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ª série
de 31 de outubro
CAPÍTULO I
Disposições gerais
Artigo 1.º
Objeto
Artigo 2.º
Âmbito
CAPÍTULO II
Acesso à atividade
Artigo 3.º
Requisitos
Artigo 4.º
Licenciamento da atividade de operador de táxi
1 — A atividade de operador de táxi só pode ser exercida por empresas, incluindo empresários
em nome individual, cooperativas e estabelecimentos individuais de responsabilidade limitada,
licenciadas para o efeito pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I. P. (IMT, I. P.)
2 — A licença para o exercício da atividade de operador de táxi consubstancia-se num alvará,
intransmissível, emitido por um prazo de cinco anos e renovável, por iguais períodos, mediante
comprovação de que se mantêm preenchidos os requisitos de acesso à atividade.
Artigo 5.º
Procedimento administrativo
Artigo 6.º
Idoneidade
1 — Para efeitos do disposto na alínea b) do n.º 2 do artigo 3.º, são consideradas idóneas as
pessoas relativamente às quais não se verifique qualquer dos seguintes factos:
2 — Para efeitos do disposto no número anterior, o IMT, I. P., consulta regularmente os registos
necessários, nomeadamente os certificados do registo criminal dos titulares dos órgãos de admi-
nistração, direção ou gerência da empresa ou do empresário em nome individual, sendo o caso.
3 — A condenação pela prática de um dos crimes previstos na alínea b) do n.º 1 não afeta a
idoneidade de todos aqueles que tenham sido reabilitados, nos termos do disposto nos artigos 11.º
e 12.º da Lei n.º 37/2015, de 5 de maio, na sua redação atual.
Artigo 7.º
Falta superveniente de requisitos
Artigo 8.º
Registo e dever de informação
CAPÍTULO III
Artigo 9.º
Veículos
1 — Nos transportes em táxi só podem ser utilizados veículos automóveis ligeiros de passa-
geiros de matrícula nacional, com lotação não superior a nove lugares, incluindo o do condutor,
equipados com taxímetro, que cumpram as normas e características definidas no número seguinte
e conduzidos por motoristas habilitados para o efeito, com certificado de motorista de táxi.
2 — As normas de identificação, o tipo de veículo, as condições de afixação de publicidade e
outras características a que devem obedecer os táxis são estabelecidas por portaria do membro do
Governo responsável pela área dos transportes, aplicando-se, nos termos da legislação em vigor,
um regime especial de inspeção aos veículos que considera, designadamente, as condições de
funcionamento e segurança do equipamento e as condições de segurança do veículo, bem como
o seu estado de conservação, exterior e interior, e de comodidade.
3 — A portaria prevista no número anterior deve estabelecer uma meta para a descarbonização
do setor até 2030, sem prejuízo de as autoridades de transportes poderem definir uma meta mais
ambiciosa no âmbito dos concursos de atribuição de licenças previstos no artigo 16.º
Artigo 10.º
Exercício da profissão
Artigo 11.º
Taxímetro e sistema de faturação
a) Estar equipados com taxímetro homologado e aferido pelas entidades reconhecidas para
efeitos de controlo metrológico dos aparelhos de medição de tempo e distância; e
b) Dispor de faturação eletrónica, de acordo com programa certificado pela AT e conectado
ao taxímetro.
Artigo 12.º
Competências das autoridades de transportes
d) Fixar as tarifas específicas aplicáveis ao seu território, de acordo com as regras e princípios
definidos no regulamento a que se refere o n.º 1 do artigo 20.º;
e) Fiscalizar as matérias por si regulamentadas, incluindo as definidas em concurso para a
atribuição de licenças ao abrigo do contingente definido nos termos da alínea a).
Artigo 13.º
Organização geográfica e acordos intermunicipais
Artigo 14.º
Licenças de táxi
1 — Os veículos afetos ao serviço público de transporte em táxi estão sujeitos a licença a emitir
pela autoridade de transportes competente, nos termos do previsto nos artigos anteriores.
2 — Salvo motivo de força maior, a licença do táxi caduca se não for iniciada a exploração no
prazo fixado pela autoridade de transportes, que não pode ser inferior a 90 dias.
