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IV - Convecção

Introdução

A panela está no fogo. A água quente vai subindo do fundo do recipiente, em contato
com a chama, e alcança a superfície,onde evapora, esfria e desce na direção da fonte
de calor.
Esse fenômeno, relativamente fácil de observar quando se ferve a água, é outro
processo de aquecimento dos fluidos, denominado convecção. O termo se aplica à
transmissão de calor pelo próprio deslocamento de material aquecido.
De fato, as moléculas de água transportam o calor de baixo para cima, e os
movimentos de convecção que são aplicados pelo principio de Arquimedes ao serem
aquecidas, as partículas dos fluidos aumentam de volume, portanto diminuem de
densidade, e podem elevar-se devido a menor massa especifica que possuem com
relação a outras partículas menos aquecidas e mais densas. Estas substituem as
primeiras nas proximidades da fonte térmica, fechando assim a corrente de convecção.
É muito mais difícil fazer considerações quantitativas sobre a convecção do que sobre
a condução de calor. Mas quando um fluido pode escoar-se livremente graças às
diferenças de densidade, os movimentos convectivos acarretam efeitos importantes no
caso da água, eles ocorrem acima de 4 OC, porque entre o 0 OC e 4 OC o
comportamento deste liquido é anômalo, diminui de volume ao ser aquecido no caso
do ar atmosférico, a convecção é responsável pela formação de nuvens, os cúmulos.
O ar resfria-se ao subir e, a certa altura, a umidade nele contida condensa-se.
Um exemplo natural e imponente da convecção é o transporte de energia no interior
das estrelas. A energia irradiada sob a forma de luz é produzida numa parte central,
pouco volumosa. Para chegar à superfície do astro, relativamente mais fria, essa
energia percorre muitos milhares de quilômetros, sendo transmitida principalmente por
convecção.
Quando se observa a superfície do sol, nota-se um continuo movimento de gases
quentíssimos, análogo ao das bolhas que se formam numa panela de água fervente.
As chaminés e os sistemas de aquecimento residencial de água por termossifão são
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aplicações corriqueiras do fenômeno outra, mais refinada, é a separação de isótopos


de urânio por meio do movimento de convecção provocado dentro de uma coluna
vertical por aquecimento conveniente.

Figura 4.1 – Convecção na água (b) quando introduzido na mesma um bloco quente de
metal (a)

Como ver a convecção na água

Um aquecimento localizado permite observar os movimentos convectivos que se forma


na água. Basta introduzir no liquido um pequeno bloco de metal, suspenso por fio, e
previamente aquecido na chama (a) dentro da água, sua temperatura cai rapidamente,
mais leva algum tempo para igualar-se à temperatura do liquido. Durante esse período
final de resfriamento, pode-se notar que a água, em contato com o bloco, é aquecida,
torna-se menos densa e sobe.
A subida é visível (b) porque a água quente é menos refringente que a fria. Portanto,
um raio de luz incidente não atravessa a cuba em linha reta, mas sofre desvio sempre
se encontra em partes de água a diferentes temperaturas. Para evidenciar essa
turbulência da água, ilumina-se o recipiente por meio de uma lâmpada de lanterna
portátil, colocada no fogo de uma lente convergente. Essa iluminação é sensível às
mudanças do índice de refração do liquido, que pode ser observado por transferência.

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Motor de convecção

Com um tubo, constrói-se um circuito quadrado, conforme figura 4.1, com abertura na
parte superior. A seguir, enche-se de água, um dos lados verticais do quadrado é
revestido com um pano embebido de água, para resfriá-lo, e o outro lado é
simultaneamente aquecido do tubo e desde pelo que foi resfriado. Surge, assim, uma
circulação continua que, teoricamente, poderia movimentar um motor (como a pequena
roda de pás, ou molinete). Assim também funciona o termossifão a água, aquecida na
caldeira, sob por tubulações através dos radiadores – no alto do edifício, já resfriada,
desce por outro conduto.

