reproduzir
modelos, nós podemos, sem querer, estar podando habilidades, tolhendo talentos.

TEXTO 2: Homem, O Eterno Sexo Frágil


(recorte do texto)
Helena Conserva

O sexo masculino sempre foi visto como o sexo forte. O pensamento. A


agilidade. A estrutura. O sustentáculo. O homem não tinha condições de ter uma
identidade feminina porque a sociedade não permitia. ''Homem que é homem não
chora'', não fica ressentido, não sofre desilusões. Muitos afogavam suas fraquezas
nos bares, nas farras, na droga, no sexo. Tudo era refúgio para escapar a realidade.
Assim, o homem foi se descobrindo fraco. Esses comportamentos levaram-nos a crer
que eles não eram realmente fortes o quanto pensavam.
Hoje ao limiar do século XXI, o macho pode externar suas fraquezas, seu lado
feminino, pode sentir solidão, desilusão, tristeza e até chorar etc.
A sociedade, constituída por mulheres mais livres das amarras que no passado
contribuíram para a nossa própria degradação, reconhece seu valor e não quer medir
força com o macho nessa luta, porque apesar de femininas, somos ''mulheres machos
sim senhor''. O que falta a mulher fazer mais? Provamos nossa força em todos os
seguimentos que atuavam apenas homens, os eternos carentes e atrapalhados, o
sexo forte que depende das mulheres até para vir ao mundo.
O país caminha para frente e no futuro será dominado pela sensatez feminina. Os
homens ficarão em casa cuidando da prole. Arrumando a comida, pois, o homem faz
culinária melhor que as mulheres. Os restaurantes mais bem conceituados nas
grandes capitais têm chefes masculinos. Só na grande São Paulo estima-se que 95%
dos 400 restaurantes estejam sob a batuta de um homem.
Eles trocam fraudas com muito mais jeito, troca o botijão de gás sem receio, uma
lâmpada que queima até o eletrodoméstico que enguiça na hora H, eles dão um
jeitinho. São perfeitos para as prendas domésticas. Dentro de casa o homem tem mil
e uma utilidades.
Muitos homens já chegaram à frente para o futuro. Parabéns para esses que na
atualidade perderam para as suas companheiras que vão para a jornada de oito horas
de trabalho enquanto eles ficam em casa cuidando dos filhos, fazendo as compras.
Literalmente põe a mão na massa e esquentam a barriga à beira do fogão. Parabéns.
Este é o Homem Macho. No futuro cantaremos assim: dizem que o homem é um sexo
forte, mais que verdade verdadeira... e por aí vai.
Disponível: http://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_12069/artigo_sobre_homem,_o_eterno_sexo_fragil

TEXTO 03: Respeitar as diferenças é amar as pessoas como elas


são!
Karla Precioso

Conta a lenda que vários bichos decidiram fundar uma escola. Para isso
reuniram-se e começaram a escolher as disciplinas. O pássaro insistiu para que
houvesse aulas de vôo. O esquilo achou que a subida perpendicular em árvores era
fundamental. E o coelho queria de qualquer jeito que a corrida fosse incluída. E assim
foi feito. Incluíram tudo, mas… cometeram um grande erro. Insistiram para que todos
os bichos praticassem todos os cursos oferecidos. O coelho foi magnífico na corrida.
Ninguém corria como ele. Mas queriam ensiná-lo a voar. Colocaram-no numa árvore
e disseram: “Voa, Coelho”. Ele saltou lá de cima e pluft… coitadinho! Quebrou as
pernas. Ele não aprendeu a voar e acabou sem poder correr também. O pássaro
voava como nenhum outro, mas o obrigaram a cavar buracos como uma toupeira.
Quebrou o bico e as asas, e depois não conseguia voar tão bem, e nem mais cavar
buracos.

SABE DE UMA COISA?

Todos nós somos diferentes uns dos outros e cada um tem uma ou mais qualidades.
Não podemos exigir ou forçar para que as outras pessoas sejam parecidas conosco
ou tenham nossas qualidades. Se assim agirmos, acabaremos fazendo com que elas
sofram e no final elas poderão não ser o que queríamos que fossem… E, pior, elas
poderão não mais fazer o que faziam bem feito.

RESPEITAR AS DIFERENÇAS É AMAR AS PESSOAS COMO ELAS SÃO!


Disponível: http://mdemulher.abril.com.br/blogs/karlinha/geral/respeitar-diferencas-amar-pessoas-como-elas-sao-168373/#comments)

Filmes e Vídeos
Filme 1: “Coisas de Meninos e Meninas”, (It’s a Boy Girl thing, 2006) direção de
Nick Hurran.

Sinopse:

Vizinhos desde criança, Woody e Nell não poderiam ser mais diferentes. Ela é
estudiosa , ele é um atleta. Eles sempre pegaram um no pé do outro, até que um dia
trocam de personalidade como em um passe de mágica. Muita confusão vai rolar até
eles descobrirem como desfazer a troca.

