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ANÁLISE DAS METODOLOGIAS DE DIMENSIONAMENTO E

EFICIÊNCIA HIDRÁULICA DE DESCIDAS D’ÁGUA EM


DEGRAUS
ASSESSMENT OF THE DIMENSIONING AND HYDRAULIC
EFFICIENCY OF STEPPED SPILLWAYS
Letícia Karine Sanches Brito - leticiabrito@ste-simemp.com.br - https://orcid.org/0000-0002-7905-5340
Renan Ribeiro Guzzo - renan.guzzo@dnit.gov.br - https://orcid.org/0009-0000-4914-3502
Meiry Elizabeth dos Santos - meiry.santos@dnit.gov.br - https://orcid.org/0009-0007-2801-8455
Simoneli Fernandes Mendonça - simoneli.fernandes@dnit.gov.br - https://orcid.org/0009-0003-9163-549X
Alex de Sousa Bento - alex.bento@dnit.gov.br - https://orcid.org/0009-0002-2342-4538

DOI: XXX.XXX.XXX.XXX

RESUMO: As descidas d’água são definidas como dispositivos que possibilitam o escoamento das
águas conduzidas pelas sarjetas, meios-fios, valetas, bueiros ou galerias, e que vertem sobre os
taludes de corte ou aterros (DNIT, 2004). O dimensionamento hidráulico deste dispositivo pode ser
realizado pelo método do perfil da linha d’água ou pelo método empírico (DNIT, 2006). No Manual de
Drenagem de Rodovias (DNIT, 2006), não existem referências para o dimensionamento de descidas
em degraus. Para o dimensionamento hidráulico de estruturas em degraus foram utilizados os métodos
Skimming flow e Nappe flow com base em experimentos encontrados na bibliografia. Nesse contexto,
o objetivo deste trabalho foi investigar as metodologias de dimensionamento das descidas em degraus
com base no referencial publicado no Manual de Drenagem de Rodovias (DNIT, 2006). Verificou-se no
diagnóstico que é necessário a alteração da geometria das descidas em degraus, pois as seções atuais
são insuficientes de acordo com a análise hidráulica utilizando o Skimming flow e o Nappe flow. Desta
forma, com base na análise realizada nesta pesquisa, destacam-se esforços necessários para revisão
do Manual de Drenagem de Rodovias (DNIT, 2006).

PALAVRAS-CHAVE: descidas d’água; Skimming flow; Nappe flow; drenagem de rodovias.

ABSTRACT: Spillways are defined as devices that allow the flow of water conducted by gutters, curbs,
ditches, culverts or galleries, and that spill over the cutting slopes or landfills (DNIT, 2004). The hydraulic
dimensioning of this device is made by the direct step or empirical methods. The Highway Drainage
Manual (DNIT, 2006) has no references for stepped spillway design. The Skimming flow and Nappe
flow methods were used for the hydraulic design of step structures based on experiments found in the
bibliography. This work aimed to investigate the design methodologies for stepped spillways based on
the reference published in the Highway Drainage Manual (DNIT, 2006). It was verified in the diagnosis
that it is necessary to change the geometry of the devices because the current sections are insufficient
according to the hydraulic analysis using the Skimming flow and the Nappe flow. Thus, based on the
analysis carried out in this research, efforts are needed to revise the Highway Drainage Manual (DNIT,
2006).

KEYWORDS: stepped spillways; Skimming flow; Nappe flow; highway drainage.

Submetido em 27/05/2023 e aceito em 14/08/2023. 74


BRITO, L. K. S.; GUZZO, R. R.; SANTOS, M. E.; MENDONÇA, S. F.; BENTO, A. S.

1 INTRODUÇÃO escoamento, parâmetros que estão relacionados


No âmbito do Departamento Nacional de à altura e declividade do talude.
Infraestrutura de Transportes (DNIT) as descidas No tocante ao dimensionamento hidráulico, o
d’água são definidas como dispositivos que Manual de Drenagem de Rodovias (DNIT, 2006)
possibilitam o escoamento das águas conduzidas estabelece que as descidas d’água podem ser
pelas sarjetas, meios-fios, valetas, bueiros ou dimensionadas pelo método do perfil da linha
galerias, e que vertem sobre os taludes de corte d’água (escoamento gradualmente variado) ou
ou aterros (DNIT, 2004). Em cortes, as descidas pelo método empírico.
d’água conduzem a água coletada pelas valetas O perfil da linha d’água pode ser computado
ou sarjetas, quando atingem seu comprimento pela metodologia do método do passo direto -
crítico, desaguando numa caixa coletora ou na Direct Step Method ou pelo método do passo
sarjeta de corte (DNIT, 2006). Nos aterros, padrão - Standard Step Method (Chow, 1971). Por
conduzem as águas provenientes das sarjetas ou sua vez, o método empírico consiste na
meios-fios, quando é atingido seu comprimento determinação da largura da descida e da altura da
crítico até os pontos baixos, desaguando no parede do canal, com base na vazão, utilizando
terreno natural (DNIT, 2006) ou a jusante de uma equação análoga à de um vertedor.
bueiros e galerias, quando necessário. De acordo Um dos problemas associados ao
com o Manual de Drenagem de Rodovias (DNIT, subdimensionamento de estruturas hidráulicas
2006), a escolha das descidas d’água, entre o tipo em degraus é a ocorrência de erosão nas laterais
rápido ou em degraus, depende da necessidade e a jusante do dispositivo. Isto pode ser
de dissipação de energia e da velocidade do evidenciado por algumas ocorrências de campo
(Figura 1).

Figura 1 – Erosão em descidas d’água em degraus (a) Erosão nas bordas e (b) Erosão nas bordas e a jusante

(a) (b)

Fonte: Consórcio Skill/MPB (2019)

Para o dimensionamento hidráulico de nesses dispositivos. De acordo com esses


estruturas em degraus, a literatura apresenta experimentos, o escoamento nesses dispositivos
alguns estudos, como os experimentos realizados pode ser dividido em duas classes que estão
por Essery e Horner (1971) e Sorensen (1985) associadas às vazões de concentração sobre
apud Rajaratnam1990), aplicados em vertedouros eles: o escoamento Nappe flow (em quedas
em degraus, cujo enfoque principal caracteriza-se sucessivas) e o Skimming flow (deslizante sobre
por avaliar o potencial de dissipação de energia turbilhões).