Figura 4.2 – Esboço de um termossifão – motor de convecção

Para observar os movimentos convectivos do ar, poderia ser usado um dispositivo de


iluminação análogo ao da experiência anterior toda via, por causa do menor índice de
refração do ar, a eficácia da demonstração é prejudicada, a menos que se disponha de
um caro sistema óptico.
Existe, porem, um modo simples de evidenciar o fenômeno. Basta recortar em papel
bem leve (por exemplo, papel de seda) uma espiral conforme o traçado. Obtem-se a
tira mostrada em b. quando suspensa pelo centro com um alfinete, conforme figura 4.3,
sem atrito, ela ira girar ao ser atingida por uma corrente convectiva vertical. Com certa

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habilidade, pode-se conseguir que o leve aquecido provocado por uma lâmpada
comum faça o ar aquecido subir e acionar o dispositivo.

Figura 4.3 – Movimentos do ar

Convecção por fonte fria

Uma fonte fria, mergulhada num recipiente com água, pode fazer com que esta se
precipite para o fundo graças ao resfriamento. Em água a cerca de 20oC, introduz-se
delicadamente, com o auxílio de um alicate, um pedacinho de gelo, mantido firme no
interior do liquido. Pode-se notar, então que do centro do gelo saem como que
pequenos filamentos. É água a temperatura mais baixa que a restante, devido ao
contato direto com gelo. Como tem maior densidade, ela tende a descer, formando os
filamentos que se dirigem para o fundo.
Se o gelo for suficiente para baixar a temperatura da água a menos de 4oC, o
fenômeno se inverte e a água passa a subir, pois a 4oC (mais precisamente, a 3,98oC)
a densidade da água é máxima, e então água mais fria (por exemplo, a 2oC) passa a
subir em vez de descer. No topo do recipiente a temperatura pode cair até a 0oC,
enquanto no fundo não supera 4oC, pois a esta temperatura, sendo mais densa, a
água tende a ocupar o fundo do recipiente. A experiência básica sobre o fenômeno é a
“experiência de Hope”. Também as chamas são exemplos de movimentos convectivos.
Seus gases quentes, mais leves que o ar, causados pelo empuxo de Arquimedes. Os
gases incandescentes, que emitem luz por estarem aquecidos, não desaparecem na
ponta da chama, mas apenas se tornam invisíveis: como sua temperatura já diminuiu

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em contato com o ar, só emitem radiações infravermelhas, não percebidas pela vista
humana. Muitas vezes, nas fornalhas industriais, o oxigênio para a combustão deve
ser bombeado na direção da chama. Todavia, é possível aproveitar a própria energia
dos gases quentes para produzir a ventilação necessária: se a chama for introduzida
num tubo vertical como na ilustração – seus gases aquecem por ali presente e o fazem
subir. A pressão externa se torna maior que a interna e, na base do tubo, um fluxo de
ar se dirige de fora para dentro, ajudando os bicos de Bunsen e os queimadores
comuns dos fogões a gás. Quando dobra a temperatura do ar de dentro do tubo, sua
densidade cai, aproximadamente, à metade. Por isso, cada centímetro cúbico do ar e
submetido a um empuxo igual a da metade de seu peso e, por conseguinte, acelerado
fortemente para o alto (a aceleração è metade da aceleração da gravidade). Esses
cálculos são importantes para os projetos de chaminés industriais.

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Figura 4.4 – Exemplos de convecção por fonte fria

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Transferência de calor por convecção

Introdução
Trata-se, como vimos no capitulo introdutório, de um dos mecanismos de transmissão
de calor. Ocorre geralmente com os sistemas fluidos (liquidas e gases), sempre
envolvendo transporte de massa (partículas materiais) e de energia em trânsito (calor).
Neste mecanismo, envolvendo movimento das partículas macroscópicas, o que não
ocorria no fenômeno da condução, prevalecem às forças da corrente fluida, estando à
convecção intimamente ligada à mecânica dos fluidos.
De acordo com as forças que originam as correntes, a convecção pode ser de dois
tipos:
a) convecção natural: quando a velocidade da corrente do fluido é devido às forças de
empuxo (criada pela diferença de densidade, originada por diferença de temperatura
na massa fluida). Este empuxo é normalmente denominado de empuxo térmico.
b) Convecção forçada: quando o movimento da corrente fluida é devido a dispositivos
mecânicos com bombas, ventiladores, agitadores mecânicos, exaustores, etc., as
quais forçam o deslocamento do fluido.

Lei de Newton

Durante investigações de calor de trânsito entre um fluido e uma superfície sólida,


Peclet, notou o aparecimento de uma resistência térmica superficial na película de
fluido. Extinto a resistência, aparecera uma diferença de temperatura entre a massa de
fluido em movimento e a superfície sólida. Este mecanismo é de grande importância,
tendo em vista a sua aplicação prática em trocadores de calor em geral.