Filme 2: “Ela é o Cara” (She's the Man) é um filme norte-americano de 2006


estrelado por Amanda Bynes e dirigido por Andy Fickman, inspirado na peça teatral
“Noite de Reis”, de Willian Shakespeare.
Sinopse

Viola (Amanda Bynes) é uma boa jogadora de futebol, mas sempre é impedida de
jogar com os garotos de sua escola devido ao preconceito de que mulher não pode
ser tão boa no esporte quanto um homem. Furiosa, Viola aproveita a viagem de seu
irmão Sebastian (James Kirk) e decide se passar por ele em sua escola, jogando no
time masculino de futebol. Ela tem apenas duas semanas para mostrar que sabe
jogar futebol, mas acaba se apaixonando por Duke (Channing Tatum), seu
companheiro de quarto, que acredita que ela é um homem.

Vídeo 1: Coisa de menino, coisa de menina – Programa Pé na Rua. Disponível em


http://www.youtube.com/watch?v=_D85e_pXHY4 .

Vídeo 2: “A diferença incomoda?” – Programa Pé na Rua. Disponível em A


diferença incomoda - Pé na Rua - YouTube.flv.

Músicas
Mulher – Erasmo Carlos
Super Homem, a Canção – Gilberto Gil

Para Refletir
e Discutir

Fonte: educadores.diaadia.pr.gov.br

"Não há dúvidas de que é difícil romper barreiras históricas, pois essa


diferenciação menino-menina é muito introjetada na nossa sociedade."
Rosa Ester Rossin
EXISTE DIFERENÇA?

O Que você acha? Responda o que são coisas de meninos e coisas de


meninas dos itens abaixo:

Brinquedos:
Lazer:
Tarefas domésticas:
Sala de aula:
Pátio da escola:
Aulas de Educação Física:
Esportes:
Mercado de trabalho:
Fim de semana:
Cuidados Pessoais:

Primeiro encontro

Objetivo
Diagnosticar as construções sociais para coisas de meninos e coisas de meninas
no conceito dos alunos e das alunas.

Sugestões de Atividades:
Fonte:clip-art - microsoft
Atividade 01:
Individualmente e de forma sigilosa, leia o quadro laranja do Tema 03, reflita e
responda em folha separada, o que são coisas de meninos e coisas de meninas de
acordo com os itens elencados no quadro.
Entregue suas respostas escritas à (ao) professora (professor).

Atividade 02:
Leia do Texto 01 “Coisa de Menino. Coisa de Menina. Será?” de Luciana Zenti
e assista ao Vídeo 1: Coisa de menino, coisa de menina – Programa Pé na Rua.
Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=_D85e_pXHY4 .
Assista também recortes do Filme 1: “Coisas de Meninos e Meninas”, (It’s a Boy
Girl Thing).
Discuta com os colegas sobre o que leu e assistiu. As diferenças entre meninos
e meninas caracterizam superioridade de um sexo em relação ao outro?

Tarefa para
Procure e traga para o quarto encontro figuras e frases que em sua opinião
caracterizam “coisas de meninos e coisas de meninas”.

Segundo encontro

Objetivo
Promover uma discussão sobre construção social para gênero masculino e
feminino e condição biológica de ser macho ou fêmea.

Atividade 03
Assistir o Filme 2: “Ela é o Cara” (She's the Man) .
Ouvir e analisar as letras das músicas: “Mulher” de Erasmo Carlos e “Super-homem, a
Canção” de Gilberto Gil.
Discussões sobre preconceitos e discriminações.
Terceiro encontro

Objetivo
Promover uma discussão sobre construções sociais, condição biológica e
preconceitos.

Atividade 04
Leia o texto 02 “Homem, O Eterno Sexo Frágil” de Helena Conserva.
Converse com seus colegas sobre construções sociais e preconceitos de gêneros.

Em grupos mistos discuta e responda as seguintes questões:


1- Você acha que existem atividades que são exclusivamente masculina ou
feminina? Explique sua resposta.
2- Em sua opinião, limpar a casa, cuidar de filhos, lavar e passar roupas, fazer
comida, etc, é tarefa de quem? Porque?
3- Esporte é para todos ou só para alguns? Explique:
4- O que você acha da frase: “Mulher no volante, perigo constante”?
5- E desta: “Homem que é homem, não chora”?
6- Um menino que não gosta de praticar esportes é diferente? Porque?
7- Uma menina que joga futebol, é diferente? Porque?
8- Você compreende os preconceitos de gênero na sociedade? Aonde esses
preconceitos são mais visíveis?
9- Você aceita críticas a respeito do seu comportamento?
10- Na sociedade, quem tem mais direitos, homens ou mulheres? Explique.
Os grupos deverão socializar suas respostas para a sala, uma a uma para
promover uma discussão sobre as concepções de cada grupo, e após este
momento, entregar as respostas do grupo à (ao) professora (professor).

Tarefa para
Procure e traga para o quarto encontro figuras e frases que em sua opinião
caracterizam diferenças e desigualdades sociais de gêneros. Procure também figuras
e frases que apresente o respeito às diferenças.
Quarto encontro

Objetivo
Compreender o que são diferenças e o que são desigualdades sociais, bem como
promover o respeito às diferenças.

Atividade 5
Ler o texto: “Respeitar as diferenças é amar as pessoas como elas são!” de Karla
Precioso, e assista ao Vídeo 2: “A diferença incomoda?” – Programa Pé na Rua.
Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=86kap0PzkA0.
Em grupos mistos confeccionar cartazes com as figuras e frases que foram
encontradas anteriormente que representem coisas de meninos e coisas de meninas,
preconceitos, diferenças e desigualdades sociais, colocar também frases e figuras
que representem respeito às diferenças.
Fixar os cartazes em lugares apropriados no pátio do colégio exibindo os conceitos
manifestados em seus trabalhos.