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O regime Nappe flow caracteriza-se pela conforme mencionado anteriormente.


formação de ressaltos nos degraus, e o Skimming
2.1 MÉTODO EMPÍRICO
flow, por sua vez, possui a formação de
O método empírico consiste na utilização de
turbilhonamento (Rajaratnam, 1990). Portanto, o
uma equação análoga à de um vertedor para o
comportamento hidráulico destes regimes de
escoamento não é representado pelas equações cálculo das dimensões da descida d’água. Para

convencionais do regime de escoamento utilização do método empírico, fixa-se o valor da


largura da base da descida e determina-se a
gradualmente variado ou pela fórmula de
altura da seção por meio da Equação 1 (DNIT,
Manning.
O objetivo deste trabalho foi investigar as 2006):

metodologias de dimensionamento das descidas 𝑄𝑄 = 2,07. 𝐿𝐿0,9 . 𝐻𝐻1,6 (1)


d’água em degraus publicadas no Álbum de Onde:
Dispositivos de Drenagem - Publicação IPR 736 Q é a vazão de projeto a ser conduzida em m³/s;
(DNIT, 2018) com base no referencial publicado L é a largura da descida em m;
no Manual de Drenagem de Rodovias (DNIT, H é a altura média das paredes em m.
2006). Para determinação da velocidade no pé da
Utilizou-se para simulação hidráulica o descida, no método empírico, utiliza-se a
software livre SISCCOH - Sistema para Cálculos Equação 2 (DNIT, 2006):
de Componentes Hidráulicos desenvolvido em
𝑉𝑉𝑏𝑏 = √2. 𝑔𝑔. ℎ𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 (2)
Visual Basic.NET pela Universidade Federal de
Minas Gerais - UFMG - Departamento de Onde:
Hidráulica e Recursos Hídricos - EHR (UFMG, Vb é a velocidade no pé da descida em m/s;
2019), com base nas condições de contorno da g é a aceleração gravitacional m/s²;
capacidade hidráulica dos dispositivos de haterro é a altura do aterro em m.
montante. Com base no cálculo da velocidade no pé da
Neste caso, os dispositivos de montante são descida, Vb, determina-se o dispositivo de
os modelos de meios-fios, sarjetas, valetas e amortecimento de energia e finaliza-se o
bueiros funcionando como canal que estão dimensionamento.
publicados no Álbum de Dispositivos de Ao aferir as alturas de parede calculadas com
Drenagem (DNIT, 2018) e sua Emenda 1 (DNIT, base no método empírico, verifica-se que este
2022). superdimensiona as estruturas hidráulicas e
apresenta uma aproximação inexata da
2 ANÁLISE DOS MÉTODOS DE
DIMENSIONAMENTO DAS DESCIDAS velocidade final do escoamento, podendo afetar o
D’ÁGUA dimensionamento de dissipadores de energia.
Nesta seção serão descritos e analisados os
métodos de dimensionamento empírico e o 2.2 MÉTODO DO PERFIL DA LINHA D’ÁGUA

método do perfil da linha d’água que estão Para o segundo método preconizado pelo

indicados no Manual de Drenagem de Rodovias Manual de Drenagem de Rodovias (DNIT, 2006),

(DNIT, 2006), bem como os métodos Skimming deve-se determinar o perfil da linha d’água,

flow e Nappe flow apresentados na literatura considerando o regime de escoamento


gradualmente variado. A determinação do perfil da
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linha d’água em canais sob o regime de I é a declividade do canal em m/m;


escoamento gradualmente variado pode ser n é a rugosidade de Manning;
realizado pelo “Standard Step Method” - Método b é a largura da descida, seção retangular em m.
do Passo Padrão ou pelo “Direct Step Method” - Conforme o Manual de Drenagem (DNIT,
Método do Passo Direto (Porto, 2006). 2006) a seção de controle do escoamento na
Primeiramente, para o cálculo com o método descida d’água está na entrada d’água, logo,
do passo direto, determina-se a declividade da assume-se que a água entrará na descida, na
linha de energia, Equação 3 (Ven Te Chow, 1971): profundidade crítica “yc”. Desta forma, tem-se a
2 configuração do perfil d’água em escoamento
𝑄𝑄. 𝑛𝑛
𝐼𝐼𝑓𝑓 = ( 2/3
) (3) supercrítico, onde a variação do perfil tende a
𝐴𝐴. 𝑅𝑅ℎ
profundidade de escoamento normal “yn”.
Onde:
Ao analisar a metodologia discorrida neste
Q é a vazão em m³/s;
item, não é citada a adoção de um coeficiente de
If é a declividade da linha de energia em m/m; rugosidade de Manning diferenciado para se
n é a rugosidade de Manning adimensional; considerar o dimensionamento da descida em
A é a área da Seção em m²; degraus. Portanto, mesmo que se tenha a
Rh é o raio hidráulico em m. possibilidade de realizar o dimensionamento por
Com a determinação da declividade da linha esta metodologia, não há uma referência de
de energia, verifica-se o regime de fluxo, este parâmetros para fazê-lo.
pode ser crítico, subcrítico ou supercrítico, a O parâmetro de rugosidade de Manning para
depender do número de Froude e da declividade esta metodologia pode ser obtido
do canal. A determinação da profundidade do experimentalmente conforme ressaltado por
regime crítico para canais retangulares é Ghare (2005). O autor desenvolveu modelos
realizada pela Equação 4 (Chanson, 2004): reduzidos de descidas em degraus, onde
apresentaram-se resultados de rugosidade de
3 𝑄𝑄2
𝑦𝑦𝑐𝑐 = √ (4) Manning para os degraus variando de 0,0324 a
𝑔𝑔. 𝑏𝑏²
0,0900.
Onde:
Ao testar as vazões das descidas em
yc é a profundidade crítica em m;
degraus, de maneira a se obter o perfil da linha
Q é a vazão em m³/s;
d’água considerando a rugosidade obtida
g é a aceleração gravitacional de 9,81 m/s²; experimentalmente por Ghare (2005) e a
b é a largura da descida d’água em m.. profundidade crítica como seção de controle de
A definição da profundidade em regime montante, observou-se que altas rugosidades
normal é realizada iterativamente de modo a alteram o comportamento da linha de energia, que
satisfazer a Equação 5 (Akan, 2006): tende a apresentar uma maior declividade. Desta
1 (𝑏𝑏. 𝑦𝑦𝑛𝑛 )5/3 forma, ao invés de uma tendência decrescente da
𝑄𝑄 = . . 𝐼𝐼1/2 (5)
𝑛𝑛 (𝑏𝑏 + 2𝑦𝑦𝑛𝑛 )2/3 lâmina de escoamento, partindo da profundidade
Onde: crítica tendendo a profundidade normal, tem-se
Q é a vazão em m³/s; um resultado crescente da lâmina de
yn é a profundidade normal em m; escoamento.

