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Guia de Prescrição em Nutrologia e Medicina Biomolecular Vademecum 22
Guia de Prescrição em Nutrologia e Medicina Biomolecular Vademecum 22
prescrição em Nutrologia e
Terapia Biomolecular
Vademecum
Guia Base para a
prescrição em Nutrologia e
Terapia Biomolecular
Guia Base para a
prescrição
em Nutrologia e Terapia
Biomolecular
Vademecum
Colaboradores
Supervisão
Victor Tagore
ISBN: 978-85-7062-818-3
CDU 612.39
CDD 613.2
Todos os direitos em língua portuguesa, no Brasil, reservados de acordo com a lei. Nenhuma parte
deste livro pode ser reproduzida ou transmitida de qualquer forma ou por qualquer meio, incluindo
fotocópia, gravação ou informação computadorizada, sem permissão por escrito do Autor. TAGORE
EDITORA LTDA. SIG Quadra 8, lote 2356 - CEP 70610-400 - Brasília, DF.
Fone: (61) 3344-3738 - Fax: (61) 3344-2353 * End. Eletrônico: editor@thesaurus.com.br *Página na
Internet: www.thesaurus.com.br
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obre o autor e os colaboradores
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Francisco Humberto de Freitas Azevedo
11
Intensiva pela Universidade do Rio de Janeiro.
Presidente do Comitê Multidisciplinar de Medicina
Biomolecular da Associação Paulista de Medicina.
Fundador e Presidente da Sociedade Brasileira de
Medicina Biomolecular e Radicais Livres e da
Associação Brasileira de Medicina Complementar.
12
Para ler antes de iniciar
Estas reflexões não são uma crítica à terapêutica alopática. Como já afirmamos,
ela tem o seu lugar e sua importância, principalmente nas emergências e doenças
agudas, porém, não se configura como recurso eficiente, ou antes, inteligente,
para a maioria das doenças crônicas, na grande maioria dos casos.
Por isso dizemos que o raciocínio alopático é fácil e só exige experiência. Porém é
muito difícil o raciocínio sistêmico. Como ele não se limita apenas prescrever
fármacos “anti” alguma coisa, a definição das ações terapêuticas exige muito mais
do que o mero conhecimento acadêmico pode oferecer. E aqui, certamente,
reside a razão das instituições corporativistas serem habitual e historicamente
refratárias às novas descobertas científicas no âmbito da saúde: enquanto o que
é novo instiga quem tem coragem, geralmente perturba o inseguro.
Para aqueles que considerarem estas reflexões como mera filosofia,
recomendamos libertarem-se dessa visão e se atualizarem. O que para alguns
pode parecer divagação, subjetividade, para os mais identificados com o novo
paradigma da saúde chama-se discernimento, inteligência e livre percepção.
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16
Apresentação
16
De Felippe Júnior, Dra. Maria Emilha Gadelha Serra, Dr.
Francisco Humberto de Freitas Azevedo, Dra. Dr. Jose
Antonio Abi Ramia, Dr. Nilo Cardin, além das
orientações úteis de uma farmacêutica experiente,
Dra. Luiciana Zanetti Rocha Pitta, de modo a orientar
os profissionais de saúde na delicada arte da
prescrição adequada dos itens deste manual.
Sendo a primeira obra médica no gênero no país,
fruto de anos de minuciosas pesquisas e atualizações
frequentes, ela vem preencher uma lacuna que vinha
se fazendo incômoda para toda a classe médica e de
profissionais de saúde em geral, cuja maioria
desconhece ou têm informações incompletas sobre os
itens aqui citados.
O autor
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Introdução
Adaptogenicidade
Só há uma Medicina
Herbert Pereira
33
Porque usar suplementos
e produtos similares
Correções mb1
O processo de decorticação ou de
A alimentação industrializada
no banco dos réus
O aspecto mais marcante da his-
tória da alimentação humana é a mu-
dança dos padrões alimentares, com o
aparecimento de hábitos prejudi-
ciais, de alimentos industrializados
com aditivos alimentares inorgânicos,
agrotóxicos, adubos químicos, etc.
Até o início do século 20 existiam,
apenas, cerca de oitocentos tipos de
alimentos conhecidos, configurando
todas as possibilidades de recursos
naturais disponíveis no campo da
alimentação. Hoje são quase 40 mil
produtos, sendo que cerca de 39.200
representam criações sintéticas ou
artificiais. Acompanhando de modo
paralelo o crescimento do universo
da alimentação industrializada está
o aparecimento em maior escala das
doenças degenerativas (principalmen-
te entre as populações mais abasta-
das), como resultado da interferência
química sintética sobre os seres vivos.
A agitação dos tempos modernos,
principalmente nas cidades, trouxe
também um novo componente: as re-
feições rápidas, o fast food, os sandu-
íches, a comida “a quilo”, e os refrige-
rantes, o cafezinho, o drink do happy
hour , a comida de avião, as miríades
de guloseimas industrializadas (balas,
chicletes, sorvetes, chocolates, etc.).
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refinamento dos grãos de cereais fez precoce.
empobrecer também alimentos im- A importância da boa alimenta-
portantes como os pães e massas, ção como base para uma boa saú- de
de- rivados dos milenares cereais, parece ter-se reduzido à medida
retiran- do deles a maior parte das
vitaminas e fibras (película), dos
óleos essenciais ricos em vitaminas
e proteínas.
Não fora apenas isso, come-se
em excesso e a alimentação
disponí- vel apresenta fatores
causadores de inúmeras doenças,
como o excesso de gorduras
saturadas e colesterol, o açúcar
branco desmineralizante, os
corantes e conservantes, etc. Além
disso, os alimentos atualmente
apre- sentam teores de nutrientes
inferio- res - principalmente de
proteínas, vi- taminas e sais
minerais - o que exige a ingestão
constante de mais comida ou de
suplementação extra para su- prir
as solicitações e exigências do or-
ganismo. Com isso a obesidade,
uma doença antes rara, cresce
assustado- ramente no mundo
inteiro. Só nos Estados Unidos,
considera-se oficial- mente que
50% da população tem o seu peso
acima dos níveis normais.
Outras doenças, cujas incidências
cada vez mais elevada, têm preocupa-
do a todos são o câncer, as enfermida-
des cardiovasculares, o diabetes, a os-
teoporose, as moléstias reumáticas e
o acentuado envelhecimento
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que se desenvolveu a concepção alimentação moderna sobre os seres
quantitativa relativa à nutrição. Mas humanos, acompanhou a alimenta-
atualmente está definitivamente es- ção dos índios de Pima, uma região
tabelecido no mundo científico que do deserto de Sonora, no Arizona,
uma boa nutrição é importante para Durante milhares de anos eles se
a prevenção de doenças. alimentaram do que a terra lhes for-
A dieta do paciente deve ser alvo necia, comendo tubérculos, cactos,
principal de atenção. Freqüen- sementes, feijões e alguma carne de
temente observamos que mudanças caça e peixe. Até há cerca de 40 anos
alimentares qualitativas produzem eles continuavam com esse tipo de
efeitos imediatos sobre muitas situ- dieta e não apresentavam nenhuma
ações anormais nos seres vivos, mas doença moderna. Devido a vários
ironicamente, nutrição é comumente motivos, esses índios tiveram a sua
a última coisa em que a maioria dos alimentação bruscamente substituí-
médicos presta atenção. da pela habitual, incluindo hambur-
Um exemplo é o hábito do cafe- gers, refrigerantes, batatas fritas,
zinho, aceito como normal e permi- sorvetes, etc. De acordo com estatís-
tido para a maioria dos pacientes. ticas disponíveis, mais de 50% desses
Sabemos hoje que a cafeína estimu- índios, em idade superior a 35 anos
la o lançamento de norepinefrina na sofre hoje de diabetes.
corrente sanguínea, o que cria um Mais modernamente temos da-
pico de energia temporária; mas a dos cada vez mais importância à die-
cafeína também inibe a habilidade ta como causa, mas também como
do corpo para absorver vitamina B 1, meio de tratamento de diversas do-
causa perda de magnésio, agita a enças. Como Hipócrates, que ensina-
bainha dos neurônios, enfraquece as va “fazei do vosso alimento o vosso
glândulas supra-renais e é cria- dora remédio”, o uso de dietas terapêu-
de habito. Quase nenhuma doença ticas, embora em voga atualmente,
pode ser diretamente re- lacionada não é nada novo.
ao hábito do cafezinho, mas isto De acordo com o Instituto Ame-
pode ser a causa central de ricano para Pesquisa de Câncer, 40%
desequilíbrios bioquímicos e meta- de todo o câncer nos homens e 60%
bólicos que poderão ser a causa de em mulheres são, de algu- ma
patologias. maneira, associados em com a dieta.
Os produtos mais desaconselha- Outras doenças diretamente
dos pelos peritos são: açucarados, relacionadas com a alimentação,
gordurosos, snacks, queijos amarelos, segundo o mesmo instituto são o
refrigerantes, bacon, carnes embuti- diabetes, as desordens cardiovas-
das, carnes vermelhas, frituras em ge- culares, o infarto do miocárdio e as
ral, batatas fritas, cereais adocicados e doença de cólon.
enlatados diversos. A Organização Mundial de Saúde
Um estudo realizado pela Uni- alerta que 85% das doenças dege-
versidade do Arizona, buscando co- nerativas estão relacionadas em ge-
nhecer o resultado do impacto da ral com a alimentação. Para ratificar
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GUIA PARA A PRESCRIÇÃO EM NUTROLOGIA E TERAPIA BIO(ORTO)MOLECULAR
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• Deficiências das vitaminas A, C, e E são, ansiedade, falta de memória,
têm sido relacionadas com o aumen- redução da libido, entre centenas
to do risco de câncer. de outros problemas, não pode
• Depleções de cobre e de zinco pro- ser verdadeiramente eliminada,
duzem redução da capacidade imu- seja com medicamentos palia-
nológica. tivos, com estimulantes, com
• Baixos níveis de cromo podem pro-
hormônios, com psicoterapia, ou
vocar elevação do colesterol e distúr-
mesmo com ervas de efeito orgâ-
bios no metabolismo dos açucares.
nico comprovado. Só se poderá
resolver esses problemas com a
• A falta de selênio predispõe o orga-
suplementação zinco.
nismo às doenças do coração. Baixos
níveis de magnésio contribuem sig- Práticas assim são essencialmen-
nificativamente para Síndrome pré- te médicas e, absolutamente inteli-
menstrual. gentes principalmente se intendemos
que o estresse, o consumo excessivo
• Dados sugerem decididamente que o
de açúcar refinado, de cereais de-
uso de suplementos nutricionais
corticados, entre outras coisas, são
pode economizar milhões em cui-
fatores depletadores de zinco. Então
dado ligados à saúde. Por exemplo,
uma suplementação desse mineral,
temos a certeza de que um suporte
associada a uma dieta bem orienta-
extra de cálcio e magnésio reduz a
da, representa o tratamento causal e
incidência de fraturas de quadril nas
básico para muitos sintomas que,
pessoas mais idosas que sofrem de
não fossem estes novos conceitos,
osteoporose.
estariam sendo tratados com técni-
• Há centenas de estudos científi- cas infrutíferas, ou, pelo menos, de
cos apontando o fato de que a su- resultados provisórios.
plementação com vitaminas, mi-
nerais básicos e enzimas, é capaz
de melhorar a nossa saúde de um
modo amplo. Por exemplo, estu-
dos gabaritados e bem documen-
tados apontam que muitos de
nós somos deficientes em cálcio,
magnésio, zinco e manganês. O
zinco participa de 80 a 90 reações
metalo-enzimáticas, muitas delas
envolvidas com a função imuno-
lógica, o que mostra que a defi-
ciência deste mineral traço pode
comprometer as defesas orgâni-
cas em graus variados. Sob este
aspecto, a vasta sintomatologia
provocada pela deficiência do mi-
neral, como por exemplo, depres-
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Questões éticas quanto à escolha da
terapêutica
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Essa preocupação é ratificada pelo porém incompleto: vivemos mais
artigo 5° do Código que aconselha: apenas quantitativamente e não
qualitativamente, ou, em outras pa-
“O médico deve aprimorar con- lavras, podemos prolongar a vida de
tinuamente seus conhecimentos e um organismo com câncer, úlcera
usar o melhor do progresso científico péptica, infecções, etc., do que no
em benefício do paciente.” passado.
O próprio fato de que novos an-
Impor ao médico um procedi- tibióticos, de espectro cada vez mais
mento terapêutico determinado e amplo devem ser criados, acaba com a
limitado, é uma infração ao artigo 8° esperança iniciada nos primórdios da
do Código de Ética: teoria microbiana de que eliminarí-
amos os germes patogênicos. Ao con-
“O médico não pode, em qual- trário, as infecções hospitalares conti-
quer circunstância, ou sob qualquer nuam a ser um tipo de fantasma para
pretexto, renunciar à sua liberda- de hospitais de todo o mundo e a maior
profissional, devendo evitar que parte das infecções continuam a existir.
quaisquer restrições ou imposições Só no Brasil, continua a morrer um ci-
possam prejudicar a eficácia e corre- dadão a cada 35 minutos de tuberculo-
ção de seu trabalho.” se, apesar dos antibióticos potentes.
Sabendo-se então que a huma-
Deveríamos nos preocupar com nidade hoje está mais doente e ex-
condutas médicas, fruto muitas ve- posta e que o uso de medicamentos
zes do desconhecimento, da falta de contribui para isso, ou seja, para um
informação ou da acomodação do tipo de degeneração biológica racial,
profissional, que o induz ao uso vicio- é dever do médico denunciar esses
so de medicamentos. O aumento da aspectos e, por continuidade, lutar
incidência das doenças degenerati- contra os mesmos, em obediência,
vas e crônicas na humanidade – fato até mesmo ao artigo 13° do Código
denunciado constantemente pela de Ética Médica que diz:
Organização Mundial de Saúde – é
preocupante: Com o uso apenas de “O médico deve denunciar às
medicamentos supressivos, que ini- autoridades competentes quaisquer
bem as respostas do organismo, es- formas de poluição ou deterioração
tamos permitindo que os processos do meio ambiente, prejudiciais à saú-
mórbidos agudos cronifiquem-se e se de e à vida”
incrustem no organismo dos se- res
humanos. Há um preço pago pela Portanto, prescrever adequada-
biomassa humana pelo uso de medi- mente, com consciência e conheci-
camentos que apenas eliminam sinais mento,além de aconselhar hábitos e
e sintomas, que é a redução da sua costumes mais naturais, trabalhando
qualidade biológica. pelo restabelecimento da saúde do
Diz-se que atualmente o ser hu- doente como um todo e não apenas
mano vive mais; isso é verdadeiro, combatendo sintomas é o procedi-
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suplementos e produtos não conven-
cionais; no entanto, esse trabalho
não é difícil, pois sentimos que os pa-
cientes denotam simpatia pelo mé-
todo, pois, como já vimos anterior-
mente, ele não oferece os mesmos
perigos que a terapêutica comum.
Infelizmente, esse trecho do artigo
24, no entanto, é dificilmente respei-
tado pelos médicos alopatas comuns
quando não explicam – e muitas
vezes desconhecem – todos os pro-
váveis efeitos colaterais ou adversos
dos medicamentos comuns.
E se atualmente é cada vez mais
comum que clientes solicitem pres-
crições de suplementos ou fitoterá-
picos, e se esses produtos estão le-
galizados e disponíveis no comércio,
não atender a essas solicitações é, de
fato, infringir o artigo 56 do Códiço de
Ética Médica:
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Medicina Biológica
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• Terapia humoral
• Terapia neural de Huneke
• Terapia ortomolecular (biomolecu-
lar)
• Terapia polarizante
• Terapias mesenquimal de Voll
• Termoterapia.
• Trofoterapia
• Vitaminoterapia
• Etc.
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Oligoterapia - a sutil
medicina funcional com
microminerais coloidais
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Medicina Biomolecular
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lares6. Ver detalhes sobre a técnica tinutricionais, tais como fibras, fita-
em Minerais. tos, fosfatos, ácido oxálico, celulose,
Os minerais quelados são comuns hemi-celulose, gorduras e outros, que
na natureza. Por exemplo, o ferro na os fariam inaproveitáveis, sendo eli-
molécula de hemoglobina, o magné- minados com as fezes.
sio na clorofila ou o cobalto na mo- Os minerais e microminerais (oli-
lécula de vitamina B12 são quelados goelementos) são amplamente utili-
de minerais em aminoácidos. A quase zados atualmente nos suplementos e
totalidade das ligações dos micromi- formulações. A diferença básica entre
nerais no intestino delgado, com o eles é que os minerais existem em
propósito de serem absorvidos, ocor- quantidades maiores no organismo
rem através de formação de quelados e os oligoelementos estão presentes
com as proteínas transportadoras. Os em concentrações bem mais baixas
minerais-aminoácidos quelados são nos líquidos e nos tecidos, muitas
absorvidos intactos, como dipeptídios vezes apenas como traços; mas ape-
(dois aminoácidos juntos) estáveis, sar da sua pequena concentração,
sem se ionizarem no processo diges- muitos destes são de grande impor-
tância para o funcionamento normal
tivo. O fato de estarem numa forma
do organismo. Os minerais principais
estável assegura sua resistência a
são o cálcio, o magnésio, o fósforo, o
ligações químicas com os fatores an-
potássio, o ferro, o sódio, o enxofre,
o cloro e o iodo, sendo que os quatro
6. A célula não necessita de exatamente de
moléculas (átomos ligados), mas de átomos últimos não são comumente utiliza-
(zinco, cálcio, ferro, etc.). Quando os minerais dos pela medicina ortomolecular, mas
são ingeridos na sua forma composta (cloreto apenas em situações especiais. Os
de zinco, carbonato de cálcio, sulfato ferroso, microminerais são o zinco, o cobre, o
por exemplo), sofrem no estômago, por ação do
HCL e enzimas, uma ionização ou separação de manganês, o cromo, o selênio, o mo-
compostos, com a liberação de ânions, ou radi- libidênio, o flúor, o cobalto, sendo os
cais livres; quando produzidos em quantidades três últimos usados muito raramente.
exageradas, e absorvidos, passam a prejudicar
o organismo. No estado iônico, os minerais tor-
A importância dos nutrientes mi-
nam-se instáveis e um grande percentual destes nerais tem sido revelada com maior
(de 70 a 99,5%) reage com elementos comuns clareza nos últimos 30 anos. Muitos
na alimentação. Isto ocorre frequentemente deles eram considerados somente
pelo fato de que estes compostos secundários
se tornam insolúveis com o aumento de Ph que
como elementos tóxicos.
ocorre no descenso pelo intestino delgado, ou Há métodos laboratoriais para se
então são absorvidos mas não liberam o metal conhecer a quantidade de mine- rais
para sua metabolização e são então excretados. e microminerais no organismo,
Os minerais no estado iônico que não reagiram,
que são em uma menor quantidade, chegando principalmente por meio de exames
ao intestino são ligados a proteínas específicas solicitáveis específica ou generica-
das células mucosas. Esta ligação se dá pelo pro- mente através do sangue venoso ou
cesso de quelação do mineral com a proteína
transportadora. Esta proteína na qual o mineral
por meio do mineralograma7. É pos-
46
O que há de verdadeiro
na aplicação de megadoses
de vitaminas
47
habitar em regiões menos poluídas,
etc., atualmente não é mais suficien-
te para se garantir um bom estado
geral orgânico e uma boa qualidade
de vida biológica; precisamos tam-
bém suplementar nutricionalmente
o organismo.
