Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
LAVRAS –MG
2019
BRUNA BATISTA
LAVRAS –MG
2019
BRUNA BATISTA
LAVRAS –MG
2019
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus e a Nossa Senhora, por todas as bênçãos e por ter me
dado forças e sabedoria para alcançar esta vitória, sem eles nada conseguiria.
Dedico essa conquista aos meus pais, Raquel e Marcelo, que fizeram dos meus sonhos
os deles e trabalharam incansavelmente por essa vitória, sempre serei grata a vocês. Amo vocês!
A minha irmã Beatriz, minha amiga que me apoiou com palavras e gestos ao logo desta
conquista.
Agradeço ao meu namorado Júlio Cesar, por todo amor, carinho, incentivo e
compreensão, fundamentais nesta conquista.
Aos meus familiares, pelas orações e que de alguma forma me incentivaram a estar
aonde estou hoje.
Agradeço aos colegas e amigas que ganhei nessa caminhada pelos momentos
compartilhados e desejo a todos sucessos.
Aos amigos pela amizade e paciência e a todos que de alguma forma torceram por mim
para a realização deste sonho, toda a minha gratidão!
À minha orientadora Dra. Elisangela pela dedicação, incentivo e aprendizado. E a todos
que diretamente e indiretamente contribuíram para que eu pudesse concluir este trabalho.
Conhecimentos foram adquiridos e desafios foram superados!
MUITO OBRIGADA!
RESUMO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 9
2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 10
2.1 Processamento de Frutas ................................................................................................. 10
2.2 Legislação específica e definição de geleias de frutas.................................................... 10
2.3 Órgãos regulamentadores das legislações brasileiras ................................................... 12
2.4 Rotulagem ......................................................................................................................... 13
2.5 Produtos light e diet .......................................................................................................... 14
2.6 Informação nutricional .................................................................................................... 15
3 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................... 16
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................ 18
4.1 Conformidades e não conformidades dos rótulos ......................................................... 20
4.1.1 Legibilidade das informações do rótulo e Denominação do produto ....................... 20
4.1.2 Lista de ingredientes ..................................................................................................... 20
4.1.3 Informação sobre a presença ou ausência de glúten .................................................. 22
4.1.4 Conteúdo líquido ........................................................................................................... 22
4.1.5 Identificação de origem ................................................................................................. 22
4.1.6 Identificação do lote, prazo de validade e data de fabricação ................................... 23
4.1.7 Instruções sobre o armazenamento e data de validade após aberto......................... 23
4.1.8 Informação nutricional ................................................................................................. 24
4.1.9 Porção e medida caseira ............................................................................................... 26
4.1.10 Informação nutricional complementar (INC) .......................................................... 26
4.1.11 Requisitos sobre geleias para fins especiais .............................................................. 27
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 28
6. CONCLUSÃO .................................................................................................................... 28
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ................................................................................... 29
9
1 INTRODUÇÃO
conformidades e não conformidades nos rótulos das geleias, e verificar se os valores da tabela
de informação nutricional estão corretos.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.4 Rotulagem
A primeira norma decretada referente a rotulagem de alimentos no âmbito do Ministério
da Saúde, foi o Decreto-Lei n° 986 de 1969, que institui normas básicas sobre alimentos
(BRASIL, 1969). Nele determina que “todo o alimento será exposto ao consumo ou entregue à
venda depois de registrado no Ministério da Saúde”. Tal decreto, ainda em vigor, estabelece a
obrigatoriedade de informações como tipo de alimento, nome ou marca, nome do fabricante,
local da fábrica, número de registro no Ministério da Saúde, indicação do emprego de aditivos
intencionais, número de identificação da partida, lote, data de fabricação e indicação do peso
ou volume, que devem constar de forma legível nas embalagens dos produtos (BRASIL, 1969;
CÂMARA et al., 2008).
A Portaria do Inmetro n° 157, de 19 de agosto de 2002, que aprova o Regulamento
Técnico Metrológico que estabelece a forma de expressar o conteúdo nominal dos produtos pré
medidos, especifica que a indicação quantitativa deve constar no rótulo ou no corpo do produto
pré medido, na vista principal e em cor contrastante a que lhe servir de fundo (BRASIL,2002).