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Portanto, o comportamento do perfil da linha representa o comportamento do escoamento em


d’água, considerando-se uma maior rugosidade degraus, conforme pode ser visualizado nos
para representar o efeito dos degraus, não modelos experimentais retratados na Figura 2.

Figura 2 – Modelos experimentais de escoamento em degraus (a) Nappe flow, (b) Skimming flow

(a) (b)

Fonte: Chanson et al. (2015)

Com o avanço das pesquisas no âmbito do (turbilhão deslizante) a água desliza sobre os
regime de escoamento em degraus, existem degraus e sua energia é amortecida pelo turbilhão
softwares que foram desenvolvidos com maior recirculante preso entre os degraus. A dissipação
acurácia para determinação dos parâmetros de energia aumenta com a transferência de
hidráulicos necessários para o dimensionamento momento para o fluido recirculante no turbilhão
das descidas de água em degraus, que conforme (Rajaratnam, 1990).
destacado na Figura 2, apresenta a formação de Para diferenciar a ocorrência entre os dois
turbilhões e ressaltos. tipos de escoamento, Skimming flow ou Nappe
Nas subseções a seguir serão descritas as flow, calcula-se a profundidade crítica tendo-se
metodologias Skimming flow e Nappe flow, em mãos a vazão de projeto, largura do canal, e
desenvolvidas especificamente para representar logo após determina-se o comprimento e altura do
o comportamento do escoamento em degraus. degrau (Chanson, 2004), conforme Equações 6 e
7:
2.3 METODOLOGIA SKIMMING FLOW E
NAPPE FLOW 𝑑𝑑𝑐𝑐 ℎ
> 1,20 − 0,325. ( )
ℎ 𝑙𝑙 (6)
Em descidas d’água em degraus se
→ 𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓
desenvolvem duas tipologias de escoamento, a
𝑑𝑑𝑐𝑐 ℎ (7)
depender da vazão de projeto, da geometria do < 0,89 − 0,4. ( )
ℎ 𝑙𝑙
canal e dos degraus, o Skimming flow e o Nappe
→ 𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓 , 𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠, 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟
flow (Chanson, 2004).
Onde:
No regime de escoamento Nappe flow
dc é a profundidade crítica em m;
(ressaltos sucessivos) o fluxo de cada degrau
h é a altura do degrau em m;
atinge o degrau abaixo como um jato
l é ocomprimento do degrau em m.
descendente, com a dissipação de energia
Caso o regime de escoamento não se
ocorrendo pela quebra do jato no ar, com ou sem
enquadre nas condições de contorno das
formação de ressalto hidráulico parcial no degrau.
inequações (6) e (7), este é nomeado de regime
No regime de escoamento Skimming flow
de transição. Para evitar a formação do regime de

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transição deve-se alterar os parâmetros 2019), além da formação de turbilhões e


geométricos das seções para se obter os regimes respingos d’água que transbordam as paredes
Skimming flow ou Nappe flow. laterais das descidas.
O regime de transição apresenta a formação A ilustração do diferencial entre os dois
de cavidades de ar nos degraus com efeito regimes de escoamento supracitados está
indesejado às estruturas hidráulicas (UFMG, demonstrada na Figura 3.

Figura 3 – Regimes de escoamento (a) Nappe flow e (b) Skimming flow

(a) (b)

Fonte: USBR (2002)

O método de cálculo do Nappe flow em ressalto hidráulico no regime Nappe flow, realiza-
comparação ao método Skimming, possui um se as verificações contidas nas Equações 09 a 11
desenvolvimento matemático simplificado. Para (Tomaz, 2019):
ambos os métodos o primeiro parâmetro de
𝑑𝑑𝑐𝑐 ℎ −1,276
𝑁𝑁𝐴𝐴1 (𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐) → ≤ 0,0916 . ( ) (9)
entrada é a profundidade crítica do escoamento ℎ 𝑙𝑙

que pode ser obtida pela Equação 8 (Chanson, 𝑑𝑑𝑐𝑐 ℎ −1,276


𝑁𝑁𝐴𝐴2 (𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝) → > 0,0916. ( ) (10)
2004): ℎ 𝑙𝑙
𝑑𝑑𝑐𝑐 ℎ
𝑁𝑁𝐴𝐴3 (𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆 𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟) → < 0,89 − 0,4 ( ) (11)
ℎ 𝑙𝑙
3 𝑄𝑄2
𝑑𝑑𝑐𝑐 = √ (8) Onde:
𝑔𝑔. 𝑏𝑏
dc é a profundidade crítica em m;
Onde: h é a altura do degrau em m;
dc é a profundidade crítica do escoamento em m; l é o comprimento do patamar do degrau em m.
g é aaceleração gravitacional de 9,81 m/s²; A correlação obtida para descrever a
b é a largura do canal da descida d’água em m. ocorrência do ressalto completo foi desenvolvida
O desenvolvimento do dimensionamento pelo por Chanson (1994) para o seguinte intervalo,
método Nappe flow, requer a verificação da conforme Equação 12:
formação do ressalto nos degraus (Tomaz, 2019),

e após prossegue-se com o cálculo da geometria 0,2 ≤ ≤6 (12)
𝑙𝑙
do escoamento, em função da profundidade
Para verificar o limite de ocorrência do Nappe
crítica e altura dos degraus.
flow, o valor da relação da profundidade crítica
De modo a verificar se haverá a formação do