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Peróxido de Hidrogênio
- Uma terapia biológica
Dr. Francisco Humberto de Freitas Azevedo
49
através das membranas celulares, da Na-K-ATPase, trabalho também
plasmática (dos adipócitos, hepatóci- confirmado por Garner Nh (médico e
tos, eritrócitos, fagócitos), nucleares, pesquisador americano) em 1984.
mitocondriais e ainda pelos peroxis- O Peróxido de Hidrogênio é tão
somos (antigos cloroplastos, o com- versátil que age diferentemente nas
plexo de Golgi e outros). células brancas e nas vermelhas do
A primeira publicação feita sobre nosso sangue. Junto ao oxigênio,
o uso endovenoso do H2O2 foi no Lan- envolvendo-se em todos os tipos de
cet em 1920 e efetuado com sucesso metabolismo com aumento significa-
na cidade de Busrah na Índia por tivo na taxa metabólica, faz o papel
T.H. Oliver (médico inglês), durante de mensageiro secundário em diver-
um surto de pneumonia epidêmica. sas vias hormonais (a geração de pe-
Durante este surto mais de 80% dos róxido no útero é estrógeno depen-
acometidos pela doença morreram. dente e essencialmente necessário
No entanto, com a aplicação de H2O2 para a produção de progesterona).
conseguiu-se diminuir para 48% essa Tem ação insulino-mimética (imita
fatalidade. a ação da insulina no sangue podendo
Além do seu poder viricida, fun- nos fornecer um resultado falso posi-
gicida, bactericida e parasiticida am- tivo e por isto estaria contra indicado
plamente comprovados a solução de para o casos de diabetes mellitus tipo
Peróxido de Hidrogênio é usado para I), mas fundamental e importantíssi-
renutrir e re-oxigenar as célu- las, mo no tratamento do D.M.II.
para induzir a produção de neu- O Peróxido de Hidrogênio realiza o
trófilo, PMN (polimorfo nucleares), controle termogênico e muitas outras
na estimulação endógena e na libe- ações no organismo, como provou o
ração das endo-enzimas: Catalase, Dr. Edward Rosenow (descobridor do
SOD- Super-Óxido-Dismutase (mito- estreptococo, em 1925, como causa-
condrial e membranal), Citocromo-C, dor da febre reumática), e nos seus
Glutationa, Ubiquinona (Co-E-Q-10), mais de 450 trabalhos publicados so-
na oxidação de imunocomplexos e bre o assunto, e, por último Charles
até na produção de interferon. H. Farr MD, PhD, (medico homeopata
T.Ramazarma (médico Indiano) e por duas vezes indicado a prêmio
em 1982 afirmou em sua revisão de Nobel) e o maior divulgador e pesqui-
geração de H2O2 em biomembranas: sador do Peróxido de Hidrogênio, fun-
“... o H2O2 é uma molécula resultante dador do IBOM- International Bioxida-
do metabolismo celular e não pode tive Medicine em Oklahoma – USA.
ser esquecida como sendo um mero O composto é capaz de induzir
e indesejável subproduto da criação entre outras atividades biológicas imu-
do ERTO’s (Espécies Reativas Tóxicas nizantes e “mortais” a produção de
do Oxigênio)”. gama-interferon pelas células NK (na-
É um produto importante para a tural killer), o que pode por sua vez es-
integridade das membranas e da re- timular a produção de H2O2 endógeno,
gulação do transporte da membrana criando uma espécie de autocumplici-
mediante a alteração da atividade dade e um circulo vicioso entre os dois.
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GUIA PARA A PRESCRIÇÃO EM NUTROLOGIA E TERAPIA BIO(ORTO)MOLECULAR
Este estudo foi publicado em 1983, no ficam indicados para todas elas, tais
“Journal of Interferon Research” (vol.3 como: bronquites, bronquiolites,
numero 2 pag.143 a 151). bronquiectasias, reações asmáti- cas,
O grande segredo da função ou influenzas, DPOC’s, enfizemas e
melhor da atuação do Peróxido de Hi- outras e mais para o EBV- Eps- tein
drogênio em nosso organismo é que Barr Vírus (doença do beijo),
ele é associado ao Citocromo C - que Candidiase, Citomegalovirus, HPV,
é encontrado na corrente sanguínea Diabetes Melitus II, HIV, AVC, Do-
e nos espaços intra e extracelulares - enças vasculares, Artrites, Doenças
antes de se desmutar e desta forma Cardiovasculares, mal de Alzheimer,
permanece por mais 30 a 40 minutos MS-Esclerose Múltipla, ELA-Escle-
estimulando a produção de catalase, rose Lateral Amiotrófica, Psoríase,
superóxido desmutase e PMN, e au- Febre Reumática, Hepatites, Mal de
mentando o poder de fagocitose e as Parkinson, Migranhas, Enxaquecas,
defesas endógenas contra os agentes Cluster, Dort – LER, Fibromialgia, re-
patógenos. È aqui que concentra o ações alérgicas ao meio ambiente,
seu poder viricida, fungicida, bacte- Esteatose Hepática, Cirroses, Mal de
ricida e parasiticida. Chagas, Hanseníase, Ciatalgias, Ne-
Suas contra-indicações são ape- fropatias, SFC- Síndrome da Fadiga
nas em quatro situações: Crônica, SPP- Síndrome Psicogênica
Primária, Lúpus, Sífilis, Herpes Sim-
1 - No diabetes mellitus tipo I - por sua plex e H.Zoster e etc.
ação insulino-mimética, pois atua As dosagens máximas e ampla-
como um sitio possibilitador da mente divulgadas pelo IBOM, uni-
membrana plasmática para induzir o versalmente usadas para aplicação
transporte da glicose. endovenosa, devem seguir critérios
rígidos de conformidade com a orien-
tação do Dr. Charles H. Farr.
2 - Nas anemias - por fazer hemólise e
Por ser o Peróxido de Hidrogênio
nas desordens de estabilidade da
um produto de intermediação do
membrana celular, no caso específico
metabolismo, extensa e amplamen-
da anemia megaloblástica.
te distribuído pelo organismo e par-
ticipando de um numero significa-
3 - No Dermato-granuloma – CGC (Cro- tivo de reações bioquímicas, sendo o
nic Granulomatose Disease) – por principal receptor de elétrons do
acelerar o processo de formação dos organismo em várias reações RedOx,
nódulos. impõe-se como ultranecessário o
princípio do conhecimento bioquí-
mico sobre o H2O2 em segmento de
4 - Na gravidez por vasodilatar a mem-
tecidos, de bactérias, de fungos e ou
brana placentária.
de leveduras e, muita experiência
clínica e a técnica para o profissional
As indicações no entanto come- médico que se dispuser a trabalhar
çam pelas doenças pulmonares e aí com o mesmo.
51
Mais informações sobre o Peróxi-
do de Hidrogênio, fazer contato com
o autor deste manual, ou com o au-
tor deste texto:
imbiológica@uol.com.br
52
OZONIOTERAPIA MÉDICA
Dra. Maria Emilia Gadelha Serra
Nas últimas décadas, o cuidado com a saúde vem amadurecendo e caminha numa
nova direção: a de cuidados mais sistêmicos e integrados, de acordo com a
emergente Medicina de Redes e os conceitos da Biologia dos Sistemas,
propagados pelo Professor Albert-László Barabási, da Northestern University
(EUA) e pelo Dr. Leroy Hood, DO Institute for Systems Biology (EUA),
respectivamente.
O modelo de Medicina estritamente baseado em sintomas e medicamentos “anti-
sintomas” vem dando sinais de esgotamento, diante de tantos desafios oferecidos
pela poluição ambiental e deficiências nutricionais, relacionadas à baixa qualidade
do solo e pelo envelhecimento da população, dentre outros fatores. Na verdade,
é cada vez mais difícil estar verdadeiramente saudável. E saúde é muito mais do
que ausência de doenças. É preciso buscar opções terapêuticas para restabelecer
a capacidade do organismo humano de se adaptar a tantas agressões, de forma
mais natural.
Embora difundida na Alemanha desde o final do século XIX e introduzida no Brasil
em 1975, a Ozonioterapia era ainda desconhecida por grande parte da população
brasileira. A partir de março de 2018, isso começou a mudar: a Ozonioterapia foi
incorporada nas Práticas Integrativas e Complementares (PICS) do Ministério da
Saúde, por meio da Portaria GM/MS no. 702 de 21 de março de 2018. Agora já são
29 PICS e a nova portaria prevê que a Ozonioterapia seja progressivamente
disponibilizada nos diversos níveis da atenção à saúde no Brasil, iniciando-se pela
Atenção Básica, assim como previsto para as demais práticas de acordo com os
termos da Política Nacional de Prática Integrativas e Complementares aprovada
pela Portaria GM/MS de 3 de maio de 2006, seguindo-se a diretriz da Organização
Mundial de Saúde sobre o tema, a qual sofreu atualização em seu relatório
intitulado WHO Traditional Medicine Strategy 2014-2023. Esse fato representa um
grande avanço e talvez se torne um divisor de águas para melhorar os indicadores
de resolubilidade de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
A inclusão da Ozonioterapia como prática complementar no SUS revela a abertura
do Ministério da Saúde para um novo olhar de cuidados em saúde. Desde 2015,
o Conselho Federal de Odontologia (CFO) regulamentou a prática como
procedimento odontológico útil em todas as áreas da Odontologia moderna no
Brasil, por meio da Resolução CFO no. 166/2015. A Ozonioterapia é também
objeto de um projeto de lei, aprovado por unanimidade no Senado Federal em
outubro de 2018. O atual PL 9001/2017 se encontra na Câmara dos Deputados,
aguardando análise, que oficializará a técnica como procedimento médico e
odontológico no Brasil. Diante da iniciativa legislativa, o Conselho Federal de
Medicina (CFM), de forma surpreendente, se posicionou contrariamente ao
reconhecimento da técnica como procedimento médico, alegando se tratar de um
“procedimento experimental”. Médicos em todo Brasil recorreram à Justiça,
defendendo seu direito ao livre exercício profissional e principalmente o direito
53
dos pacientes de serem tratados com um recurso terapêutico eficiente, seguro e
de baixo custo. O tratamento com Ozônio Medicinal, em associação aos
tratamentos convencionais e utilizado de forma complementar, está disponível
em cerca de 50 países em todos os continentes. Rússia, China, Japão, Itália,
Portugal, Espanha, Turquia, Grécia, Egito, Cuba, Honduras e vários países do Leste
Europeu inclusive disponibilizam a terapia nos seus sistemas públicos de saúde.
Os seguros de saúde alemães reembolsam procedimentos variados de
Ozonioterapia desde a década de 1980. Seriam os organismos dos brasileiros
diferentes dos de outros seres humanos?
E, afinal, o que é Ozonioterapia? Também conhecida como “Terapia pelo Ozônio
Medicinal”, a Ozonioterapia utiliza uma mistura de gases bem comuns: o oxigênio
(O2) – fundamental para a vida – e o ozônio (O3, uma combinação de 1 molécula
e 1 átomo de oxigênio) – o mesmo da famosa camada de ozônio, com a diferença
que este ozônio é gerado a partir de oxigênio totalmente puro, específico para uso
medicinal. A mistura gasosa resultante, que contém no máximo 5% de ozônio,
apresenta propriedades terapêuticas sui generis. É capaz de destruir bactérias,
fungos e vírus. Tem também a capacidade de melhorar a oxigenação dos tecidos,
além de “modular” (regular) o estado do sistema imunológico para mais ou para
menos, a depender da necessidade do indivíduo doente – ações muito úteis no
controle de infecções, inclusive das associadas às superbactérias, em conjunção
ao tratamento convencional com antibióticos. Outra habilidade do Ozônio
Medicinal é estimular as enzimas antioxidantes de todas as células, sem exceção
– esse aumento enzimático possibilita que as células se adaptem e resistam de
forma mais estruturada aos ataques dos famosos radicais livres gerados pela
própria respiração. Doenças inflamatórias, alérgicas e autoimunes também se
beneficiam com a Ozonioterapia, tais como artroses de articulações, dores
lombares, hérnia de disco, artrite reumatoide, em decorrência do efeito
modulador da inflamação e do sistema imunológico promovido pelo Ozônio
Medicinal. É utilizada ainda para melhoria de várias alterações metabólicas e da
microcirculação, pois promove fluidez do sangue e induz a síntese de um outro
gás, o óxido nítrico, que é responsável por gerar dilatação dos vasos sanguíneos
de menor calibre. A Ozonioterapia também auxilia no controle das taxas de glicose
no sangue, acelera a cicatrização de feridas, diminuindo a incidência de infecções
oportunistas, tornando-se um tratamento complementar de escolha em
diabéticos, visando a prevenção das complicações habituais da doença.
A Ozonioterapia também já foi avaliada do ponto de vista da segurança: na década
de 1980, um estudo alemão tabulou os dados de quase 5,6 milhões de
tratamentos de Ozonioterapia e encontrou a incrível cifra de 40 casos com efeitos
colaterais menores e somente seis óbitos! Melhor dizendo: 0,0007% de risco de
complicações e 0,0001% de risco de morte. Não se conhece nenhuma terapia
médica tão segura.
Além do quesito segurança, face às questões econômicas do SUS, podemos
reiterar a economia e os ganhos que a Ozonioterapia pode gerar. Uma análise
econômico-financeira do uso da Ozonioterapia como parte do tratamento de
diversas patologias, elaborada pela Profa. Dra. Celina Ramalho, Doutora em
54
Economia da Saúde e Professora da Fundação Getúlio Vargas – SP, revelou dados
impactantes: 1) em caso de dores lombares crônicas e hérnias de disco, a
Ozonioterapia pode reduzir a indicação de cirurgias de coluna e indicação de
próteses ortopédicas em até 90%, segundo estudos realizados na Itália, Estados
Unidos, Canadá e Espanha; 2) em feridas de diabéticos (em especial no chamado
“pé diabético”), a Ozonioterapia pode atuar e evitar tais mutilações entre 45% a
95% dos casos, a depender do tempo do início do tratamento e do estágio da
ferida – segundo dados oriundos de estudos realizados na Coreia do Sul, Israel,
Alemanha e Cuba; 3) a conclusão principal: as estatísticas clínicas comprovam a
eficácia do uso da Ozonioterapia nas suas diversas aplicações e indicam a
diminuição dos custos em saúde entre 20% a 80%. Enquanto recurso econômico,
entende-se que a Ozonioterapia é definida como tal na forma de uma prática
complementar, e não substitutiva dos métodos convencionais da prática médica,
justificando seu apontamento na determinação das PICS pelo Ministério da Saúde.
Especialmente face à situação da saúde pública no Brasil e dos recursos restritos
para se atender à demanda crescente – 77% da população depende do SUS, o que
significa 164 milhões de brasileiros – não considerar a Ozonioterapia como parte
importante no atendimento de saúde pública se configura um absurdo
inaceitável.
Em resumo: a Ozonioterapia pode auxiliar a recuperar e/ou manter saúde, uma
vez que otimiza o tratamento de infecções, previne amputações de membros,
regula a atividade do sistema imunológico e apresenta efeitos analgésicos e anti-
inflamatórios potentes, dentre várias outras características benéficas e úteis. Estar
vivo e principalmente saudável é sempre um desafio, especialmente em um
mundo poluído como o atual – a Ozonioterapia, exatamente devido aos seus
mecanismos de ação em rede, vai ao encontro desse modelo atual de Medicina e
vem se consolidando como uma grande modalidade terapêutica aliada.
Referências importantes do
texto:
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56
Apresentação e descrição de
alimentos funcionais,
suplementos nutricionais,
bioterápicos, nutrientes,
fitoterápicos e similares
Importante tica, como reduzir os radicais livres
agressores, como otimizar as trocas
As indicações terapêuticas deste celulares minerais e gasosas, como
manual não se destinam a situações melhorar a perfusão sanguínea, etc.
agudas ou emergenciais, mas a ca- Infelizmente a maioria da classe
sos crônicos, onde se podem aplicar médica desconhece como realizar
recursos terapêuticos não conven- esses processos. Somente com os
cionais com segurança, visando o fármacos tradicionais, não é possível
restabelecimento máximo possível fazê-lo. E o que se aprende nas facul-
da saúde e do bem estar. Assim, por dades é geralmente, utilizar drogas e
exemplo, por razões óbvias, não indi- recursos de “oposição” a sinais e
camos recursos para serem utilizados sintomas, ou a combater fenômenos
no momento do infarto agudo do periféricos.
miocárdio, mas na angina pectoris, Sabemos hoje que os procedi-
como preventivo do infarto, ou no pe- mentos aqui apontados, são capazes
ríodo pós-infarto, visando melhorar o de restabelecer a capacidade orgâni-
processo circulatório, as condições ca de melhorar por si mesmo, carac-
gerais do organismo e como profiláti- terizando o milenar - mas nem agora
co de um novo ataque, em associação entendido – ensinamento do mestre
e como apoio à medicação conven- Hipócrates: vis natura medicatrix, ou
cional. O mesmo entendimento apli- seja, o poder de autocura na nossa
camos (por exemplo, na pielonefrite natureza interna.
aguda e crônica) em quase todos os Para a segurança do leitor, as
casos de infecções agudas e crônicas. doses e as posologias aqui indicadas
É mais que necessário conhe- foram baseadas na Portaria 33/98
cermos recursos verdadeiramente para a determinação do IDR (Inges-
capazes de agir em favor do orga- tão Diária Recomendada) e na Porta-
nismo, de modo a criar uma melhor ria 40/98 para os Níveis Máximos de
ambiência biológica-metabólica e Segurança de Vitaminas e Minerais.
bioquímica, ao invés de se aguar- dar
passivamente um novo episó- dio
agudo, por exemplo, de uma
infecção. Assim, há como aumentar
a capacidade do sistema imunológi-
co, como desintoxicar o organismo,
como elevar a sua reserva enzimá-
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Alimentos funcionais
“Alimentos são remédios,
remédios são alimentos”.
Hipócrates, 2500 antes
do FDA e da ANVISA.
Açaí
Euterpe oleracea
Valor
349 kcal
Calórico total
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estudos científicos sugerem que a in- pylori, tido por uma ala da medicina
gestão diária de alho pode reduzir os como capaz de causar dispepsia, gas-
níveis de colesterol de 9% a 12%. trite, câncer gástrico e também de
Um estudo realizado na Alemanha úlceras gástricas e duodenais. Foi ob-
concluiu que 1 grama de alho consu- servado recentemente que 2g/L de
mido por dia reduz em 80% o volume extrato de alho inibe completamente
da placa de aterosclerose nas artérias. o crescimento do heliobacter pylori.
