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14/01/2024, 10:58 Genealogia Galiza by Anna Helena: Sobre Imigrantes Galegos por Antom Corbacho

Genealogia Galiza by Anna Helena


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segunda-feira, 18 de março de 2013

Sobre Imigrantes Galegos por Antom Corbacho


Selecionei alguns trechos de um artigo de Antom Corbacho, à respeito dos imigrantes Galegos no
Brasil.

...
A emigração galega ao Brasil foi a terceira mais importante em América. Porém, não há
demasiados estudos sobre ela.
O imigrante é mão-de-obra que, como tal, procura fazer fortuna encarregando-se das
profissões que os nacionais deixam para a sua ocupação por parte de trabalhadores
estrangeiros. E no Brasil essa mão-de-obra galega, embora fosse majoritariamente rural,
pretendeu a fortuna nas cidades, em profissões urbanas que demandavam escassa
qualificação técnica. Tratou-se de uma mão-de-obra que chegou ao Brasil na terceira
classe dos transatlânticos.
O galego era mais um gringo que não falava brasileiro nem português de Portugal, era
alguém que se expressava de forma enrolada, e não como “a gente”, era o outro a se
expressar de uma outra forma, que o aborígine não reconhecia como parelha à própria.
Nas entrevistas que fiz deparei-me com imigrantes galegos que sim perceberam a
comunhão linguística com os nativos, mas também houve galego-falantes que
asseveraram que a língua do Brasil foi mais um empecilho que tiveram que superar; ou
seja, o brasileiro, para eles, teve que ser aprendido como uma língua estrangeira para
progredirem no processo da sua integração no país.
Alguns imigrantes toparam imagens sobre os galegos que não tinham a ver com os
galegos da Galiza. O galego era e é a pessoa loira, ou o português, ou, em algumas regiões
do país, qualquer estrangeiro, sendo, assim, o qualificativo galego sinônimo de gringo.
Quer dizer, havia e há imagens sobre os galegos com independência dos imigrantes
galegos da Galiza. Creio que o único município em que a primeira denotação que tem o
termo galego é a de “galego da Galiza” é Salvador, no Estado de Bahia. Nos documentos
oficiais e nos ensaios que analisei, emitidos/ publicados nos Estados de São Paulo e do
Rio de Janeiro entre as décadas de 1890 e 1960, o galego, e o espanhol em geral, junto ao
português, é apresentado como o trabalhador estrangeiro ideal, por ele ser ordeiro,
esforçado e de fácil assimilação, ou seja o galego foi considerado como o estrangeiro
conveniente que, caso ficasse no país, faria o possível para que a sua descendência fosse
educada para se sentir plenamente brasileira. E esse foi um objetivo da administração
pública brasileira. Não interessava só aproveitar a mão-de-obra estrangeira; queria-se
que ele permanecesse no país, para contribuir ao processo de colonização, povoando as
cidades e os sertões, aumentando a população e branqueando a nação mediante as
uniões inter-étnicas.

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14/01/2024, 10:58 Genealogia Galiza by Anna Helena: Sobre Imigrantes Galegos por Antom Corbacho

Anna Helena às 05:20

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