A ANVISA estabeleceu o regulamento técnico para rotulagem de alimentos embalados
que é a RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA N°259, de 20 de setembro de 2002. A
definição de rotulagem é dada por toda inscrição, legenda, imagem ou toda matéria descritiva
ou gráfica, escrita, impressa, estampada, gravada, gravada em relevo ou litografada ou colada
sobre a embalagem do alimento (BRASIL,2002b).
O regulamento técnico para rotulagem de alimentos embalados, diz que são informações
obrigatórias os seguintes dados: denominação de venda do alimento; lista de ingredientes;
conteúdos líquidos; identificação da origem; nome ou razão social; endereço do importador -
no caso de alimentos importados; identificação do lote; prazo de validade; instruções sobre o
preparo e uso do alimento, quando necessário (BRASIL,2002b). As informação não podem
levar o consumidor ao engano.
A RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA Nº 359, DE 23 DE DEZEMBRO
DE 2003 declara sobre o regulamento técnico de porções de alimentos embalados para fins de
rotulagem nutricional. A porção é definida como a quantidade média do alimento que deve ser
usualmente consumida por pessoas sadias (GRANDI AZ; ROSSI DA, 2010).
14
3 MATERIAIS E MÉTODOS
Para as geleias “diet” além da ficha de avaliação anterior, as mesmas foram avaliadas de
acordo com os requisitos da tabela 2, que fala sobre alimentos para fins especiais.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
No presente estudo, foi observado que nos mercados de Campo Belo – MG não havia uma
variedade de marcas de geleias, foram encontradas e utilizadas 5 marcas sendo identificadas
como A, B, C, D e E. Em alguns supermercados não se encontravam variedade de sabor e/ou
marca.
Conforme a Tabela 3, a marca E possui o maior preço de venda comparado as demais
marcas analisadas. Outra observação a ser feita é que as geleias “light” quando comparadas
com a tradicional, da mesma marca, possui um menor peso líquido. Em três marcas distintas
foi possível averiguar sabor amargo e doce ou ácido e doce simultâneos, chamados de agridoce.
19
A6 MENTA COM
SIM 320 14,90
HORTELÃ
B2 FRUTAS
SIM 260 12,90
VERMELHAS
D1 PIMENTA
SIM COM 250 13,90
JABUTICABA
De acordo com a Figura 1, observa-se que dos doze rótulos analisados, 17 % das
amostras estavam em conformidade com a legislação, ou seja, duas amostras. Sendo estas a
amostra A6 da marca A sabor de menta com hortelã e a amostra B1 da marca B sabor framboesa.
Os demais rótulos apresentaram uma ou mais não conformidades perante a legislação.
Figura 1. Porcentagem de rótulos conforme e não conforme com a legislação
RÓTULOS
conforme
17%
não
conforme
83%
1 3
4 1
1
A B C D E
LISTA DE INGREDIENTES
não conforme
33%
conforme
67%
alimentares, gergelim e a mostarda que não contam no anexo da RDC 26/2015, que dispõe
sobre os requisitos para rotulagem obrigatória dos principais alimentos que causam alergias
alimentares.
Figura 6. Informação presente no rotulo das amostras C1 e C2
IDENTIFICAÇÃO DE ORIGEM
não conforme
8%
conforme
92%
não conforme
8%
conforme
92%
Porém, conforme a Figura 12, 42% dos rótulos analisados, ou seja, 5 rótulos não
apresentaram conformidade com a legislação vigente em relação ao valor energético. Quando
era recalculado o valor energético com base nos valores dos nutrientes citados na tabela,
continham uma variação de mais ou menos 2% a 4% do valor energético do que deveria estar
citado na tabela nutricional. Sendo estes todos da mesma marca, as amostras A1, A2, A3, A4 e
A5.
25
VALOR ENERGÉTICO
não
conforme
42% conforme
58%
% VALOR DIARIO
não
conforme
conforme
42%
58%
INC
não conforme
33%
conforme
67%
GELEIAS DIET
NÃO
CONFORME
CONFORME
50%
50%
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
No presente estudo foi possível verificar que existe uma legislação pertinente, mas será
que ela é realmente suficiente, necessária e foi devidamente apresentada às indústrias e aos
pequenos produtores. Pois, os resultados obtidos nos mostram que as marcas analisadas
apresentaram inconformidades com a legislação vigente.