O alho melhora o fluxo sanguí- neo Os autores concluíram que este efeito
em todo o corpo, e não apenas nas bactericida pode contribuir para pre-
artérias coronárias, pois tem ação venir a formação de câncer gástrico.
vasodilatadora – efeito de expansão Esta evidência foi comprovada num
dos vasos sanguíneos e estudo epidemiológico efetuado na
conseqüente diminuição da pressão China, onde foi notado que o risco de
arterial, além de aumentar a flexibi- câncer gástrico é 13 vezes menor em
lidade das artérias. indivíduos que consomem 20g/dia de
alho em relação aqueles que con-
Um antibiótico natural somem menos que 1g/dia. Em outro
estudo, na Itália, foi observada uma
Um estudo mostrou que uma di- correlação negativa entre o consumo
luição em série de extrato fresco de de alho e o risco de câncer gástrico.
alho foi capaz de inibir o crescimen-
to de 14 espécies de bactérias, en- Ação antiviral
tre as quais o stafilococcus aureus,
klebsiella peneumoniae e escheri- Diversos estudos que apontam
chia coli, bactérias potencialmente também para uma atividade antiviral
patogênicas (produzem doenças). O e antifúngica do alho, daí a sua tra-
mesmo efeito ainda se obteve numa dicional indicação para casos de res-
diluição 128 vezes menor. Uma so- friado, gripe, nas viroses em geral e
lução de 5% preparada com alho nas micoses.
fresco desidratado mostrou ativi- Ainda de acordo com o estudo
dade bactericida contra salmonella britânico, a alicina, um dos compos-
typhimurium. Acredita-se que este tos ativos do alho, também seria
efeito antibiótico se deva à alicina, o apropriada no tratamento de infec-
componente chave da atividade ções hospitalares.
antimicrobiana que também é res-
ponsável pelo odor característico do Também contra o câncer
alho. Com o alho, os cientistas con-
cluíram que é possível até mesmo Uma importante pesquisa realiza-
destruir alguns germes resistentes da por uma equipe da Universidade
aos antibióticos comuns. da Carolina do Norte, mostra que as
pessoas que regularmente comem
Útil nas úlceras gástricas alho cru ou cozido, diminuem pela
metade o risco de sofrerem de câncer
O alho ainda tem se mostrado ser de estômago, quando comparados
capaz de combater o helicobacter aos que não comem alho. Essas pes-
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soas também têm reduzido em dois de oxidação que contribui para o en-
terços os riscos de sofrerem de câncer velhecimento celular e que também
do reto. O chefe da equipe, o profes- lesam o DNA e iniciam alterações ce-
sor Lenore Arab, disse que “as pesso- lulares carcinogênicas. O alho inibe a
as que consomem alho regularmente formação de nitritos, substâncias
se beneficiam de um efeito protetor”. químicas envolvidas na origem do
A explicação científica para o efeito câncer de estômago.
anticancerígeno do alho é baseada na Em um relatório publicado pelo
descoberta da capacidade do bul- bo Instituto Ann Hsing, os cientistas de-
de estimular a da enzima hepática clararam que “vários estudos de ca-
glutationa S-transferase envolvida em sos em que as dietas de pacientes de
processos de desintoxicação de mui- câncer são comparadas com aquelas
tos agentes cancerígenos. de pessoas saudáveis mostram uma
Numerosos estudos sugerem ligação entre o consumo de alho e um
que o alho bloqueia alterações ce- menor risco de câncer de estômago,
lulares que podem causar câncer – e colo do útero, esôfago e mama” ·.
pode destruir células cancerosas já Cientistas do Instituto Weizmann,
formadas. Em um deles, foi demons- de Israel, conseguiram destruir tu-
trado que a ingestão diária de pouco mores usando uma substância tirada
menos de um dente de alho reduziu do alho. A explicação está no efeito
o risco de câncer pela metade. Um antitumoral da alicina - um meio de
estudo realizado como mulheres em defesa da planta, que se forma ape-
Iowa, nos EUA, constatou que o risco nas quando ela está sendo atacada
de câncer de cólon entre as mulheres por um parasita. Os cientistas já co-
que comiam alho toda semana cor- nheciam os efeitos tóxicos da alicina,
respondia a 1/3 do risco entre aque- capaz de matar micróbios e até célu-
las que nunca comiam alho. las normais (mas quando comemos o
Estudos chineses sugerem que o alho cru a alicina se torna inofen-
alho pode reduzir em 12 vezes a in- siva). Os pesquisadores procuraram
cidência de câncer gástrico. Existem fazer o mesmo que a planta faz para
evidências laboratoriais de que o alho defender-se: juntar a enzima alinase
pode diminuir a incidência de cânceres com aliína para formar a alicina den-
de mama, pele e pulmão. Acredita-se tro dos tecidos canceroso, de modo a
que o trissulfeto de dialila presente no destruir as células alteradas. Para
alho seja tão efetivo na destruição de isso, criaram um artefato (chamado
células cancerosas quanto o 5-fluorou- de “míssil”), capaz de levar a alinase
racil, uma droga quimioterápica. até a célula a ser atacada e, depois,
O poder antitumoral do alho de- injetar a aliína; ao se encontrarem na
ve-se grandemente à alicina. O alho superfície da célula, formariam a
também pode bloquear a formação alicina. O tal “míssil” é um anticorpo
de substâncias causadoras de câncer. projetado para reconhecer apenas
Entre outras ações anticancerígenas, um alvo, receptores que ficam super-
a alicina neutraliza moléculas peri- fície da célula do tumor. Esses recep-
gosas denominadas radicais livres, tores são encontrados somente em
produtos intermediários do processo células cancerosas.
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GUIA PARA A PRESCRIÇÃO EM NUTROLOGIA E TERAPIA BIO(ORTO)MOLECULAR
Fibras
Fibras representam a parte me-
nos digerível dos alimentos, sendo
mais freqüentes nos cereais inte-
grais, nas verduras, raízes e legumes.
As fibras alimentares, em sua maior
parte, são compostas de polissa-
carídeos vegetais comestíveis que
participam da formação da estrutu-
ra das paredes das células vegetais.
Há alimentos completamente sem
fibras, como é o caso da carne, dos
ovos, dos laticínios. Uma dieta pobre
em fibras favorece várias disfunções
orgânicas, incluindo a obstipação
intestinal, diverticulite, colites, má
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Hemicelulose Lignina
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Gomas Mucilagens
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Cogumelo do Sol
Agaricus blazei murril
Maitake
Grifola frondosa
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• Lipídios 1.9-2.0%
• Nitrogênio 1.6-2.1%
• Glicose 4-5%
• Fenóis e outros 0.08-0.12% alimentos funcionais, pela sua
composição complexa, rica em
• Cálcio e outros0.22%
antioxidantes e agentes protetores do
• Água 12-13% sistema imunológico. Um dos recursos
• Aminoácidos, proteínas, tritilpenoi- vegetais mais utilizado pela
des ,etc. humanidade, desde os tempos mais
• Outros minerais:boro,cálcio,ferro,pot remotos, e em quase todas as culturas,
ássio, sódio, manganês, etc.). seja como alimento (tempero) ou como
remédio. Era uma das especiarias antes
mais procuradas pelos navegadores das
Empiricamente observado, o uso
Índias. É um bulbo aromático que medra
contínuo do ganoderma desintoxica o em regiões tropicais, sendo mais
sangue,
originário da Índia e da Jamaica. Possui
melhoraacirculaçãosanguíneaeaumen-
resinas e óleos voláteis aos quais se
ta a resistência contra enfermidades.
devem as suas propriedades
Não há posologia definida, prin-
estomáquicas e carminativas.
cipalmente por não haver nenhum O gengibre é muito rico em vitamina C.
fator tóxico presente no produto em
Tanto em medicina quanto no terreno da
quantidades normais. Cada 150 mg
alimentação é empregado de múltiplas
do extrato desidratado estandardi- formas, desde o simples chá até como
zado do cogumelo contêm 4% (6 mg)
condimento em muitos pratos. Na
de triterpenos e 10% (15 mg) de po-
medicina aiurvédica é um dos mais
lissacarídeos.
importantes alimentos-medicamentos.
Recomenda-se a dose de 300 mg/ Usado como condimento, auxilia a ação
dia para efeitos de manutenção da saú- das enzimas digestivas, daí ser aplicado
de e doses acima de 1g/dia em casos de contra a dispepsia e a flatulência. O pó, a
doenças mais graves. Deve-se estabele-
tintura ou o chá de gengibre são famosos
cer uma individualização da dose, se-
no tratamento das gripes, resfriados,
gundo cada caso e situaçãoparticular. sinusites, rinites, amidalites, afonia,
tosse, pneumonias, etc. Externamente
tem aplicação contra infecções,
inflamações da pele, das unhas e contra
manchas provocadas por parasitas ou
Gengibre fungos.
Zingiber officinalis
Cada 250 mg do bulbo fresco contêm 4%
(10 mg) de óleos voláteis ricos em
O gengibre (Zingiber officinalis), é
princípios ativos, sendo os mais
considerado um dos mais importantes
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GUIA PARA A PRESCRIÇÃO EM NUTROLOGIA E TERAPIA BIO(ORTO)MOLECULAR
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GUIA PARA A PRESCRIÇÃO EM NUTROLOGIA E TERAPIA BIO(ORTO)MOLECULAR
Minas Gerais (UFMG) Maria das Graças matéria-prima para fabricação de pílulas
Lins Brandão e Juliana Quadros Mollica anticoncepcionais.
descobriram que o inhame age como As pesquisadoras ressaltam, no entanto,
um excelente repositor hormonal para que a estrutura da diosgenina é
mulheres na menopausa, constatando diferente dos estrógenos produzidos
a utilidade da planta na reposição pelo organismo, e o nosso corpo não
hormonal. pode transformá-la em estrógenos.
As pesquisadoras brasileiras iniciaram Mesmo assim, dados científicos
as pesquisas depois que o estudo demonstram que a ingestão do inhame
"Women’s Health Initiative" mostrou pode levar à melhoria dos sintomas da
que a terapia de reposição hormonal pós-menopausa".
tradicional (que combina estrógeno e Estudos realizados com animais
progesterona), aumentava o risco de mostraram que a ingestão do inhame
doença coronariana, infarto, causa diminuição da perda óssea
embolismo pulmonar e câncer de associada à menopausa.
mama. Depois desse estudo, vem Devido aos riscos de desenvolvimento de
aumentando o número de mulheres na desordens como câncer, osteoporose e
pós-menopausa que buscam uma mal de Alzheimer com a terapia de
terapia alternativa para amenizar os reposição hormonal com uso do
efeitos indesejáveis das condições estrogênio sintético, inúmeras opções
associadas com o declínio dos de tratamento vêm sendo pesquisadas, e
estrógenos, que causa fogachos, o uso da diosgenina é uma delas, graças
desordens do sono, dor nas ao seu potencial gerador de estrogênio.
articulações, instabilidade de humor, Um estudo verificou o efeito em seres
cefaleias e pode levar ao risco do humanos da diosgenina na saúde da
aparecimento de doenças como mulher na pós-menopausa e concluiu
osteoporose, hipertensão e depressão. que a ingestão de inhame por 30 dias
As farmacêuticas se inspiraram teve efeitos benéficos no status
cientificamente em resultados já eram hormonal, no perfil lipídico e na
conhecidos há séculos pelos chineses capacidade antioxidante das mulheres
para tratamento de desordens da analisadas, fatores que levam a redução
menstruação e sintomas da pós- do risco de desenvolvimento de câncer
menopausa. Concluíram que o inhame de mama e doenças cardiovasculares.
(Dioscorea spp.) é ótima fonte de Outro efeito da diosgenina é a
diosgenina, substância que tem a capacidade hipocolesterolêmica, por
estrutura similar aos estrógenos suprimir a absorção intestinal e
humanos e que é utilizada como aumentar a sua excreção. Em estudo
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Mamão
Caryca papaya
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humano; dentre eles destacam-se o perina (do gênero piper), que causam
alfa-caroteno, o beta-caroteno, a a sensação de ardor, possuem três
luteína, o licopeno, a zeaxantina e a efeitos farmacológicos importantes:
criptoxantina. Dentre os carotenóides antiinflamatório, antioxidante e ca-
mais abundantes nos tecidos huma- pacidade de liberar endorfina. Uma
nos encontram-se o beta-caroteno e vez no organismo, elas ativam recep-
o licopeno. Estes compostos ofere- tores sensíveis na língua, que comu-
cem poderosa ação protetora contra nicam estímulos ao cérebro. Diante
os diversos danos provocados pelos da sensação de que a boca está “pe-
radicais livres, prevenindo, portanto, gando fogo”, o cérebro procura “apa-
algumas doenças degenerativas. As gá-lo”, liberando a endorfina, que
pimentas vermelhas e amarelas são causa uma sensação de bem-estar e
uma das fontes vegetais mais ricas faz da pimenta um alimento aconse-
em beta caroteno.
lhável para quem tem enxaqueca ou
dores de cabeça crônicas.
Vitaminas antioxidantes e prote-
Uma pesquisa recente indica que
toras - uma das maiores fontes de
capsaicina pode atuar como anticoagu-
vitamina C da natureza.
lante, prevenindo a formação de coá-
gulos que podem causar ataques cardí-
Apenas 30g de pimenta contêm
70mg de vitamina C, mais que 100% acos, derrames cerebrais e trombose.
das necessidades diárias (RDA), bem O rubor, a salivação e a transpi-
como cerca de 70% da RDA para a vita- ração, provocados pela vasodilatação
mina A, sob a forma de beta caroteno. causada pela pimenta são, na verda-
A pimenta tem também seis ve- de, uma defesa do organismo e ne-
zes mais vitamina C do que a laranja. nhum dano físico pode ocorrer.
28 gramas de pimenta fornecem a Por ser antioxidante, rica em
quantidade diária de vitamina C de flavonóides e vitamina C, a pimenta
que o ser humano adulto necessita. pode ainda reduzir o risco de doen-
ças crônicas como câncer de prós-
Estudos científicos tata, catarata, diabetes e mal de
Alzheimer, também pelo seu efeito
Pesquisas das últimas décadas desintoxicante do sangue.
têm demonstrado que a capsaicina,
princípio ativo das pimentas do gêne- Antidepressivo natural
ro capsicum, apresenta propriedades
medicinais comprovadas: atua como Pesquisas mais recentes apon-
cicatrizante de feridas, é um podero- tam que o uso regular de pimenta
so antioxidante, age na dissolução de influencia a liberação de endorfinas,
coágulos sanguíneos, previne a ar- mediadores químicos cerebrais res-
teriosclerose, controla o colesterol, ponsáveis pela sensação de bem-
evita hemorragias, aumenta a resis- estar e da elevação do humor, o que
tência física. aponta a pimenta como um antide-
Experiências vêm comprovando pressivo.
que, tanto a capsaicina quanto a pi-
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sua saúde) e foi publicado em 2003 ram que pessoas que bebem de 250
na Nova Inglaterra em 200, EUA, por a 500 ml de vinho por dia, nas refei-
Klatsky A.L. & Friedman G.D. ções, correm 75 por cento menos o
No Circulation – Journal of the risco de desenvolver a doença de
American Heart Association, acha- Alzheimer.
mos artigo apontando 13 estudos Em novembro de 2002 houve um
publicados pela médica L. Lacoviello grande debate entre cientis- tas,
e colegas, do Consorzio Mario Negri entre eles médicos, biólogos,
Sud, Santa Maria, Imbaro, Itália, mos- bioquímicos e biofísicos do mundo
trando redução do risco de desen- inteiro, em Santiago do Chile, para
volvimento de doença vascular para debater a relação entre vinho e
quem bebe vinho regularmente. As saúde . Concluiu-se que os consu-
pesquisas envolveram 201.307 par- midores moderados de vinho (por
ticipantes, mostrando que aqueles exemplo, de um a dois cálices por
que bebiam vinho tiveram redução dia) estão menos sujeitos da Doen-
significativa do risco de doença vas- ça de Alzheimer e de um doenças
cular quando comparados aos que cardiovasculares do abstêmios ou
não bebiam. Os dados mostraram consumidores exagerados.
que consumir até 150 ml de vinho O envelhecimento da célula, dos
por dia estava ligado a uma redução tecidos, do organismo como um todo
significativa do risco vascular. A au- é uma ação dos radicais livres. O
tora e seus colaboradores sugerem, organismo produz algumas en-
na publicação, que “os abstêmios zimas, como superoxi-desmutase,
devem ser informados de que, na catalase e a glutationa peroxidase
ausência de contra-indicações e no para se proteger, mas essa produ-
contexto de alimentação e estilo de ção diminui com o passar dos anos,
vida saudáveis, o consumo leve e gerando os processos biológicos do
moderado de vinho contribui para envelhecimento.
uma saúde melhor. As pessoas que já Os vinhos, ricos em polifenóis,
são consumidoras leves a modera- são potentes antioxidantes, ou seja,
das de vinho devem ser incentivadas “varredores” de radicais livres. Pes-
a continuar”. quisas desenvolvidas pelo National
Institute for Longevity, do Japão,
Uma esperança efetiva contra o mostraram que as pessoas que be-
envelhecimento, a senilidade e a bem vinho moderadamente vivem
Doença de Alzheimer mais e têm um Q.I. mais elevado do
que as que bebem outras bebidas al-
Em 1997, na França já se de- coólicas ou que não bebem.
monstrou a associação entre consu- Uma experiência realizada pelo
mo moderado e freqüente de vinho e Dr. David A. Sinclair e equipe da
prevenção de doenças degenera- Universidade de Harvard e do La-
tivas, principalmente a doença de boratório Biomol, publicado na Re-
Alzheimer e a demência dos idosos. vista Nature, conseguiu aumentar
No estudo, os observadores concluí- em 70% a duração da vida de seres
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Prescrição especial como suges- Klatsky AL, Friedman GD, Siegelelaud AB.
tão, englobando as propriedades da Alcohol consumption before myocardial in-
uva e do vinho: sugiro a seguinte farctation. Results from Kaiser-Permanent
fórmula que contém mos principais epidemiologic study of myocardial infarc-
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9. Rimm EB, Giovannucci EL, Willett W,
Sugestão de suplemento que CNolditz GA., Ascherio A, Rosner B, Stamp-
proporciona 80% da proteção e da fer MJ. Lancet 1991; 338 : 464-8
ação do vinho e da uva sobre o orga- Rimm EB, Giovannucci EL, Willett W,
nismo, sem a necessidade de inges- CNolditz GA., Ascherio A, Rosner B, Stamp-
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Alguns autores indicam este pro- 50, batizando-a sob o nome de Laetrile.
duto para desportistas e como sendo Não há comprovações científicas am-
próprio para os habitantes de cida- plas e aceitáveis sobre este composto,
des poluídas. Enquanto ainda não embora seja utilizado no tratamento
obtivermos dados seguros sobre esta do câncer por alguns estudiosos.
suposta vitamina, sugerimos que seu De um modo geral recomenda-se a
uso deva ser evitado, salvo se o pro- ingestão de quantidades maiores de
fissional leitor tiver experiência com alimentos que contenham a vitamina
o composto. A dose é indeterminada B17 como auxiliar no tratamento do
câncer. Existe a vitamina B 17 injetável
disponível. As doses são determinadas,
Vitamina B17 variando segundo cada fabricante.
Amigdalina ou Laetrile
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Adultos: 20 mg/dia
Dose pediátrica: 0,1 a 1mg\dia.
Vitamina M O modo mais técnico de uso do
ácido fólico é o Metilfolato (5-
MTHF) , a forma ativa do ácido,
por via intramuscular.
