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SINOP/MT
2019
DANIEL ROBERTO DOS SANTOS DRESCH
SINOP/MT
2019
DANIEL ROBERTO DOS SANTOS DRESCH
________________________________________
Prof. Adm. Me Marcelo Ribeiro Rosa
Professor Orientador
Curso de Administração
UNEMAT – Campus de Sinop
_______________________________________
Prof. Adm. Dr Ronald Tavares Pires da Silva
Professor Avaliador
Curso de Administração
UNEMAT – Campus de Sinop
________________________________________
Profa. Adm. Dra Arlete Redivo Sornberger
Professora Avaliadora
Curso de Administração
UNEMAT – Campus de Sinop
________________________________________
Prof. Adm. Dr Ronald Tavares Pires da Silva
Coordenador do Curso de Administração
UNEMAT – Campus de Sinop
SINOP/MT
2019
DEDICATÓRIA
- Acima de tudo a Deus, porque se não fosse por meio dele, não teria chegado até aqui.
- Aos meus pais, que me ajudaram a dar os primeiros passos na vida.
- Aos meus irmãos por sempre ajudarem de alguma maneira, em especial ao Gorli e o Lucas,
que em muitas vezes tomaram conta da empresa para que eu pudesse estudar.
- Aos meus amigos que sempre me passaram confiança de seguir com o projeto de estudar e
também no projeto desta empresa que nasce.
- Ao meu amigo e ex sócio Deyvid Vieira, que esteve presente no projeto inicial da espetaria.
- Ao meu amigo Rogerio Paschoa, que em 2013 jogou uma semente, que agora brota, seis
anos depois na forma de uma espetaria.
- A professor orientador, que me possibilitou expandir o meu conhecimento e orientou de forma
objetiva neste trabalho.
- Aos demais professores, do curso de graduação, que nos transmitiram seus conhecimentos e
muito contribuiu para nossa formação.
- A todos que direta e indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho e permitiram o
enriquecimento de minha aprendizagem.
Seja você quem for, seja qual for a posição
social que você tenha na vida, a mais alta ou a
mais baixa, tenha sempre como meta muita
força, muita determinação e sempre faça tudo
com muito amor e com muita fé em Deus, que
um dia você chega lá. De alguma maneira
você chega lá.
Este trabalho de conclusão de curso apresenta um Plano de Negócios elaborado por meio do
uso do simulador software Plano de Negócios 3.0 do SEBRAE, onde foi possível analisar a
viabilidade da implantação de uma empresa de alimentação noturna na cidade de Sinop-MT.
Para tanto, foi realizado um estudo bibliográfico com os principais conceitos de
empreendedorismo e Plano de Negócios, elaborados por autores de renome da área. Também
executou-se a coleta de dados por meio de pesquisas in loco com potenciais clientes,
fornecedores e concorrentes para alimentar o simulador e obter informações para a tomada de
decisão. Todas as etapas de elaboração do Plano de Negócios dentro do simulador software
Plano de Negócios 3.0 do SEBRAE foram descritas e detalhadas no decorrer do trabalho, bem
como o relato de todo o planejamento da empresa e um breve histórico de como a ideia deste
empreendimento surgiu. Durante o processo de alimentação do simulador foi contado com a
ajuda do SEBRAE para solucionar dúvidas e dificuldades e auxiliar na correção de alguns
erros na instalação do programa. Apesar disso, evidenciou-se a importância da utilização do
simulador software Plano de Negócios 3.0 do SEBRAE, principalmente pela facilidade de
manuseio e agilidade e confiabilidade nos resultados apresentados.
This course completion paper presents a business plan developed using SEBRAE's 3.0
business plan software simulator, where it was possible to analyze the feasibility of
implementing a night-feed company in the city of Sinop-MT. For this purpose, a bibliographic
study was carried out with the main concepts of entrepreneurship and business plan,
elaborated by renowned authors of the area. Data collection was also performed through on-
site surveys with potential customers, suppliers and competitors to feed the simulator and
obtain information for decision-making. All the steps of elaborating the business plan within
SEBRAE's Business Plan software 3.0 simulator were described in detail during the course of
the work, as well as the report of all the company's planning and a brief history of how the
idea of this venture came about. During the process of feeding the simulator was counted with
the help of SEBRAE to solve doubts and difficulties and help in correcting some errors in the
installation of the program. Despite this, it was evident the importance of using SEBRAE's
3.0 business plan software simulator, mainly due to the ease of handling and agility and
reliability in the presented resultsthe help of SEBRAE to solve doubts and difficulties and
help in correcting some errors in the installation of the program. Despite this, it was evident
the importance of using SEBRAE's 3.0 business plan software simulator, mainly due to the
ease of handling and agility and reliability in the presented resultsthe help of SEBRAE to
solve doubts and difficulties and help in correcting some errors in the installation of the
program. Despite this, it was evident the importance of using SEBRAE's 3.0 business plan
software simulator, mainly due to the ease of handling and agility and reliability in the
presented results.
