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GARANHUNS
2023
JUCILENE RODRIGUES MORAES
GARANHUNS
2023
JUCILENE RODRIGUES MORAES
BANCA EXAMINADORA
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Orientador(a): Prof. (a). Me. Lucyana Barros Santana
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Prof.(a) Examinador 1
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Prof.(a) Examinador 2
AGRADECIMENTOS
Esta monografia trata sobre o direito à infância: uma analise dos meios para
se combater a pedofilia. Este estudo teve como indagações de pesquisa: Quais os
meios para se identificar casos de pedofilia? O pedófilo é considerado criminoso ou
doente mental? Dessa maneira, este trabalho visa a abordar a pedofilia e meios de
identificar a mesma para conseguir proteger as vítimas e punir os pedófilos perante
a Lei. Diante destes problemas, surgiu o seguinte objetivo geral: investigar os
direitos de criança e jovens no tocante à prevenção e combate à pedofilia resultado
do estado de vulnerabilidade em famílias disfuncionais, embora a violência sexual
ocorra em outras classes sociais mais favorecidas. A metodologia utilizada teve
quanto ao seu objetivo uma abordagem exploratória e a técnica de pesquisa
bibliográfica, como forma de embasamento em suas teorias e hipóteses para torná-
lo mais conhecido, claro e objetivo, facilitando, assim, a sua compreensão. É
importante salientar que no país contamos com órgão de enfrentamento e combate,
bem como uma ampla legislação que começa com o advento da Constituição
Federal e Estatuto da Criança e Adolescente, que garantem o combate ao abuso
sexual com esse público. Como principal resultado, o estudo observou que não é
possível traçar o perfil do pedófilo. Para medicina legal trata-se de um desvio na
conduta moral desses criminosos que os leva a sentir atração por crianças ou
adolescentes ainda sexualmente imaturos. Numa relação de dominação de poder
sobre o outro, que inclui desde carícias, manipulação genital, pornografia,
exibicionismo, até o ato sexual, com ou sem penetração, com ou sem violência.
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS.......................................................................06
2 ORIGEM DA PEDOFILIA.............................................................................08
2.1 Tipos de pedófilos.......................................................................................10
2.2 Modo de agir dos pedófilos........................................................................12
2.3 Estado psicológico do pedófilo.................................................................12
2.4 Pedofilia pode ser considerado crime?....................................................14
3 MEDIDA DE SEGURANÇA CONTRA O PEDÓFILO...................................16
3.1 Processo Jurídico.......................................................................................16
3.2 Constituição Federal/88..............................................................................17
3.3 Artigo 227.....................................................................................................17
4 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE.....................................20
4.1 ECA no Brasil e os seus direitos e garantias...........................................21
4.2 Artigo 241 do ECA e sua interpretação constitucional............................22
4.3 Código Penal............................................................................................... 22
5 METODOLOGIA...........................................................................................24
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................26
REFERÊNCIAS.............................................................................................28
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
2 ORIGEM DA PEDOFILIA
No Brasil, a legislação não considera a pedofilia como crime, visto que não
constitui um delito por estar presente somente no íntimo do sujeito. A partir
do momento que esse desejo é satisfeito, ou seja, o sujeito pedófilo passa
ao ato concreto e a liberdade sexual do vulnerável é violada, constitui um
crime passível de punição. A legislação pune as condutas praticadas pelo
agente pedófilo, associando-o a outros crimes e não ao fato de ter o
transtorno. Nesse sentido observa-se que a prisão sem um
acompanhamento adequado apenas constitui medida de sanção para o
pedófilo, visto que a patologia não turva totalmente sua mente, apenas faz
com que ele não consiga expor seus impulsos sexuais. No entanto, a
solução para o sujeito pedófilo não é trancafiá-lo por longos anos sem
nenhum tratamento clínico adequado (SANTOS; ETAPECHUSK, 2017).
Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a expressão “cena de sexo
explícito ou pornográfica” compreende qualquer situação que envolva
criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas,
ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins
primordialmente sexuais (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE,
1990).
O código penal considera crime a relação sexual ou ato libidinoso (todo ato
de satisfação do desejo, ou apetite sexual da pessoa) praticado por adulto
com criança ou adolescente menor de 14 anos. Conforme o artigo 241-B do
ECA é considerado crime, inclusive, o ato de “adquirir, possuir ou
armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro
que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou
adolescente (MPF, 2023, p. 5).
