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PROPOSTA DE FICHA DE TRABALHO (individual ou de pares):

Partindo do exemplo citado problematize a relação entre os seguintes conceitos:


• Diversidade cultural
• Relativismo cultural
• Tolerância
• Critérios trans-subjectivos de valoração
• Diálogo intercultural

ACTIVIDADE 2
Visionamento e discussão do filme «Hotel Ruanda».

NOTAS PRÉVIAS
• No caso de o docente não ter integralmente presente o filme proposto, sugere-se o
seu visionamento prévio e uma avaliação ponderada da pertinência da sua discus-
são, considerando os contextos específicos de cada uma das suas turmas.

• Propõe-se a articulação com a leitura do documento anterior: Sudão, Darfur: Viola-


ção como arma de guerra.

• O Ruanda é uma antiga colónia belga em África com cerca de 8 milhões de habi-
tantes e onde a esperança média de vida ronda os 45 anos. Está dividido em duas
etnias: a minoria Tutsi (cerca de 15% da população) e a maioria Hutu (cerca de 84%
da população).

• Em 1994 o Ruanda foi palco de uma das maiores atrocidades da história da Huma-
nidade: em apenas 100 dias, quase um milhão de tutsis são brutalmente assassina-
dos por milícias de etnia Hutu.

• O genocídio de 937 mil tutsis (números oficiais das Nações Unidas) aconteceu sem
que tivesse havido qualquer intervenção humanitária internacional.

• «Hotel Ruanda» é baseado em factos reais, pouco divulgados à época pela comuni-
cação social. Paul Rusesabagina, o homem que inspirou o filme, recebeu o Prémio
Humanitário do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados. Foi a primeira vez
na sua história que a Organização das Nações Unidas entregou esta condecoração.

FICHA TÉCNICA
Título: Hotel Ruanda
Título original: Hotel Rwanda
Realização: Terry George
Argumento: Terry George, Keir Pearson
Duração: Cerca de 110 min
Origem: África do Sul/Canadá/ltália/Reino Unido, 2004
COMPETÊNCIAS
Problematizar a relação entre diversidade cultural, relativismo e tolerância.
Reconhecer a necessidade de critérios trans-subjectivos de valoração.

ROTEIRO DE ANÁLISE
1. Caracterizar as noções de etnocentrismo, xenofobia e genocídio.
2. «Mas se ninguém intervir continuará a ser bom rnostrá-lo?», pergunta o jornalista a
Paul Rusesabagina, a respeito das imagens do massacre que acabou de captar
para a sua televisão. Responda criticamente à questão.
3. Salvar «os nossos» foi a palavra de ordem do Ocidente em relação à chacina do
Ruanda, deixando à sua sorte a minoria tutsi. Partindo exclusivamente de critérios
racionais, analise criticamente a noção de «os nossos».
4. Comente a afirmação «Temos de os fazer enviar ajuda por vergonha!»
5.Tendo como ponto de partida o exemplo do conflito do Ruanda, problematize a
noção de tolerância.
6. O que faz de Paul Rusesabagina «um bom homem»?

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