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 15
1.1 Problematização................................................................................................................ 16
1.2 Objetivos ............................................................................................................................ 17
1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................................. 17
1.2.2 Objetivos Específicos ...................................................................................................... 17
1.3 Justificativa ....................................................................................................................... 17
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................... 19
2.1 Empreendedorismo .......................................................................................................... 19
2.2 O Empreendedor .............................................................................................................. 20
2.2.1 Características do Empreendedor .................................................................................... 21
2.3 O SEBRAE ........................................................................................................................ 24
2.4 Plano de Negócios ............................................................................................................. 26
2.4.1 Conceitos ......................................................................................................................... 26
2.4.2 Importância do Plano de Negócios .................................................................................. 27
2.4.3 Estrutura do Plano de Negócios....................................................................................... 28
2.4.4 Capa ................................................................................................................................. 29
2.4.5 Índice ............................................................................................................................... 31
2.4.6 Sumário Executivo .......................................................................................................... 32
2.4.7 Descrição da Empresa ..................................................................................................... 33
2.4.8 Planejamento Estratégico ................................................................................................ 34
2.4.8.1 Missão........................................................................................................................... 35
2.4.8.2 Visão ............................................................................................................................. 36
2.4.8.3 Valores .......................................................................................................................... 36
2.4.9 Produtos e Serviços ......................................................................................................... 36
2.4.9.1 Ciclo de Vida do Produto ............................................................................................. 37
2.4.10 Análise de Mercado ....................................................................................................... 38
2.4.11 Plano de Marketing........................................................................................................ 39
2.4.12 Plano Operacional.......................................................................................................... 39
2.4.13 Plano Financeiro ............................................................................................................ 41
2.4.14 Plano de Investimentos .................................................................................................. 42
2.5 Business Model Canvas .................................................................................................... 42
2.6 Simulação Empresarial .................................................................................................... 44
2.6.1 Origem e Evolução .......................................................................................................... 44
3 METODOLOGIA .............................................................................................................. 48
3.1 Escolha do Método da Pesquisa ...................................................................................... 48
4 UNIDADE DE ANÁLISE ................................................................................................. 51
4.1 O Simulador ...................................................................................................................... 51
4.2 História da Empresa......................................................................................................... 52
4.3 Planejamento da Empresa ............................................................................................... 53
4.4 Mudança de Planejamento .............................................................................................. 54
4.5 A Importância do Simulador ........................................................................................... 54
4.6 Planejamento de Execução das Atividades Operacionais ............................................. 55
4.7 Construção do Plano ........................................................................................................ 57
5 COLETA E ANÁLISE/INTERPRETAÇÃO DOS DADOS .......................................... 58
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 61
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 63
APÊNDICES 66
ANEXOS 187
15
1 INTRODUÇÃO
É comum observar pessoas que optam por fazer suas refeições fora de casa,
principalmente devido ao dinamismo de suas atividades diárias, elas preferem priorizar outras
atividades à passar um tempo em casa preparando suas refeições.
Segundo Melles (2018) a Associação Nacional de Restaurantes - ANR prevê que o
setor de alimentação fora do lar fechou 2018 com alta de 3,5% no faturamento e para 2019 a
previsão é que avance 5% em aumento, estimulado pela recuperação do cenário econômico e
com probabilidades da aprovação das reformas no Congresso, principalmente da previdência.
Esse é um hábito que cresce mais, especialmente em cidades em desenvolvimento.
Bello (2017) aponta que, segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística - IBGE, 34% dos brasileiros gastam com alimentação fora de casa e
estes gastam, em média, 25% da sua renda em refeições fora do lar.
Outro fator que contribui para o crescimento do segmento é a queda da inflação e a
retomada do mercado de trabalho, no qual o consumo das famílias brasileiras tende a
aumentar. Além disso, a mudança no Simples Nacional deve favorecer as pequenas empresas,
principalmente as que faturam anualmente menos de R$ 360 mil. (SEBRAE, 2016)
No contexto econômico local, o Município de Sinop-MT tem se destacado pelos
expressivos indicadores de crescimento. De acordo com um estudo realizado por Murba (2018)
entre os anos de 2012 e 2014, publicado em 2018, o Produto Interno Bruto (PIB) da cidade
cresceu (em média e em termos reais e descontando a inflação) cerca de 8,7% ao ano. O PIB per
capita anual do Município em 2014 era de R$ 33.807,26 e o mensal era de R$ 2.817,27. Com
crescimento populacional médio de cerca de 4,3% ao ano, a cidade demonstra seu forte
crescimento econômico sustentado. Outros indicadores importantes são o índice de abertura de
novas empresas, que apresentou aumento médio de 9%, alcançando cerca de 16.122 empresas de
todos os portes em 2014. As empresas dividem-se da seguinte forma: 13,9% na indústria, 35,5%
no comércio e 51,6% na prestação de serviços e autônomos.
Para atender a toda essa demanda e buscar um diferencial frente à concorrência, é
importante que as empresas tenham um planejamento estruturado desde sua concepção, pois ele é
uma ferramenta administrativa que possibilita perceber a realidade, avaliar os caminhos,
construir um referencial futuro estruturando e reavaliando todo o processo a que o
planejamento se destina. (OLIVEIRA, 2001)
16
Diante disto, com esse trabalho objetiva-se a propor um Plano de Negócios por meio
do simulador software Plano de Negócios 3.0 do SEBRAE para uma empresa no ramo de
alimentação noturna localizada no Município de Sinop-MT. Para isso, pretende-se descrever
simulador software Plano de Negócios 3.0 do SEBRAE, apontar as etapas de elaboração do
Plano de Negócios dentro do simulador software Plano de Negócios 3.0 do SEBRAE,
apresentar proposta de estratégias do negócio no segmento atuante e explicitar a importância
da utilização do Plano de Negócios em uma empresa no ramo de alimentação noturna.
Os métodos utilizados para a execução deste trabalho baseiam-se na pesquisa
bibliográfica e na pesquisa exploratória, no qual, por meio da coleta de dados, possibilitou
alimentar o simulador software Plano de Negócios 3.0 do SEBRAE e obter os resultados para
as análises empresariais.
Por meio deste trabalho almeja-se colocar em prática a pesquisa realizada e concretizar
a abertura da empresa “Espetaria A Brasileira”, no Município de Sinop-MT.