Ácido Fólico
Ver: Ácido fólico
Ácido pantotênico
Vitamina P ção da várias enzimas catalizadoras
Bioflavonóides metabólicas de transferência de uni-
Ver: Bioflavonóides
dades, utilizadas em reações de meti-
lação. Sua atividade mais importante
Ácido ascórbico
refere-se à síntese de nucleoproteí-
nas. Baixos níveis de ácido fólico no
organismo ocasionam má formação
Àcido fólico das células vermelhas, acarretando
anemias, principalmente megalo-
O ácido fólico entra na constitui- blásticas. Em certas ocasiões, a de-
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Benefícios:
- Antidepressivo;
- Adjuvante em tratamentos de
doença cardiovascular
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Biotina Colina
Um tipo de vitamina cristali- na, Este é tido como um importan- te
parte do complexo B (C10 H 16 composto orgânico, pertencente ao
N2O3)S), essencial para a ativação de grupo das vitaminas. Ela não é
muitos sistemas enzimáticos. Atua encontrada em grandes quantida-
no metabolismo das gorduras e pro- des nos alimentos vegetais, mas em
teínas, além de ser sinérgica com as maior abundância na gema do ovo e
vitaminas B2, B6, a niacina. É encon- no fígado; no entanto, os animais
trada em boa quantidade em alimen- herbívoros e os vegetarianos podem
tos como fígado, nozes, castanhas, sintetizar a colina a partir de substân-
amêndoas, arroz integral, gema de cias simples presentes nas frutas co-
ovo, leite e leveduras. Também é muns, oleaginosas, cereais integrais
sintetizada por bactérias da flora in- e verduras. É um dos precursores da
testinal. A sua absorção, contudo, é acetilcolina e como tal, desempenha
reduzida em presença da substância importante papel na transmissão ner-
denominada avitina, presente na vosa. Está envolvida no metabolismo
clara do ovo (fixadora da biotina), o dos lipídios por ser parte integrante
que pode acarretar deficiências des- dos fosfolipídios. É importante no
ta vitamina. Deve-se evitar, portanto metabolismo porque a sua carência
o consumo excessivo da clara do ovo produz degeneração gordurosa do
isolada. As necessidades de biotina fígado, seguida de cirrose, necrose
são pequenas, mas a sua deficiên- hemorrágica do córtex renal, atraso
cia, conquanto rara, produz eczema do crescimento, involução do timo, e
de rosto e corpo, exaustão extrema, redução da secreção láctea.
palidez, atrofia das papilas da língua, Em doses concentradas, a colina
dores musculares e alterações no é utilizada como um dos emulsifi-
metabolismo das gorduras. A bioti- cadores das gorduras e protetores
na contribui para evitar que o cabelo hepáticos, aplicada no tratamento da
fique grisalho, ajuda no tratamento cirrose do fígado e em outras do-
preventivo contra a calvície, alivia as enças hepáticas, assim como na tu-
dores musculares, alivia o eczema e a berculose e nas atonias intestinais.
dermatite. Atualmente é utilizada também no
IDR – Adultos: 150 mcg e crian- tratamento da demência e de do-
ças: 30 mcg. enças neurológicas, mais especifica-
Os níveis máximos de segurança mente nas desordens extrapirami-
determinados pela Secretaria de Vi- dais. Muito utilizada em formulações
gilância Sanitária são os seguintes: ortomoleculares e suplementares
Adultos: 2,5 mg. como preventivo das doenças do fí-
Lactentes: 0,125 mg/kg de peso gado e do metabolismo.
corporal até o limite de 1, 25 mg. As necessidades humanas giram
Pediátrico: 0,125 mg/kg de peso em torno de 25 a 300 mg/dia. Suge-
corporal até o limite de 2,5 mg. re-se a dose diária de 200 mg/ dia
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para adultos e 70 mg/dia para crian- altas como vasodilatador nos casos de
ças. Não são citados efeitos tóxicos, espasmos de artérias cerebrais,
mesmo em grandes doses. retinianas e auditivas. Tem importân-
cia também por ser a precursora da
niacinamida. Ver Vitamina B3 e Nia-
cinamida.
Inositol IDR.: Adultos: 18 mg, Crianças: 13
mg.
Um composto orgânico do gru-
po das vitaminas do complexo B. O
inositol é um haxálcool derivado do
cicloexano, sendo um isôme- ro da Niacinamida
glicose. Está ligado também ao
metabolismo das gorduras, no Ou nicotinamina. Juntamente
transporte de cátions através da com a niacina, forma a vitamina B3. A
membrana celular e no metabolis- niacinamida é também chamada de
mo das mitocôndrias. É encontrado vitamina PP. Utilizada no tratamento
nos músculos, vísceras e em diver- das demências, neuroses e perturba-
sas plantas. Pesquisas recentes no ções psíquicas, principalmente deri-
campo da bioquímica têm apontado vadas do estresse. Em grandes doses
o inositol como um agente capaz de (farmacodinâmicas), tem a proprie-
reduzir a congestão do fígado e pro- dade de inibir a formação da adrena-
teger os hepatócitos. Participa de lina (inibe a metilação da noradrena-
inúmeras fórmulas suplementares e lina) e, conseqüentemente, dos seus
ortomoleculares. Não são citados derivados tóxicos, o adrenocromo e a
efeitos tóxicos de doses elevadas. adrenolutina, capazes de perturbar o
As doses recomendadas estão equilíbrio neuro-endócrino. Ver Vita-
entre 25 e 300 mg./dia. mina B3 e Niacina.
Minerais
Laetrile Minerais são elementos inorgâni-
Ver Vitamina B17 cos com estrutura cristalina e compo-
sição química características. São clas-
sificados em macro ou micro minerais.
Macrominerais são elementos de que
Niacina o corpo necessita numa concentra-
ção superior a 100 miligramas por dia
Ou ácido nicotínico. É um dos e microminerais, ou oligoelemen- tos,
componentes da vitamina B3, que é são minerais que o corpo requer
composta também pela niacinami- numa concentração diária inferior a
da, uma amida do ácido nicotínico. O 100 mg/dia. Entre os macro-minerais
ácido nicotínico é considerado a pro- temos o cálcio, o magnésio, o fósforo,
tovitamina B3. É utilizado em doses o ferro, o iodo, o manganês. Entre os
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Aminoácidos essenciais
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Arginina
BCAA
Trata-se de um aminoácido so-
mente essencial para crianças em Iniciais de branched chain ami-
crescimento; não é um aminoácido no acids ou “cadeia ramificada de
essencial para adultos, mas é muito aminoácidos”, composta comumen-
importante e necessário para o me- te pela isoleucina, leucina e valina,
tabolismo muscular. Estimula a libe- fundamental para a formação da
ração do hormônio de crescimento, fibra muscular, para o metabolismo
atua nas ações de desintoxicação do dos músculos e para a reposição do
fígado, melhora as respostas do sis- desgaste proveniente da exigência
tema imunológico, é importante na física. São responsáveis pela for-
espermatogênese e atua em distúr- mação de 35% do tecido muscular.
bios renais. Utilizado no tratamento São essencialmente anabólicos e
auxiliar da infertilidade masculina. muito indicados para atletas por te-
rem importante valor na síntese das
Existem vários estudos em anda-
proteínas e por minimizar a quebra
mento mostrando desde já que este
das mesmas, ajudando no ganho de
aminoácido tem efeito considerável
massa muscular com qualidade e
no aumento da imunidade e comba-
definição.
te ao câncer.
Os BCAA‘s são muito utilizados
Desempenha um papel muito nas composições e suplementos para
significativo também nos processos atletas e utilizados no tratamento da
de cicatrização. Ajuda a regular e sus- artrite.
tentar os principais componentes do
sistema imunológico. Tem demons-
trado importantes propriedades he-
patoprotetoras. Carnitina
Parece ser capaz de desenvolver
os músculos e eliminar as gorduras A carnitina é considerada pela
saturadas, daí ser amplamente uti- maioria como sendo um aminoácido
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Prolina
Metionina
Juntamente com a hidroxiproli-
Um dos 22 aminoácidos, perten- na, a glicina e a hidroxilisina, forma o
ce ao grupo dos 10 essenciais (não colágeno. É parte da substância P,
sintetizados pelos seres humanos). que é um tetrapeptídeo (arginina-
Indispensável ao organismo para o prolina-lisina-prolina).
equilíbrio bioquímico e o crescimen- Dose: 500 a 1.000 mg, 3 vezes ao
to. Indispensável ao organismo para dia. Dose máxima diária: 3.000 mg.
o equilíbrio bioquímico e o cresci-
mento, necessitando ser reposto
diariamente.. Empregado como com-
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ças cardiovasculares e até certos ti- as enzimas dos alimentos ou, mais
pos de obesidade, entre dezenas de modernamente, as provenientes de
outras. Com o advento da medicina suplementos nutricionais especiais.
ortomolecular (biomolecular), muito O alimento humano mais rico em
se relacionou esses problemas com a enzimas é o leite materno, ou antes, o
carência de vitaminas, minerais e colostro, que é o produto biológico
oligoelementos, o que determina o mais rico em enzimas e em ativadores
surgimento dos infernais “radicais enzimáticos conhecido. Daí ser o co-
livres”, responsáveis pela interferên- lostro importante, não só pela presen-
cia na função celular e causas das ça de nutrientes em quantidades ba-
enfermidades crônicas. No entanto, lanceadas e apropriadas, por ser uma
pesquisas mais atuais centralizam fonte de anticorpos e de elementos
essas causas mais na carência enzi- protetores, mas pela presença de en-
mática, uma vez que, sem enzimas, zimas de elevado potencial. Enquanto
nem mesmo a função de assimilação o próprio leite materno é rico em en-
e distribuição das vitaminas e dos mi- zimas digestivas, o colostro o é em en-
nerais pode ser efetivada. zimas metabólicas. O mesmo se infere
Até mesmo os radicais livres sur- quanto ao leite dos demais mamífe-
gem devido ao enfraquecimento de ros. Depois temos as frutas, as frutas
enzimas, associado à carência de mi- oleaginosas, os cereais integrais, as
crominerais. Como exemplo, temos o verduras, os legumes, as raízes, o leite
zinco e o cobre, envolvidos com uma cru de outros animais, o mel, os ovos
enzima metabólica e intracelular, a e a carne, desde que todos crus. Tam-
SOD (Super Óxido Desmutase) que, bém possuem enzimas os alimentos
quando enfraquecida, permite o sur- fermentados em meio salino (misso,
gimento de radicais livres. shoio) e fermentados naturalmente
Pesquisas atuais apontam que os com base protêica (queijo de soja,
níveis enzimáticos nos tecidos cor- queijo fresco, iogurte).
porais são elevados na infância e re- O cozimento, destrói as enzimas
duzidos na velhice. Um recém-nato, digestivas presente nos alimentos, o
por exemplo, apresenta cerca de cem que torna os alimentos cozidos e in-
vezes mais enzimas na sua corrente dustrializados, produtos sem vida.
sanguínea do que um idoso. Em con- Cada enzima possui uma função
trapartida, um idoso, apresenta cer- específica no corpo, segundo o arran-
ca de mil vezes mais radicais livres no jo das cadeias de aminoácidos e com-
seu organismo do que um bebê. ponentes vitamínicos e minerais a elas
Existem dois tipos básicos de en- associadas. Enzimas estão associadas
zimas: as endógenas, ou internas e as a muitas outras importantes funções
exógenas, ou externas, originadas bioquímicas, como por exemplo a
fora do corpo. As endógenas dividem- catálise. Catalizadores são estruturas
se em metabólicas (presentes nas que ativam uma reação química, sem
células, sangue e tecidos em geral) e serem modificados ou envolvidos no
em digestivas, presentes no trato resultado da reação. Estão presentes
digestivo. As enzimas exógenas são nas reações de síntese, combinação
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Bromelaína Micozima
(ou bromelina
Enzima (alfa-amilase) produzida
Um dos componentes ativos das pela fermentação de um fungo que
plantas bromeliáceas, dentre as facilita a digestão do amido. Está pre-
quais se destaca o abacaxi, o ananás sente em algumas fórmulas para su-
e a bromélia. A bromelaÍna é basica- plementação enzimática. A sua dose
mente uma enzima proteolítica ativa, não está estabelecida.
extraída mais comumente do abaca-
xi, fazendo parte de diversas fórmu-
Pancreatina
Composto rico em enzimas di-
gestivas, obtida por liofilização do
pâncreas animal (caprino ou
bovino). Utilizado em pequenas
quantidades
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Alcaçuz
Glycirrhiza glabra.
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da planta do mesmo nome; arbusto seu uso deve ser prolongado, por vá-
originário da Europa meridional, da rias semanas. Não serve como trata-
família das leguminosas-papilionáce- mento para casos muito agudos por
as, de flores em espigas longas e ra- não apresentar efeitos instantâneos.
ízes longas, ricas em açúcar. O pó da É também um adoçante natural, já
raiz é utilizado como excipiente para apresentando o seu próprio açúcar.
a confecção de pílulas. Encontrado comumente no comércio
A planta tem propriedades medi- especializado como um bastãozinho
cinais conhecidas há milênios, sendo ou em pó escuro; para ser usado
que os antigos gregos e egípcios já a como bala, em pequenas quantida-
utilizavam no combate às doenças des ou adicionado a pratos especiais.
respiratórias como a gripe, a tosse, o Em pó desidratado participa como
catarro, a asma e a bronquite. Tam- componente de diversas fórmulas
bém é um leve estimulante da diges- fitoterápicas.
tão e ajuda a combater as diarréias,
Atualmente o alcaçuz, na sua for-
apesar de não prender os intestinos.
ma de estrato seco DGL, está sendo
Também possui propriedades tôni-
aplicado no tratamento do câncer,
cas, indicado para anemias, fraquezas
e no pós-parto. Apresenta também principalmente o de próstata. Ver de-
propriedades lactogênicas, desinto- talhes amplos no capítulo O desafio
xicantes e calmantes. O chá da raiz é do câncer e opções terapêuticas
refrescante e serve para o tratamen- atuais, adiante, onde o Dr. José de
to da úlcera e das cólicas do estôma- Felippe Jr mostra detalhes
go. O pó ou o chá da raiz é indicado farmacológicos do alcaçuz no
também contra a prisão de ventre, as tratamento do câncer.
inflamações das vias urinárias (Wei- Cada 500 mg do extrato estan-
ner, 1980), tosses, congestão do fíga- dardizado da raiz contêm 2% (< 10
do, falta de ar, náuseas e é também mg) de glicirrizina ativa. Não existe
diurético. Diz-se que a raiz mastigada nenhuma ação tóxica ligada ao pro-
combate o hábito de fumar. duto nem dose mínima ou máxima
Existem diversos componentes fi- determinada.
toterapêuticos ativos no alcaçuz, mas
a sua ação principal deve-se à glicirrizi-
na, um polissacarídeo complexo. Exis-
te uma apresentação do alcaçuz, que Alecrim
é a sua forma “deglicirrizinada” (DGL), Rosmarinus officinalis.
com menos carboidratos e maior con-
centração de princípios ativos cicatri- É o alecrim comum. Muito estu-
zantes, muito eficaz como tratamento dado atualmente depois da desco-
auxiliar de úlceras gástricas. berta que a resina desta planta é a
Não existem grandes trabalhos base da produção da própolis verde
científicos relacionados ao alcaçuz, (Ver própolis), a forma mais potente
sendo o seu uso ainda caracteristica- de própolis conhecida. Os princípios
mente empírico.A sua ação é sempre ativos mais importantes do alecrim
suave e contínua, razão pela qual o são: pineno, canfeno, borneol, cine-
ol, lineol, taninos e óleos.
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Erva-de-são joão
Hipericum perforatum
Equinácea
Echinacea purpurea. Planta da família das sinantéreas.
Também conhecida como hipérico, a
Família das compostas. Uma das planta é usada há milênios como
mais famosas plantas utilizadas pelos sedativo e calmante, além de possuir
nativos da América do Norte. Utiliza- efeitos antidepressivos. Há registros
se a raiz em pó, em extratos alcoóli- do uso desta erva deste o antigo Ti-
cos, além do sumo medicinal ou o chá. bete, há mais de 5.000 anos, onde era
Considerado um recurso para melho- usado como componente de elixires
rar as defesas imunológicas. Indicada e infusões medicinais. Figura tam-
como agente antiinfeccioso auxiliar bém nas farmacopéias da mesopo-
para infecções bacterianas, virais ou tâmia, Egito, Pérsia, Grécia, medicina
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erva, somente em 1,1% dos casos, mostrado capaz de evitar que hor-
mas a melhora dos sintomas clínicos, mônios carcinocinéticos produzidos
sem reduzir o tamanho da próstata, é pelos tumores malignos atinjam as
equivalente entre os dois tratamen- células normais.
tos. (Ver JAMA 1998; 280:1604-09) O médico norte americano, Dr.
A planta tem sido atualmente John Heinerman, autor de mais de
indicada como afrodisíaco masculi- uma dezena de livros sobre pesqui-
no, no entanto, não há comprovação sas com ervas, relata que durante o
científica desse efeito. Mesmo empi- 36o Congresso Anual da Sociedade de
ricamente, o efeito é eventual e pode Pesquisas de Plantas Medicinais
coincidir com efeitos psicológicos. (16/12/1989), foram apresentados
Cada 200 mg do extrato desi- trabalhos apontando a capacidade do
dratado estandardizado apresentam Pau d’arco como antineoplásico. Nesse
95% (190 mg) de ácidos graxos livres congresso foi apresentado um caso de
e ativos, principalmente ácido caprí- câncer de cólon que desapareceu após
lico, ácido láurico, ácido olêico, além trinta dias de uso do chá da planta.
de fitoesteróides (beta-sitosterol, Confirma-se atualmente o uso
popular do pau d’arco também no
stigmasterol, cicloartenol, e 24 metil-
tratamento de doenças venéreas,
cicloartenol).
como a sífilis (Duke, 1985), no lupus,
A posologia indicada é de 600
nas faringites e nas disenterias.
mg/ dia, divididos em três doses, O pau d’arco também tem ação
como profilático para os problemas bactericida, principalmente nas in-
prostáticos. Doses individualizadas fecções gastrintestinais (mostrou-se
podem ser superiores a 2 g/dia para eficaz contra cepas de heliobacter pi-
casos especiais. lorii, in vitro), além de ser diurético e
antipirético (Pedersen, 1994), desin-
toxicante, anti-reumático, analgésico
e estimulante das defesas orgânicas.
Pau d´arco Não existe posologia definida.
Tabebuia heptaphylla Cada 100 mg do extrato desidra- tado
da casca da planta contêm 3% (3
Família das bignoniáceas. Árvo- mg) do seu princípio ativo, o
re originária do Brasil, onde é mais lapachol, além de fitoesteróides.
conhecida como Ipê. Tem largo uso Recomenda-se a dose de 600 mg/
na medicina popular, principalmente dia, divididos em três doses, nas
contra o câncer. Possui como princí- gastrites e doenças venéreas. Como
pio ativo o lupachol e mais oito subs- coadjuvante nas doenças neoplási-
tâncias ainda em estudos. O lupachol cas, as doses podem ser muito mais
é uma naftoquinona que tem sido elevadas, chegando a 4 ou 5 g./dia ou
demonstrada como capaz de inibir os mais. Não existem dados de efei- tos
tumores malignos e de reduzir a dor tóxicos ou colaterais com o uso da
provocada pelos tumores, segundo planta, pois, diferentemente de
pesquisas realizadas pelo Instituto de muitos agentes antineoplásicos, o
Antibióticos da Universidade Federal pau d’árco (lapachol) não é citocida
de Pernambuco. O lupachol tem se ou citotóxico.