Tarefa para
Em grupos mistos, criar para o próximo encontro atividades recreativas ou esportivas
em que meninos e meninas possam participar em nível de igualdade.

Quinto encontro

Objetivo
Despertar para a compreensão das diferenças e desigualdade sociais, bem como
promover o respeito às diferenças.

Atividade 6
Apresentação das atividades criadas pelos grupos:
Cada grupo terá 7 minutos para apresentar sua atividade e executá-la com toda a
turma.
Fechamento com discussões sobre formas de respeito pelas diferenças.
TEMA 04

KORFBALL
Você conhece o Corfebol?
O Corfebol é uma modalidade esportiva criada na Holanda em 1902. No Brasil sua
popularidade ainda é pequena, embora venha crescendo nos últimos anos. Agora
você terá a oportunidade de conhecer uma nova modalidade esportiva que vem
ganhando espaço no nosso país pela sua facilidade e cooperatividade.

Este tema será realizado 10 encontros


Objetivos
Aprender uma nova modalidade esportiva que possa promover uma maior integração
entre meninos e meninas nas aulas de Educação Física.
Compreender as regras do Corfebol e adaptá-las à realidade escolar.
Desenvolver estratégias de trabalho em conjunto, com meninos e meninas.
Diminuir o preconceito entre meninos e meninas na realização de atividades
esportivas.

MATERIAL DE APOIO

Leituras
Fonte: Clip-art - Microsoft

TEXTO 1: Conhecendo o Corfebol


O Corfebol é um esporte de origem Holandesa que num primeiro olhar mistura
Basquetebol e Handebol e é um dos raros esportes coletivos onde homens e
mulheres atuam juntos.
É chamado o jogo dos gêneros, pois homens e mulheres fazem parte de uma mesma
equipe e apresentam igualdade de condições. De fácil aprendizagem, é necessário
que haja cooperação entre jogadores e jogadoras para o seu sucesso, podendo ser
uma ótima opção pedagógica para aulas de Educação Física mista e um importante
instrumento para oportunizar uma reflexão acerca dos conflitos entre meninas e
meninos durante as aulas.

O jogo
O jogo é bem simples: cada equipe
conta com quatro casais, sendo dois jogando
na defesa e dois no ataque. No Corfebol, os
times respeitam zonas que correspondem ao
ataque e à defesa. Ao marcarem duas cestas,
os defensores viram atacantes e os atacantes
viram defensores, sendo que, no intervalo, os
times trocam os lados para reiniciar a partida.
O trabalho de equipe no Corfebol é de
fundamental importância. Fonte: educadores.diaadia.pr.gov.br

Não existe o individualismo nesse esporte. Sendo um esporte misto, homens e


mulheres jogam lado a lado. No que se refere à tática, ambos têm a mesma função,
sendo que a diferença básica é na realização de marcação durante o jogo, homem
deve marcar homem e mulher marcar mulher, e nunca dois contra um.
O Corfebol é um jogo de estratégias, cada equipe deve tentar vencer marcando mais
pontos, utilizando habilidades estratégicas do time como um todo. As regras seguem
esses princípios e evitam que a força física domine o jogo. Isso significa que o contato
físico é proibido. Sendo um esporte que não promove o contato físico, pode facilitar a
interação entre meninos e meninas durante as aulas de Educação Física na medida
em que os jogos permitem uma cumplicidade entre jogadores e jogadoras e também
evitam os eventuais choques corporais.
O objetivo é acertar a bola numa espécie de cesta, que diferentemente da utilizada no
basquete, não possui tabela e é feita de vime ou material sintético, sendo que cada
cesta vale um ponto. Ao contrário dos outros esportes, o jogador que recebe a bola
não pode andar com ela, nem mesmo quicá-la. Também é proibido tocar na bola com
a perna, com o pé ou com o joelho, bater na bola com o punho, bater ou tirar a bola
das mãos do adversário ou de um companheiro, lançar para a cesta de uma posição
em que o defensor está de frente para o atacante com o braço levantado ou à
distância de um braço no suporte da cesta.
Vence a equipe que marcar mais pontos, colocando a bola na cesta. Pode ser jogado
por pessoas de todas as faixas etárias, inclusive portadores de deficiência, pois não
requer muitas habilidades.

A Cesta do Corfebol Quadra do Corfebol

Fonte: santuariorpgmaker.comt Fonte: portaldoprofessor.mec.gov.br Fonte:átomo.blogspot.com