1.1 Problematização
Desde a concepção do negócio, preocupações com a concorrência, que está cada vez
mais acirrada, com o mercado em constante volatilidade e com os gostos e preferências dos
clientes em contínua evolução, tem se tornado frequente no cotidiano dos gestores, uma vez
que estes fatores influenciam diretamente nos resultados da empresa.
Mas para chegar a este estágio e conseguir um lugar de destaque em meio a um
mercado tão competitivo, é necessário um planejamento prévio para conhecer todas as
possibilidades e riscos, afim de aproveitá-los de maneira inteligente e enriquecedora. “O
plano de negócios [...] não só pode ser feito no contexto da pequena empresa, como também é
vital para ela, pois uma pequena empresa raramente dispõe dos recursos que lhes permitiriam
se recuperar de eventuais erros” (BIAGIO; BATOCCHIO, 2012, p.3).
Para auxiliar na elaboração do Plano de Negócios, o simulador empresarial apresenta-
se como uma ferramenta que pode auxiliar os gestores a enxergar essas preocupações como
possibilidades de crescimento, planejar estratégias e prever possíveis riscos de forma segura,
por meio de testes.
O SEBRAE desenvolveu um simulador empresarial chamado software Plano de
Negócios 3.0, uma ferramenta útil para organizar ideias e informações sobre o ramo de
atividade, sobre produtos e serviços que a empresa oferecerá, sobre clientes, concorrentes,
17
1.2 Objetivos
Propor um Plano de Negócios por meio do simulador software Plano de Negócios 3.0
do SEBRAE para uma empresa no ramo de alimentação noturna localizada no Município de
Sinop-MT
1.3 Justificativa
70% dos novos empreendimentos não atingem o segundo ano de vida. A ausência de um
planejamento que venha orientar e direcionar os gestores com relação aos rumos a serem
tomados e prever possíveis riscos do negócio, pode ser a causa de um fim prematuro da
empresa.
O mercado de alimentação fora de casa cresce, em média, 14,7% ao ano, e, apesar de
bastante fragmentado, 93% dos estabelecimentos do ramo são pequenos, familiares e
independentes, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação -
ABIA (2014). Um Plano de Negócios bem estruturado contribui para que as empresas
acompanhem esse crescimento.
As empresas, em especial as pequenas, necessitam de aprimoramento nos processos de
gestão e, principalmente, de uma visão antecipada das condições do mercado em que atuam
ou em que pretendem se estabelecer, para que possam tomar decisões mais objetivas e com os
riscos calculados, o que demonstra a importância de planejar ações. Biagio e Batocchio
(2012) afirmam que o Plano de Negócios é uma importante ferramenta de gestão estratégica
que apoia o planejamento e o processo de decisão sobre o futuro da empresa. “O plano de
negócio determina uma linha central de atuação da empresa, levando o empreendedor a
pensar no futuro do negócio, avaliar os riscos e as oportunidades, clarificando as ideias e
servindo como um excelente guia na tomada de decisões” (BIAGIO; BATOCCHIO, 2012,
p.4).
Um importante aliado do Plano de Negócios são os simuladores empresariais,
utilizados para a realização de testes e elaborações das previsões estratégicas da empresa, uma
vez que tomar decisões sem um planejamento prévio e testes se torna um risco para a
empresa. Com a utilização desta ferramenta pode-se simular a evolução e o comportamento
de uma empresa durante meses ou até anos, em um curto espaço de tempo de elaboração.
(LIMA, 2018)
Para a sociedade, conhecer sobre Plano de Negócios e simuladores empresariais
proporciona uma contribuição intelectual sobre o assunto, além de se tornar uma opção de
ferramentas gerenciais para a abertura de novas empresas.
Também poderá contribuir com a comunidade acadêmica para futuras pesquisas, por
meio dos conceitos abordados de autores da área e descrição das etapas de formulação de um
Plano de Negócios com a utilização de simuladores empresariais.
19
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Empreendedorismo
Esta destruição criativa tem grande responsabilidade sobre o dinamismo das indústrias e pelo
seu crescimento econômico de longo prazo.
Trazendo para o lado conceitual, observam-se inúmeros autores que apresentam
conceitos semelhantes. Entretanto, para melhor compreensão, é apresentada uma discussão
entre alguns autores que apresentam conceitos de forma complementar.
Para Dornelas (2012) empreendedorismo é o envolvimento em conjunto de pessoas e
processos, levando a transformação de ideias em oportunidades e, consequentemente, a
criação de negócios de sucesso. Envolve todas as funções, atividades e ações associadas com
a criação de novas empresas.
Hisrich, Peters e Shepherd (2009, p. 30) definem empreendedorismo como “o
processo de criar algo novo com valor, dedicando o tempo e os esforços necessários,
assumindo os riscos financeiros, psíquicos e sociais correspondentes e recebendo as
consequentes recompensas da satisfação e da independência financeira e pessoal”.
Destacam-se neste conceito alguns fatores importantes complementados por Dornelas
(2012), em primeiro lugar, o empreendedorismo envolve o processo de geração de algo novo,
de valor. Em segundo, requer a devoção, o comprometimento de tempo e o esforço necessário
para fazer a empresa crescer. E em terceiro, que riscos calculados sejam assumidos e decisões
críticas tomadas; é preciso ousadia e ânimo apesar de falhas e erros.
Assim, o empreendedor é o retrato deste processo, é a pessoa apaixonada pelo que faz,
inovadora e criativa que detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre
ela, analisando e assumindo os riscos calculados e tomando decisões.