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cinco anos de terapia, ficaram mais primeira vez. Ela foi primeiramente
altos que o seu valor inicial de 2380 diagnosticada como HIV positiva no
mg/dl. Os valores IgA e e IgM ficaram ano em que foi infectada. Quando os
dentro da faixa de normalidade antes presentes dados foram avaliados, esta
da terapia e permaneceram dentro paciente havia completado o quinto
dessa faixa durante todo o período ano de tratamento com o preparado
de observação. em teste. Dez anos depois de ter sido
Antes da terapia, o valor do se- infectada por HIV, esta paciente está
rum-neoptrin era de 14.6 nmol/l o ainda sem sintomas clínicos observá-
valor do serum-neoptine , dessa for- veis e tem 600 células CD4/µl. A única
ma mais elevado que o valor normal paciente no grupo CBC B2 também ha-
de 10 nmol/l. Durante todo o perío- via sido infectada por HIV cinco anos
do de observação, esse valor flutuou antes do início do tratamento com o
entre 13 e 18 nmol/l, sendo assim preparado em teste. Na ocasião de
patologicamente elevado. nossa avaliação desses últimos dados,
Nenhum outro efeito colateral ela havia completado o sexto ano de
foi observado em nenhum dos pa- terapia com o produto em teste. Onze
cientes tratados até agora. As conta- anos depois de ter sido infectada com
gens eritrocitárias e trombocitárias HIV, esta paciente tem, entrementes,
permanecem estáveis em todos os 250 CD4/µl, que corresponde aproxi-
pacientes, bem como valores do fí- madamente ao valor inicial de 300/
gado, creatinina, uréia, glicose e li- µl que ela apresentava antes de se
pídios séricos. submeter à terapia seis anos antes, e
Com base na terapia contínua por - sem contar a candidíase vaginal re-
períodos de até 6 anos, parece-nos corrente - ela continua sem quaisquer
que o preparado em teste é atóxico e sintomas clínicos.
que a terapia é virtualmente sem O mecanismo de ação do prepara-
efeitos colaterais. Efeitos colaterais do em teste é ainda desconhecido. O
suficientemente sérios para necessi- efeito retardador observado in-vitro dos
tar o término prematuro da terapia alcalóides no desenvolvimento do HIV
não foram observados em nenhum e em culturas de linfócitos a 33.5% não
dos pacientes tratados. A terapia parece explicar adequadamente os no-
com o preparado em teste mostrou táveis efeitos clínicos conseguidos em
efeito de retardamento no progresso gatos infectados por retrovirus ou no
dos sintomas da doença e também grupo de pacientes infectados com HIV.
na total eclosão da AIDS. O início de uma possível ex-
Os mais notáveis exemplos desse plicação pode ser encontrado na
efeito ocorreram em duas das mu- estreita correlação positiva entre
lheres pacientes. Uma paciente do o número de células CD4 e a con-
grupo CDC A1 infectou-se com HIV tagem leucocitária e na correlação,
cinco anos antes de submeter-se à um pouco mais distante, entre a
terapia com o produto em teste pela contagem das células CD4 e a con-
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tagem de linfócitos, ou da
Leucócitos/micro 1
contagem das células CD4 10.000.........................................................................................
e CD8, como observado no 9.000..................................................................................
8.000...............................................................
grupo de pacientes CDC 7.000....................................................
6.000....................................
B2. 5.000..........................
4.000..............
A correlação positiva 3.000..
2.000 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
entre a contagem das cé-
CD4/l
lulas CD4 e a contagem das
células CD8 (com r = 0.7), Figura 2: Correlação do desen-
oferece uma expli-
base de cada um dos 4 preparados co, a reação pós-vacina pode vir a ser
era um extrato contendo 8µg de alca- mais severa acompanhada de febre.
lóides oxindólicos pentacíclicos por • Vacinas passivas com soros animais
mg. A dosagem do extrato nos pre- não devem ser administradas junta-
parados galênicos era, em cada caso, mente com preparados da planta, pois
40g por kg. Na maioria dos pacientes existe um risco de que uma reação ao
o tratamento era administrado uma soro seja provocada como uma reação
vez ao dia, mas 4 dos pacientes com à proteína estranha introduzida.
herpes zoster eram tratados de duas
• Soroterapia intravenosa de hiperimo-
em duas horas na fase de vigília.
nuglobulina deve ser evitada.
No caso de herpes simples, 3 dos
17 pacientes ficaram subjetivamente • A aplicação intravenosa de extratos de
livres de dor um dia após o início da timo em combinação com os prepara-
terapia. No Terceiro dia esse número dos também deve ser evitada devido
subiu para 14 dos 17 pacientes. No ao risco de uma reação sorológica.
quinto dia, 16 dos 17 pacientes e até • Terapias hormonais com proto ou
o sétimo dia todos os pacientes. As peptídeormônios animais - como por
lesões herpéticas sararam completa- exemplo a insulina de origem bovina
mente em 3 dos pacientes até o quin- ou suína - não devem ser efetuadas
to dia, em nove dos pacientes até o em combinação com a administração
sétimo dia, em 13 dos pacientes até do preparado.
o nono dia, em 15 dos pacientes até • A terapia da hemofilia com plasma
o décimo primeiro dia. Até o décimo fresco ou crioprecipitados e a admi-
sétimo dia de tratamento as lesões nistração concorrente dos extratos de
desapareceram completamente tam- uncaria tomentosa deve ser evitada.
bém nos dois pacientes restantes. No entanto, o tratamento com fatores
No caso de herpes zoster. 16 dos concentrados estandardizados não
20 pacientes foram tratados com a apresentam quaisquer problemas.
dosagem mais baixa (1 vez ao dia); 4
• Tendo em vista a ausência de quais-
dos 20 pacientes receberam do- ses
quer informações empíricas, a ad-
muito mais altas do preparado em
ministração dos preparados aqui
teste, envolvendo a aplicação da
apontados durante a gravidez ou a
substância em intervalos de 2 horas.
lactação, não pode ser recomendada
No grupo de 16 pacientes, 2
no momento.
ficaram subjetivamente livres de
sintomas 3 dias depois do início do • A presença de uma infecção crônica
tratamento. sub-limiar pode, devido à maior sen-
sibilidade do sistema imunológico,
Alguns cuidados ao utilizar pre- dar origem a sintomas de uma res-
parados com a uncaria tomentosa: posta imunodefensiva acompanha-
dos de febre e fadiga antes da infec-
• Enquanto que vacinas ativas podem ser ção ser curada.
administradas em combinação com a • Durante a terapia de doenças auto-
uncaria tomentosa sem qualquer ris- imunes e de alguns tumores, o pa-
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preparado liofilizado das folhas da
antivirale Wirkung gegen Herpes simplex
planta contêm cerca de 25% (50 mg)
- 1 und 2 von Tee-Lyophilisat Gesamtal-
de arbutina, capaz de fornecer de 30
kaloidfraktion und Eizenlalkaloiden aus
a 40 mg de hidroquinona. Não possui
Uncaria tomentosa. Unpublished data. In-
ação tóxica, mesmo em doses dez ve-
terne Ordnungsnummer. LabNo TS89.730-
zes superior à indicada.
36 (1987).
A dose terapêutica recomenda-
.Suter W., Reber G.: Mutagenitatsestung da é de 800 mg/dia, divididos em 4
im Ames-Test der Subatanz Anitan F-190; doses. Metade dessa dose é indica-
unpublished data. Interne Ordnungsnum- da como profilático para infecções
mer. LabNo 1008/85BC200-0 (1985). urinárias para pessoas predispostas.
.Svendsen O., Skydsgaard K.: Test Report Pode ser associada facilmente a an-
Extractum Radicis Uncariae tomentosae tibióticos e demais fármacos para
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Considerações Ácido
Docosahexaenoico – DHA
Nesta classificação estão os novos Ver Óleo de peixes
itens, basicamente suplementos
nutricionais, derivados de alimentos
funcionais, adaptogênicos e insumos
que vem descobertos, produzidos ou Ácido
desenvolvidos mais recentemente, eicosapentaenoico- EPA
com comprovação científica e Ver Óleo de peixes
pesquisas (muitas aqui apontadas em
alguns dos principais itens) ou que
apresentam fortes evidências quanto à
sua eficiência, sem que sejam
Ácido
exatamente recursos empíricos. Aqui gama-linolênico - GLA
Apresentamos apenas aqueles
consideradosa mais eficientes e com O corpo produz GLA a partir do
comprovação científica, abstendo-nos ácido linolênico (ômega 3), um dos
de apresentar aqueles ainda em estudo ácidos graxos essenciais, não sinte-
ou sem eficiência terapêutica ou tizado pelo organismo em situações
funcional reconhecida. normais. O GLA tem numerosas fun-
A maioria dos itens a seguir podem ser ções no corpo, entre outras coisas, é
encontrados pelo: precursor de uma importante família
Banco de Dados do Metabolismo de substâncias, conhecidas como
Humano (HMDB) prostaglandinas, que possuem efei-
www.hmdb.ca/metabolites/HMDB000 tos complexos no organismo, como
2395 por exemplo a neurotransmissão, a
O HMDB é um banco de dados secreção de insulina, a regulação da
eletrônico disponível gratuitamente agregação plaquetária, o tônus vas-
que contém informações detalhadas cular, o equilíbrio hidro-eletrolítico, a
sobre metabólitos de moléculas das função gastrointestinal. O ácido lino-
moléculas encontradas no corpo lênico é transformado em GLA atra-
humano. vés da ação enzimática, e assim pode
contribuir para a síntese e controle de
Os principais suplementos e similares prostaglandinas. Portanto, quanto
especiais mais utilizados atualmente
conhecidos são apresentados em
ordem alfabética a seguir.
Ácido
200
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Ácidos graxos
essenciais
Entendimentos
201
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turados). Os ácidos graxos saturados águas frias, como atum, salmão e ba-
são mais comumente encontrados na calhau são ricos em ômega-3. Mais
forma sólida, a chamada gordura e em recentemente contudo, descobriu-se
produtos de origem animal como que o óleo de linho (linhaça) possui
manteiga, leite, creme de leite, chan- de 2 a 3 vezes mais ômega 3 do que
tilly, queijos gordurosos, banha de qualquer animal.
porco, gordura das carnes, pele das O consumo moderado de alimen-
aves e dos peixes, todos de cadeia mo- tos ricos em ácidos graxos essenciais
lecular longa. Existe também a gordu- está relacionado com a redução dos
ra de coco, mas ela é a exceção: é de níveis elevados de colesterol e, as-
origem vegetal, sendo rica em ácidos sim, ao menor risco para o apareci-
graxos saturados, porém a maioria é mento de doenças cardiovasculares,
de cadeia curta e média. entre outros efeitos benéficos.
Os ácidos graxos insaturados são Um problema, porém é que a
os lipídios encontrados na forma lí- maioria dos alimentos que contém
quida, de óleos, em produtos de ori- ácidos graxos essenciais, como as
sementes e grãos, com exceção da
gem vegetal, exceto para os óleos de
linhaça, não fornecem a quantida- de
peixe, que também são ricos em áci-
necessária desses elementos , que
dos graxos insaturados. Estes ácidos
são retirados durante o proces-
apresentam uma ou mais ligações samento e a industrialização, daí a
duplas na cadeia. necessidade de utilizar suplementos
Quando o ácido graxo possui uma e complementos alimentares ricos
única dupla ligação, é classificado nesses ácidos graxos. Ver também:
como monoinsaturado (o ácido oléico Ômega-3, Ômega-6,
do azeite de oliva, por exemplo); se Posologia: Em geral 500 a 1000 mg
apresentar duas ou mais ligações du- 1, 2 ou 3 vezes ao dia, como manuten-
plas, é denominado poliinsaturado. ção. Doses maiores são utilizadas por
muitos profissionais experientes.
Ácidos graxos essenciais
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produção de oxido nítrico, o que reduz mais jovem quando aplicado pela via
o fluxo sanguíneo, o que faz desta endovenosa e, eventualmente por via
substância um coadjuvante no oral.
tratamento tanto da hipotensão como Muitas outras aplicações e usos vem
da hipertensão arterial. Ele inibe e sendo descobertas em relação a este
baixa da acetilcolina e a serotonina , poderoso recurso. Embora não
mas aumenta a dopamina, a apresente toxicidade, deve ser aplicado
noradrenalina e a feniletilamina. com cuidado.
Sua ação desintoxicante contribui para O uso deste suplemento somente deve
a remoção de toxinas e metais ser feito por profissional experiente.
pesados. Embora existam suplementos para seu
No controle do peso uso via oral, está evidente que seus
A aplicação regular endovenosa do azul efeitos são mais determinantes por via
de metileno facilita a redução corporal endovenosa e o suplemento pode ser
e perda de peso, pois facilita a obtido em ampolas de 2 ou 5 ml no
transformação da gordura em Acetil- comércio afim. Em geral o azul de
CoA, aumenta a betaoxidação. Ele metileno EV é aplicado uma a duas vezes
também aumenta o MPK que é outro por semana, em soro fisiológico,
agente de queima de gordura corporal. lentamente e acompanha tratamentos
Diabetes ortomoleculares como componente de
É considerado um poderoso protocolos. O tempo de uso depende do
desglicante atuando na diabetes e critério de cada profissional e dos
síndrome metabólica resultados.
Um reparador da pele
Um trabalho publicado na revista Bibliografia e fontes científicas sobre o
Scientific Reports em 2015, mostrou azul de metileno
que se conseguiu reparar quase F. Gonzalez-Lima a,b,c,;Bryan R.
completamente as células da pele que Barksdale c; Julio C. Rojas d -
foram danificadas pela progeria, com Mitochondrial respiration as a target for
aplicações de azul de metileno. A neuroprotection and cognitive
progeria é a doença do enhancement. Biochemical
envelhecimento rápido, em que certos Pharmacology. Texas University, 2013.
componentes do envelhecimento são Attwell D, Laughlin SB. An energy budget
acelerados no corpo. Agora, pesquisas for signaling in the grey matter of the
mostram que o azul de metileno brain. J Cereb Blood Flow Metab
também pode ser efetivo para ajudar 2001;21:1133–45.
indivíduos saudáveis a atingir uma pele Skou JC. The influence of some cations
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• aterosclerose.
• arteriosclerose.
• doenças cardíacas. Biomonerais
• reumatismo.
marinhos
Ver em Algas - Alga Lithothamnium
• prevenção das doenças degenerativas.
• recuperação em casos de acidentes,
fraturas e contusões.
• convalescenças.
• períodos pós-cirúrgicos.
• perturbações vasculares (como nos Boswellia serrata
casos de tabagismo, diabetes, alcoo- A Boswellia serrata é uma árvore
lismo, aterosclerose).
originária da Índia e Arábia Saudita, da
• como estimulante das defesas orgâ- qual se extrai o incenso, também
nicas. conhecido como Frankinsense, que é
• como preventivo dos acidentes vas- uma resina produzida pela árvore. A sua
culares cerebrais. atividade medicinal se deve aos
• varizes, hemorróidas e dilatações ve- chamados ácidos boswelicos, por isso a
nosas em geral. planta apresenta propriedades
• para reforçar a parede dos vasos. medicinais e cosméticas. O extrato seco
obtido da goma-resina do caule é usado
• para a redução do cansaço, na adina-
para o tratamento da artrite reumatoide,
mia, na falta de energia e nas letar-
osteoartrites, artrose, processos
gias de várias causas.
inflamatórios, miosite, fibrosite e colite.
• nas dificuldades de aprendizado. Também é utilizada no tratamento da
• na falta de memória. asma brônquica e das doenças
• como suplemento nutricional para inflamatórias intestinais, como doença
atletas em geral. de Crohn, doença celíaca e colite
• De um modo geral se aceita que o ulcerativa.
corpo humano necessita aproxima- A boswellia não tem toxicidade em doses
damente de 500 mg/dia. normais, não prejudica o estômago e
As doses diárias sugeridas são de mais potente que muitas plantas e até
30 a 150 mg, sendo 60 a 90 mg. para anti-inflamatórios similares para o
adultos e 30 mg. para crianças. campo reumático. O uso contínuo da
As necessidades diárias de bio- planta produz aumento da mobilidade
flavonóides simples não são conheci- articular, redução do inchaço comum,
das devido à ampla presença destes menor rigidez matinal.
compostos nos alimentos vegetais.
Não são conhecidas carências de bio- Dose
flavonóides e toda a sua importância As doses orais estão entre de 200 a 500
está no seu uso concentrado (doses mg três vezes ao dia, a critério do
farmacodinâmicas) nas formulações profissional.
suplementares e ortomoleculares.
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Carotenóides
São pigmentos largamente pre-
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DMAE
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1986.
Deve-se evitar usar o DMSO BRAYTON, C.F. Dimethyl sulfoxide
concomitante com medicamentos sem (DMSO): a review. Cornell Veterinarian,
avaliação e dimensionamento v.76, n.01, p.76-90, 1986.
farmacológico, pois ele pode aumentar BRITO, R.C., SILVA, G.N., FARIAS, T.C.,
a absorção e o efeito de drogas e FERREIRA,P.B., FERREIRA,S.B.
remédios. Standardization of the Safety Level of the
Também não deve ter contato com Use of DMSO in Viability Assays in
plásticos e borracha, pois estes são Bacterial Cells. MOL2NET, 2017, 3,
dissolvidos pelo DMSO e podem doi:10.3390/mol2net-03-xxxx
penetrar as membranas do corpo. ROSENBAUM, E.E.; HERSCHLER, R.J.;
É contraindicado em casos raros de JACOB, S.W. Dimethyl sulfoxide in
excesso de metionina no sangue. musculoskeletal disordens. Journal of
As doses são variáveis e devem ser the American Medical Association,
obedecidas as orientações dos v.192, n.02, p.309-313, 1965.
fabricantes e fornecedores. Para Fukushima, R.S.; Weimer, P.J.; Kunz, D.
maiores detalhes fazer contato com Photocatalytic interaction of resazurin
este autor e o site indicado. N-oxide with cysteine optimizes
preparation of anaerobic culture
Bibliografia e fontes científicas do medium. Anaerobe, 8: 29-34, 2002.
DMSO: HUCKER, H.B., MILLER, J.K., HORCHBERT,
ALSUP, E.M.; DeBOWES, R.M. Dimethyl A. at. al. Studies in the absorption,
sulfoxide. Journal of the American excretion and metabolism of dimethyl
Veterinary Medical Association, v.185, sulfoxide (DMSO) in man. J. Pharmacol.
n.09, p.1011-1014, 1984. Exp. Therap. v.155, p.309-319, 1967.
APPELL, L.H., BLYTHE, L.L., LASSEN, PALOMINO, J.C.; MARTIN, A.;
E.D., CRAIG, A.M., Adverse effects of CAMACHO, M.; GUERRA, H.; SWINGS, J.;
rapid intravenous DMSO PORTAELS, F. Resazurin Microtiter Assay
administration on horses. J. Equine. Plate: Simple and Inexpensive Method
Vet. Sc. v.12, p.215-218, 1992. for Detection of Drug Resistance in
BLYTHE, L.L.; CRAIG, A.M.; Mycobacterium tuberculosis.
CHRISTENSEN, J.M.; APPELL, L.H.; Antimicrob. Agents Chemother., v.46,
SLIZESKI, M.L. Pharmacokinetic n.8, p.2720-2722, 2002.
disposition of dimethyl sulfoxide ROSE, R.J., HODGSON, D.R. Manual of
administered intravenously to horses. equine practice. Philadelphia:
American Journal of Veterinary Saunsders.1993, 532p.
Research, v.47, n.08, p.1739-1743, RAND-LUBY, L., POMMIER, R.F.,
229
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dependentemente da idade.