3 — A licença de táxi emitida pela autoridade de transportes deve estar a bordo do veículo,
em suporte de papel ou digital, desde que contenha os elementos essenciais do modelo previsto
no artigo 42.º
4 — A transmissão ou transferência das licenças dos táxis, entre operadores devidamente
habilitados com alvará, deve ser previamente comunicada à autoridade de transportes emissora
da licença.
5 — A transmissão das licenças referida no número anterior é exclusiva para operadores de táxi.
6 — Sempre que haja mudança de operadores de táxi por transferência da licença do táxi,
nos termos dos números anteriores, deve manter-se o número da licença atribuído pela respetiva
autoridade de transportes, mesmo que se verifique a emissão de nova licença.
Artigo 15.º
Definição de contingentes
2 — Os termos gerais dos programas de concurso são definidos por regulamento da autori-
dade de transportes, devendo estes obedecer aos princípios da igualdade, transparência e não
discriminação entre operadores e de promoção da qualidade dos serviços de táxi oferecidos aos
utilizadores, tendo em conta, designadamente, os seguintes fatores de valorização preferencial:
a) Idade dos veículos após a primeira matrícula e recurso a veículos de baixas emissões,
considerando a sua eficiência ambiental e energética;
b) A modernização de sistemas de pagamento, incluindo a disponibilização de pagamento
através de meios eletrónicos.
Artigo 18.º
Tipos de serviço
Artigo 19.º
Regimes de estacionamento
Artigo 20.º
Regime tarifário
4 — O operador de táxi deve manter afixado no veículo, em local visível e de fácil consulta
pelo passageiro, o tarifário em vigor.
Artigo 21.º
Reserva
1 — O serviço de táxi pode ser contratado mediante subscrição e reserva prévias efetuadas
através de plataforma de reserva, de central telefónica ou através de contrato escrito, que pode
assumir a forma digital.
Diário da República, 1.ª série
2 — No caso a que se refere o número anterior, os valores das tarifas devem respeitar as
regras e princípios estabelecidos no regulamento a que se refere o n.º 1 do artigo anterior, bem
como, se aplicável, as regras e princípios estabelecidos nos regulamentos aprovados pelas auto-
ridades de transportes.
Artigo 22.º
Plataforma de serviços de táxi
Artigo 23.º
Livro de reclamações
1 — Deve ser disponibilizado livro de reclamações, no formato físico ou eletrónico, nos termos
do Decreto-Lei n.º 156/2005, de 15 de setembro, na sua redação atual, conforme os casos, sendo
a AMT a entidade competente para os efeitos de tratamento de reclamações.
2 — Os veículos devem indicar, em formato visível, as ligações ao livro de reclamações eletró-
nico e o endereço de correio eletrónico de reclamações da AMT, bem como os meios de resolução
alternativa de litígios existentes e mencionar o direito do consumidor à arbitragem necessária.
Artigo 24.º
Prestação de serviços
Artigo 25.º
Suspensão do exercício da atividade
Artigo 26.º
CAPÍTULO IV
Regimes especiais
Artigo 27.º
Artigo 28.º
Artigo 29.º
Artigo 30.º
Transportes de bagagens e de animais
CAPÍTULO V
Artigo 31.º
Revogação
1 — O alvará para a atividade dos operadores de táxi é revogado pelo IMT, I. P., quando:
Artigo 32.º
Caducidade
CAPÍTULO VI
Artigo 33.º
Supervisão e regulação
3 — Para os efeitos previstos nos números anteriores, o IMT, I. P., e a AMT podem solicitar
às autoridades de transportes e aos operadores de táxi, bem como às plataformas de reserva,
todas as informações que se afigurem necessárias, nomeadamente as que resultem do exercício
da atividade.
4 — Sem prejuízo do disposto no n.º 2, a publicação, divulgação e disponibilização, para con-
sulta ou outro fim, da informação que, pela sua natureza e nos termos legalmente previstos, possa
ou deva ser disponibilizada ao público, deve ser efetuada em formatos abertos, que permitam a
leitura por máquina, para ser colocada ou indexada no Portal de Dados Abertos da Administração
Pública.
