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Brasília
2020
Lorena Andrade Neres
Marina de Fátima Rodrigues Massa
Natália Stephane Domingos Tavares
Brasília
2020
SEXUALIDADE NA TERCEIRA IDADE: UMA ANÁLISE SOB A ÓTICA DA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
NURSING CARE
Abstract: With the increase in life expectancy and longevity, measures to improve the quality
of life should be adopted. The population has reached old age with satisfactory physical and
psychological conditions, with a lower rate of chronic diseases and greater willingness to
experience sex life in a pleasant and healthy way. But they still face several obstacles,
prejudices and the lack of information related to this subject. Therefore, the nursing team
must adopt programs and actions to guide them in a caring and helpful way, breaking taboos,
clarifying doubts and facilitating the passage of obstacles imposed by age, as well as
1
Acadêmica de Enfermagem – 10º semestre – Faculdade LS – E-mail: lorenaaneres@gmail.com
2
Acadêmica de Enfermagem – 10º semestre – Faculdade LS – E-mail: mariana.rodrigues0201@gmail.com
3
Acadêmica de Enfermagem – 10º semestre – Faculdade LS – E-mail: nataliaestephane@hotmail.com
4
Professor orientador, graduado em Enfermagem, Mestre em Ciências Políticas, Professor universitário e
Coordenador Geral do curso de enfermagem, Enfermeiro Docente e Professor Titular Faculdade e pós-
graduação, Gerente de enfermagem da Diretoria do Hospital Regional de Samambaia – E-mail:
bruno.assis@ls.edu.br
providing guidance on the transmission of STIs. Methodology: This is a systemic literature
review, in which they were consulted with the Virtual Health Library (VHL) accessing the
databases: Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences (LILACS), National
Libery of Medicine (PubMed), Scientific Eletronic Library Online (SciELO) and the Nursing
Database (BDENF), with an emphasis on systematic reviews and randomized clinical trials,
totaling 17 articles. Objective: To identify the main challenges experienced by seniors in
terms of sexual practice, arranged in the reviewed literature, as well as proposing a nursing
action plan to help the elderly population to have a healthy sexual practice.
Keywords: Sexuality elderly. Elderly. Sexually transmitted infections. Nursing.
1 INTRODUÇÃO
2 MATERIAIS E MÉTODOS
1- RESULTADOS
Para o alcance dos objetivos propostos para esta pesquisa, foram utilizadas 17
obras cientificas as quais estão organizadas no quadro a seguir:
3 DISCUSSÃO
4.1 Desafios vivenciados pela terceira idade no que tange à pratica sexual
Devido ao desconhecimento e à pressão cultural, muitos idosos que ainda possuem
desejo sexual, experimentam, algumas vezes, sentimento de culpa e de vergonha, pelo simples
fato de se perceberem com vontade de procurar a obtenção do prazer. Estes padrões de
comportamento criados pela sociedade limitam a sexualidade humana ao período da
juventude, não sendo, portanto, reforçado pela sociedade na velhice. Ao contrário, o idoso é,
muitas vezes, vítima de preconceito, o que acarreta grande perda em sua qualidade de vida
(VILAR, GOMES, 2016).
A fisiologia sexual não ocorre de forma uniforme entre todos os homens, porém, as
alterações mais comuns são caracterizadas por aspectos como: ereção mais flácida, sendo
necessário mais tempo para alcançar o orgasmo; ereções involuntárias noturnas diminuem;
ejaculação retardada e redução do líquido pré-ejaculatório. Entre mulheres, as alterações se
iniciam na menopausa com a diminuição dos hormônios, a pele tende a ficar mais fina e seca,
a lubrificação vaginal diminui, levando ao orgasmo em menor duração (THEIS; GOUVÊA,
2019)
Contudo, os obstáculos na aceitação da sexualidade na dinâmica do envelhecimento
perpassam pela falta de informação, provavelmente pela ideia arcaica de que a sexualidade
limita-se apenas ao uso do aparelho genital e à reprodução. Contudo, percebe-se nos últimos
anos, que a terceira idade tem estreitado vínculos com a vida sexual ativa, o que é essencial à
boa qualidade de vida, mas também coloca os sujeitos dessa faixa etária em maior
predisposição à aquisição de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) (RODRIGUES et
al, 2019).
Durante toda a vida adulta, há a possibilidade de vivência sexual satisfatória e
prazerosa. Acima dos 60 anos de idade deve-se criar e utilizar novos recursos e estratégias
que facilitem sua adaptação a esta outra etapa de vida. Durante a avaliação de idosos, o
profissional de saúde deve lembrar-se sempre de abordar a satisfação e os problemas com a
sexualidade, e da mesma forma orientar os idosos sobre a expansão de IST’s, particularmente
Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), entre este grupo (ATENÇÁO BASICA A SAUDE
DO IDOSO PAG 64; 2016).
Diversos fatores contribuem para esse aumento de ISTs entre as pessoas idosas. Tal fato
vem se destacando em função de a sociedade ignorar que os idosos mantêm a vida sexual
ativa; da escassez de estratégias e orientações que priorizem a prevenção de ISTs; e das
dificuldades motoras dos idosos no uso de preservativos. Desta maneira, esses fatores
supracitados denotam as fragilidades da vulnerabilidade da pessoa idosa para as ISTs. Este
aumento se deve a falta de campanhas de prevenção para estes cidadãos, pois os idosos são
tidos como assexuados, e a sexualidade, nesta faixa etária ainda é cercada de tabus e
preconceitos por parte da sociedade e também dos profissionais de saúde (SILVA et, al 2018).