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com a altura do degrau deve respeitar a condição Após examinar a condição de ocorrência do
apresentada na Equação 13 (Tomaz, 2019): Nappe flow, procede-se com o cálculo da

𝑑𝑑𝑐𝑐 0,8593 geometria do escoamento Nappe flow, conforme


<
ℎ ℎ 0,394 (13) a Figura 4.
( + 0,139)
𝑙𝑙

Figura 4 – Geometria do Nappe flow

Fonte: Adaptado de Chanson (1994)

Os parâmetros são calculados por meio das d2 é a profundidade do ressalto em m;


Equações 14 a 22 (Chason, 1994): h é a altura do degrau em m;

𝑑𝑑𝑏𝑏 = 0,715. 𝑑𝑑𝑐𝑐 (14) dp é a profundidade do escoamento na face do


degrau após a queda livre em m;
𝑑𝑑1 𝑑𝑑𝑐𝑐 1,275
= 0,54. ( ) (15) Ld é o comprimento do início do ressalto em m;
ℎ ℎ
di é a profundidade do jato em queda livre em m;
𝑑𝑑2 𝑑𝑑𝑐𝑐 0,81
= 1,66. ( ) (16)
ℎ ℎ Vi é a velocidade do jato em queda livre em m/s;
𝑑𝑑𝑝𝑝 𝑑𝑑𝑐𝑐 0,66 Vc é a velocidade crítica em m/s;
=( ) (17)
ℎ ℎ φ é o ângulo de queda do jato em graus;
𝐿𝐿𝑑𝑑 𝑑𝑑𝑐𝑐 0,81 Lr é o comprimento do ressalto em m;
= 4,30. ( ) (18)
ℎ ℎ
Fr é o número de Froude adimensional.
𝑑𝑑𝑖𝑖 𝑑𝑑𝑐𝑐 0,483
= 0,687. ( ) (19) Os parâmetros calculados pelas Equações 14
𝑑𝑑𝑐𝑐 ℎ
a 22 repetem-se nas quedas sucessivas nos
𝑉𝑉𝑖𝑖 𝑑𝑑𝑐𝑐 −0,483
= 1,455. ( ) (20) degraus. Para o cálculo da energia total dissipada
𝑉𝑉𝑐𝑐 ℎ
pelo regime de escoamento Nappe flow utilizam-
𝑑𝑑𝑐𝑐 −0,586
tan 𝜑𝜑 = 0,838. ( ) (21) se as Equações 23 a 26 (Chamani e Rajaratnam,

𝐿𝐿𝑟𝑟 1994):
= 8. (𝐹𝐹𝐹𝐹 − 1,5) (22)
𝑑𝑑1 𝑑𝑑
∆𝐸𝐸 {(1 − 𝛼𝛼)𝑁𝑁 . [1 + 1,5. ( 𝑐𝑐 )] + ∑𝑁𝑁−1 𝑖𝑖
𝑖𝑖=1 (1 − 𝛼𝛼) }

Onde: =1− (23)
𝐸𝐸0 𝑑𝑑
𝑁𝑁 + 1,5. ( 𝑐𝑐 )
db é a profundidade do escoamento na ℎ

extremidade do degrau antes da queda livre 𝑑𝑑𝑐𝑐


∝= 𝑎𝑎 − 𝑏𝑏. log ( ) (24)

em m;

dc é a profundidade crítica em m; 𝑎𝑎 = 0,30 − 0,35. ( ) (25)
𝑙𝑙
d1 é a profundidade do início do ressalto em m;
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ℎ uniforme, Equação 28 (Ohtsu et al., 2004):


𝑏𝑏 = 0,54 + 0,27. ( ) (26)
𝑙𝑙
Onde: 𝐻𝐻𝑒𝑒
= (−1,21.10−5 . 𝜃𝜃 3 + 1,60.10−3 . 𝜃𝜃 2
𝑑𝑑𝑐𝑐
ΔE é a dissipação de energia na escada hidráulica 𝑆𝑆 (28)
−7,13.10−2 . 𝜃𝜃 + 1,30)−1 {5,7 + 6,7 exp (−6,5 )}
em m; 𝑑𝑑𝑐𝑐