2.2 O Empreendedor
Em geral, pessoas entendem que empreender está relacionado a criar uma nova
empresa, partir do zero e obter sucesso, porém empreender vai além disso, pois o
empreendedor deve estar conectado com as mudanças, atento as oportunidades, criar
relacionamento, desenvolver pessoas e parcerias, buscar o novo, criar, recriar, revolucionar,
agregar valor ao produto. (DORNELAS, 2015)
O empreendedor precisa utilizar várias habilidades no seu cotidiano; habilidades estas
que podem ser natas ou desenvolvidas por meio de cursos, estudos e práticas sobre o assunto.
Segundo Chiavenato (2015), o empreendedor, não é somente um fundador de novas
empresas, o construtor de novos negócios ou consolidador e impulsionador de negócios
21
atuais. O empreendedor é quem fornece a energia, quem produz as ideias, é aquele que
produz, transforma, gera emprego, desenvolve talento e maximiza competências, é quem
aproveita as oportunidades, é aquele que assume os riscos, inicia algo novo, é quem torna o
negócio dinâmico, implementa a inovação continua, quem está a frente do empreendimento
ditando a direção a ser seguida.
Observa-se, então, que o empreendedor que coloca em prática algo que foi idealizado,
realiza aquilo que foi sonhado, enxerga além do que a maioria das pessoas vêem.
Os empreendedores pensam de maneira diferente da outras pessoas. É frequente ver os
empreendedores tomarem decisões em ambientes altamente inseguros, com muitos riscos,
intensas pressões de tempo e grande investimento emocional. (HISRICH; PETERS;
SHEPHERD, 2009)
Os empreendedores são pessoas diferenciadas, que possuem motivação singular, são
apaixonadas pelo que fazem, não se contentam em ser mais um na multidão, querem
ser reconhecidas e admiradas, referenciadas e imitadas, querem deixar um legado.
Uma vez que os empreendedores estão revolucionando o mundo, seu
comportamento e o próprio processo empreendedor devem ser estudados e
entendidos. (DORNELAS, 2017, p. 8).
O empreendedor é aquele que combina recursos, trabalho e materiais para tornar seu
valor maior do que antes. É aquele que introduz mudanças e inovações, a fim de transformar
recursos e situações para proveito prático. (HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2009)
Chiavenato (2012) faz menção ao conceito de Shumpeter dizendo que “o
empreendedor é a pessoa que destrói a ordem econômica existente graças à introdução no
mercado de novos produtos/serviços, pela criação de novas formas de gestão ou pela
exploração de novos recursos, materiais e tecnologias”. (SHUMPETER, 1911 apud
CHIVANETO, 2012, p. 13)
Assim, ao inovar e solucionar problemas de outras pessoas, de outras empresas ou de
toda a sociedade, um empreendedor e seu novo negócio promovem um grande
desenvolvimento.
Empreendedores são pessoas que possuem um diferencial, algo único que as motivam,
a paixão pelo trabalho que escolheram, e de forma alguma querem ser apenas mais um, elas
querem se destacar, receber o reconhecimento e serem admiradas pelo que fazem, desejam
deixar algo marcado para serem lembrados (DORNELAS, 2005).
22
Isso é uma questão de realização pessoal, pois muitos empreendedores enxergam isso
como possibilidade de se tornarem melhores, tanto como pessoas quanto como profissionais,
fazendo a diferença na vida das pessoas e na sociedade a sua volta.
O empreendedor consegue realizar as coisas por possuírem sensibilidade para os
negócios, inteligência financeira e capacidade de identificar e aproveitar as oportunidades.
Com isso, ele transforma ideias em realidade para benefício próprio e da sociedade em que
vive. (CHIAVENATO, 2012) Muitas vezes o empreendedor floresce da necessidade pessoal
de vencer na vida, de prosperar, e isto dita o caminho a seguir, a direção a ser tomada.
O empreendedor não inicia pronto para empreender, ele se molda e se adapta com o
ambiente. Agregando a necessidade de crescer e desenvolver, ele aperfeiçoa comportamentos
que vão levar a direção que ele almeja. “[...] qualquer indivíduo que tenha à frente uma
decisão a tomar pode aprender a ser um empreendedor e se comportar empreendedoramente.
O empreendimento é um comportamento, e não um traço de personalidade.” (DRUCKER,
2002, p. 34).
Por isso que empreender pode ser considerado como uma prática constante, onde as
habilidades do empreendedor são testadas e aperfeiçoadas constantemente.
Oliveira (2014) apresenta de forma detalhada as principais habilidades que os
empreendedores devem possuir que, como o próprio autor conceitua, “é o processo de
visualizar, compreender e estruturar as partes e o todo dos assuntos do empreendedorismo,
consolidando resultados otimizados pela utilização de todos os recursos disponíveis”.
(OLIVEIRA, 2014, p. 68). São elas:
Ter reuniões bem estruturadas e realizadas;
Saber trabalhar em equipe, principalmente a multidisciplinar e também com a
dinâmica de grupo e o brainstorming;
Ter adequado relacionamento com as pessoas;
Saber manter o foco, sem perder a visão do todo;
Saber trabalhar com os erros;
Saber trabalhar com o sucesso e o fracasso;
Saber trabalhar com diversidades;
Saber ouvir, incorporar e aplicar bons conselhos;
Saber identificar, em tempo real, mudanças externas ao empreendimento;
Saber administrar processos de mudanças e as possíveis resistências;
Ter intuição;
23
2.3 O SEBRAE
Segundo fontes pesquisas em seu próprio site, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro
e Pequenas Empresas (SEBRAE) é uma entidade privada sem fins lucrativos que tem como
principal objetivo ser um agente de capacitação e de promoção do desenvolvimento, dando
apoio aos pequenos negócios de todo o país e promovendo a competitividade e o
desenvolvimento sustentável dos empreendimentos de micro e pequeno porte. (SEBRAE,
2018)
Ele também atua como articulador (junto aos bancos, cooperativas de crédito e
instituições de microcrédito) a criação de produtos financeiros adequados às necessidades do
segmento e orienta os empreendedores para que o acesso ao crédito seja, de fato, um
instrumento de melhoria do negócio.