Estudos eletroencefalográficos
indicam que a fosfatidilserina pode
aumentar desempenho de cérebro
de modo global. Estudos duplos-ce-
gos mostraram que a
fosfatidilserina é capaz de
restabelecer achados
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Goji berry
Guar
Goji é o nome dos pequenos frutos da
Resina/seiva extraída do córtex e
planta originária das montanhas do
do mesocarpo dos frutos da ár- vore
Tibete, Lycium barbarum, ou Lycium
do Guar (Cyamaposis tetrago-
chinense, aos quais são atribuídas nolobus), da família das compostas,
propriedades medicinais e salutares, originária da China, Índia e parte do
sendo uma saborosa e tradicional Oriente Médio. A sua goma torna-se
fruta rica em aminoácidos. um gel em contato com a água e é
As bagas de goji são uma fonte de muito utilizado para a confecção de
zeaxantina, um antioxidante que geléias caseiras, para compor pós
protege os olhos da radiação solar medicinais e, atualmente, como par- te
ultravioleta. Estudos sugerem que de fórmulas que visam o controle de
zeaxantina e a luteína estão associadas peso e a captação de gorduras e
a uma melhor visão e menor colesterol. Ver A importância das fi-
probabilidade de cataratas e bras na dieta.
degeneração macular relacionada com
a idade. Embora as bagas de goji sejam Glutadiona
uma fonte, a zeaxantina é encontrado
em muitos vegetais, incluindo couve,
A glutationa é um tripeptídeo sulfúrico,
espinafre e brócolis, conforme
que consiste nos aminoácidos: ácido
apresentado neste trabalho.
glutamínico, l-cisteína e l-glicina. É um
poderoso antioxidante e desintoxicante
Nos últimos anos, o suco de goji
produzido pelo organismo, eficiente em
tornou-se popular como bebida de
proteger as células contra radicais livres
saúde e para o controle do peso.
e o sistema imunológico. Ela é vital para
Existem diversos produtos no mercado
o organismo, especialmente devido à
à base de goji, desde a fruta
presença do grupamento - SH, que faz
desidratada, sucos e cápsulas.
com que a glutationa exista tanto nas
formas reduzida (GSH) quanto de
Alguns dos efeitos atribuídos ao goji
oxidada como um dímero (GSSG).
incluem:
Os níveis de glutationa no corpo humano
• protege o fígado
diminuem com a idade, começando a
• melhora a função sexual e a
decair a partir dos vinte anos. A
fertilidade
suplementação com l-cisteína pode
• fortalece as pernas
ajudar o corpo a produzir mais
• melhora a pele e saúde do cabelo
glutationa.
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ligados a níveis baixos de glutationa. glutadiona por via parenteral, como nos
O funcionamento das células do protocolos injetáveis. A dose habitual é
sistema imune depende dos níveis de de 500 mg 3 vezes ao dia. Para o uso
glutationa e a sua falta pode produzir parenteral, observar a dosagem nos
alterações depressoras ou reativas, protocolos específicos.
como doenças autoimunes, sendo que
baixos níveis de glutationa foram
verificados no lúpus e na artrite Hesperidina
reumatoide.
Existem muitos suplementos de Um dos bioflavonóides cítricos,
glutationa no mercado, mas a presente no sumo do limão, na cas- ca
glutadiona nessa forma é geralmente da laranja e também em algumas
metabolizada e transformada em pimentas. A palavra deriva do grego
aminoácidos durante a digestão hesperideo, ou fruto carnudo, como a
fazendo com que a absorção de laranja. É uma das flavonas (com-
glutationa seja mínima. O aminoácido postos pigmentados) existentes na
l-metionina parece ser eficaz para vitamina P (complexo vitamínico ao
aumentar os níveis de glutationa no qual pertencem os bioflavonóides).
corpo, pois ele é convertido em Pertence ao mesmo grupo da quer-
cisteína, um dos componentes da citina, da rutina e das proantocianidi-
glutationa. Suplementos de l-cisteína nas. Ver Bioflavonóides, Vitamina B3,
devem ser evitados, já que a cisteína Rutina. Quercetina .
isolada é oxidada facilmente e pode
afetar o cérebro, a retina, o fígado e Hipericina
outros órgãos. Portanto, a
suplementação deve ser feita com Um flavonóide que constitui um
precursores da cisteína, e não com a dos princípios ativos da erva-de-são-
própria. joão, o hipericum perforatum, consti-
Sugere-se prescrever a N-acetilcisteína,
um precursor da cisteína que é bem
absorvido pelo intestino. Ele não
aumenta os níveis de glutationa se já
estiverem normais, mas ajuda a elevá-
los quando estão muito baixos até o
nível normal. Portanto o ideal é usar
aminoácidos precursores junto com a
glutationa suplementar, ou aplicar a
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Óleo de peixes
São gorduras insaturadas ou
combinações de ácidos graxos po-
liinsaturados, principalmente os
áci- dos eicosapentaenoico (EPA) e
doco- sahexaenoico (DHA), da
família química Omega 3, presentes
em
231
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boxane A3, que tem ação inerte, mas uma vez que nessa concentração es-
cuja presença no sangue reduz os ses óleos podem reduzir os níveis de
efeitos negativos da tromboxane A2. açúcar plasmáticos e a secreção de
Atualmente diversos trabalhos insulina, porém estes efeitos são fa-
estão observando o efeito dos óleos cilmente revertidos com a suspensão
insaturados de peixe no tratamen- to do produto.
do câncer, principalmente o da Excessos de óleos de peixes (por
mama, mas ainda não há nada con- exemplo acima de 6 g/dia), ingeridos
clusivo. durante muito tempo, podem pro-
duzir carências vitamínicas ligadas ao
Cuidados grupo das lipossolúveis, como a
vitamina E. Mas caso seja necessário
Os óleos comerciais de peixes, ministrar doses elevadas de óleos de
principalmente da família Omega 3, peixes, uma suplementação de vita-
devem ter o selo internacional de
isenção de metais pesados. Óleos
pronientes de peixes provenientes
do Atlântico Norte geralmente são
contaminados por metais pesados
que entraram na cadeia alimentar
devido aos milhares de naufrágios
que ocorreram durante as duas
guerras mundiais. Os peixes do Mar
do Norte ou do Pacífico Sul, Oceano
índico e Atlântico Sul, em geral não
apresentam metais pesados na sua
estrutura gordurosa.
Como os óleos de peixes não
contêm vitamina E na sua compo-
sição – e por isso podem sofrer um
processo de peroxidação (ransifica-
ção) - é sugerido que se faça uma
suplementação dessa vitamina ao
prescrever óleos de peixe, tipo EPA e
DHA, na base de 400 UI/dia.
Mesmo em doses elevadas (aci-
ma de 10 g/dia, por exemplo), os
óleos de peixes não são tóxicos, po-
rém podem reduzir o tempo de coa-
gulação e favorecer as hemorragias,
porém não existem relatos do fato
registrados até agora.
Doses em torno de 4 a 5 g/ dia
podem ser de certo modo prejudi-
ciais para diabéticos do tipo 1 e 2,
232
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minas lipossolúveis elimina o incon- óleo essen- cial. Este vegetal entra na
veniente. composição da cerveja, sendo
Há estudos apontando também responsável pero seu sabor amargo
que os óleos de peixes possuem um característico. O lúpulo tem efeito
componente tóxico para o músculo tônico e diurético, sendo
cardíaco, o ácido cetoléico, porém, recomendado nas fraquezas,
sem base científica. anemias, doenças linfáticas, dispep-
Fontes alimentares de óleos de sias, vermes intestinais e doenças da
peixes são principalmente o salmão pele. Na cerveja o lúpulo empresta à
durante as estações frias (cada 50 g bebida um pouco destas proprieda-
contêm cerca de 4 g de óleos insa- des medicinais, mas se ingerida em
turados tipo Ômega 3), o bacalhau,
o atum gordo e outros. A maioria
dos peixes de água doce, além do
salmão, apresenta também
grandes concentrações desses
óleos.
A dose recomendada é de 2 a 5
g/dia, associadas a 400 UI de
vitami- na E, durante longos
períodos.
Lúpulo
Humulus lupulus
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PABA
Ver Ácido para-aminobenzóico.
PQQ
Pirroloquinolina quinona
Trata-se de uma vitamina do complexo
B, de ação antioxidante bem superior à
vitamina C, com ação maior na
neutralização dos radicais livres
superóxidos e hidroxila. É um novo co-
fator com atividade similar à vitamina
B, quanto à reparação cognitiva, com
importante papel no processo de anti-
envelhecimento, na estimulação
natural dos níveis energéticos ligados à
240
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L. M.; Chen, C. H.; Garrett, P. E.; Lee, K. H. fór- mula foi desenvolvida na
Bioorg. Med. Chem. 1997, 5, 2133-2143. Universidade de Logan, Estados
Unidos, patenteada pelo cientista, Dr.
Kashiwada, Y.; Wang, H. K.; Nagao, T.;
Roy A. Brog.
Kitanaka, S.; Yasuda, I.; Fujioka, T.; Yamagi-
Comparado ao leite animal tipo
shi, T.; Cosentino, L. M.; Kozuka, M.; Ok-
A, o CPSL é muito superior e mais
abe, H.; Ikeshiro, Y.; Hu, C. Q.; Yeh, E.; Lee,
fácil de digerir, favorecendo um ín-
K. H. J. Nat. Prod. 1998, 61,1090-1095. dice de absorção e aproveitamento
Ahsan, M.; Armstrong, J. A.; Gray, A. I.; nutritivo ideal ao corpo humano. É
Waterman, P. G. Phytochemistry 1995, 38, um produto puro, com um nível de
1275-1278. microorganismos e bactérias pratica-
Li, L.; Xue, H.; Kangouri, K.; Ikeda, A.; mente nulo, quando comparado ao
Omura, S. Planta Med. 1989, 55, 294-296. leite animal “in natura“, apresentan-
do excelente sabor.
Liu, J.; Huang, M.; Tao, Y. Can. J. Chem.
O CPSL é classificado nutricional-
1988, 66, 414-415.
mente como um “análogo lácteo“,
Patra, A.; Chaudhuri, S. K.; Panda, S. K. J. pois a sua composição é, de certo
Nat. Prod. 1988, 51, 217-220. modo, similar à do leite em alguns de
Lopes, N. P.; Blumenthal, E. E. A.; seus componentes. Quando o leite
Cavalheiro, A. J.; Kato, M. J.; Yoshida, M. de vaca é separado em coalho e soro
Phytochemistry 1996, 43, 1089-1092. liquido, os microminerais permane-
cem no soro, e quando remove-se o
Gangloff, A. R.; Judge, T. M.; Helquist, P. J.
seu conteúdo de água e gorduras
Org. Chem. 1990, 55, 3679-3682.
para a preparação do pó de soro (ou
Bohlmann, F.; Scheidges, C.; Zdero, C.; soro desidratado), o resultado é um
King, R. M.; Robinson, H. Phytochemistry produto com teor concentrado de
1984, 23, 1109-1111. eletrólitos de leite. Mais de 50
Bennett, G. J.; Harrison, L. J.; Sia, G. L.; % da parte sólida do leite consiste de
Sim, K. Y.; Connolly, J. D. Phytochemistry gordura e caseína que são trans-
1992, 31, 1325-1327. formados em queijos. Retirando-se
Pereda-Miranda, R.; Delgado, G. J. Nat.
esta parte sólida o resultante é pó de
soro, com alta concentração de mi-
Prod. 1990, 53, 182-185.
nerais de traço. As análises mostram
Ye, Y.; Kinoshita, K.; Koyama, K.; Takahashi, que o pó de soro possui mais que o
K.; Kondo, N.; Yuasa, H. J. Nat. Prod. 1998, dobro de minerais de traço ou eletró-
61, 456-460. litos que o leite em pó.
Anti-AIDS Agents. 48 Journal of Natural
Products, 2001, Vol. 64, No. 10 1281.
Proteínas do soro do
leite (CPSL)
244
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tosana. Estes ácidos são destinados a que o grau farmacêutico agora dispo-
quebrar as moléculas de gorduras nível ao público) está entre 90 a 95%
em partículas menores, chamadas e pode absorver 10 a 12 vezes o seu
micelas, que são digeridas e então peso. A quitosana comum, presente
absorvidas por atividade enzimáti- nos alimentos que a contém (a cara-
ca, acabando por contribuindo para o paça dos crustáceos) tem um grau de
acúmulo de massa gordurosa no desacetilação entre 75 a 80% e liga 4
corpo. A quitosana reduz a absorção a 6 vezes seu peso. Ao adquirir a qui-
destas micelas. tosana, devemos observar o rótulo
Com o hábito de consumir mais do produto para saber o seu grau de
gorduras saturadas do que o normal, desacetilação. Lembrar também que
o organismo humano atual produz quitosana é uma substância e não
uma quantidade maior de ácidos bi- uma marca comercial.
liares. Acredita-se que ácidos biliares Já se sabe que a vitamina C, (áci-
em excessivos contribuam para o do ascórbico) dobra a eficácia da qui-
surgimento do câncer do cólon e da tonasa4.
próstata, portanto, o uso da quito- Um estudo clínico sobre a inges-
sana pode ter efeito positivo contra tão de quitosana mostrou que em
estes problemas2. cinco semanas, o colesterol total de
A quitosana é caracteristicamen- uma pessoa estava reduzido a 32%.
te um fibra lipofílica. Geralmente as Paralelamente, a quitosana eleva os
fibras são hidrófilas repelem a gordu- níveis do “bom” colesterol, o HDL ,
ra e atraem a água3. A quitosana, na que é benéfico e capaz de manter as
verdade, captura e inativa gorduras e artérias livre da placa ateromatosa;
colesterol, prevenindo a sua absor- os níveis apontados foram de 7.5%
ção e armazenamento. depois de cinco semanas5. Os estu-
Pesquisas de laboratório apon- dos também mostraram que os níveis
tam que a quitosana pode ligar quan- de triglicerídeos estavam reduzidos a
tidades significativamente mais altas 18% no mesmo período de tempo6.
de gorduras que as outras fibras. De Estudos adicionais mostraram
fato, 23 diferentes tipos de fibra fo- que também diminuíram significa-
ram usadas em um estudo, mostran- tivamente as concentrações de co-
do que a quitosana foi a que mostrou lesterol total. Cientistas japoneses
melhores resultados, atraindo e eli- concluíram que ratos alimentados
minando 55% mais gordura na área com quitosana durante 4 semanas
gastrointestinal que as demais. apresentaram redução dos níveis de
O grau da cargas negativas, gor- colesterol de 60% a mais em relação
duras, lipídios em geral, colesterol, ao grupo de controle7.
cadeias complexas de açúcar, ou de Níveis elevados de colesterol
carboidrato de alta caloria (amidos), determinam maior tendência ao
são atacados pela quitosana em pro- acúmulo de gordura saturada. O
porção direta ao grau de desaceti- colesterol está presente na gordura
lação desta. Há diferentes graus de saturada, no sebo, na manteiga, em
desacetilação da quitosana, sendo muitos queijos gordurosos, nas vísce-
246
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ras animais, em muitos frutos do mar 3 Betty Kamen, Ph.D. New Facts on Fiber.
(porém estes possuem um colesterol Group of nutrition Encounter, Beginner,
de muito mais fácil metabolização), Ca. 1991 ISBN 0-944501-05-2
etc. Um posicionamento parecido 4 Kanauchi, et al. Growing effect of a
poder ser feito quanto aos triglicé- chitosan and ascorbic acid it mixes in
rides. No entanto, o excesso deles é fecal dietary fat excretion. Biosci-Biotech-
o fator comprovadamente causador Biochem.,1994, 59(9)1617-1620.
das doenças descritas como causa-
das pelo excesso de gorduras satura- 5 Maezaki et al. Hypocholesterolemic
das no organismo. makes of chitosan in adult males. Biosci-C\
Mesmo se uma pessoa não apre- Biotchnol-Biochem, 1993:57(9)1439-44.
sente peso excessivo, não significa 6 Ikeda, et al. Related it makes of dietary
que os seus níveis de colesterol e tri- fiber and it puts on weight as lymphatic
glicérides sejam normais. Há pessoas cholesterol and triglyceride absorption
magras que podem ser hipertensas in mices. Newspaper of Nutrition 1989.
além de ter esses níveis muito acima 119(10)1383-7.
do normal.
7 Kobayashi, et al. Chitosan effect in
A quitosana de grau farmacêuti-
serum and liver cholesterol evens in
co mostrou-se ser tão efetiva quanto
cholesterol-fed mices. Nutrition Rep. mt.
as melhores drogas redutoras do co-
1979:19(3) 327-34.
lesterol disponíveis. Nenhum efeito
colateral foi verificado com o uso da 8 .Kato, et al. Chitosan as anti-hyperten-
quitosana; ao contrário, o produto sive. Jpn. Kikoi Tokkyo Koho JP, March of
mostrou-se capaz de reduzir a hi- Ol 994 April. 92/147759.
pertensão arterial8, melhorar as do- 8 Kato, et al. Mechanism of the ascent
enças cardíacas existentes e outros in sanguine pressure through sodium
problemas cardiovasculares. chloride and decrease makes of chitosan
Posologia – Não há dose definida, in sanguine pressure. Baiosaiensu for
mas recomenda-se de 100 a 250 mg, Indasutori, 1993, 51(12) 987-8
3 vezes ao dia, ou mais, a critério mé-
dico, como tratamento para a redução
do excesso de colesterol. Em situações Resveratrol
de refeições ricas em lipídios satura-
dos, dobrar a dose por refeição. O resveratrol é uma fitolexina do
grupo dos polifenóis estilbenos,
Referências científicas da quitosana encontrados na uva, no vinho, e na
própolis. Quimicamente é o trans-
1 Nauss, et al. Tlie that calls of micellar resveratrol, ou 3, 5, 4 trihidroxitrans-
lipids the chitosan. Department of Bio- estibeleno. As fitoalexinas, como o
chemistry and Biophysiology, Texas A&M
resveratrol, são compostos produ-
University 1983, 18(10) 714-19
zidos pela uva como defesa contra
2 Maeawka, et al. Food that contains chi- microrganismos, principalmente para
tin or yours derived for reduction of blood proteger-se de fungos, ou da radiação
and acid of urine uric. Jpn. Kikoi Tokkyo ultravioleta. A esta substância atribui-
Koho JP, Dec. 111991 90/82840 se a capacidade de redução da visco-
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Rutina
Um dos bioflavonóides. É um
álcool cristalino, extraído mais fre-
qüentemente do caule do tomatei-
ro, do tabaco, das folhas da arruda e
outros. Tem as mesmas propriedades
da vitamina P (niacinamida). Perten-
ce ao mesmo grupo da quercitina, da
hesperidina e das proantocianidinas.
Ver Bioflavonóides, Vitamina B3,
Quercetina. Hesperidina.
Sais biliares
Saw Palmetto
Ver Palmeira Serrada, em Fitoterápicos
Zeolita
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A zeolita, também chamada de “zeólito”, ou clinoptilolite, é um mineral composto
principalmente de sílica (o terceiro elemento mais abundante no corpo humano)
e tetraedro de alumina. Ela foi formada há mais de 300 milhões de anos, com
muitas variações naturais, cada uma delas única em seu ambiente. Algumas se
formaram quando rochas vulcânicas e cinzas reagiram com a água do mar; outras
são variações de água doce. Na Austrália a zeolita é conhecida como clinoptilolite
e o país tem um dois maiores depósitos do mundo.
Como tantas outras substâncias vulcânicas, a zeolita tem forte ação
desintoxicante. Ela mostra grande poder de absorção, retenção, liberação e troca
de diferentes substâncias químicas, nutrientes, toxinas e íons no organismo. Assim
como carvão ativado em sua capacidade adsortiva, a zeólita ajuda a eliminar as
impurezas por meio de “quelatação”, ou agregação e neutralização do material.
Modo de ação
A zeolita é único tem uma microporosa, sendo um dos poucos minerais carregados
negativamente da natureza, portanto capaz de atrair contaminantes carregados
positivamente, como metais pesados e toxinas. O mecanismo ocorre pela
absorção por atração eletrostáticados contaminantes carregados positivamente,
ao mesmo tempo que o mineral transfere partículas benéficas de silício e outros
elementos. Como a zeólita não é absorvida pelas células, ela atrai os poluentes
dos alimentos e ajuda a eliminá-los para a pele ou urina, enquando que suas
nanopartículas minerais úteis são absorvidas.