E0 é a energia específica no pé da escada


Onde:
hidráulica em m;
He/dc é a altura da queda relativa em m;
N é o número de degraus;
θ é o ângulo do fundo da descida em degraus em
∝ é a proporção de energia dissipada por degrau
graus;
adimensional;
S é a altura do degrau em m;
dc é a profundidade crítica em m;
dc é a profundidade crítica em m.
h é a altura do degrau em m;
Posteriormente é realizada a verificação da
a, b são os coeficientes adimensionais.
formação do escoamento quase-uniforme. Caso a
Os cálculos subsequentes para determinação
altura relativa da queda seja inferior ao parâmetro
do comportamento do escoamento em regime
da altura da descida em relação à profundidade
Skimming flow são dependentes da declividade
crítica, é formado o regime de escoamento quase-
angular do topo da descida, θ em graus, da altura
uniforme, caso contrário não há a formação desse
do corte ou do aterro, do fator de fricção, da
regime e prossegue-se com o cálculo por uma
concentração média de ar do escoamento aerado
rota alternativa. O fluxograma das alternativas de
e do comprimento de incipiência.
cálculo para as condições supracitadas está
Para o cálculo destes parâmetros é utilizada
disposto na Figura 5.
a metodologia de Ohtsu et al. (2004),
Para calcular o comprimento da descida
implementada no Sistema para Cálculo de
d’água onde inicia o escoamento aerado (ponto
Componentes Hidráulicos – SISCCOH da UFMG
de incipiência), utilizam-se as Equações 29 a 31
(2019), para descidas em degraus com θ > 19°,
(Boes & Hager, 2003).
que são os casos dos projetos-tipo da Publicação
6
IPR 736 (DNIT, 2018). 5,90. 𝑦𝑦𝑐𝑐 5
𝐿𝐿𝑖𝑖 = 7 1 (29)
Após o cálculo da profundidade crítica ((𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠)5 . ℎ5 )
determina-se o valor do parâmetro adimensional
ℎ𝑚𝑚,𝑖𝑖 = 0,40. 𝐹𝐹 0.6 (30)
da relação da altura da escada com a
𝐹𝐹 = 𝑞𝑞/(𝑔𝑔 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 ℎ3 )0,5 (31)
profundidade crítica do escoamento pela Equação
27 (Ohtsu et al., 2004): Onde:
Li é o comprimento do início da aeração em m;
𝐻𝐻𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
𝑃𝑃 = (27) yc é a profundidade crítica em m;
𝑑𝑑𝑐𝑐
θ é a declividade angular da escada em graus;
Onde:
h é a altura do degrau em m;
Hdam é a altura da descida em degraus em m;
hm,i é a profundidade ar + água em m;
dc é a profundidade crítica em m.
F é o Froude adimensional;
Logo após determina-se a altura da queda
g é a aceleração gravitacional em m/s².
relativa para formação do escoamento quase-

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Figura 5 – Fluxograma de cálculo Skimming flow

Fonte: Adaptado de Ohtsu et al. (2004)

A concentração média de ar no escoamento é Com base na análise da metodologia,


dada pela Equação 32 (Ohtsu et al., 2004): verificou-se que a altura da parede do canal é

𝑠𝑠 2 𝑠𝑠 calculada com 40% de folga em relação à altura


𝐶𝐶𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 = 𝐷𝐷 − 0,30 exp {−5. ( ) − 4 ( )} (32)
𝑑𝑑𝑐𝑐 𝑑𝑑𝑐𝑐 do escoamento aerado, no entanto, para adotar

Onde: uma folga menos conservadora, considerou-se

Cmean é a concentração média de ar - razão nos cálculos realizados nesta pesquisa uma folga

adimensional; de 10% em relação à profundidade do

S é a altura do degrau em m; escoamento aerado.

dc é a profundidade crítica em m;
3 VERIFICAÇÃO DA EFICIÊNCIA
D é o fator em função da declividade da descida HIDRÁULICA DAS DESCIDAS EM
d’água. DEGRAUS PELO MÉTODO SKIMMING
FLOW E NAPPE FLOW
Logo após a determinação do ponto de
Para avaliar a eficiência hidráulica das
incipiência, da profundidade representativa do
descidas em degraus pelo método Skimming flow
escoamento e da profundidade final do
utilizou-se o software livre SISCCOH - Sistema
escoamento, finaliza-se o processo de
para Cálculos de Componentes Hidráulicos
dimensionamento pelo regime Skimming flow.

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desenvolvido em Visual Basic.NET pela Calculou-se a capacidade de vazão das


Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG - seções atuais publicadas no Álbum (DNIT, 2018),
Departamento de Hidráulica e Recursos Hídricos e comparou-se com as vazões dos dispositivos de
- EHR (UFMG, 2019), com base nas condições de montante de forma a verificar se o dispositivo
contorno da capacidade hidráulica dos apresenta suficiência hidráulica para condução do
dispositivos de montante. Para avaliar os escoamento.
dispositivos sujeitos ao regime Nappe flow Para determinar a altura da parede da
realizou-se o cálculo passo a passo, descida necessária para acomodar o escoamento
manualmente, por meio das Equações 09 a 26. em regime Skimming flow ou Nappe flow calculou-
Para realização das simulações das descidas se a profundidade do escoamento aerado para as
d’água em degraus, adotou-se como condições alturas de corte e aterro, variando de 3 a 8 metros
de contorno: de altura, considerando os 8 metros como altura
1) As vazões dos dispositivos de montante, máxima para o escalonamento do talude em
quais sejam meios-fios, sarjetas e valetas da conformidade ao Manual de Implantação Básica
Emenda 1 do Álbum de projetos-tipo de de Rodovia – Publicação IPR 742 (DNIT, 2010).
dispositivos de drenagem (DNIT, 2022); e Houve o cuidado de se observar a ocorrência
2) As vazões críticas dos bueiros funcionando do escoamento aerado dentro dos comprimentos
como canal, conforme Manual de Drenagem das descidas, pois, por vezes, o ponto de
de Rodovias (DNIT, 2006). incipiência pode iniciar após o comprimento total
Primeiramente, realizou-se a verificação do da descida.
enquadramento das vazões no regime de O resultado das verificações hidráulicas para
escoamento Skimming flow ou Nappe flow e o as vazões das valetas de proteção de corte,
diagnóstico da situação atual da geometria das adaptáveis as descidas de cortes em degraus,
descidas d’água indicadas no Álbum, Publicação está disposto na Tabela 1.
IPR 736 (2018).

Tabela 1 – Verificação do regime de escoamento para as vazões das valetas de proteção de corte em revestimento vegetal
Parâmetros VPCG 120-30 VPCG 160-30
Declividade longitudinal da valeta (m/m) 0,01 0,01
Rugosidade de Manning 0,025 0,025
Vazão de Projeto (m³/s) 0,29 0,46
Regime de Escoamento (DCD 01/02) Transição Skimming flow
Capacidade vazão (DCD 01/02) (m³/s) 0,15 0,15
Regime de Escoamento (DCD 03/04) Transição Transição
Capacidade vazão (DCD 03/04) (m³/s) 0,20 0,20
Altura da parede publicada (2018) (m) 0,20 0,20
Altura da parede proposta (m) 0,40 0,30
Largura da base proposta (m) 0,40 0,60
Regime de escoamento seção proposta Skimming flow Skimming flow
Fonte: Elaboração própria

Nota-se pela Tabela 1 que para obtenção do Outrossim, verificou-se que o dispositivo
regime de escoamento Skimming flow para as publicado não possui capacidade de vazão
descidas de corte com as vazões das valetas em suficiente para conduzir o escoamento
revestimento vegetal é necessária a alteração dos contribuinte das valetas de proteção de corte em
parâmetros geométricos da seção transversal. revestimento vegetal.