Com foco no estímulo ao empreendedorismo do Comércio, Indústria, Serviços e
Agronegócios, e no desenvolvimento sustentável dos pequenos negócios, o SEBRAE atua nas
áreas de (SEBRAE, 2018):
Educação empreendedora;
Capacitação dos empreendedores e empresários;
Articulação de políticas públicas que criem um ambiente legal mais favorável;
Acesso a novos mercados;
25
2.4.1 Conceitos
Toda empresa deve planejar o futuro e elaborar planos para abertura, crescimento e
sobrevivência em longo prazo, que envolvam objetivos e recursos específicos. Esse é o foco
do Planejamento Estratégico, que visa adaptar a empresa para que ela consiga obter vantagens
das oportunidades em um ambiente em constante mudança. (KOTLER; ARMSTRONG,
2015).
Uma das principais metodologias utilizadas no Planejamento Estratégico é o Plano de
Negócios, por ser considerada uma metodologia de análise ambiental que retrata a empresa
como um todo, e não em partes individualizadas. Ele determina o foco de atuação da empresa,
levando o empreendedor a pensar no futuro, avaliar os riscos e oportunidades, e ainda serve
como um importante auxílio nas tomadas de decisões. (BIAGIO; BATOCCHIO, 2012)
O plano de negócios é um documento preparado pelo empreendedor em que são
descritos todos os elementos externos e internos relevantes envolvidos no início de
um novo empreendimento. É com frequência uma integração de planos funcionais
27
O Plano de Negócios pode e deve ser usado por todo e qualquer empreendedor que
queira transformar seu sonho em realidade. As oportunidades, em geral, são únicas e não
podem ser desperdiçadas. Por isso, o Plano de Negócios deve ser elaborado de maneira
detalhada e cuidadosamente revisado de tempos em tempos. (DORNELAS, 2008)
É importante a utilização do Plano de Negócios nos estágios iniciais do
empreendimento, quando o empreendedor precisa conhecer melhor o mercado que pretende
atuar, os produtos e serviços esperados pelo público-alvo e a estrutura operacional necessária
para concretizar o planejamento. (HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2009)
Segundo Hashimoto (2014) o Plano de Negócios possui as seguintes utilidades:
Desenvolver as estratégias do negócio, e como ele deverá ser conduzido, este
momento, segundo o autor, é para “cometer erros no papel”, aperfeiçoar estratégias, e
aperfeiçoá-las, levando o empreendedor à escolha das melhores opções
cuidadosamente planejadas.
28
sua criatividade e bom senso, dando ênfase as partes que mais interessam de acordo com sua
estratégia de mercado. (DORNELAS, 2008)
O desenvolvimento de um Plano de Negócios segundo Bernardi (2014), é um projeto
característico, e elaborado buscando obter um determinado resultado, para isso este autor
divide em cinco etapas, primeiro: levantamento das ideias, da origem do empreendimento;
segundo: obtenção e preparação de dados; terceiro: investigação dos dados; quarto:
elaboração do plano; quinto: apreciação do plano.
Segundo Hisrich, Peters e Shepherd (2009) os planos podem ser de curto ou de longo
prazo, estratégicos ou operacionais. Eles também diferem em escopo, dependendo do tipo de
negócio e estratégia pretendida.
Para Biagio e Batocchio (2012) um Plano de Negócios deve apresentar a seguinte
estrutura básica:
Capa;
Índice;
Sumário executivo
Descrição da empresa;
Planejamento Estratégico;
Produtos e serviços;
Análise de mercado;
Plano de marketing;
Plano operacional;
Plano financeiro;
Plano de investimentos;
A empresa poderá dispensar uma ou outra parte dependendo do objetivo do Plano de
Negócios. Entretanto, recomenda-se elaborá-lo por completo, dando destaque às partes
específicas mais adequadas aos objetivos do Plano de Negócios. (BIAGIO; BATOCCHIO,
2012)
2.4.4 Capa
É a primeira coisa que vai ser vista por quem recebe o Plano de Negócios e que
transmite a primeira imagem da empresa. (BIAGIO; BATOCCHIO, 2012)
30
2.4.5 Índice
Um Plano de Negócios que contenha todas as seções pertinentes, mas que esteja
desorganizado, provavelmente causará uma má impressão em quem está lendo. Portanto,
quando mais organizado estiver, mais o leitor se interessará na leitura Plano de Negócios.
(DORNELAS, 2008)
O sumário executivo deve ser escrito por último, após todas as demais seções do Plano
de Negócios estarem prontas, pois é muito mais eficiente e coerente escrever uma síntese
depois de preparar o texto básico para esta síntese. (DORNELAS, 2008)
Para melhor gerir os negócios de uma empresa seja ela micro, pequeno, médio ou de
grande porte, se faz necessário que seja feito um Planejamento Estratégico para controlar as
mais diversas áreas existes em uma empresa. Segundo Oliveira (2011, p.17) “é o processo
administrativo que proporciona sustentação metodológica para se estabelecer a melhor
35
direção a ser seguida pela empresa, visando o otimizado grau de interação com os fatores
externos – não controláveis – e atuando de forma inovadora e diferenciada”.
Para Lussier (2010, p.128) “planejamento estratégico é o processo de desenvolvimento
da missão e das metas de longo prazo, determinado com antecedência como elas serão
atingidas”.