No entanto, como todos sabem as medidas de prevenção para as IST’s mais acessíveis
e uma das mais eficazes é o uso do preservativo, porém poucas pesquisas mostram como esse
uso esta sendo feito se tratando da população idosa. Grande parte dos homens e das mulheres
da população idosa relata que não fazem o uso de preservativo em suas relações sexuais
fazendo com que essa classe torna-se mais vulnerável a contaminação das IST’s. Esses dados
revelam certa preocupação quanto ao tema, pois na adolescência muitos desses idosos não
usavam preservativos e não tinha o costume de usar, isso explica de certo modo essa carência
do uso de métodos preventivos (CASTRO, 2019).
O entendimento errôneo que os idosos têm de que o preservativo é desnecessário nas
intimidades sexuais nessa idade, pois as mulheres já estão na menopausa e não podem mais
ficar grávidas, faz com que eles não usem o mesmo. Desta forma, os idosos acabam por
evidenciar comportamento de risco. As campanhas de prevenção de ISTs visualizadas na
mídia (televisão, rádio, internet e revistas) direcionadas à população idosa são precárias.
Pressupõe que essas patologias se disseminem rapidamente entre esse público específico, caso
não haja resolução para esses problemas através de ações adequadas e precisas (ZANCO,
2020).
Infelizmente ainda existe uma grande parcela dessa população que possuem pouco
conhecimento sobre as IST’s fazendo com que os tornem mais vulneráveis para a infecção.
Ainda existe muito preconceito no âmbito social e profissional que dificulta o acesso a
informações para que esse conhecimento seja aumentado. De certo modo esse preconceito
estimula com que as pessoas da terceira idade se contaminem com alguma IST. Por isso é de
suma importância que esse tabu seja quebrando e se desmistifique a ideia que sexo é somente
para os jovens já que muitos acreditam que não existe vida sexual quando se é idoso.
(CASTRO, 2019).
De acordo com Santiago (2019), atualmente se fala sobre sexualidade, porém o
diálogo sobre a prática sexual entre homens e mulheres durante o envelhecimento pouco é
discutido e, em alguns momentos até menosprezado pelos profissionais de saúde e sociedade
como um todo. Os profissionais de saúde não têm como prática, em seu atendimento,
interrogar sobre os aspectos pertinentes à prática sexual, e menos ainda quando esses são
idosos. Isso ocorre em razão de a atenção à saúde ser executada com o foco na queixa ou na
doença. Segundo os autores, não há identificação, na maioria das vezes, se as medicações
utilizadas pelos clientes interferem na prática sexual. No senso comum, espera-se que tal
prática desapareça com o decorrer da idade, por essa razão não há interrogação sobre a
sexualidade na velhice.
A ausência de programas, o não planejamento das ações educativas por falta de
interesse dos profissionais e também por forte influência e interferência da cultura e
sociedade. A assistência de enfermagem a pessoa idosa quanto a sua sexualidade encontra-se
deficiente. A Saúde no contexto da sexualidade da pessoa idosa baseia em um mundo de
contradições e ignorância, sendo negligenciada a atenção no decorrer dos atendimentos de
rotina (ZANCO et al, 2020).
A enfermagem é uma ciência humanizada que possui como princípio básico a empatia
e o conhecimento técnico para a assistência aos pacientes/clientes. Diante disto, todos os
problemas que afligem o ser humano são importantes e principalmente quando lidamos com a
saúde do idoso. A sexualidade diante de tantas dificuldades vivenciadas no processo de
envelhecimento parece não ter tanta importância, porém a sexualidade faz parte das
necessidades fisiológicas do ser humano, e não pode ser considerada nula. Atualmente a
sexualidade é reconhecida como uma das dimensões importantes para qualidade de vida. O
enfermeiro precisa estar preparado para orientar e abordar este assunto com pacientes na
terceira idade, visto que faz parte de suas funções como educador e prestador de assistência
humanizada (SILVA, OLIVEIRA E PEREIRA, 2017).
Desta forma, os profissionais de saúde não contribuem com a pessoa idosa quando
deixam de ofertar testes rápido justamente porque desconhecem a sexualidade desta
população, o poder público não vê o idoso como um todo, ou seja, não trabalha prevenção e
sim tratamento das doenças crônicas através do programa Hiperdia, falta de organização, falta
de equipamentos adequados, poucos profissionais e uma demanda grande de atendimentos,
discriminação e preconceito até mesmo pelo próprio idoso. É de extrema importância que a
sociedade brasileira tenha consciência dos direitos que as pessoas idosas possuem para que
possam cobrar dos gestores de políticas públicas municipais, estaduais e federais (ZANCO et
al, 2020).
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CUNHA et al., Vovô e vovó também amam: sexualidade na terceira idade, 2015.
Disponível em: http://www.revenf.bvs.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S141527622015000400008 Acessado em: 18/09/2019
VILAR E GOMES, A Sexualidade das Pessoas Idosas Vista Pelas Próprias, 2016.
Disponível em:
http://revistas.lis.ulusiada.pt/index.php/is/article/download/2547/2718#:~:text=A
%20sexualidade%20nas%20pessoas%20idosas,os%20seus%20sentimentos%20e%20desejos
Acessado em: 13/10/2019