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Para as descidas d’água adaptáveis às demonstram que também há necessidade de


valetas de proteção de corte com revestimento de alteração na geometria das descidas.
concreto a montante, as Tabelas 2 e 3

Tabela 2 – Verificação do regime de escoamento para as vazões das valetas de proteção de corte em revestimento de
concreto - VPCC 120-30
Parâmetros VPCC 120-30
Declividade longitudinal da valeta (m/m) 0,01 0,02 0,03 0,04
Rugosidade de Manning 0,015 0,015 0,015 0,015
Capacidade da Valeta (m³/s) 0,49 0,69 0,84 0,97
Regime de Escoamento (DCD 01/02) SKa flow SKa flow SKa flow SKa flow
Capacidade vazão (DCD 01/02) (m³/s) 0,15 0,15 0,15 0,15
Regime de Escoamento (DCD 03/04) Transição SKa flow SKa flow SKa flow
Capacidade vazão (DCD 03/04) (m³/s) 0,20 0,20 0,20 0,20
Altura da parede publicada (2018) (m) 0,20 0,20 0,20 0,20
Altura da parede proposta (m) 0,30 0,40 0,40 0,40
Largura da base proposta (m) 0,60 0,80 0,80 0,80
Regime de escoamento seção proposta SKa flow SKa flow SKa flow SKa flow
a SK: Skimming flow

Fonte: Elaboração própria

Tabela 3 – Verificação do regime de escoamento para as vazões das valetas de proteção de corte em revestimento de
concreto - VPCC 160-30
Parâmetros VPCC 160-30
Declividade longitudinal da valeta (m/m) 0,01 0,02 0,03 0,04
Rugosidade de Manning 0,015 0,015 0,015 0,015
Capacidade da Valeta (m³/s) 0,77 1,09 1,33 1,53
Regime de Escoamento (DCD 01/02) SKa flow SKa flow SKa flow SKa flow
Capacidade vazão (DCD 01/02) (m³/s) 0,15 0,15 0,15 0,15
Regime de Escoamento (DCD 03/04) SKa flow SKa flow SKa flow SKa flow
Capacidade vazão (DCD 03/04) (m³/s) 0,20 0,20 0,20 0,20
Altura da parede publicada (2018) (m) 0,20 0,20 0,20 0,20
Altura da parede proposta (m) 0,40 0,50 0,50 0,50
Largura da base proposta (m) 0,80 1,00 1,00 1,00
Regime de escoamento seção proposta SKa flow SKa flow SKa flow SKa flow
a SK: Skimming flow

Fonte: Elaboração própria

Nota-se que para as vazões acima de 1 m³/s, hidráulico das sarjetas STC 80-15 e STC 100-20,
recomenda-se a utilização de uma descida com bem como para o meio-fio MFC 01, com
base de 1,00 m, visto que para a descida com alagamento temporário do acostamento, em
base de 0,80 m as alturas de parede necessárias greide contínuo e ponto baixo, estão
para acomodação do fluxo são superiores as demonstrados nas Tabelas 4 a 9.
publicadas. Nessa situação, calculou-se a formação do
Ressalta-se de posse aos resultados obtidos ressalto parcial do Nappe flow, e a altura relativa
que a altura das paredes atualmente publicada no do escoamento final considerando a fração de
Álbum de Dispositivos (DNIT, 2018) é insuficiente formação do ressalto completo como referência.
para as vazões de projeto das valetas de proteção Para os dispositivos onde atingiu-se o
de corte. escoamento Skimming flow em ponto baixo,
Para as descidas de aterro em degraus realizou-se a análise da altura do escoamento
adaptáveis às sarjetas com largura total até 1 aerado. Verificou-se que, para padronização dos
metro e aos meios-fios, existe a ocorrência do dispositivos adaptáveis a sarjetas e meios-fios,
regime Nappe flow. Os resultados do diagnóstico seria interessante a adoção de uma parede com

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altura de 36 cm, que atenderia ambos os regimes adotou-se o mesmo critério de 10% em relação à
de escoamento. No cálculo da altura da parede, profundidade do escoamento calculado.

Tabela 4 – Verificação do regime de escoamento para as vazões do meio-fio MFC 01 em greide contínuo
Parâmetros MFC 01 – Com Alagamento – Greide Contínuo
Declividade longitudinal da sarjeta (m/m) 0,01 0,04 0,07
Rugosidade de Manning 0,015 0,015 0,015
Capacidade da sarjeta (m³/s) 0,10 0,20 0,26
Regime de Escoamento (DAD 01/02) NPa flow NPa flow Transição
Capacidade vazão (DAD 01/02) (m³/s) 0,04 0,04 0,04
Altura da parede publicada (2018) (m) 0,10 0,10 0,10
Altura da parede proposta (m) 0,36 0,36 0,36
Largura da base proposta (m) 0,60 0,60 0,60
Regime de escoamento seção proposta NPa flow NPa flow NPa flow
a NP: Nappe flow

Fonte: Elaboração própria

Tabela 5 – Verificação do regime de escoamento para as vazões do meio-fio MFC 01 em ponto baixo
Parâmetros MFC 01 – Com Alagamento – Ponto Baixo
Declividade longitudinal da sarjeta (m/m) 0,01 0,04 0,07
Rugosidade de Manning 0,015 0,015 0,015
Capacidade da sarjeta (m³/s) 0,20 0,40 0,52
Regime de Escoamento (DAD 01/02) NPa flow SKb flow SKb flow
Capacidade vazão (DAD 01/02) (m³/s) 0,04 0,04 0,04
Altura da parede publicada (2018) (m) 0,10 0,10 0,10
Altura da parede proposta (m) 0,36 0,36 0,36
Largura da base proposta (m) 0,60 0,60 0,60
Regime de escoamento seção proposta NPa flow Transição SKb flow
a NP: Nappe flow e b SK: Skimming flow