Figura 4.5 - Transferência de calor através de fluido e superfície sólida

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Película – tendência que as superfícies têm de reter por absorção uma camada de
molécula de fluido em contatos com ela.
Haverá, portanto transmissão de calor do fluido 1 maior temperatura (T1) para o fluido
2 menor temperatura (T4) através da superfície de separação.
O equacionamento do fenômeno feito por Newton, através de estudos experimentais, e
o seu principio hoje é aceito como lei, tendo em vista a sua verificação prática.
Segundo Newton o calor trocado em um fluido e uma superfície sólida é proporcional à
área de troca de calor, ao tempo, a diferença de temperatura na película de fluido e a
um coeficiente que é a função das características físicas e de movimento do fluido.
(coeficiente de película):
Q = h. A.∆t f
Esta é conhecida como Lei de Newton para transmissão de calor por convecção
Onde:
Q = razão de transferência de calor
h = coeficiente de convecção ou película
A = área de troca de calor
∆tf = queda de temperatura na película do fluido
∆tf = t1-t2 (para o fluido 1)
∆tf = t3-t4 (para o fluido 2)

Transferência de calor por convecção (definição física)

É certo que uma placa de metal aquecida ira se resfriar mais rapidamente quando
colocada em frente a um ventilador do que quando exposto ao ar parado. Este
processo é chamado de transferência de calor por convecção. O tempo convecção
fornece ao leitor uma noção intuitiva e deve ser ampliado para que possa conseguir um
tratamento analítico adequado do problema. Por exemplo, sabemos que a velocidade
do ar sobre a placa aquecida influencia a taxa de transferência de calor. Mas esta
influência sobre o resfriamento será linear, ou seja, dobrando-se a velocidade do ar
estaremos dobrando a taxa de calor transferido? Devemos supor que a taxa de
transferência de calor será diferente se a placa for resfriada com água em vez de ar.
Porem, de quanto será essa diferença? Estas questões podem ser respondidas com
auxílio de algumas análises básicas a serem apresentadas nos próximos capítulos
agora, os mecanismos físico de transferência de calor por convenção será
esquematizado e mostrado a sua relação com o processo de condução:

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Figura 4.6 – Escoamento de um fluido

Considere a placa aquecida mostrada na Fig. 4.6 A temperatura da placa da placa é


Tp, e a temperatura do fluido é T, nesta figura esta representa o comportamento da
velocidade de escoamento, que se reduz a zero, na superfície da placa, como
resultado da ação viscosa. Como a velocidade da camada de fluido junto à parede é
zero, o calor deve ser transferido somente por condução neste ponto, e calcular o calor
transferido somente por condução neste ponto, e calcular o gradiente de temperatura
junto à parede. Por que então, se o calor é transferido por condução nesta camada,
falamos em transferência de calor por convecção e precisamos considerar a
velocidade do fluido? A resposta é que o gradiente de temperatura depende da razão
na qual o calor é removido; uma velocidade alta produz um gradiente elevado de
temperatura, e assim por diante. Portanto, o gradiente de temperatura junto à parede
depende do campo de velocidade; consequentemente, em análise superiores,
desenvolveremos uma expressão que relaciona estas duas quantidades. Deve ser
lembrado, entretanto, que o mecanismo de transferência de calor na parede é um
processo de condução.
O efeito global da convecção pode ser expresso pela lei de Newton do resfriamento.

q = h. A.(T p − Toc )

Aqui a taxa de transferência de calor é relacionada à diferença de temperatura entre a


parede o fluido e a área superficial A. A quantidade h é chamada de coeficiente de
transferência de calor por convecção. Para alguns sistemas é possível o cálculo
analítico de h.
Para situação complexas a determinação é experimental o coeficiente de transferência
de calor é algumas vezes chamado de Condutância pela película devido a sua relação

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com o processo de condução na fina camada de fluido estacionário junto à superfície


de parede. Pela equação, a unidade de h é watt por metro quadrado por graus
Celsius, quando o fluxo de calor está em watt.
Em vista desta discussão pode-se antecipar que a transferência de calor por
convecção irá exibir uma dependência da viscosidade do fluido além da sua
dependência das propriedades térmicas do fluido (Condutividade térmica, calor
específico e densidade). Isto esperado porque a viscosidade influencia o perfil de
velocidade e, portanto, a taxa de transferência de energia na região junto à parede.
Se uma placa aquecida estiver ao ar ambiente se uma fonte externa de movimentação
do fluido, o movimento será devido aos gradientes de densidades nas proximidades da
placa. Esta convecção é chamada natural ou livre em oposição à convecção forcada,
que ocorre no caso de se ter um ventilador movimentado o ar sobre a placa. Os
fenômenos de ebulição e condensação são também agrupados dentro deste assunto
de transferência de calor por convecção. Na tabela 4, dos anexos, estão indicados os
valores aproximados de coeficientes de transferência de calor por convecção.

