A pesquisa analisa o trabalho informal nas ruas do Rio de Janeiro, como é afetado pelas novas tecnologias e como isso se relaciona com a discriminação e resistência. A pesquisa incluiu estudos bibliográficos, entrevistas com trabalhadores informais tradicionais e digitais, e análise qualitativa. As conclusões iniciais são que o trabalho informal está ligado à autonomia e resistência, mas também à precariedade, falta de valorização social e direitos trabalhistas.
A pesquisa analisa o trabalho informal nas ruas do Rio de Janeiro, como é afetado pelas novas tecnologias e como isso se relaciona com a discriminação e resistência. A pesquisa incluiu estudos bibliográficos, entrevistas com trabalhadores informais tradicionais e digitais, e análise qualitativa. As conclusões iniciais são que o trabalho informal está ligado à autonomia e resistência, mas também à precariedade, falta de valorização social e direitos trabalhistas.
A pesquisa analisa o trabalho informal nas ruas do Rio de Janeiro, como é afetado pelas novas tecnologias e como isso se relaciona com a discriminação e resistência. A pesquisa incluiu estudos bibliográficos, entrevistas com trabalhadores informais tradicionais e digitais, e análise qualitativa. As conclusões iniciais são que o trabalho informal está ligado à autonomia e resistência, mas também à precariedade, falta de valorização social e direitos trabalhistas.
0 nas ruas do Rio de Janeiro: discriminação e resistência
Essa pesquisa é sobre o trabalho informal. Também fazemos referência ao
processo de mudanças sociais decorrentes das novas tecnologias - Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e como isso impacta na lógica do trabalho. A proposta principal foi entender as novas configurações do trabalho informal na sua interface digital e histórica, problematizando a relação com a discriminação e com a resistência. A pesquisa foi dividida em duas partes. A primeira foi baseada em estudo bibliográfico sobre o tema da informalidade no Brasil e Rio de Janeiro nos últimos 20 anos e análise de dados secundários, evidenciando a trajetória do fenômeno/conceito. A segunda parte consiste em pesquisa de campo através de estudos de casos. A pesquisa foi submetida ao comitê de ética do CFCH-UFRJ. Foram feitas duas entrevistas com trabalhadores/as informais (um/a da informalidade dita tradicional, vendedor ambulante, e um/a da informalidade moderna digital, entregador de produtos nas ruas e que faz serviço digital em casa como freelance, um homem e uma mulher). Além disso, optamos por duas pessoas com mais de 1 ano em atividade informal. A metodologia foi centrada em análise qualitativa e fizemos contato prévio com os respondentes. A conclusão inicial é que cinco elementos parecem se entrelaçar: trabalho como autonomia/resistência, uma trajetória pessoal e/ou familiar informal, precariedade pelas longas jornadas, não valorização social/discriminação e a falta de direitos sociais do trabalho). Por fim, abordamos um segmento social que vive no limite da sobrevivência e que sofre controle e/ou perseguição por parte do poder público. Assim, a informalidade é um fenômeno histórico que é marcado por olhares depreciativos da sociedade e da grande mídia, que, por vezes, denunciam a forma de trabalho (supostamente atrapalhando o trânsito), em vez de ser ressaltado o aspecto laboral. Cabe destacar que o trabalho de rua é ocupado majoritariamente por negros/as e povos que viveram processos de migração interna e externa ou também por brancos pobres, nordestinos etc. Assim, é fundamental pensar o trabalho informal na interface com o racismo estrutural, com classe social e com formas de opressão. Também esteve no horizonte da pesquisa analisar o trabalho informal de rua na cidade do Rio de Janeiro no século XXI e indagar se esse tipo de trabalho é um fenômeno constitutivo da sociedade e da ideia de parte do que somos como povo brasileiro, sendo assim um fenômeno que representa uma existência dual, sendo lugar de exploração (produção social de riqueza e de serviços para sociedade capitalista como trabalhadores gratuitos para o capital), mas também de resistência, empoderamento, celebração, cultura e liberdade. Os estudantes fizeram análise de textos especializados, coleta de dados secundários e de referências temáticas e pesquisa de campo.
Palavras-chave: Trabalho informal, informalidade, trabalho digital, resistência,
discriminação e capitalismo.
Referências
ARAÚJO, Angela; LOMBARDI, Maria Rosa. Trabalho Informal, Gênero e Raça no
Brasil do início do século XXI. Cadernos de Pesquisa (Fundação Carlos Chagas. Impresso), v. 43, 2013. Pp. 452-477. DURÃES, Bruno J. R. . Camelôs globais ou de tecnologia: novos proletários da acumulação. Salvador: Edufba, 2013. OLIVEIRA, Francisco de. A economia brasileira: crítica à razão dualista. In: Estudos Cebrap 2, São Paulo: CEBRAP, out. 1972, p. 3-82