2.4.8.1 Missão
2.4.8.2 Visão
2.4.8.3 Valores
É importante uma empresa ter um plano de investimento, pois isso reflete uma
preocupação com o futuro. Em geral, os investimentos não são realizados ao mesmo tempo,
por isso torna-se necessário um cronograma físico-financeiro da projeção dos desembolsos,
evidenciando valores e tempo. . (BIAGIO; BATOCCHIO, 2012).
Os investimentos que devem constar no plano, segundo Biagio e Batocchio (2012)
são:
Investimentos pré-operacionais: são gastos efetuados antes de a empresa começar
entrar em operação, incluindo gastos com pesquisa de mercado, registro da empresa,
pesquisa e desenvolvimento, despesas com profissionais para a criação da logomarca,
gastos com projetos e registros da marca.
Investimentos fixos: constituem o patrimônio da empresa e podem ser vendidos e
convertidos em dinheiro. São gastos com aquisição de instalação de máquinas e
equipamentos, obras e reformas, móveis e utensílios, veículos, centrais telefônicas,
aparelhos eletrônicos de informática, imóveis, salas, lotes e galpões.
Capital de giro: são gastos necessários para iniciar as atividades da empresa e coloca-
la em funcionamento. É um investimento, incialmente, feito pelo empreendedor, mas,
posteriormente, é coberto pelas receitas da empresa. Incluem-se nestes gastos o
aluguel, pró-labore, salários e encargos, telefone, água, luz, etc.
Capacitação de pessoa: são gastos com treinamento, desenvolvimentos e capacitação
dos empregados, para que a empresa adquira conhecimento e possa atender as
exigências do mercado, em especial nas questões de qualidade e desempenho dos
produtos e atendimento aos clientes.
empreendedor pode criar seu próprio modelo em uma única folha de papel. (DORNELAS et
al, 2016)
É uma metodologia desenvolvida pelo suíço Alex Osterwalder durante sua Tese de
Doutorado, e Yves Pigneur, por volta dos anos 2000. O Canvas analisa nove elementos que
toda organização possui: proposta de valor, parcerias chaves, atividades chaves, recursos
chaves, relacionamento com clientes, segmentos de clientes, canais de distribuição, estrutura
de custos e fluxo de receitas (MOTA, 2018).
Segundo Osterwalder e Pigneur (2011, p. 15) o conceito Canvas “já foi aplicado e
testado em todo o mundo e já é utilizado por grandes organizações como IBM, Ericsson,
Deloitte, Public Works, o governo do Canadá, entre outras”.
O Canvas possui o formato de um quadro permite analisar o modelo de negócios que
está sendo criado, remodelado, adaptado com o pensamento visual, que consiste em utilizar
desenhos para representar situações ou ideias. Muitos elementos podem entrar e sair, por isso
sugere-se a utilização de blocos de post-it para colar as respostas nos quadros, podendo mudar
e modelar o negócio mais facilmente. (DORNELAS et al, 2016)
Pimenta (2015) explica que os nove componentes do Canvas cobrem as quatro
principais áreas de um negócio: clientes, oferta, infraestrutura e viabilidade financeira e é uma
das ferramentas mais utilizadas por empreendedores e empresas para iniciar um negócio ou
para inovar em empresas já constituídas na Figura 7.
Assim, o Canvas vai sendo construído visualmente de maneira cíclica, ou seja, evolui
a partir de uma concepção simples, um tipo de protótipo ou modelo inicial. Ao concluí-lo, o
empreendedor terá em mãos uma importante análise de oportunidade e poderá fazer uma
pesquisa de mercado primária junto a seu público-alvo (DORNELAS et al, 2016).
Há uma linha de pesquisa que diz que a simulação empresarial originou na China, por
volta de 3000 a.C., com o nome de jogos de empresas, e que somente em 1956 surgiu o
primeiro jogo de gestão mundialmente conhecido, o Top Management Decision Simulation.
(LIMA, 2018)
Por outro lado, Tanabi (1977) apud Peixoto (2003) afirmam que a simulação
empresarial originou a partir dos estudos dos matemáticos John von Neumann e Stanislaw
Ulam, em 1949, por meio da técnica de Monte Carlo, um tratamento probabilístico com o
intuito de solucionar um problema específico.
Nas duas referências observa-se que o estudo de simulação voltou-se para problemas
probabilísticos, visto que em sua época de criação era uma técnica pouco utilizada no campo
de aplicação deste tipo de amostra.
Schafranski e Tubino (2013, p. 03) definem a simulação empresarial como "um meio
de se experimentar ideias e conceitos sob condições que estariam além das possibilidades de
se testar na prática, devido ao custo, demora ou riscos envolvidos". Entretanto, os autores
alertam para o fato de que essa experiência não representa a realidade em si, haja vista que
existem diversas outras variáveis não previstas ou não controláveis, mas trata-se de uma
imitação parcial, simplificada e dinâmica, com alguns pontos centrais que se deseja analisar.
Desta forma, a simulação permite observar e testar possíveis desafios, efeitos e
benefícios de uma determinada situação em um ambiente fictício.
A simulação empresarial vem sendo empregada cada vez mais tanto dentro das
instituições de ensino quanto nas empresas, pelo fato de ser uma ferramenta que contribui
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Segundo site do SEBRAE, o software Plano de Negócios 3.0, foi criado pelo SEBRAE
em Minas Gerais. Ele é uma ferramenta muito útil para auxiliar na elaboração do Plano de
Negócios, pois ela ajuda a organizar ideias e informações sobre o ramo de atividade escolhido
pela empresa, sobre produtos e serviços que ela irá oferecer, seus clientes, concorrentes,
fornecedores, os pontos fortes e fracos do negócio, dentre outros. Tudo isso contribui para a
identificação da viabilidade da gestão da empresa (SEBRAE, 2019).