Se existe tanta lei a ser cumprida, porque a fiscalização está tão escassa? Encontramos
tantas geleias de frutas no mercado com rotulagem irregular. Levando o consumidor ao engano
e, até mesmo, comprometendo a sua segurança alimentar.
Para cada tipo de produto deveria existir um banco de dados no qual se encontrasse
todas as leis que esse produto deve, obrigatoriamente, cumprir. Os órgãos regulamentadores
devem orientar as indústrias, tanto as de pequeno porte quanto as de grande porte, sobre a
responsabilidade e a importância de atender as leis.
Grande parte das industrias tem o sistema de atendimento ao consumidor (SAC), nele o
consumidor tem o direito de fazer reclamações, dar sugestões, pedir informações. Pela
ANVISA, através da ouvidoria, pode-se se fazer denúncias, reclamações, sugestões entre
outras.
As empresas têm um prazo estabelecido pela legislação para se adequarem à mesma, e
o seu descumprimento constitui ato de infração sanitária que gera multas às empresas, podendo
ser até interditadas.
6. CONCLUSÃO
Dos 12 rótulos analisados, somente 17% dos rótulos estavam em conformidade com a
legislação brasileira em vigor. Os demais 83% apresentaram uma ou mais irregularidades.
Sendo assim pode se concluir que a maioria das amostras analisadas apresentaram
inconformidades de acordo com a legislação vigente.
No entanto é discutível a responsabilidades das indústrias, de elas não atenderem o
propósito da legislação e até mesmo de não ser conhecidas por elas as informações obrigatórias
presente na legislação vigente e como estas devem ser descritas. Sendo necessário um controle
mais intensificado por parte dos órgãos competentes, ou seja, uma maior fiscalização da
vigilância sanitária. Apontando os erros que devem ser corrigidos e capacitar as indústrias
alimentícias para que não aja divergências nas informações apresentadas nos rótulos, levando
maior credibilidade e segurança aos consumidores.
29
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
ALBUQUERQUE, J. P.; NACCO, R.; FARO, A. Avaliação global de geleias de uva através
do método de dados difusos. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. 16, n. 3, p. 250-254, 1996.
BAUER, Vanessa Ribeiro Pestana; WALLY, Ana Paula; PETER, Marcelo Zaffalon.
Tecnologia de frutas e hortaliças. Tec_Frut_Horta_Book_Ag.indb. Pelotas: Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul-Rio-Grandense, 2014. Disponível em:
<http://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/1480/Tec_Frut_Horta_Book_Ag.pdf?sequ
ence=1&isAllowed=y>. Acessado em novembro de 2019
BRASIL. Lei nº. 8.078, de 11 de setembro de 1990. Código de Defesa do Consumidor. Dispõe
sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm>. Acessado em novembro de 2019.
BRECHT, J. K. et al. Postharvest physiology of edible plant tissue. In: DAMORADAN, S.;
PARKIN, K. L.; FENNEMA, O. R. Fennema´s food chemistry. Boca Ranton: CRC, 2008. p.
1042-1043.
32
GRANDI AZ, ROSSI DA. Avaliação dos itens obrigatórios na rotulagem nutricional de
produtos lácteos fermentados. Rev Inst Adolfo Lutz. São Paulo, 2010; 69(1):62-68.
33
JORGE, N. Embalagem para alimentos. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2013. 194 p.
NUNES, M.C.D. et al. Aspectos relacionados às embalagens para sobremesas lácteas. Bol.
Inst. Adolfo Lutz, v.1, p.14-19, 1998.
PEREIRA, H.L.et al. Produção de geleia mista “geleado”. Revista Faculdade Montes Belos.
2014; 7: 130-153.
TAVARES, L.B.B. et al. Avaliação das informações contidas nos rótulos das embalagens
de geleias e doces sabores morango e tutti-frutti. Alimentos e Nutrição (Araraquara), v.14,
n.1, p. 27-33, 2003.