TEXTO 2: A História do Corfebol
O esporte surgiu na Holanda em 1902 e foi
inventado pelo professor de Educação Física,
Nico Broekhuvesen. O holandês se inspirou
num jogo chamado Ringball, que conheceu na
Suécia durante um curso de verão. Depois de
alguns ajustes, Nico adaptou o esporte e o
nomeou como “Korfball”, que em português
significa bola ao cesto. Naquela época, a
Associação de Educação Física de Amsterdam
Fonte: diabeisso.com/esportes – 1ª partida de corfebol procurava um jogo que pudesse ser praticado
por crianças, jovens e adultos de ambos os sexos, com o objetivo de mantê-los
sadiamente ocupados, já que no início do século não era comum mulheres praticarem
esportes.
Seja um esporte ou simplesmente uma recreação, o Korfball conseguiu revolucionar
sua época, se tratando do início do Século XX, tendo extrema importância em cunho
social, colocando a mulher nas mesmas condições que o homem.
O professor Nico começou a introduzir o esporte nas escolas primárias holandesas,
com o intuito de manter as crianças ocupadas e afastadas de problemas que se
referem à delinquência juvenil. Visto que naquela época, a Holanda ainda vivia os
efeitos da Revolução Industrial, que obrigava os pais dos alunos a trabalharem
geralmente 12 horas por dia. Com isso, as crianças ficavam grande parte do tempo,
sozinhas. Broekhuvesen aproveitou a quantidade de alunos, e constituiu equipes com
12 pessoas, sendo seis meninos e seis meninas, ou seja, a partida era constituída por
24 jogadores (12 de cada lado), o que era extremamente vantajoso em turmas muito
grandes com cerca de 40 a 50 alunos.
Um dos fatores que ajudaram na implantação inicial, foi as condições territoriais
holandesas, que tinham extensos espaços livres, permitindo que várias partidas
fossem executadas ao mesmo tempo. Aos poucos, o número de praticantes foi
aumentando, principalmente entre crianças e jovens que tinham no esporte uma
referência de integração e cooperação. Ao longo dos anos, o Corfebol foi
conquistando as pessoas, tanto que, o esporte tem atualmente milhares de
praticantes em todo o mundo. Já nas Olimpíadas de 1920 e 1928, o Corfebol foi
apresentado como demonstração. Atualmente é praticado em mais de quarenta
países e tem como grandes potências a própria Holanda, além da Bélgica, Portugal,
Alemanha, Republica Tcheca, China e Austrália. Nos dias de hoje, além de conseguir
atrair novos adeptos a cada dia, este esporte tem uma função muito importante nas
escolas onde é praticado, desenvolvendo o gosto pela estratégia, cooperação e a
integração de todos os participantes.

O Corfebol no Brasil

No Brasil, o esporte aportou oficialmente em 22 de outubro de 2000. Em 1998


o carioca Marcello Bepi Soares, na época um estudante de Educação Física, teve seu
primeiro contato com ele. Intrigado com o fato de ser jogado obrigatoriamente por
homens e mulheres, e após muito pesquisar, teve a ideia de trazê-lo ao nosso país.
Especificamente o esporte vem sendo praticado no Rio de Janeiro, sendo que São
Paulo, Minas Gerais, Rondônia e Brasília o estão conhecendo. O Esporte ainda está
em fase de desenvolvimento nos demais países sul-americanos. Marcelo é divulgador
oficial reconhecido pela IFK (Federação Internacional de Korfball), “no início as
oportunidades de mostrar o Corfebol eram mais difíceis, até porque é novidade, e a
modalidade e muito diferente do que estamos acostumados a praticar na escola”
(SOARES, 2011).
O primeiro local a conhecer o Corfebol foi a comunidade Fernão Cardim, localizada no
bairro de Pilares – RJ.
Em 2002 o professor Marcelo Soares foi declarado representante oficial e principal
divulgador da modalidade no Brasil, sendo nomeado também árbitro oficial do
Corfebol. Em 2003 no dia 8 de novembro, a Federação Internacional de Corfebol
concede o título de representante oficial da modalidade no Brasil, assim como a carta
de autorização para trabalhar e divulgar a modalidade em todo o continente sul-
americano. No congresso realizado todos os anos em Amsterdam, o Brasil consegue
sua maior conquista, o reconhecimento como 41° país praticante de Corfebol,
podendo, a partir dessa data, participar de competições oficiais realizadas pela
própria Federação e também pelo Comitê Olímpico Internacional o COI.
Hoje já existem sete times formados, todos no Rio de Janeiro. Em São Paulo o
esporte está sendo iniciado como alternativa de lazer. Rondonia vem realizando
cursos e palestra sobre a modalidade.
A julgar pelo sucesso que faz entre seus praticantes, o Corfebol tem tudo para tornar-
se um esporte popular. A cada dia surgem novos adeptos, em sua grande maioria,
jovens, porém Marcello Bepi Soares realiza outras maneiras de se jogar Corfebol
adaptando o esporte a realidade do grupo que está praticando, uma delas é o
Corfebol família onde pais e filhos conseguem jogar em igualdade de condições.
Soares (2011) relata que “é muito interessante poder ver os pais virando crianças
junto com seus filhos e brincando e sorrindo, combinando as jogadas, a estratégia,
interagindo, facilitando o diálogo através do esporte”.
Uma das características do Corfebol brasileiro é que não são permitidos palavrões,
empurrões, jogadas agressivas, o que atrai bastante as pessoas que não tem perfil
competitivo, ele desenvolve no praticante gradativamente a Cultura de Paz, onde o
adversário é visto como adversário e não como inimigo. Por ser um esporte
obrigatoriamente misto se torna ainda mais atrativo, geralmente os homens vão por
ser um jogo que conta com a presença feminina, e as mulheres pelo fato de ser de
fácil aprendizado, além de divertido (Soares, 2011).
O Corfebol se destaca por estar ao alcance de todos. Obesos, deficientes físicos ou
pessoas com pouca coordenação motora podem participar ativamente, uma vez que
os deslocamentos não exigem grande velocidade e não há disputa de força.

