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DOCENTE: ROSSANA SANTOS

INTRODUÇÃO À
LITERATURA E ROSSANA.SANTOS@STAFF.UMA.PT
TURISMO GABINETE: 1 (PISO -1)
SUMÁRIO

Introdução aos conceitos de Literatura e de Turismo Literário.

Autores poéticos da Região Autónoma da Madeira e apresentação de uma proposta de


roteiro literário.

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BIBLIOGRAFIA

Quinteiro, S. & Baleiro, R. (2017). Estudos em literatura e turismo: Conceitos


fundamentais. Lisboa: Universidade de Lisboa.
EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE LITERATURA

• Séc. XV ao século XVIII, usa-se o termo literatura no seu sentido mais amplo, ou seja, para
designar a generalidade da produção escrita (filosofia, ciência, história).

• É a partir do final do século XVIII, quando se registam vários progressos científicos e


tecnológicos, que se sente o imperativo de distinguir os textos científicos e tecnológicos dos
textos das “belas letras”.

• A partir de 1800, a palavra “literatura” aproxima-se do significado que atualmente lhe


atribuímos e passa, então, a designar quer a arte da escrita quer o conjunto de textos
criativos.

(Quinteiro & Baleiro, 2017)


CONCEITO DE LITERATURA

Critérios atuais:

➢ Os textos pedem ao leitor uma atitude de leitura estética;


➢ Um texto literário implica um leque de possibilidades de sentido e de
complexidade semântica (múltiplas camadas de sentido);
➢ Concorrem adicionalmente fatores exteriores ao texto que são determinantes,
como por exemplo, o contexto da obra;
➢ O facto de o vocábulo “literatura” ser, igualmente um rótulo institucional, o que
persuade instantaneamente o leitor a ler o texto como literário.
(Quinteiro & Baleiro, 2017)
NA ATUALIDADE, NÃO HÁ UMA RESPOSTA
ÚNICA PARA O CONCEITO DE LITERATURA.

As obras de arte são objetos em constante


transmutação, mesmo que a sua matéria – a
linguagem, neste caso – permaneça como o
“veículo de todas as emoções, sobretudo das
mais profundas”, tal como refere Fernando
Pessoa (apud Lopes, 1990: 85).
O turismo, tal como a leitura literária,
é uma atividade de lazer na qual se
procuram viver bons momentos,
momentos aprazíveis, distintos das
experiências da vida de trabalho que
normalmente temos
(Mansfield, 2015: 19).
A LITERATURA DE TURISMO REFERE-SE
A TEXTOS QUE:
• (i) têm a capacidade de acrescentar valor turístico a um lugar e, por esse motivo,
promovem uma prática turística (referindo ou sugerindo lugares e motivando por essa
via uma viagem ou a construção de um itinerário turístico);

• (ii) promovem a reflexão sobre o turismo e a atividade turística, em geral, bem


como sobre os atores nela envolvidos (turistas e viajantes) e nela implicados, por vezes,
involuntariamente (os habitantes locais dos destinos turísticos);

• (iii) retratam práticas de turismo, em geral, e de turismo literário, em particular.

(Quinteiro & Baleiro, 2017)


EXEMPLOS
Textos de autores canónicos como :

▪ Lisboa: O que o turista deve ver (1925), de Fernando Pessoa;


▪ O Guia de Ouro Preto (1938), de Manuel Bandeira;
▪ Banhos de caldas e águas minerais (1875), de Ramalho Ortigão;
▪ As praias de Portugal: O guia do banhista e do viajante (1876), de Ramalho Ortigão.

(Quinteiro & Baleiro, 2017)


PODEM SER DISTINGUIDAS DUAS DEFINIÇÕES DE
TURISMO CULTURAL: DO LADO DA PROCURA E DO
LADO DA OFERTA.

Segundo Köhler & Durand (2007) o conjunto de definições de


Turismo Cultural baseado na procura apresenta como principal
problema a delimitação do que constituiria atração cultural para
os turistas, enquanto as definições do lado da oferta baseiam-se
na oferta de atrações culturais, classificadas como tal, e aptas ao
consumo turístico.
POR PRODUTOS CULTURAIS SILBERBERG (1995)
IDENTIFICA AS INSTITUIÇÕES, O ESTILO DE
VIDA, PATRIMÓNIO E OS EVENTOS.