Por meio do software Plano de Negócios 3.0, as informações são organizadas e as
etapas do Plano de Negócios podem ser revistas e verificadas a qualquer momento. É possível
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também fazer o planejamento das atividades que serão desenvolvidas, definir tarefas,
responsáveis, prazos e resultados esperados.
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3 METODOLOGIA
Desta maneira, a metodologia utilizada para elaboração deste trabalho, visando atingir
os objetivos caracteriza-se com pesquisa exploratória. Conforme Gil (2008, p. 27) “as
pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar
conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses
pesquisáveis para estudos posteriores.” Nesta concepção, Lakatos (2001) salienta que a
pesquisa exploratória tem por objetivo somar o conhecimento do pesquisador e familiarizar o
mesmo com o ambiente, fato ou fenômeno a ser pesquisado, e desta forma trazer precisar a
futura pesquisa.
Para Aaker, Kumar e Day (2004), a pesquisa exploratória normalmente envolve uma
técnica qualitativa, podendo não ter a presença de hipóteses, ou ainda as hipóteses não
estarem bem definidas.
Segundo Mattar (2001), a pesquisa exploratória tem a versatilidade devida seus
métodos utilizados. Os métodos empregados compõem: levantamentos em fontes secundárias,
levantamentos de experiências, estudos de casos selecionados e observação informal.
Quanto à abordagem, a pesquisa se caracteriza como qualitativa, uma vez que, de
acordo com Acevedo e Nohara (2006), ela não está preocupada com amostras, e sim com
grupos ou pessoas específicas. “Busca-se com exaustão e profundidade o que há de único
nessas unidades pesquisadas e quais as características que podem ser generalizada a situações
semelhantes”. (MOREIRA, 1990 apud ACEVEDO; NOHARA, 2006, p.48).
49
Com os dados coletados entre Julho de 2018 a Maio de 2019 foi possível alimentar o
Simulador software Plano de Negócios 3.0 do SEBRAE e elaborar o Plano de Negócios da
empresa, a fim de alcançar os objetivos propostos neste trabalho.
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4 UNIDADE DE ANÁLISE
4.1 O Simulador
O embrião desta empresa iniciou há dez anos, quando por vontade de empreender e
necessidade pelo momento de crise financeira que o país atravessava, no dia 06 de dezembro
de 2009 abria as portas a espetaria Sabor no Espeto, então fundada pelo autor da pesquisa e
seu sócio e amigo.
No início foi um experimento, uma vez que nenhum dos sócios tinha experiência na
área de alimentação. Porém, mesmo assim, foi feito uma pequena pesquisa na região, onde se
constatou que não havia nenhum tipo de assados de qualidade. Tendo em vista esta
oportunidade eles decidiram realizar um teste em uma sala vizinha do local onde hoje está
estabelecida a empresa, de forma a ter uma experiência.
As expectativas foram superadas e em menos de 06 meses iniciava-se a construção da
sede onde funciona até hoje. Nos primeiros finais de semana de funcionamento a empresa
saltou de 24 pedaços de carne/frango para 48 pedaços, sendo necessária a ampliação do
espaço com a construção de churrasqueiras de alvenaria e cozinha adequada às exigências da
vigilância sanitária. Foi então que em menos de um ano de existência já haviam construído
uma sede com estrutura planejada e adequada passando em pouco tempo para venda de mais
de 120 pedaços de carnes/frango.
Depois de 03 anos trabalhando juntos na sociedade, o autor da pesquisa então adquiriu
a parte da sociedade que pertencia ao sócio. Após essa primeira reformulação, foram feitos
investimentos e passou-se a focar em carnes nobres para atender uma fatia de mercado
crescente. Em pouco tempo a “Espetaria Sabor no Espeto” já era reconhecida como referência
em assados.
53
Este trabalho pretende trazer a teoria e a prática aplicada, não somente um plano
hipotético, mais sim algo realizável, real e tácito. O trabalho iniciou com uma base, já
solidificada no estágio supervisionado, onde foi possível identificar muitos erros que eram
cometidos pelo arrendatário da empresa espertaria Sabor no Espeto.
Para situar o local onde a empresa está instalada, é uma rotária de grande movimento
no cruzamento da Av. das Palmeiras, com Av. dos Ingás, no Jardim das Palmeiras, e o prédio
é de propriedade da mãe do autor da pesquisa.
Apesar da vontade de voltar a trabalhar com alimentação, havia muitas dúvidas e
receios, e um alto custo de implantação de um espetinho bem estruturado, como que desejava.
Entretanto, em 2018 a esposa do autor desta pesquisa, logo após o casamento, abraçou a ideia
e começou a incentivá-lo a reabrir a espetaria com carne a assada, o que traria uma renda para
poder financiar a abertura da nova empresa.
Decido pela retomada do empreendimento de carne assada, para o ano de 2020 abrir o
espetinho, procedeu-se a elaboração do Plano de Negócios, foi quando se teve a ideia da
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utilização do simulador Plano de Negócios 3.0 do SEBRAE, como ferramenta, para também
explorar suas potencialidades e verificar a sua importância na elaboração de um Plano de
Negócios para uma empresa de alimentação noturna.
Este trabalho veio sendo desenvolvido ao longo do ano de 2018, e início de 2019,
quando todo o Plano de Negócios da empresa estava já elaborado, para instalação no prédio
na avenida das Palmeiras, 2128, sendo que havia sido levantadas informações de
concorrentes, levantamento de obras civis, adequações de estrutura, todas as modificações de
layout, estudo de cliente, fornecedores, cotação de preços de produtos, verificação de
máquinas e equipamentos, bem como os valores necessários para o investimento.
Uma decisiva situação acontece.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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2004.