Fonte:educadores.diaadia.pr.gov.br
Vídeos e Links
Video 1: Corfebol no Brasil (Matéria Esporte Espetacular) – Rede Globo de
Televisão- Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=PenS0vbRuQY

Video 2: Corfebol no Brasil (Matéria realizada na Rede Record)- Disponível em:


http://www.youtube.com/watch?v=G3fuT7LN9T4

Video 3: Corfebol na Bandeirantes – Disponível em:


http://www.youtube.com/watch?NR=1&v=7ojXXCWEZyI&feature=endscreen

Video 4: KORFEBOL NO PROGRAMA HOJE EM DIA 2011 - Beach Korfball Brazil –


Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=fUH0JsXYRc4&feature=endscreen&NR=1

Video 5: Ek korfball 2010 Final Ahoy *Netherlands - Belguim* Full HD – Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=MbBe3KfxKIM&feature=related

Vídeo 6: European Korfball Championships 2010: Netherlands – Germany –


Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=g9ZwoCbrV60&feature=related

Video 7: Belgium vs Netherlands - Korfball WC2011 – Final – Disponível em:


http://www.youtube.com/watch?v=IcHw2No1z1k&feature=relmfu

Regras do Corfebol – Disponível em: http://alfarrabio.di.uminho.pt/de-


braga/mod/corf/2010_2011/Regras_de_Corfebol.pdf

Mais sobre o Corfebol: Multidisciplinaridade como Aliada. Disponível em:


http://www.confef.org.br/extra/revistaef/show.asp?id=3678
Para Refletir
e Discutir

Fonte: educadores.diaadia.pr.gov.br

"Jogar Corfebol: não precisa de força, nem requer grandes habilidades


motoras, basta querer..." Marcelo Bepi Soares

É POSSÍVEL?

O CORFEBOL, sendo um esporte que não promove o contato físico,


pode facilitar a interação entre meninos e meninas durante as aulas de
Educação Física.

O CORFEBOL vem quebrar as barreiras do preconceito entre homens e


mulheres jogando juntos dentro de uma mesma equipe, lado a lado,
sendo as mulheres de igual valor na parte tática, tendo as mesmas
condições que os homens (LEAL E OLIVEIRA, 2006).

Meninos em situação de igualdade com meninas, todos juntos,


cooperando juntos, em busca de um objetivo em comum (FORTUNA, 2008).

Nas outras modalidades esportivas jogadas na escola é perfeitamente


possível que meninas e meninos possam fazer parte de uma mesma
equipe e que todos possam ter sucesso no seu desempenho.
Sugestões de Atividades:
Fonte:clip-art - microsoft

Primeiro encontro

Objetivo
Conhecer uma nova modalidade esportiva na qual homens e mulheres fazem parte
de uma mesma equipe.

Atividade 01:
Conhecendo um esporte chamado Corfebol:
Assista ao Video 1: Corfebol no Brasil (Matéria Esporte Espetacular) – Rede
Globo de Televisão- Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=PenS0vbRuQY

Leia também o TEXTO 1: Conhecendo o Corfebol.


Após assistir o vídeo e ler o texto 1, acompanhe a apresentação dos slides e as
explicações apontando que se trata de um esporte praticado em uma área retangular
dividida em duas metades (zonas), com dois postes de Corfebol, com altura de 3,5m,
duas cestas, uma bola e dois times com oito jogadores, sendo quatro homens e
quatro mulheres. Metade da equipe defende num meio-campo e a outra metade ataca
no outro meio-campo. Sempre que se marcam dois cestos, os jogadores mudam de
meio-campo e de funções.

Assista também outros vídeos relacionados para conhecer um pouco mais


sobre o Corfebol.

Relate suas impressões sobre o Corfebol.

Segundo encontro

Objetivo
Conhecer os fundamentos do Corfebol, bem como o valor da coletividade.

Atividade 02:
Trabalhando o valor do coletivo

A turma deverá ser dividida em dois grandes grupos mistos (meninos e meninas)
preferencialmente com o mesmo número de alunos e alunas. Antes de iniciar, é
importante saber que este é um esporte que necessita que todos tenham uma postura
mais solidária e coletiva e que alunos e alunas participam em nível de igualdade das
atividades, para que isso aconteça é preciso que todos façam a sua parte para tornar
o jogo realmente inclusivo. O objetivo desta atividade é fazer com que as equipes
consigam permanecer com a posse de bola e trocando passes durante um tempo pré-
determinado pela professora. A equipe que está sem a posse de bola deverá tentar
recuperar a bola interceptando um passe realizado pelos integrantes da outra equipe.
A troca de posição entre equipe atacante e equipe defensora acontece sempre que
uma equipe perde a posse de bola (SOUZA, 2010).

Dica: Os alunos e as alunas, deverão se posicionar na quadra, sempre próximos aos


companheiros de time. Esse procedimento facilitará a troca de passes entre os
membros do grupo.

Regras:

A- A bola não pode retornar para o jogador que realizou o passe antes que passe
pela mão de outro jogador do time.

B- Não será permitido driblar (quicar) a bola, correr com a bola nas mãos e tirar a bola
das mãos dos adversários.

C- Os passes devem ser realizados sempre de meninos para meninas ou de meninas


para meninos, essa regra auxiliará na diminuição de “barreiras” e preconceitos
entre os alunos.