Fonte: Elaboração própria

Tabela 6 – Verificação do regime de escoamento para as vazões da sarjeta STC 80-15 em greide contínuo
Parâmetros STC 80-15 – Greide Contínuo
Declividade longitudinal da sarjeta (m/m) 0,01 0,04 0,07
Rugosidade de Manning 0,015 0,015 0,015
Capacidade da sarjeta (m³/s) 0,05 0,10 0,13
Regime de Escoamento (DAD 01/02) NPa flow NPa flow NPa flow
Capacidade vazão (DAD 01/02) (m³/s) 0,04 0,04 0,04
Altura da parede publicada (2018) (m) 0,10 0,10 0,10
Altura da parede proposta (m) 0,36 0,36 0,36
Largura da base proposta (m) 0,60 0,60 0,60
Regime de escoamento seção proposta NPa flow NPa flow NPa flow
a NP: Nappe flow

Fonte: Elaboração própria

Tabela 7 – Verificação do regime de escoamento para as vazões da sarjeta STC 80-15 em ponto baixo
Parâmetros STC 80-15 – Ponto baixo
Declividade longitudinal da sarjeta (m/m) 0,01 0,04 0,07
Rugosidade de Manning 0,015 0,015 0,015
Capacidade da sarjeta (m³/s) 0,10 0,20 0,27
Regime de Escoamento (DAD 01/02) NPa flow NPa flow Transição
Capacidade vazão (DAD 01/02) (m³/s) 0,04 0,04 0,04
Altura da parede publicada (2018) (m) 0,10 0,10 0,10
Altura da parede proposta (m) 0,36 0,36 0,36
Largura da base proposta (m) 0,60 0,60 0,60
Regime de escoamento seção proposta NPa flow NPa flow NPa flow
a NP: Nappe flow

Fonte: Elaboração própria

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Tabela 8 – Verificação do regime de escoamento para as vazões da sarjeta STC 100-20 em greide contínuo
Parâmetros STC 100-20 – Greide Contínuo
Declividade longitudinal da sarjeta (m/m) 0,01 0,04 0,07
Rugosidade de Manning 0,015 0,015 0,015
Capacidade da sarjeta (m³/s) 0,10 0,20 0,27
Regime de Escoamento (DAD 01/02) NPa flow NPa flow Transição
Capacidade vazão (DAD 01/02) (m³/s) 0,04 0,04 0,04
Altura da parede publicada (2018) (m) 0,10 0,10 0,10
Altura da parede proposta (m) 0,36 0,36 0,36
Largura da base proposta (m) 0,60 0,60 0,60
Regime de escoamento seção proposta NPa flow NPa flow Transição
a NP: Nappe flow

Fonte: Elaboração própria

Tabela 9 – Verificação do regime de escoamento para as vazões da sarjeta STC 100-20 em ponto baixo
Parâmetros STC 100-20 – Ponto Baixo
Declividade longitudinal da sarjeta (m/m) 0,01 0,04 0,07
Rugosidade de Manning 0,015 0,015 0,015
Capacidade da sarjeta (m³/s) 0,20 0,40 0,54
Regime de Escoamento (DAD 01/02) NPa flow SKb flow SKb flow
Capacidade vazão (DAD 01/02) (m³/s) 0,04 0,04 0,04
Altura da parede publicada (2018) (m) 0,10 0,10 0,10
Altura da parede proposta (m) 0,36 0,36 0,36
Largura da base proposta (m) 0,60 0,60 0,60
Regime de escoamento seção proposta NPa flow Transição SKb flow
a NP: Nappe flow e b SK: Skimming flow

Fonte: Elaboração própria

Para as descidas de aterro em degraus adaptáveis aos bueiros tubulares, os resultados das
verificações hidráulicas e os diagnósticos estão dispostos nas Tabelas 10, 11 e 12.

Tabela 10 – Verificação do regime de escoamento para as vazões dos bueiros tubulares funcionando como canal - BSTC 60,
BSTC 80 e BSTC 100.
Parâmetros BSTC 60 BSTC 80 BSTC 100
Vazão Crítica (m³/s) 0,43 0,88 1,53
Descida em degraus atual DAD 03/04 DAD 05/06 DAD 07/08
Regime de Escoamento atual NPa Transição SKb flow
Capacidade de vazão da seção atual (m³/s) 0,12 0,39 1,25
Altura da parede publicada (2018) (m) 0,10 0,20 0,25
Altura da parede proposta (m) 0,26 0,30 0,35
Largura da base publicada (2018) (m) 1,10 1,40 1,70
Largura da base proposta (m) 1,10 1,25 1,70
Regime de escoamento seção proposta NPa SKb flow SKb flow
a NP: Nappe flow e b SK: Skimming flow

Fonte: Elaboração própria

Tabela 11 – Verificação do regime de escoamento para as vazões dos bueiros tubulares funcionando como canal - BSTC 120,
BSTC 150 e BDTC 100
Parâmetros BSTC 120 BSTC 150 BDTC 100
Vazão Crítica (m³/s) 2,42 4,22 3,07
Descida em degraus atual DAD 09/10 DAD 11/12 DAD 13/14
Regime de Escoamento atual SKb flow SKb flow SKb flow
Capacidade de vazão da seção atual (m³/s) 2,35 2,90 2,80
Altura da parede publicada (2018) (m) 0,35 0,35 0,30
Altura da parede proposta (m) 0,40 0,54 0,36
Largura da base publicada (2018) (m) 2,00 2,40 2,90
Largura da base proposta (m) 2,00 2,40 2,90
Regime de escoamento seção proposta SKb flow SKb flow SKb flow
b SK: Skimming flow