Um estudo de grande importância
Estudo com a aplicação da zeolita, desenvolvido pela Universidade da California,
Carolina do Norte e Florida, em 1992, por James L Flores, Stewart A Lonky e Erik J
Deitsch.
Os autores consideraram que o tratamento das doenças crônicas resultantes do
acúmulo de metais pesados no organismo a longo prazo, pode ser positivo com a
terapia de quelação, apesar dos numerosos desafios clínicos, incluindo efeitos
colaterais indesejáveis e eficácia imprevisível. O uso da zeolita natural, o
clinoptilolite, foi estudada para se averiguar a sua capacidade na remoção de
substâncias tóxicas do organismo, como uma alternativa segura às abordagens
tradicionais. O estudo objetivou avaliar a capacidade da zeolita suspensa em água
para remover metais pesados do corpo através da excreção urinária, sem a
remoção indesejável de eletrólitos fisiologicamente importantes.
O protocolo utilizou dois grupos de tratamento, cada um consistindo de onze
homens saudáveis com idade entre 36 e 70 anos. Os voluntários receberam uma
versão comercialmente disponível da substância do estudo por sete dias (Grupo
1) e 30 dias (Grupo 2) e amostras de urina foram coletadas em momentos
específicos do estudo. As alterações na concentração urinária dos metais pesados
foram medidas por espectrometria de massa com plasma indutivamente acoplado
e comparadas com a linha de base. Além disso, amostras de soro foram obtidas
de cinco indivíduos em cada grupo e os eletrólitos séricos foram medidos antes e
após a ingestão do produto. Os participantes de ambos os grupos apresentaram
concentrações aumentadas de metais pesados na urina com o pico de excreção
por volta do dia 4. Nenhuma alteração clinicamente significativa nos níveis de
eletrólitos séricos foi observada em sete ou 30 dias na SCA. A conclusão foi
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positiva quanto à capacidade da zeolita em desintoxicar substâncias tóxicas de
vários tipos, sem eliminar nutrientes importantes do organismo.
Referência:
James L Flores 1 , Stewart A Lonky 2 , Erik J Deitsch 3
1 Eno Research and Development, Inc., Hillsborough, Carolina do Norte,
EUA; 2 Universidade da Califórnia em Los Angeles, Los Angeles, CA,
EUA; 3 Wellness Industries, LLC, Parkland, FL, EUA
Aquisição
Existem muitas marcas comerciais de zeolita, que pode ser encontrada em pó (uso
oral ou em máscaras dermatológicas para limpeza da pele) no comércio comum
específico, ou pela internet, com alguma segurança, desde que o fornecedor seja
idôneo.
Para orientação na aquisição segura deste item, entrar em contato com o autor
ou a editora, conforme indicado neste Guia.
Advertência
É importante usar apenas a zeolçita micronizada de alta qualidade
(preferencialmente o clinoptilolite) que tenha sido devidamente limpo e 100%
puro.
251
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252
Legislação brasileira atual
sobre suplementos
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Conclusões
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Fraudes e falsificações
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Site: www.drmarciobontempo.com.br
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A Prescrição médica
na visão do farmacêutico
Luciana Zanetti Rocha Pitta
257
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Exemplo:
Cabe ao estabelecimento farma-
cêutico determinar quantas cápsulas
correspondem á dose prescrita pelo Pancreatina 500 mg Mande: 30 cápsulas gas-
médico. Isso é orientado ao paciente troresistentes.
no momento da dispensação do me-
dicamento. Nesse momento, muitos
pacientes acreditam que a farmácia 2.2. Comprimidos
equivocou-se na manipulação do me- Os comprimidos são formas far-
dicamento, ou que estão alterando a macêuticas sólidas compostas de prin-
prescrição médica, ou ainda, que o cípios ativos, preparados com o auxílio
médico errou na prescrição. Seria de adjuvantes farmacêuticos, os exci-
interessante, que já fosse orientado pientes. Eles podem variar de tama-
ainda no consultório médico, que há nho, peso, forma, espessura e etc.
possibilidade que de a dose prescri- A prescrição deve conter:
ta não caiba em uma única cápsula, • Nome do fármaco e dose por
mas que o número será determinado unidade posológica.
pela farmácia sem comprometer o • Quantidade total de compri-
tratamento. midos para o período de tra-
As cápsulas “gastroresistentes” tamento
ou “enterosolúveis”, apresentam um • Posologia e duração do trata-
revestimento que resistente ao suco mento.
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2.7 : Soluções
(Aquosa e Alcoólicas)
Formas farmacêuticas líquidas, Solução de Fluoreto de Sódio a 0,05%.
as soluções podem ser usadas tanto Bochechar diariamente por 30 dias.
para uso interno, quanto para uso
externo.
2.8 Jujubas e Pirulitos
Como prescrever: São prescritas como formas
farmacêuticas alternativas, para fa-
Nome do princípio ativo e sua cilitar a adesão do paciente ao tra-
respectiva concentração tamento. Pelo motivo da alta vas-
Veículo (Solução hidroalcoólica, cularização da superfície oral, pode
Solução Aquosa) ser usada para alguns fármacos com
Quantidade total para o período efeito sistêmico, embora seja mais
de tratamento indicada para ação local da mucosa
oral.
Posologia e duração do trata- Nem todos os fármacos podem
mento ser aviados em jujubas e pirulitos, em
função da dose prescrita, e da
Os adjuvantes farmacotécnicos temperatura de degradação do
utilizados (conservantes, co-solven- fármaco, uma vez que é incorpo-
tes, etc) serão definidos de acordo rado na base, em temperatura aci-
com as características do fármaco, lo- ma da considerada ambiente.
cal de ação e estabilidade da formu-
lação. Reitero, que isso é de decisão
do farmacêutico, e que o profissional Como prescrever:
prescritor apenas informe na prescri-
ção a sua decisão em usar como veí- Nome do fármaco e dose por uni-
culo uma solução. dade posológica
Há casos em que o prescritor Quantidade total de cápsulas
sabe especificamente o veículo que para o período de tratamento
será usado, para isso, basta informar Posologia e duração do trata-
na prescrição sua decisão. mento.
Para as soluções alcoólicas o mé- Exemplos:
dico pode informar a concentração
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Vitamina C
Diabéticos também devem inge-
rir vitamina C sob cuidados e aten-
ção, pois ela pode afetar os níveis
sanguíneos de glicose. Pessoas com
desordens genéticas ligadas ao me-
tabolismo do ferro devem ser orien-
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Ácido fólico
Suplementos com ácido fólico
podem reduzir o efeito de muitos
qui- mioterápicos, analgésicos,
antibióti- cos e antiinflamatórios,
como o meto- trexate, a colchicina, o
trimetropim, a pirimetamina, o
trimetrexate e a feni- toína. Doses
elevadas de ácido fólico podem
intensificar um ataque apoplé- tico,
além de mascararem os sintomas de
deficiência da vitamina B12.
Pessoas com risco de anemia
perniciosa só devem usar
suplemen- tos de ácido fólico sob
supervisão de um hematologista.
Fatores de risco incluem uma
história familiar, como também
doenças autoimune endó- crina
como tipo diabetes, hipopara-
tiroidismo, a doença de Addison, hi-
popituitarismo, deficiência
orgânica testicular, doença de
Sepulcros, ti- reoidite crônica de
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Niacina Cromo
Diabéticos só devem usar niacina Os diabéticos só deveriam usar
sob supervisão médica especializada, cromo sob supervisão de endocrinolo-
uma vez que a vitamina pode também gista experiente. Independentemente
afetar os níveis sanguíneos de glicose. da dose o micromineral afeta variavel-
Há estudos mostrando que a nia- mente os níveis de glicosesanguínea.
cina deveria ser evitada por pessoas
com doenças muito agudas, gota e Cobre
úlceras pépticas, mas não se conse- Diabéticos avançados só devem
guiu evidenciar essa questão até o ingerir cobre sob supervisão médica
momento. A niacina também pode especializada, uma vez que existe
incrementar o efeito de medicamen- tendência nos diabéticos a reter mais
tos anticonvulsivantes. o micronutriente.
A suplementação com niacina
pode causar náusea, diarréia, enxa- DMSO
queca e fatiga para algumas pessoas Cuidado com a associação para
sensíveis. A niacina em doses altas evitar a assimilação exagerada
pode ser hepatotóxica, segundo pes- devido á capacidade do
quisas mais recentes. dimetilsulfóxido em ampliar a
absorção de fármacos e outras
Triptofano substâncias.
Mais recentemente demons-
trou-se que o triptofano pode ser Vitamina D
alergênico para pessoas suscetíveis, Doses maiores que 1.000 IU/ dia
principalmente para asmáticos. O não são recomendadas. Um consumo
aminoácido é convertido em seroto- elevado de vitamina D pode elevar os
nina, que pode causar broncoconstri- níveis de cálcio no sangue de modo
ção em asmáticos. perigoso, podendo resultar em de-
posições patológicas do mineral em
Lisina tecidos e órgãos.
A lisina pode elevar níveis de co-
lesterol no sangue. Pessoas com co- Vitamina K
lesterol elevado devem ter os níveis Pessoas que usam drogas antico-
de colesterol monitorados enquanto agulantes não devem ingerir vitami-
ingerem lisina. na K suplementar.
Cálcio Ferro
Pessoas com hiperparatiroidismo Suplementos de ferro são causa
ou hipercalcemia devido a câncer só principal de envenenamento fatais
devem ingerir cálcio sob supervisão em crianças. Os médicos devem
médica especializada. orientar os pais a manterem produ-
Doses elevadas de cálcio podem tos e suplementos à base de ferro
causar constipação intestinal e po- longe do alcance das crianças. Os
dem aumentar o risco de litíase renal grupos de risco mais elevados são as
em organismos suscetíveis. crianças abaixo de dois anos.. A so-
brecarga de ferro pode resultar em
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Potássio Fibras
Fibras sob a forma de cápsulas ou
Pessoas com doença renal ou
pílulas não devem ser prescritas para
cardíaca severa não devem ingerir
pessoas com desordens de de-
suplementos à base de potássio, a
glutição, pois pode haver obstrução
não ser sob supervisão médica espe-
do órgão.
cializada ou monitoramento. Doses
Excesso de fibra suplementar
elevadas de potássio podem causar pode causar flatulência e desconfor-
ritmos cardíacos anormais e morte. to abdominal, além de interferir na
absorção de drogas.
Zinco
Estudos atuais indicam que pes- Melatonina
soas com colesterol elevado também Não se sabe o que o uso pro-
só devem ingerir zinco sob supervi- longado pode causar. Mesmo que
são médica especializada, uma vez algumas das propriedades sejam
que doses altas de zinco podem ele- notáveis, ela deve ser prescrita com
var os níveis de colesterol por efeito precaução.
“rebote”.
Doses de zinco acima de 300 mg/ Ômega-3, 6 e ácidos gordurosos
dia podem também prejudicar fun- Pessoas com epilepsia de foco no
ção do sistema imune. Acrescente-se lóbulo temporal não deveriam usar
que muito zinco também pode pro- omega-3, 6 ou qualquer ácido graxo
duzir deficiência severa de cobre. insaturado, pois pode haver incre-
mentação da irritação neuronal.
Selênio
Mais recentemente alguns estu- Cuidados complementares
dos confirmaram que quantidades importantes
de selênio superiores a 1000 mcg/
dia podem causar perda de cabelo, Optar por minerais aminoácido-
cansaço, unhas frágeis, desconforto quelados, iônicos ou derivados de
muscular, náuseas, falta de apetite, vegetais (primários), sem aditivos à
perda de peso, dermatites, odor de base de alumínio.
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Tabela 1
DROGA/ GRAU DE PENE-
TRAÇÃO NOS SÌTIOS DOSE/VIA EFEITOS COLATERAIS ESPECTRO
50-300mg/
Kg/dia de
4/4h ou 6/6h
IM ou EV
AMPICILINA 50-100mg/ Enterococcus sp, Strep-
Kg/dia vo Náusea, diarréia, dor tococcus pneumoniae
Boa penetração em A alimenta- abdominal, nefrite e sp, Listeria. Atividade
quase todos os tecidos ção interfere intersticial, tromboci- irregular para entero-
com exceção de ossos e a absorção, topenia. bactérias, fraca ação
próstata. portanto antianaeróbica.
deve ser inje-
rido longe das
refeições.
50-150mg/
Kg/dia (am-
picilina ) de
6/6h EV Além dos efeitos Infecções graves causados
AMPICILINA/SULBACTAM 25-50mg/ acima, da ampicilina, por germes primariamen-
Kg/dia VO de leucopenia, anemia, te sensíveis a ampicilina,
Boa penetração em todos 12/12h
os tecidos. aumento das transa- anaeróbios e principal-
A dose minases. mente Acinetobacter.
máxima de
sulbactam é
de 4g/dia.
50-100mg/
Kg/dia VO de Exantema maculopa-
AMOXICILINA 8/8h. pular, prurido, febre,
Penetração semelhante a A alimen- diarréia, eosinofilia, As mesmas da ampicilina.
ampicilina. tação não elevação das transami-
interfere na nases, leucopenia.
absorção.
As mesmas da ampicilina,
AMOXICILINA/CLAVU- Staphylococcus spp,
LANATO 30-100mg/ Além dos efeitos da anaeróbios, Haemophilus
Kg/dia EV ampicilina, plaqueto- influenzae, moraxella
O ácido clavulânico tem de 6/6h ou penia. catarrhalis. Sem atividade
penetração terapêutica 8/8h. contra Serratia e Entero-
no osso. bacter.
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15mg/Kg/dia
EV ou IM de
12/12h ou 1x
ao dia.
A admi-
nistração
endovenosa Nefrotoxicidade be- Enterobactérias, Sta-
deve ser feita nigna e reversível não phylococcus (infecções
AMICACINA graves em associação
Não atinge níveis adequa- em 30-60 oligúrica traduzida por
minutos. aumento da creatinina, com oxacilina ou cefaloti-
dos no líquor. A administra- ototoxicidade (função na), Pseudomonas aeru-
ção única di- vestibular e auditiva). ginosa (em associação ao
ária melhora beta– lactâmico )
o efeito pós-
antibiótico e
permite ação
bactericida
rápida.
50-100mg/
Kg/dia EV ou Alterações no paladar, Gram negativos em geral,
AZTREONAM IM de 8/8h icterícia, plaquetope- incluindo Pseudomonas
ou 12/12h. nia, leucopenia, eleva- aeruginosas. Não tem
ções de transaminases ação contra germes gram
Penetra bem em todos os Infecções gra- e de fosfatase alcalina, positivos e anaeróbios.
tecidos. ves – 50mg/ alteração na atividade Sinergismo com aminogli-
Kg/dose da protrombina. cosídeos.
A cada 6/6h.
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50-100mg/
Kg/dia de 4/4 Neutropenia, aumento
CEFALOTINA ou 6/6 horas O mesmo da cefalexi-
EV ou IM. das transaminases,
insuficiência renal (por na, sendo atualmente
Não atinge boa concen- necrose tubular agu- utilizado como alternativa
tração no líquor. Infecções à oxacilina e profilaxia
da), teste de Coombs
graves – 150- fal-so positivo. cirúrgica.
200mg/Kg/
dia.
30-50mg/Kg/
dia de 6/6 ou
CEFAZOLINA de 8/8 horas Os mesmos da cefa-
IM ou EV. O mesmo da cefalotina.
Não atinge boa concen- Infecções gra- lotina.
tração liquórica. ves – 100mg/
Kg/dia.
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400.000 - 1.
PENICILINA G PROCAÍNA 200.000U/dia Febre, eritema, dor Sreptococcus, Neisseria
Não proporciona dose de 12/12 ou local e abcesso estéril, gonorrhoe, Treponema
adequada no líquor. 24/24 horas reações de hipersensi-
bilidade. pallidum.
IM.
Náuseas, vômitos,
PIPERACILINA/TAZOBAC- 2,25-4,5g EV / diarréia, dor no local Gram positivos, inclusive
dia de 6/6 ou (quando usado IM), Enterococcus, gram
TAM Boa penetração na
maioria dos tecidos. 8/8 horas IM elevação das transami- negativos, mesmo a Pseu-
ou EV. nases, anemia, leuco- domonas e anaeróbios.
penia, plaquetopenia,
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TABELA 2
TOPOGRAFIA MICROBIOTA ESPERADA
BOCA e DENTES Staphylococcus, Streptococcus, espiroquetas, actinomiceto, bacterói-
de, fusobactéria, fungos.
SEIOS PARANASAIS Streptococcus, Haemophilus influenzae, actinomiceto, bacteróide,
fusobactéria, peptococo, Propionibacterium.
GARGANTA Staphylococcus, Streptococcus, Haemophilus, Corynebacterium, Neis-
seriae, Fusobacterium, Bacteróides, Candida.
FLORA CUTÂNEA Staphylococcus, Streptococcus, Corynebacterium, Propionibacterium,
Micrococci, fungos.
INTESTINO DELGADO Enterobactérias, Enterococcus, fungos.
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Protocolos e indicações
terapêuticas
(vademecum)
4
As indicações e sugestões a se-
guir não são apenas resultantes da
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5
A escolha dos produtos e itens
para a prescrição deve obedecer aos
princípios da sensatez. Assim, a
escolha de apenas um item indi- cado
ou de vários – senão de todos
– é de competência do profissional.
Caso se opte por todos os produtos e
itens indicados para uma doença, é
necessário estabelecer uma ordem
posológica ou uma fórmula, com
uma adequação de uso. Vitaminas e
minerais podem ser prescritos juntos,
em fórmulas definidas. Uma outra
composição separada pode ser
composta por aminoácidos, assim
como uma outra por enzimas e outra
por fitoterápicos, sem que isso
represente riscos. Mesmo assim, é
necessário acompanhamento do tra-
tamento e adequação terapêutica.
Fórmulas compostas podem ser
elaboradas e encaminhadas para far-
mácias de manipulação, ou, no caso
de produtos isolados, buscar adquirir
as marcas seguras.
6
Este manual apenas oferece su-
gestões e opções de recursos tera-
pêuticos. Não assumimos a posição
de que a terapêutica de praxe, com
base nos fármacos convencionais,
deva ser substituída pelas indicações
aqui presentes. Conforme mostra-
mos na apresentação deste trabalho,
o profissional de saúde tem o direito
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8
Índices e referências aos docu-
mentos, trabalhos e pesquisas aqui
apontadas, quanto aos produtos,
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11
Com exceção do viscum album, a
maior parte dos recursos terapeu-
ticos aqui apresentados é para uso
oral, porém, diversos itens podem ser
encontrados para uso intra-muscular
ou renoso e sua aplicação depende
da experiência do profissional.
Para tanto associamos alguns
protocolos injetáveis mais modernos
que podem ser utilizados
concomitantemente, dentro de um
planejamento e sensato.
12
Embora os recursos aqui
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Acne
Na acne é necessário depurar o
organismo e melhorar a qualidade
biológica intestinal, reduzir os radi-
cais livres, melhorar a função
intesti- nal e normalizar a função
endócrina. A utilização de enzimas
digestivas concentradas é hoje um
importante e eficaz recurso contra
este proble- ma, uma vez que
promove a digestão e a assimilação
ideal dos nutrientes, evitando a
fermentação digestiva, redução do
estresse intestinal com revigoração
da flora, manutenção do ph ideal do
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ajuste.
Arteriosclerose
Lecitina de soja – 1.200 mg/ dia
Licopeno – 5 a 10 mg/dia.