Após a atividade, vamos discutir


sobre o trabalho realizado:

Houve realmente um espírito coletivo?

Como as meninas se sentiram diante


da atividade realizada?

Como os meninos se sentiram diante


da atividade realizada?

Meninos e meninas podem realizar


atividades em conjunto?
Fonte:educadores.diaadia.pr.gov.br

Terceiro encontro
Objetivo
Conhecer o fundamento do arremesso no Corfebol, bem como, o valor da ajuda
mútua e a importância do trabalho em equipe.

Atividade 03:

Arremesso do Corfebol e o trabalho em equipe:

A turma será dividida em dois grandes grupos mistos, de preferência com o mesmo
número de alunos e alunas em cada grupo.
Será exposto à turma a importância do trabalho em equipe, a participação efetiva de
meninos e meninas no jogo e a necessidade de ajuda aos alunos com maiores
dificuldades na realização desta tarefa para o sucesso de todos.
Nesta atividade cada um dos grupos estará posicionado em uma das metades da
quadra. Em cada metade da quadra deverá ser desenhado no chão um círculo
(aproximadamente seis metros de raio), no centro deste círculo será colocada uma
cesta de Corfebol ou outra de acordo com a realidade de cada escola. Pode-se usar
uma cesta com base de roda de caminhão e poste de metal com uma cesta na ponta
superior (ou na falta da cesta móvel, poderá ser usada a de Basquetebol). O objetivo
desta atividade é arremessar diversas bolas dentro do cesto o mais rápido possível
(TOMAZ, 2010).

Regras:
a- os arremessos deverão ser realizados de fora do círculo;
b- sempre que uma bola entrar na cesta e cair no círculo deverá ser pega pelo aluno
ou aluna que a arremessou;
c- os alunos e as alunas devem mudar de posição a cada arremesso para
experimentarem arremessar de diferentes posições da quadra.

Serão utilizadas bolas de diferentes pesos e tamanhos para facilitar a tarefa dos
alunos com maior dificuldade.

Conversa sobre a aula:

Houve dificuldades na realização do arremesso do Corfebol?

De que maneira o arremesso pode ser mais eficiente? Explique a


execução do arremesso observando semelhanças e diferenças
com outros esportes.

Durante a realização da atividade, houve ajuda para aqueles com


mais dificuldades?

Notou-se durante a realização da tarefa, uma preocupação com a


Fonte:educadores.diaadia.pr.gov.br
importância do trabalho em equipe?

Quarto encontro
Objetivo
Aprender o jogo de Corfebol, com regras simples para facilitar o aprendizado.

Atividade 04:

Iniciação ao Jogo propriamente dito.

Acessar o link:
Regras do Corfebol – Disponível em: http://alfarrabio.di.uminho.pt/de-
braga/mod/corf/2010_2011/Regras_de_Corfebol.pdf

Conhecimento das principais regras do Corfebol buscando a compreensão de qual é


a proposta deste jogo e assim praticá-lo da melhor maneira possível.
Discussão entre as equipes sobre as regras básicas e as estratégias para realização
do jogo.

Atividade 05:

A turma deverá ser dividida em grupos de oito alunos, cada grupo deverá ter
obrigatoriamente quatro meninos e quatro meninas (pode-se aumentar este número,
desde que o número de meninas e meninos seja igual). As equipes terão seus
jogadores posicionados em quadras diferentes, quatro alunos (duas meninas e dois
meninos) em cada quadra. Um poste com uma cesta será colocado no centro de cada
meia quadra (na falta, poderá ser usado a cesta de basquetebol).
O jogo começa com uma das equipes no centro da quadra. O primeiro passe é livre,
não podendo ser interceptado. A equipe que começar o jogo, trocará passes sempre
observando que aquele ou aquela em posse de bola não poderá se deslocar. O
objetivo do jogo é arremessar a bola dentro da cesta, sempre que uma equipe marcar
duas cestas seus jogadores deverão mudar de quadra e de função (ataque/defesa).
Os marcadores só poderão marcar adversários do mesmo sexo, então homens
marcam homens e mulheres marcam mulheres. Não é permitido agarrar, puxar,
obstruir e empurrar nenhum dos jogadores do time adversário. No momento do
arremesso, o jogador que está de posse da bola não poderá ter nenhum adversário
próximo a ele a uma distância menor do que um metro (um braço estendido), essa
regra facilita o arremesso e permiti que jogadores de diferentes estaturas, tenham a
mesma oportunidade ao arremessar durante o jogo.

Para refletir e comentar:


Meninos e meninas respeitaram as regras
propostas?

Meninas e meninos jogaram Corfebol em nível


de igualdade?

Não poder tocar nos jogadores e jogadoras


para “tomar” a bola, dificulta o jogo?

Fonte:educadores.diaadia.pr.gov.br As estratégias elaboradas pelas equipes


tiveram a participação de meninos e meninas?
Quinto encontro

Objetivo
Conhecer a história do Corfebol e sua popularidade no Brasil.

Atividade 06:
Leia o TEXTO 2: A História do Corfebol.