Convecção (definição pratica)

A transmissão de calor por convenção a partir de um corpo envolve o movimento de


um fluido (líquido ou gás) em relação ao corpo. Se o movimento é causado pelas
diferenças de densidades devida á diferença de temperatura em diferentes
localizações do fluido, a convecção é denominada natural. Se o movimento é causado
por um agente externo, tal como o realizado por um ventilador, a convecção é dita
forçada. A transmissão de calor de uma superfície cuja uma temperatura é maior do
que a do fluido envolvente ocorre de um modo complexo. Podemos, entretanto
visualizá-la como ocorrendo na seguinte ordem seqüencial. Primeiro, as partículas dos
fluidos adjacentes á paredes são aquecidas por condução da parede, aumentando as
suas temperaturas. Estas partículas quentes colidirão com as partículas frias, cedendo
parte de sua energia a estas partículas mais frias. Esta ação ocorre devido ao
movimento das partículas, bem como ao movimento do fluido quente em relação ao
núcleo do frio do fluido. Para categorizar este tipo de mecanismo de transmissão de
calor convectivo, torna-se necessário discutir o mecanismo do escoamento.

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Figura 4.7 – Resistência térmica de contato

O termo escoamento laminar aplica-se ao regime de escoamento em que o


escoamento é suave e o fluido se desloca em camadas ou caminhos paralelos entre si.
Quando um fluido se desloca em escoamento laminar sobre uma superfície quente, o
calor é transferido principalmente por condução molecular no interior do fluido e de
camada para camada. Este tipo de transmissão de calor por convecção proporciona
baixas taxas de transmissão de calor. Em contraste com o escoamento laminar, existe
o regime de escoamento conhecido como escoamento turbulento. Como o próprio
nome indica, este tipo de escoamento é caracterizado por vórtices que causam
misturas das camadas de fluido até que estas camadas não sejam mais distinguíveis.
A transmissão de calor do fluido, devido à sua turbulência, proporciona um aumento na
transmissão de calor, consequentemente, quanto maior a turbulência, maior será a
taxa de transmissão de calor.
A equação básica para a transmissão de calor por convecção é conhecida como a lei
de resfriamento de Newton e é dado por:

Q = h. A.∆t
onde:
 kcal   BTU 
Q= taxa de transmissão de calor  h ;  h ; [W ]
  

[ ][ ][ ]
A= área de transmissão de calor m 2 ; ft 2 ; m 2

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∆t= diferença de temperatura entre a superfície e o núcleo do fluido, longe da


superfície [°C]; [°F]; [°C].
h = coeficiente de transmissão de calor, coeficiente de película, coeficiente de filme,
Condutância térmica conectiva ou fator de película de transmissão de calor.
 kcal   BTU   W 
 h.m 2 .°C  ;  h. ft 2 .° f  ;  m 2 °C 
     

Pela comparação das equações anteriores, podemos escrever a resistência térmica


para a transmissão de calor conectiva RC, definido por:
1
RC =
h. A
tratada da mesma maneira que foi tratado o conceito de resistência na transmissão de
calor por condução. Alguns valores típicos de h são apresentados nas tabelas 4 a 6 do
anexo.