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através deste trabalho de conclusão de curso, foi realizado um estudo sobre o
Direito à infância: uma análise dos meios para se combater a pedofilia, sendo
possível salientar inicialmente que o pedófilo pode ser considerado sim, um doente
mental, mas caso chegue a praticar os atos de abusos contra criança ou
adolescente, em nosso país é visto como crime e pela lei, eles são punidos
severamente. Quanto às vítimas, infelizmente, por terem os seus direitos violados
precisam passar por um tratamento severo para conseguir superar os traumas e
conviver em sociedade da melhor forma possível.
Foi possível também compreender que casos de pedofilia podem ser
identificados, porém não é fácil identificar os sinais. Infelizmente, por os abusadores
serem pessoas de confiança e muito próximo as crianças e seus familiares, fica
difícil de proteger as crianças e adolescentes que são vítimas. A não ser em casos
em que as próprias vítimas tenham coragem de pedir a devida ajuda, caso as
mesmas sejam orientadas acerca de onde podem permitir ou não que as toquem.
Nos dias atuais, já são implementadas nas escolas ações onde as mesmas
ofertam palestras instrucionais sobre o assunto, com vídeos e imagens, com o
objetivo de alertar a família e as próprias crianças/adolescentes. Porém, nem todas
recebemas devidas intruções, tem medo e sofrem em silêncio, o tipo de abuso e
tornando-se pessoas com traumas e desconfiadas de todos a sua volta.
A análise realizada, neste trabalho motiva a construção de um novo olhar à
produção jurídica acerca do tema, a fim de que os órgãos estatais, através dos seus
agentes, possam de fato realizar ações para proteger de forma efetiva as crianças e
adolescentes institucionalizados, possibilitando uma maior contribuição à
restauração dos vínculos familiares e comunitários, efetivando deste modo as
políticas públicas elaboradas pelo legislador para este fim.
É imprescindível que a sociedade, no geral, seja conscientizada das mais
diversas formas, principalmente através da internet. Devem-se utilizar os recursos
tecnológicos para contribuir com a diminuição dos casos de pedofilias e assim,
conseguir cumprir e respeitar os direitos de cada criança ou adolescente.
Deste modo os objetivos deste trabalho de conclusão de curso foram
alcançados, na medida em que configurações dos direitos, garantias e proteção
integral, que sucintamente foram apresentando caminhos sobre a importância e
necessidade de atenção ao diploma da proteção integral à criança e ao adolescente.
Adentrando na medida de acolhimento, identifica-se que o posicionamento
elencado a respeito dessa temática, viabiliza que o fortalecimento das diretrizes e
políticas públicas para melhoria das instituições de acolhimento vem promovendo
mudanças significativas, e devido ao aumento da população infanto-juvenil que se
encontram em estado de vulnerabilidade.
Assim, este trabalho de conclusão de curso deixa em evidência que
teoricamente a existência de políticas públicas viabiliza garantir os direitos e
garantias das crianças e adolescentes institucionalizados, porém com o estudo
realizado foi demonstrada uma maior necessidade de atenção para que ocorra de
forma salutar a proteção das crianças e adolescentes contra os abusos sexuais/
pedofilia, sendo imprescindível para que isso ocorra, o estrito cumprimento das
determinações da Constituição Federal e do ECA que estabelecem a proteção
integral à criança e ao adolescente.
REFERÊNCIAS
ABE, Stephanie Kim. Conheça a história e a importância do Estatuto da Criança e
do Adolescente. Disponível em: https://www.cenpec.org.br/tematicas/conheca-a-
historia-e-a-importancia-do-estatuto-da-crianca-e-do-adolescente-eca. Acesso em: 24
mai. 2023.
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia
Científica. 6. ed São Paulo: Prentice Hall, 2019.
DIAS, Rejane. Projeto define crime de pedofilia no Código Penal. Disponível em:
< https://www.camara.leg.br/noticias/721950-projeto-define-crime-de-pedofilia-no-
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%C3%B3digo,de%20cenas%20de%20estupro%20de>. Acesso em: 11 abr. 2023.
FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina legal. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2017.
LINHARES, Rafaela. Código Penal: o que é e para que serve? Disponível em: <
https://www.politize.com.br/codigo-penal/>. Acesso em: 12 abr. 2023.
SALGADO, Danielle. Pesquisa descritiva: o que é como aplicá-la. Disponível em: <
https://blog.opinionbox.com/pesquisa-descritiva/>. Acesso em: 02 jun. 2023.