Embora não se conheçam clara- Magnésio – 300 mg/dia
mente e completamente definidas as
causas do esclerosamento das
artérias, seja no cérebro, nas arté-
rias coronárias, nos rins, etc, sabe-se
que a alimentação rica em gorduras
saturadas e industrializadas, o taba-
gismo, a vida sedentária, a poluição
ambiental e o estresse moderno, o
alcoolismo, têm grande influência na
causa do problema, determinando a
deposição constante e contínua den-
tro das artérias de material compos-
to por colesterol, triglicérides, cálcio
e sódio, isolados ou em conjunto,
produzindo defeitos progressivos na
irrigação sanguínea.
Considera-se atualmente que o
problema não é passível de cura, mas
pode ser interrompido. É necessário
trabalhar reduzindo ou eliminando
os fatores determinantes, bem como
tentar restabelecer as condições ge-
rais do organismo, segundo cada pa-
ciente e cada caso.
Artrites
Artrite reumatóide
Uma dieta composta de alimentos ri- Glucosamina – 500 mg, 3 vezes ao dia.
cos em fibras, naturais, frescos e nu- Glutationa - ver capítulo para ajuste.
tritivos é necessária. Os laticínios, os Lactobacilos acidófilos (ou outros,
alimentos embutidos, as frituras, o sozinhos ou associados) - 20 a 40 mg
açúcar e o excesso de gordura animal
e carboidratos devem ser evitados.
Frutas, verduras, raízes, tubérculos e
cereais integrais são recomendados.
Protocolo injetável
intramuscular:
PQQ+Lidocaína...5mg+10mg/ 2ml
Condroitina...............200mg/ 2ml
Curcumina..................200mg/
2ml
Complexo B (c/ B1)...............1ml
Sulfato de Magnésio..400mg/ 1ml
Aplicar uma vez por semana.
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Aterosclerose
O mesmo que para Arteriosclerose.
Ver Arteriosclerose
Bronquite comum
Bursite
Pertence ao grupo das doenças
reumáticas. Nas crises e como res-
taurador do organismo para
minimi- zar novos episódios:
Alho – 1 g/dia.
Azul de metileno – ver descrição no
capítulo de Suplementos Especiais.
Bioflavonóides – 100 mg 3 vezes ao
dia.
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Cistite - Uretrite
Comum bacteriana ou intersticial
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Cirrose hepática
Colesterol, excesso de
Embora estudos mais recentes
reduzam a importância do excesso
do mal colesterol (LDL e VLDL) na
gênese de doenças cardiovasculares,
existem as evidências de que o
excesso de colesterol e de
triglicérides na circulação sangüínea
contribui para a formação das placas
ateromatosas que tendem a se fixar
dentro das artérias. Alimentos ricos
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Diabetes mellito
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Protocolo injetável
intramuscular
Beta Alanina......................500mg/ 2ml
D-Ribose........................750mg/ 1,5ml
Metilfolato....................3500mcg/ 1ml
L-Carnitina.......................600mg/ 1ml
Picolinato de Cromo.......100mcg/ 2ml
Aplicar uma vez por semana.
Diverticulose
Doença celíaca
Ejaculação precoce
Enxaqueca
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Gripe
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Hepatite
Para casos pediátricos ou infantis, es- • Ver informações úteis para este
tudar cada indicação para ajuste da problema no capítulo Peróxido de
posologia. hidrogênio - Uma terapia biológica.
Azul de metileno – ver descrição no
capítulo de Suplementos Especiais.
Babosa – 100 ml de extrato aquoso
estandardizado, ou 4 cápsulas gelati-
nosas de 500 mg de extrato concen-
trado, 3 vezes ao dia.
Clorela ou espirulina – 500 mg, 6 ve-
zes ao dia.
Coenzima Q10 – 60 mg 2 vezes ao
dia.
Cogumelo Ganoderma ou maitake –
2g/dia. Licopeno – 5 a 10 mg/dia.
Dióxido de cloro- MMS – Ajustar
dose.
DMSO - Ajustar dose oral.
Kefir - 500 mg 3 vezes ao dia.
Lugol – 2 gotas ao dia, em água.
Magnésio – 250 mg, 2 vezes ao dia.
Pau d’arco – 250 mg, 3 vezes ao dia.
Selênio – 50 mcg/dia
Sementes (douradas) de linho – 150
g/dia.
Superóxido desmutase – 150 mcg, 2
vezes ao dia.
Unha-de-gato – 1.000 a 3.000 mg/dia.
Viscum álbum injetável – Ver em:
Capítulo especial: O viscum album na
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muns, como dor abdominal, náuse- Glutationa - ver capítulo para ajuste.
as, vômitos, diarréia e constipação. Lactobacilos acidófilos (ou outros,
Sintomas ligados aos nervos, como sozinhos ou associados) - 20 a 40 mg
cefaléias, paralisias temporárias, (200 a 400 milhões de UI), ou mais, 3
comportamento psicótico, são tam- vezes ao dia, pouco antes das re-
bém freqüentes. feições.
O diagnóstico diferencial com Magnésio (aminoácido quelado) –
outras moléstias de caráter 200 mg/dia.
degene- rativos pode ser difícil, o MSM (Metilosulfonilmetano)- 500
que exige exames laboratoriais miligramas três vezes ao dia.
específicos. Ômega 3 – 500 mg, 3 vezes ao dia.
Unha-de-gato – 400 mg, 3 vezes ao
Sugestões: para durante ou, dia.
prin- cipalmente, fora das crises, Viscum álbum injetável – Ver em:
como preventivo: Capítulo especial: O viscum album na
terapêutica.
Azul de metileno – ver descrição no Vitamina A (betacaroteno) – 30.000
capítulo de Suplementos Especiais. UI/dia.
Bioflavonóides – 100 mg 3 vezes ao Vitamina B12 – 100 mcg/dia.
dia.
Boswellia serrata - 200 a 500
mg três vezes ao dia.
Cálcio -
600mg/dia.
Cobre – 5 mg/dia.
Coenzima Q10 – 60 mg/dia.
Complexo B – 100 mg, 3 vezes ao
dia.
Condroitina (sulfato) – 250 mg, 3
ve- zes ao dia.
Crisina - 500 mg 2 vezes ao dia.
Dióxido de cloro- MMS – Ajustar
dose.
Espirulina ou Clorela – 500 mg 3 a 4
vezes ao dia.
Glucosamina – 500 mg, 3 vezes ao
dia.
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Mastite
Menopausa
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excessivo de remédios alopáticos, os hormônios, os anticoncepcionais, o
alcoolismo e o tabagismo, a tensão e o estresse, etc., o organismo feminino
também se degenera precocemente e a função reprodutora, bem como os
distúrbios do climatério ocorrem mais cedo. No envelhecimento natu- ral
normal não existem propriamente os sintomas característicos da meno- pausa
(ondas de calor, sudorese, irri- tabilidade, ressecamento acentuado da mucosa
vaginal, pele precoce- mente desidratada, etc.),
Adotar hábitos de vida mais na- turais evitando os fatores acima des-
critos.
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Psoríase
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Síndrome de Guillain-Barré
Tumores de mama
Os desequilíbrios hormonais, ti-
dos como causas de muitas
doenças ginecológicas - entre elas
os tumo- res (benignos ou
malignos) - podem resultar da ação
de fatores externos
desencadeantes (alimentos ricos
em hormônios sintéticos e
disrupto- res hormonais, por
exemplo), sobre um organismo
genética ou conge- nitamente
suscetível, numa pessoa emocional
ou mentalmente propícia. As
doenças tumorais mais comuns da
mama são os nódulos (solitários,
múltiplos ou bilaterais), os cistos,
os miomas, e outros menos
freqüentes; o câncer de ovário é
mais raro, mas sua incidência tem
aumentado ulti- mamente. Deve-se
fazer uma clara di- ferenciação
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Tumores do útero
As doenças tumorais uterinas
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Úlceras gástricas
trites, fica clara a maior mais, 3 vezes ao dia, pouco antes das
importância aos fatores re- feições.
imunológicos ou indivi- duais. Magnésio – 200 mg/dia.
Ademais, a antibioticoterapia Ômega 3 – 300 mg, 3 vezes ao dia.
contra o heliobacter pilorii só Pau d’arco - 200 mg, 3 vezes ao dia,
produz resultados provisórios, às refeições, ou o chá, associado à
havendo re- crudescência na espinheira santa.
grande maioria dos casos, Valeriana – 200 mg, 3 vezes ao dia.
evidanciando-se que as causas reais
não foram atingidas com essa
terapêutica. Além disso, as gastrites
podem ser crônicas ou agudas, hipo
ou hiperclorídricas, mucosas, a gas-
trite tipicamente nervosa por vago-
tonia, etc.
Evitar os fatores
desencadeantes apontados e
obedecer aos critérios alimentares
apontados, principal- mente o café,
as frituras, as bebidas
carbonatadas.
Varizes Vitiligo
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O desafio do câncer e
opções terapêuticas atuais
Dr. José de Felippe Jr.
(Com apresentação e comentários do autor)
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Viscum album: o medicamento
antroposófico para o câncer e outras
patologias
Por Dr. Nilo Esvalter Cardin
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Ita Wegman, produz o extrato aquo- que pode ser influenciado pelas le-
so fermentado do Viscum album, que citinas) e aumentam a liberação de
na maioria dos países recebe o nome interferon-gama.
de Iscador, mas que no Brasil man- Como conseqüência, o VA pode
tém seu nome científico. melhorar as chances de cura do pa-
A monografia oficial do VA fei- ta ciente com câncer, aumentar o tem-
pela Comissão C do Ministério da po de sobrevida global e diminuir os
Saúde da Alemanha, indica esse efeitos adversos do tratamento
medicamento, de acordo com o co- convencional (quimioterápico ou ra-
nhecimento antroposófico do ser dioterápico), quando usado em asso-
humano e da natureza, para tumores ciação a este11-14.
malignos e não malignos, alterações No Brasil, os tipos disponíveis de
intercorrentes dos órgãos hemato- VA são:
poiéticos, para estímulo da atividade - Viscum album Q, que possui a
da medula óssea, profilaxia de recor- concentração maior de lecitinas e é
rência do câncer, estados pré-can- indicado geralmente para câncer de
cerosos definidos, doenças crônicas pulmão, próstata, trato digestivo e
como Crohn e artropatias10. hepatite C.
O VA usado no tratamento do - Viscum album M, indicado para
câncer é constituído pelo extrato da pacientes do sexo feminino, especial-
planta toda, o que implica numa mente nos casos de câncer de mama,
composição de grande complexidade útero e ovário.
química. Os principais componentes - Viscum album P, que possui a
identificados, de importância tera- menor concentração de lecitinas e
pêutica, são viscotoxinas, lecitinas e apresenta efeito predominantemen-
polissacarídeos. Essas substâncias te imunoestimulante. É indicado para
agindo de modo combinado têm efei- prevenção de infecções, para os
to antitumoral, imunoestimulante, tumores de pele e linfoma.
termorregulador, reparador de DNA Os três se apresentam na forma
danificado e analgésico, atestado por de ampolas de 1 ml, em dinamiza-
diversos estudos pré-clínicos, experi- ções que vão do D1 ao D5, aplicados
mentais e clínicos. Viscotoxinas têm em dose única diária, em região ab-
alta toxicidade contra a célula tumo- dominal lateral ou glútea, geralmente
ral mas não contra a célula normal, e de manhã aproveitando o aumento
aumentam significantemente a ativi- fisiológico da temperatura corpórea,
dade fagocítica de granulócitos. 2 ou 3 vezes por semana, durante
As lecitinas são inibidoras poten- longo tempo – ao menos 1 ano para
tes da síntese protéica ao nível dos o câncer e para hepatite C. Freqüen-
ribossomos, e são inativadas pelo temente se indica o VA por 5 anos.
trato digestivo, o que implica na obri- Geralmente o tratamento se ini-
gatoriedade do uso do VA por via pa- cia pela apresentação mais diluída,
renteral (subcutânea). ou seja, o D5.
Polissacarídeos estimulam a pro- A experiência clínica mostra que
liferação de linfócitos T CD4+ (efeito as doses precisam ser individualiza-
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o grupo que recebeu viscum album po que usou viscum álbum em rela-
teve maior sobrevida global estima- ção aos que não receberam terapia
da aos 12 anos e significantemente adjuvante ou que receberam outras
menos efeitos adversos ao tratamen- terapias adjuvantes. Pacientes mais
to convencional (16,3% comparado a jovens (<75 anos) e com doença até
54,1% do grupo controle). O tempo o estádio III responderam melhor ao
mediano de duração do tratamento viscum album22.
com VA foi de 52 meses18. Em 101 pacientes com carcino-
O tratamento de 36 pacientes ma colorretal inoperável foi usado
com câncer de mama com VA (1 ng/ viscum álbum, comparados a 54 pa-
kg de peso de lectina padronizada 2 Cientes sem a medicação. A sobrevi-
vezes por semana por 12 semanas) da global em 1 ano foi de 54% para o
elevou significantemente (P<0,005) a grupo viscum álbum e 24% para o
concentração plasmática de beta- grupo controle23.
endorfina, reduziu a leucopenia pós-
quimioterapia e aumentou a atividade
Câncer de Pulmão
de linfócitos T e de células NK. Análise
estatística dos dados (pela correlação
O tratamento com viscum álbum
de Spearman) mostrou correlação
entre atividade de linfócitos T e cé- para carcinoma brônquico (apenas 1
lulas NK e níveis de beta-endorfina caso de carcinoma de pequenas
plasmática, sugerindo forte conexão células) operado foi estudado pros-
entre sistema imune e neuro-endócri- pectivamente por Salzer e Havelec,
no19,20. comparando 37 pacientes tratados a
40 controles sem terapia adjuvante.
Câncer Gástrico Após 6 anos, 38,5% dos pacientes do
grupo que usou viscum álbum
Em estudo retrospectivo, Gün- estavam vivos contra 15% do grupo
czler e colaboradores compararam controle24.
67 pacientes que receberam viscum
álbum com 101 pacientes do grupo Câncer de Ovário
controle, após gastrectomia para
carcinoma gástrico e encontraram Um dos artigos considerados pela
sobrevida global aos 5 anos significa- meta-análise citada de Kiene como
tivamente maior no grupo que usou expressivo foi o estudo de Hassauer e
o medicamento21. colaboradores em carcinoma de ová-
rio, com 25 pacientes recebendo tra-
Câncer Colorretal tamento pós-operatório com viscum
álbum, comparados a 22 pacientes
A análise retrospectiva do viscum que receberam Cytoval® (citostático
album em pacientes com carcinoma usado na época do estudo). O grupo
de cólon e reto operados, feita por que usou o viscum album apresentou
Hellan e colaboradores, mostrou au- vantagens na sobrevida global aos 5
mento significativo da sobrevida e anos (16,7% contra 5,6%, respectiva-
diminuição das recorrências no gru- mente25.
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Imunomodulação Hepatite C
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Índice de assuntos
(refazer paginação Mb1)
Açaí 55, 56
Acidente vascular cerebral 297
Ácido ascórbico 119
Ácido fólico 119, 270, 277, 302
Ácido linolêico conjugado 201
Ácido para-aminobenzóico 239
Ácido ursólico Mb1
Acne 297
Agar-agar 72
AIDS 11, 62, 63, 87, 88, 108, 161,
163, 174, 186, 189, 194, 195,
221, 243, 298
Alcoolismo 298
Alga Espirulina 216
Algas 205, 212
Alginato 72
Alho 57, 298, 301, 303, 304, 305,
306, 307, 310, 344
Alopécia 299
Alzheimer, mal de 300
Amenorréia 301
Amidalite 302
Aminoácidos 7, 75, 77, 97, 139, 140
Anemia 302
Angélica 162, 172, 173, 315, 319,
326
Angina pectoris 303, 329
Arteriosclerose 304, 308
Artrite 195, 304, 305
Artrite reumatóide 195, 305
Artrose 195, 306
Asma 307
Astrágalo 163, 298
Aterosclerose 308
Aveia 65
385
307, 309, 321, 330, 340, 346
B
Babosa 163, 309, 311, 312, 317,
318, 323, 330, 348
Beta-caroteno 120
Betaína 210, 299, 314, 317, 319,
320, 326, 340, 341
Bioflavonóides 104, 119, 210, 228,
243, 247, 298, 299, 300, 301,
303, 304, 305, 306, 307, 308,
310, 311, 313, 317, 320, 321,
323, 324, 325, 326, 327, 328,
330, 331, 332, 334, 337, 340,
341, 342, 343, 344, 346, 349
Biominerais marinhos 205, 206
Biotina 117, 121
Boro 125, 206
Boswellia serrata
Bromelaína 154, 155, 165
Bromélia 165
Bronquite comum 308
Buchu 165, 312, 325, 345
Bursite 308
C
Cálcio 56, 75, 77, 123, 125, 132,
206, 278, 301, 302, 303, 304,
305, 306, 307, 308, 310, 314,
316, 317, 320, 321, 323, 328,
331, 332, 334, 337, 340, 341,
342, 343, 344, 345, 349
Câncer 26, 58, 62, 70, 76, 195, 309,
346, 347, 357, 368, 369, 370,
376, 377
Cárie dentária 310
Carnitina 142, 212, 301, 303, 304
Carotenóides 212
Cartilagem de tubarão 305, 306,
386
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Diabetes 51, 202, 203, 314 ferro 35, 40, 44, 45, 55, 57, 65, 75,
Diarréia 288, 290 83, 97, 122, 127, 128, 129,
Dimetionina 223 130, 134, 207, 209, 215, 239,
Dióxido de cloro - MMS 271, 272, 277, 278, 280, 302
Dismenorréia 315 Ferro 56, 77, 128, 206, 278, 302,
Diverticulose 316 310, 316, 338, 348
DMAE 223 Fibras 56, 69, 77, 279, 313, 314,
DMG 111, 112, 224, 299 317, 319, 343
DMSO 224 Fibromialgia 51, 195, 322
Doença celíaca 317
Dong Quai 315
E
Eczema 317
Efedra 173
Ejaculação precoce 318
Enxaqueca 312, 318
Enzimas do mamão
156
EPA 199, 224, 230, 231, 232, 361
Erva-de-são-joão 299, 308, 318, 321
Esclerose múltipla 319
Espirulina 208, 216, 305, 306, 320,
321, 323, 328, 331, 334, 338,
340, 341, 342, 343, 344, 349
Estresse 13, 28, 29, 43, 44, 47, 82,
93, 96, 106, 110, 120, 122,
123, 127, 128, 130, 132, 137,
138, 142, 146, 147, 150, 168,
179, 216, 297, 299, 303, 304,
312, 316, 318, 320, 321, 327,
328, 332, 342, 343, 349, 351,
367, 368
F
M
Magnésio 56, 77, 131, 206, 259,
260, 279, 301, 302, 303, 304,
305, 306, 307, 308, 309, 310,
311, 315, 316, 317, 318, 319,
320, 321, 322, 323, 326, 327,
328, 330, 331, 332, 334, 338,
339, 340, 341, 342, 343, 344,
345, 346, 348, 349
Maitake 73, 309
Mamão 77, 155
Manganês 77, 133, 206, 302, 315,
316, 321, 332, 345, 346
Manitol 233
Mastite 332
Mel 78
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398
Guia Base para prescrição em
nutrologia e terapia biomolecular
foi composto em tipologia Calibri,
corpo 9/14pt, e impresso em pa-
pel Couchê 90g. nas oficinas da
Tagore Editora.
...
LAVS DEO