Comparação da lei de Newton e a lei de Fourier

NEWTON FOURIER

Q = h. A.∆t K
Q= . A.∆t S
e

Notamos que, a paridade das outras condições (q.A. ∆t) o coeficiente de película h (ou
convecção representa uma película de fluido de espessura e condutibilidade térmica k
(a* espessura é de difícil determinação)
• .∆tS Fourier vale para qualquer. ∆t
• .∆tf Newton vale, a vigor para. ∆ti < 1,0 °C para .∆tf > 10 °C o coeficiente de
película é função do .∆tf e não pode ser considerado constante.
Coeficiente de convecção h não pode ser tabelado em função da natureza do fluido,
pois é função de uma série de variáveis, envolvendo constantes físicas e geométricas,
como é explicado no próximo item.
Vimos que a condutibilidade térmica k é função apenas da natureza do material e para
grande diferença de temperatura, função também de temperatura.
O coeficiente de película h é determinada então para cada tipo de escoamento de
fluido, dependendo também da superfície de troca de calor. De um modo geral, o
coeficiente de convecção é função:
a) Da forma de orientação da superfície de troca de calor.
Exemplo: superfície plana, cilíndrica, esférica, ou horizontal, vertical e inclinada.

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Figura 4.7 – Película sobre superfícies planas e cilíndricas

Figura 4.7 B - Coeficiente de película entre superfícies plana e cilíndrica

b) Das constantes físicas dos fluidos que trocam calor (µ, ep, k, e, γ coeficiente
expansão volumétrica).
c) Do estado de movimento do fluido em relação a superfície de troca de calor
[velocidade, g e ∆tf. (no caso de convecção natural)].
Nota: o desenvolvimento da influência dessas variáveis no coeficiente de película e o
cálculo do mesmo será visto em capítulo separado.
Dimensões de h:
Q
Q = h. A.∆t f ∴ h =
A.∆t f

Unidades da transmissão de calor por convecção


Unidades do Unidades do Unidades do
Sistema Métrico Sistema Inglês Sistema
S.M. S.B. internacional
S.I
Transferência de kcal / h BTU / h W
calor (Q)
Área (A) m2 ft 2 m2
Diferencial de °C °F °C
temperatura (∆t)
Coeficiente de kcal / h.m 2 .°C
2
BTU / h . ft . ° F W / m 2 . °C
película

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Obtenção do coeficiente de película (h)

O coeficiente de película h não pode ser tabelado em função da natureza do fluido,


pois é função de uma série de variáveis, envolvendo constantes físicas e geométricas,
superfície de troca de calor, escoamento do fluido.
Com as funções anteriormente descritas encontramos alguns adimensionais que
serão usados na obtenção do h sendo estes o número de Nulsselt (Nu); número de
Reynolds (Re); número de Prandt (Pr); número de Grashof(Gr).
Contudo devido a grande complexidade Mecânica e Física que eles proporcionam os
mesmos não serão calculados nesta apostila.
Para os cálculos do exercício, e para serem usados na vida profissional, podem ser
usados as Tabelas 4 a 6 do anexo, cujo valores foram retirados de diversas fontes, e
que, apresentam um erro desprezível, no cálculo geral. De transferência de calor.

Resumo: transmissão de calor por convecção

Transporte de calor por convecção, em um meio, consiste essencialmente no


deslocamento de moléculas de diferentes massas específicas, de uma região para
outra desse meio.
Portanto, ao contrário do que ocorre no processo de condução, a convecção se
caracteriza pelo arraste de matéria. Devido a esse arraste a convecção não pode
ocorrer nos sólidos, sendo um processo característico dos líquidos e dos gases. Ao
aquecermos um líquido contido num recipiente, as porções situadas no fundo recebem
calor em primeiro lugar e, em conseqüência, apresentam aumento do volume do qual
decorre uma diminuição da massa específica. As proporções menos densas se
deslocam para dar lugar às proporções mais densas, ocorrendo à formação de
correntes de partículas aquecidas de baixo para cima. Essas correntes são
denominadas correntes de convecção. São favorecidas pela variação de massa
específica, e levam o calor do fundo do recipiente para todas as partes do líquido.

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Figura 4.8 – Correntes de convecção em um líquido

A calefação da água para aquecer as residências, nos países de clima frio, baseia-se
nesse processo.
De maneira monóloga são formadas correntes de convecção nos gases. É o que
ocorre, por exemplo, no interior de um refrigerador.

Figura 4.9 – Corrente de convecção do ar no interior de um refrigerador

O ar na proximidade do congelador é resfriado, ocorrendo então o aumento de sua


massa específica, e por isso o ar tende a descer, deslocando o ar mais quente, que
então se aproxima do congelador e é por sua vez resfriado. Estabelecem-se as
correntes de convecção dentro da geladeira. Note que as prateleiras das geladeiras
são sempre em forma de grade, exatamente para facilitar a circulação da corrente de
convecção.

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