Tipos de turismo cultural:

Turismo patrimonial, turismo das artes, turismo criativo, turismo


urbano, turismo rural, turismo indígena, turismo popular, turismo
literário e turismo étnico.

(Quinteiro & Baleiro, 2017; Richards, 2000; Smith, 2003)


CONCEITO DE TURISMO CULTURAL

“O movimento de pessoas em direção a atrações culturais distantes do seu local


de residência habitual, com a intenção de reunir nova informação e experiências
para satisfazer as suas necessidades culturais” (Richards, 1996: 24).
CONCEITO DE TURISMO LITERÁRIO

A expressão turismo literário designa um tipo de turismo associado aos


lugares que ficaram celebrizados pelas descrições literárias ou pelas suas
ligações às personagens dos textos literários, mas também podemos referi-
lo como um tipo de turismo que consiste na prática de visitar lugares
associados a escritores e aos seus textos (vide Quinteiro & Baleiro, 2017a:
137).
(Quinteiro & Baleiro, 2017)
AUTORES POÉTICOS DA RAM
(PERCEÇÃO SUBJETIVA DA REALIDADE)
(LOCAIS E NÃO LOCAIS)

• Herberto Hélder,
• José Tolentino Mendonça,
• José Viale Moutinho,
• Irene Lucília,
• José Agostinho Baptista;
• Carlos Nogueira Fino,
• José António Gonçalves,
• João Cabral do Nascimento,
• João Carlos Abreu,
• Ângela Varela,
• Edmundo Bettencourt,
• João Miguel Fernandes Jorge,
• José de Sainz-Trueva.
A ILHA DA MADEIRA: PROPOSTA DE ROTEIRO LITERÁRIO POR
JOÃO FILIPE ABREU (2012)
• Ponto número 1: Concelho do Funchal ▪ “Caniço” – José Agostinho Baptista ▪ “São Jorge” – José Agostinho Baptista

▪ [É tarde, acabaram-se os papéis, a noite ▪ “Falésia” (Garajau) – Eurico Sousa • Ponto número 5: Concelho de São Vicente
concentra] – José Viale Moutinho
▪ “Santo António da Serra” – José Agostinho ▪ “São Vicente” – João Miguel Fernandes Jorge
▪ “Avenida do Mar” – José Agostinho Baptista Baptista
• Ponto número 6: Concelho do Porto Moniz
▪ “Desejada manhã, única estrela” – Irene Lucília • Ponto número 3: Concelho de Machico
▪ “Véu” – José Agostinho Baptista
▪ “funchal” – Carlos Nogueira Fino ▪ “Caminho do Forte (Machico)” – José Tolentino
Mendonça ▪ Ponto número 7: Concelho da Calheta
▪ “Igreja do Socorro” – José Agostinho Baptista
▪ “Caniçal” – José Agostinho Baptista ▪ “Arco da Calheta” – José Agostinho Baptista
▪ “Jardim Municipal” – José Agostinho Baptista
▪ “Machico” – João Miguel Fernandes Jorge ▪ Ponto número 8: Concelho da Ponta de Sol
▪ “Olhar sobre a cidade” – José Tolentino
Mendonça ▪ “Machico” – José Agostinho Baptista ▪ “Madalena do Mar” – José Agostinho Baptista

▪ “Rua da Carreira 126” - José de Sainz-Trueva ▪ “Mercado Velho, Machico” - José Tolentino • Ponto número 9: Concelho da Ribeira
Mendonça Brava
▪ [rua de santa maria] – Carlos Nogueira Fino
• Ponto número 4: Concelho de Santana ▪ “Ribeira Brava” – José Agostinho Baptista
▪ “Rua de Santa Maria” – José Agostinho Baptista
▪ “Faial” – José Agostinho Baptista • Ponto número 10: Concelho de Câmara de
▪ “Travessa da Infância” – José Tolentino Mendonça Lobos
▪ “Faial” – José Agostinho Baptista
▪ “Travessa de São Filipe” - José Agostinho Baptista ▪ “Estreito de Câmara de Lobos” – José Agostinho
▪ “Pico Ruivo” – José Agostinho Baptista Baptista
▪ “Um Porto” – José Agostinho Baptista
▪ “Pico Ruivo” – José Tolentino Mendonça
• Ponto número 2: Concelho de Santa Cruz
▪ “Ribeiro Frio” – João Miguel Fernandes Jorge
▪ “Camacha” – José Agostinho Baptista
FIM
Dúvidas?

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