Artigo 34.º
Entidades fiscalizadoras
a) IMT, I. P.;
b) AMT;
c) Guarda Nacional Republicana;
d) Polícia de Segurança Pública;
e) Polícia municipal;
f) Autoridades de transportes;
g) Comissão Nacional de Proteção de Dados.
Artigo 35.º
Contraordenações
Artigo 36.º
Falta de apresentação de documentos
1 — Se, no ato de fiscalização, não for apresentada a licença de táxi em violação do disposto
no n.º 3 do artigo 14.º, a entidade fiscalizadora notifica o motorista de táxi para apresentar o docu-
mento em falta no prazo de oito dias.
2 — A não apresentação do documento em falta no prazo fixado no número anterior é punível
nos termos da alínea h) do n.º 1 do artigo anterior.
3 — A apresentação da licença de táxi no prazo de oito dias é punível com coima de € 100 a
€ 250.
Artigo 37.º
Competência para o processamento e aplicação das coimas
a) Ao IMT, I. P., relativamente às infrações previstas nas alíneas a) a g), q), w) e x) do n.º 1
do artigo 35.º
b) Às autoridades de transporte, relativamente às infrações previstas nas alíneas h), i), j), k),
n), r), s), u) e v) do n.º 1 do artigo 35.º
c) À AMT, relativamente às infrações previstas nas alíneas l), m), o), p), t), e x) do n.º 1 do
artigo 35.º
2 — Cabe ao IMT, I. P., à AMT e às autoridades de transportes respetivas organizar, nos termos
da legislação em vigor, o registo das infrações cometidas.
Diário da República, 1.ª série
3 — Se, no exercício dos seus poderes de fiscalização, qualquer uma das entidades detetar
factos ilícitos, passíveis de constituírem contraordenação, cuja instauração e instrução do processo
não seja da sua competência, lavra o respetivo auto de notícia, e remete-o à entidade competente.
4 — A aplicação das coimas é da competência do órgão máximo dos organismos referidos
no n.º 1.
Artigo 38.º
Imputabilidade das infrações
1 — As infrações previstas nas alíneas a), j), n), q) e w) do n.º 1 do artigo 35.º são da respon-
sabilidade do motorista de táxi.
2 — As infrações previstas na alínea o) do n.º 1 do artigo 35.º são da responsabilidade da
entidade detentora da plataforma.
3 — As infrações previstas nas alíneas b) a i), k) a m), p), r) a v) e x) do n.º 1 do artigo 35.º
são da responsabilidade da entidade detentora do alvará.
Artigo 39.º
Sanções acessórias
1 — Com a aplicação da coima prevista na alínea b) do n.º 1 do artigo 35.º, pode ser decretada
sanção acessória de interdição do exercício de atividade de operador de táxi.
2 — Com a aplicação de qualquer das coimas previstas nas alíneas e), g) e h) do n.º 1 do
artigo 35.º, pode ser decretada sanção acessória de suspensão da licença do veículo ou alvará.
3 — No caso de suspensão de licença ou alvará, nos termos do número anterior, a entidade
infratora é notificada para proceder voluntariamente ao depósito do respetivo alvará no IMT, I. P.,
sob pena de apreensão.
4 — As sanções acessórias a que se referem os números anteriores têm a duração máxima
de dois anos, contados a partir da decisão condenatória definitiva.
Artigo 40.º
Produto das coimas
O produto das coimas é distribuído da seguinte forma, constituindo receita própria das enti-
dades:
CAPÍTULO VII
Artigo 41.º
Meios extrajudiciais de resolução de litígios
Artigo 42.º
Modelos das licenças e dos alvarás
Os modelos das licenças e dos alvarás previstos no presente decreto-lei são aprovados por
deliberação do conselho diretivo do IMT, I. P.
Artigo 43.º
Avaliação do regime
Artigo 44.º
Regulamentação
O regulamento previsto no n.º 1 do artigo 20.º é aprovado no prazo de um ano após a entrada
em vigor do presente decreto-lei.
Artigo 45.º
Disposições transitórias
Artigo 46.º
Norma revogatória
São revogados:
Artigo 47.º
Entrada em vigor
Publique-se.