Fonte: Elaboração própria

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Tabela 12 – Verificação do regime de escoamento para as vazões dos bueiros tubulares funcionando como canal - BDTC 120
e BDTC 150
Parâmetros BDTC 120 BDTC 150
Vazão Crítica (m³/s) 4,84 8,45
Descida em degraus atual DAD 15/16 DAD 17/18
Capacidade de vazão da seção atual (m³/s) 4,25 6,10
Regime de Escoamento atual SKb flow SKb flow
Altura da parede publicada (m) 0,35 0,40
Altura da parede proposta (m) 0,45 0,55
Largura da base publicada (2018) (m) 3,40 4,10
Largura da base proposta (m) 3,40 4,10
Regime de escoamento seção proposta SKb flow SKb flow
b SK: Skimming flow

Fonte: Elaboração própria

De acordo com as tabelas 10, 11 e 12, aproximação pela fórmula de Manning não é
verificou-se a necessidade de aumentar a altura recomendada para o dimensionamento de
das paredes laterais das descidas d’água de descidas em degraus (Tomaz, 2011).
aterros em degraus adaptáveis aos bueiros, em O dimensionamento de descidas em degraus
atendimento à análise hidráulica pelo regime por uma aproximação com Manning pode
Skimming flow e Nappe flow. Ademais, verificou- acarretar subdimensionamento ou
se que a capacidade hidráulica da seção superdimensionamento a depender das
atualmente no Álbum (DNIT, 2018) está aquém de condições de contorno podendo justificar
atender a vazão dos bueiros funcionando como problemas de erosão nas laterais e a jusante das
canal. estruturas hidráulicas.
Com base nos resultados dos diagnósticos Ao analisar a metodologia proposta pelo
performados em relação às descidas d’água em Manual de Drenagem de Rodovias (DNIT, 2006)
degraus publicadas no Álbum (DNIT, 2018), verificou-se que o método empírico consiste na
verificou-se que as seções são hidraulicamente utilização de uma equação análoga à de um
insuficientes, devendo estas serem alvo de vertedor para o cálculo das dimensões da descida
revisão. d’água, sendo esta uma aproximação grosseira
ao analisar o comportamento gradualmente
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
variado das descidas d’água tipo rápido e o
Neste artigo foram apresentadas as
comportamento dos regimes de escoamento das
metodologias de dimensionamento de descidas descidas em degraus.
d’água com enfoque nas descidas em degraus. Por sua vez, o método do perfil da linha
Foram analisados os métodos preconizados no
d’água considera a ocorrência do regime de
Manual de Drenagem de Rodovias (DNIT, 2006) e
escoamento gradualmente variado, que descreve
os métodos Skimming flow e Nappe flow. o comportamento hidráulico de descidas tipo
Constatou-se que o Manual de Drenagem de rápido. No entanto, ao analisar a metodologia,
Rodovias (DNIT, 2006) não indica referências
não é citada a adoção de um coeficiente de
específicas para o dimensionamento de descidas
rugosidade de Manning diferenciado para se
em degraus, induzindo que estas sejam considerar o dimensionamento da descida em
consideradas como estruturas hidráulicas de
degraus. Portanto, mesmo que se tenha a
macrorrugosidades e sendo dimensionadas pela
possibilidade de realizar o dimensionamento por
fórmula de Manning. No entanto, esta

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esta metodologia, não há uma referência de do escoamento aerado e do comprimento de


parâmetros para fazê-lo. incipiência.
No entanto, ao testar o traçado do perfil da Por sua vez, o desenvolvimento do
linha d’água considerando as vazões dos dimensionamento pelo método Nappe flow,
dispositivos, adotando-se uma rugosidade de requer a verificação da formação do ressalto nos
Manning na ordem de 0,0800, observa-se que degraus (Tomaz, 2019) e após prossegue-se com
altas rugosidades alteram o comportamento da o cálculo da geometria do escoamento, em função
linha de energia, que tende a apresentar uma da profundidade crítica e altura dos degraus.
maior declividade. Dessa forma, ao invés de uma Ao verificar a eficiência hidráulica das
tendência decrescente da lâmina de escoamento, descidas em degraus publicadas no Álbum de
partindo da profundidade crítica tendendo à Dispositivos (DNIT, 2018), observou-se que a
profundidade normal, tem-se um resultado geometria publicada apresenta insuficiência
crescente da lâmina de escoamento. hidráulica para o regime Skimming flow e Nappe
Portanto, o comportamento do perfil da linha flow, sendo necessária a revisão destes
d’água considerando-se uma maior rugosidade dispositivos.
para representar o efeito dos degraus não Propôs-se um aumento das alturas das
representa o comportamento do escoamento em paredes laterais das descidas d’água em degraus
degraus. para acomodar o fluxo de maneira a evitar a
Os experimentos que geraram as descrições ocorrência de erosões nas laterais e a jusante.
do comportamento hidráulico dos regimes Dessa forma, com base na análise realizada
Skimming flow e Nappe flow tiveram um enfoque nesta pesquisa, destacam-se esforços
inicial no potencial de dissipação de energia de necessários para revisão da metodologia de
estruturas hidráulicas em degraus. De fato, o dimensionamento de descidas d’água em
escoamento em degraus tende a reduzir as degraus no Manual de Drenagem de Rodovias
velocidades terminais ou controlar o seu aumento (DNIT, 2006) com a inclusão das metodologias de
ao longo dos taludes. dimensionamento dos regimes Skimming flow e
Conforme abordado, as metodologias de Nappe flow e fomentar a utilização de modelos
cálculo dos regimes de escoamento diferenciam- computacionais livres a exemplo do SISCCOH -
se de acordo com suas características e Sistema para Cálculos de Componentes
parâmetros hidráulicos. O regime de escoamento Hidráulicos desenvolvido em Visual Basic.NET
Skimming flow (turbilhões deslizantes) é pela Universidade Federal de Minas Gerais -
dependente do cálculo da declividade angular do UFMG - Departamento de Hidráulica e Recursos
topo da descida, da altura do corte ou do aterro, Hídricos - EHR (UFMG, 2019) para o
do fator de fricção, da concentração média de ar desenvolvimento e análise de projetos.

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