Corfebol Image: Agora vamos analisar o texto:


- momento histórico da criação do Corfebol;
- a inclusão de mulheres no esporte numa
época pouco provável;
- os objetivos pelos quais foi criado o
Corfebol;
- homens e mulheres fazendo parte de uma
mesma equipe esportiva;
- como o esporte chegou ao Brasil;
- quem são os praticantes de Corfebol no
Brasil.
- quais são as principais características deste
Fonte:http://www.image-opedia.com/sport/pt/corfebol.html Esporte:

Atividade 07:
Assistir aos vídeos disponíveis no Material de Apoio para conhecer um pouco mais
sobre o jogo de Corfebol.

Sexto encontro

Objetivo
Buscar, através das estratégias do jogo de Corfebol, uma maior integração entre
meninos e meninas nas aulas em quadra.
Conhecer as regras do Corfebol.

Atividade 08:
Iniciar as atividades conhecendo as regras de: dimensões da quadra, marcações do
terreno, materiais usados, condução da bola e disposição de jogadores e jogadoras
durante o jogo de Corfebol. (Disponível no Material de Apoio -
http://alfarrabio.di.uminho.pt/de-braga/mod/corf/2010_2011/Regras_de_Corfebol.pdf).

Aquecimento com atividades envolvendo os fundamentos do Corfebol.


Divisão da turma em equipes mistas (mesmo número de meninos e meninas em cada
equipe) para jogar Corfebol.
As regras ainda serão mais simples no sentido de ir adaptando o esporte à realidade
escolar e também a valorização do trabalho coletivo e a cooperação entre meninos e
meninas no jogo de Corfebol.
Nesta modalidade esportiva meninos e meninas participam do jogo juntos, as equipes
começam com oito jogadores, quatro meninas e quatro meninos e podem ampliar
para mais jogadores durante as aulas. A relevância da inclusão desta modalidade
esportiva na escola está justamente no fato de permitir que meninos e meninas
participem ao mesmo tempo das atividades, servindo de “ferramenta” para o combate
ao preconceito e exclusão de meninos ou meninas das atividades propostas nas
aulas de educação física escolar.
As equipes devem organizar estratégias para marcar os pontos.

Ao final: exposição das dificuldades na realização das atividades deste


encontro. Discussões sobre possíveis soluções.

Sétimo encontro

Objetivo
Buscar, através das estratégias do jogo de Corfebol, uma maior integração entre
meninos e meninas nas aulas em quadra.
Conhecer as regras do Corfebol.

Atividade 09:

Iniciar as atividades conhecendo as regras de: duração do jogo, troca de ataque e


defesa, infrações às regras do jogo de Corfebol.
(Disponível no Material de Apoio - http://alfarrabio.di.uminho.pt/de-
braga/mod/corf/2010_2011/Regras_de_Corfebol.pdf).

Divisão da turma em equipes mistas (mesmo número de meninos e meninas em cada


equipe) e realização de outros jogos de integração como aquecimento.
Jogar Corfebol: alunos e alunas deverão traçar suas estratégias de jogo respeitando
às regras oficiais discutidas no início da aula.

Ao final: discutir e propor soluções para as dificuldades do encontro anterior.


Cada equipe deve expor as facilidades e dificuldades sentidas durante o jogo de
Corfebol, e também como aconteceu a integração entre meninos e meninas da
mesma equipe.
Oitavo encontro

Objetivo
Buscar, através das estratégias do jogo de Corfebol, uma maior integração entre
meninos e meninas nas aulas em quadra.
Conhecer as regras do Corfebol.

Atividade 10:

Iniciar as atividades conhecendo as regras de: arbitragem, tempo de jogo e outras


infrações às regras do jogo de Corfebol.
(Disponível no Material de Apoio - http://alfarrabio.di.uminho.pt/de-
braga/mod/corf/2010_2011/Regras_de_Corfebol.pdf).

Divisão da turma em equipes mistas (mesmo número de meninos e meninas em cada


equipe) para realização de jogos de estafetas com cooperação e competitividade.

Jogar Corfebol: alunos e alunas deverão traçar suas estratégias de jogo respeitando
às regras oficiais discutidas no início da aula.

Ao final:

Discutir e propor soluções para as dificuldades do


encontro anterior.

Cada equipe deve expor as facilidades e dificuldades


sentidas durante o jogo de Corfebol, e também como
aconteceu a integração entre os meninos e as meninas
da mesma equipe.

Fonte:educadores.diaadia.pr.gov.br

Nono encontro

Objetivo
Analisar e discutir se pode haver uma maior integração entre meninos e meninas
nas aulas de Educação Física quando se trata de esportes.
Atividade 11:
Formar grupos mistos. Retornar ao tópico “Para Refletir e Discutir” deste Tema 04.

Analisar as afirmações do quadro laranja: “É Possível?”


Em grupo, discuta e escreva um texto para entregar à (ao) professora (professor)
traçando um paralelo entre as afirmações ali contidas e o ocorrido durante os
encontros em que a atividade proposta foi o jogo de Corfebol.

Décimo encontro

Objetivo
Analisar e discutir se pode haver uma maior integração entre meninos e meninas
nas aulas de Educação Física quando se trata de esportes.

Atividade 12:

Divisão em equipes para jogar Corfebol.

A Proposta deste encontro é que as equipes formadas para jogar Corfebol,


possam também, organizar-se para jogar Futsal.

