No terceiro segmento do texto de Antunes, ela explica os parâmetros da
avaliação textual, em que se levam conta o conhecimento dos alunos quanto a elementos linguísticos, elementos de textualização e elementos de estatuto pragmática. O texto então aborda as repercussões desses parâmetros de ensino para professor e aluno. Nessa perspectiva, define para o professor métodos que devem ser trabalhados em sala de aula para a harmonização do seu trabalho em sala de aula e no ambiente escolar. São elas: Avaliação da totalidade, buscando analisar os acertos e as tentativas mal sucedidas; Avaliação equilibrada, separando o sentimento na hora de avaliar; Avaliação consistente sem a visão distorcida e demagógica que se manifesta numa "retórica complacente e populista" de aceitar qualquer coisa que o aluno escreve; Avaliação responsável pela qual o professor não foge à sua função de ensinar; Avaliação significativa cujos resultados retornam à sala de aula, para guiar, orientar o professor na continuidade de seu trabalho, em função, das necessidades evidenciadas. Das repercussões do aluno, o texto trabalha a possibilidade do crescimento à autonomia que ele precisa adquirir; O entendimento de que as restrições da norma-padrão são, como tantas outras, convenções sociais a que nos sujeitamos pela nossa própria condição de seres "situados" e a compreensão dos géneros textuais como modelos sociais de escrita que oportunize o acesso ao desenvolvimento de competências, a fim de se capacitar para responder às exigências das sociedades letradas. Para a efetivação dessas repercussões, o texto comenta que a escola deveria passar por mudanças na sua linha de trabalho. Sobre isso, referindo-se ao trabalho de leitura e produção de texto, sugere que a escola de priorizar essas práticas para um desenvolvimento íntegro, não se restringindo apenas a momentos de avaliação. Outra implicação, de ordem institucional, motivada por uma perspectiva mais complexa e mais significativa de avaliação, diz respeito à formação do professor. Sua formação deve ser bem ampla. Resumindo, a escola deve sobressair as práticas monótonas, podendo ocupar todo o ambiente escolar e a comunidade onde está inserida. O texto faz uma reflexão sobre as práticas educacionais, que é complexa, multidimensional e utópica. Em suma, reflete como desenvolver uma educação com seriedade e sem utopia. Considerando que ensinar e aprender são duas faces da mesma realidade, o professor deve estabelecer práticas harmoniosas que estabeleçam ordem nessas duas faces.