Ao final, cada equipe deverá expor como se deu a integração de meninos e


meninas durante o jogo de Corfebol e de Futsal.
TEMA 05

INTEGRAR PARA COMPETIR

Este tema será realizado 04 encontros


Objetivo
Criar um ambiente onde alunos e alunas possam competir com princípios da
integração e da cooperação e discutir o trabalho colaborativo na promoção de um
torneio com equipes mistas.

MATERIAL DE APOIO

Leitura
Fonte:Clipart -microsoft

TEXTO: Cooperar com Espírito Competitivo

Você acabou de aprender um novo esporte e com ele viu a possibilidade de


existir um esporte em que homens e mulheres possam fazer parte de uma mesma
equipe. No Corfebol, a colaboração, a cooperação e o respeito mútuo existem para
que o jogo aconteça independentemente das diferenças sexuais.
Desde sua criação, o Corfebol já apresentava duas funções sociais muito importantes
e que podem ajudar muito nos tempos modernos: uma é que as crianças e jovens da
época pudessem se ocupar de coisas saudáveis enquanto seus pais trabalhavam
duramente durante a revolução industrial (hoje também, pais e mães precisam ficar
fora todo o dia trabalhando), afastando-os das delinqüências juvenis, e a outra é
porque não houve uma separação entre meninos e meninas para realização deste
esporte, todos podiam fazer parte de uma mesma equipe sem que houvesse prejuízo
nos embates.
O Corfebol, praticado por lazer ou numa competição, traz sempre a mensagem de
que o sucesso só vai ser alcançado se todos os envolvidos pensarem no jogo como
não excludente, ou seja, todos têm o mesmo valor e é preciso vencer as barreiras dos
preconceitos e das discriminações, porque só com a cooperação e a inclusão entre
jogadores e jogadoras é que a equipe vai ser fortalecida para que alcance seus
objetivos.
Esse exemplo nos fará entender que não é preciso que deixemos de lado o espírito
competitivo, afinal somos naturalmente competitivos. O que se faz necessário, é que
tenhamos limites, que tenhamos respeito, que possamos saber ganhar e perder com
a mesma seriedade, tirando lições das vitórias e das derrotas em quaisquer situações,
seja nos esportes, nos jogos ou na vida.
Por fim, é preciso que entendamos que homens e mulheres são apenas diferentes e
não superiores ou inferiores. Podemos sim produzir juntos. Uns precisam dos outros.
Somos seres humanos acima de tudo, racionais, e como tais, dotados de inteligências
que nos torna capazes de sermos confiantes e competitivos, mas, solidários,
cooperativos e respeitosos uns com os outros

Para Refletir
e Discutir

Fonte: educadores.diaadia.pr.gov.br

Competir com cooperação, habilidade só inerente ao ser humano.

Que tipo de valores espero numa


competição?

união amor rancor rivalidade

amizade cooperação paz

solidariedade preconceito ódio

discriminação solidariedade raiva

Fonte:portaldoprofessor.mec.gov.br
respeito indiferença diversão ética
Sugestões de Atividades:
Fonte:clip-art - microsoft

Primeiro encontro

Atividade 01:
a- Leia o texto desta unidade e dê a sua opinião explicando o que você
entende por cooperar com espírito competitivo.

b- Alunos e alunas deverão organizar torneios rápidos de futsal e handebol


para a própria turma:

Regras para o evento:


1-Toda a turma deverá participar;
2-As equipes serão formadas com meninos e meninas jogando juntos;
3-As regras para o evento deverão ser criadas de modo que todos tenham direitos e
deveres iguais;
4-As inscrições prévias serão obrigatórias;
5-As regras dos esportes podem ser adaptadas para que toda a turma possa
participar em nível de igualdade.
6-Será decidido com a turma, a premiação para a equipe vencedora;
7-Deverão escolher entre eles uma dupla de árbitros e uma dupla de mesários.
8-A turma deverá confeccionar as tabelas dos torneios.

Segundo encontro

Objetivo
Iniciar as competições de futsal na forma da organização dos alunos e alunas da
turma.
Atividade 02:
Na quadra, alunos e alunos deverão organizar-se para iniciar o torneio de futsal.

Afixar as tabelas dos confrontos;

Designar mesários e árbitros;

Apresentar as equipes;

Realizar a competição;
Fonte:fazendoaminhafestacolorir.blogspot.com

Terceiro encontro

Objetivo
Finalizar as competições de futsal e Iniciar o torneio de handebol na forma da
organização dos alunos e alunas da turma.

Atividade 03:
Na quadra, alunos e alunas deverão organizar-se para finalizar as competições de

futsal e iniciar o torneio de handebol.

Afixar as tabelas dos confrontos;

Designar mesários e árbitros;

Apresentar as equipes;

Realizar da competição; Fonte:handecsc.blogspot.com

Quarto encontro

Objetivo
Finalizar as competições de handebol.
Comparar esta competição com a do início desta unidade e levantando diferenças
e semelhanças.
Discutir sobre os valores impostos à uma competição.
Atividade 4:

Finalizar as competições de handebol;

Premiação das equipes campeãs;

Após encerramento, voltemos ao quadro laranja desta unidade, discuta com


seus colegas da turma sobre os valores ali apresentados. Quais foram os mais
vistos e sentidos durante esta nova competição. Explique.

Cada “time” deverá apresentar um balanço das atividades competitivas


realizada pela turma traçando um paralelo com os torneios competitivos
realizados no início desta unidade.
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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convivência. Santos: Projeto Cooperação, 2002.

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