BELLO, Luiz. IBGE lança pesquisa de orçamentos familiares: um retrato de como os brasileiros gastam
seu dinheiro. 2017. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-
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retrato-de-como-os-brasileiros-gastam-o-seu-dinheiro Acessado em: 06/04/2019
CHURCHIL JR, G.; PETER, J. P. Marketing: criando valor para os clientes. 3. ed. São
Paulo: Editora Saraiva, 2012
COSTA, Eliezer Arantes da. Gestão estratégica. São Paulo: Saraiva, 2003.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. - São Paulo : Atlas,
2008.
KOTABE, M.; HELSEN, K. Administração de marketing global. São Paulo: Atlas, 2000
KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de marketing. 12. ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2007.
LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Plano de marketing para micro e pequena empresa. 6. Ed.
São Paulo: Atlas, 2011
LIMA, Gustavo. Simulação empresarial: qual sua importância para obter bons resultados?
Disponível em: https://www.voitto.com.br/blog/artigo/simulacao-empresarial Acesso em: 27
mar. 2019
MELLES, Cristiano. Setor de alimentação fora do lar encerra 2018 com crescimento de 3,5%. 2018.
Disponível em: https://exame.abril.com.br/negocios/dino/setor-de-alimentacao-fora-do-lar-
encerra-2018-com-crescimento-de-35/. Acessado em: 02/06/2019
MURBA, David. Mais de 800 novas empresas foram abertas este ano em Sinop.
Disponível em: https://www.sonoticias.com.br/economia/mais-de-800-novas-empresas-
foram-abertas-este-ano-em-sinop/. 2018 Acessado em 06/04/2019.
_____ Planejamento Estratégico: conceitos, metodologia e práticas. 29. Ed. São Paulo:
Atlas, 2011.
_____ Planejamento estratégico: conceitos, metodologia, práticas. 31. ed. São Paulo: Atlas,
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http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/sp/bis/entenda-o-motivo-do-sucesso-e-do-
fracasso-das-empresas,b1d31ebfe6f5f510VgnVCM1000004c00210aRCRD?origem=
estadual& codUf=26. Acesso em: 30/05/2019
SEBRAE. Analise a viabilidade da empresa com o software Plano de Negócios 3.0. 2019.
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SILVA, João Braz. Mortalidade da micro e pequenas empresas. 2003. Disponível em:
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APÊNDICES
Instalação
Para a instalação do software Plano de Negócios 3.0, o primeiro passo é acessar o site
https://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital/documento/software/software-
plano-de-negocio-30, onde deverá ser realizado um breve cadastro para ter acesso a página do
simulador, onde encontra-se os arquivos para download e instalação, apostila de uso e
preenchimento assim como os programas necessários para que o simulador possa ser instalado
e executado.
Após a realização do download do instalador do simulador e do programa Framework
2.0, o passo seguinte é sua instalação, que é simples e fácil, porém é importante relatar que
houve problemas na instalação deste programa, uma vez que ele necessita de “Framework
2.0”, e apesar de realizar os procedimentos de instalação conforme o manual, dentro do
sistema operacional Windows 7, o simulador executava com erro.
Tentou-se instalar no Windows XP, que apresentou o mesmo erro, então foi entrado
em contato com o SEBRAE, para suporte, e eles informaram por e-mail as mesmas instruções
do manual, alegando que o “Framework 2.0” não estaria funcionando.
Desta forma decidiu-se instalar no Windows 10, e dessa maneira depois de ativado no
Windows o “Framework 2.0”, conseguiu-se utilizar o simulador corretamente.
Cadastro
A interface inicial do simulador traz um pequeno cadastro que fica registrado pelo
CPF do usuário, para acessar seus planos de negócio. Faz-se necessário toda vez que inicia o
software, digitar o CPF cadastrado para realizar o login.
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Interface inicial
Para se criar um Plano de Negócios neste campo deve-se utilizar o botão “criar plano”,
onde será preenchido com o nome do plano, o estado onde este plano é desenvolvido, o
período de planejamento, podendo ser de 12 meses, 12 meses e 1 ano, 12 meses e 2 anos, 12
meses e 3 anos e também 12 meses e 4 anos. Ainda deve se escolher o objetivo do plano,
dentre as opções estão: estudantil, empresa nascente, empresa em consolidação, ou empresa
em expansão.
Com a criação do Plano de Negócios, deve-se clicar no nome escolhido do plano para
entrar e iniciar o preenchimento. Ainda pode-se executar duas opções úteis nesta tela, a
importar plano e exportar plano, utilizados para editar algum plano já iniciado ou salvo no
computador, e também salvar o plano alterado ou criado.
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Sumário executivo
O próximo passo é a identificação dos dados dos sócios empreendedores, com suas
informações profissionais. Após esta identificação, segundo o manual, seria realizado a
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Missão
Setor de Atividade
Forma jurídica
Após esta etapa tem-se no campo da forma jurídica a qual a empresa será inscrita, as
opções de inscrições estão atreladas a tipo de empresa, e forma que ela se constitui. Neste
campo há as seguintes opções: empresário individual, empresa individual de responsabilidade
limitada – EIRELI, micro empreendedor individual – MEI, sociedade limitada e outros, sendo
que escolhemos para iniciar o empreendimento o micro empreendedor individual, que apesar
de ter o faturamento limitado, se adéqua inicialmente para o inicio da empresa.
No planejamento da empresa poderá ser feito o desenquadramento da mesma no
próximo ano e assim optando pelo empresário individual.
Enquadramento tributário
Capital Social
Fontes de recursos
Análise de mercado
A segunda etapa é a análise de mercado, etapa fundamental, que deve ser muito bem
detalhada.
Plano de marketing
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A próxima etapa é o plano de marketing. Dentro desta etapa tem-se a descrição dos
principais produtos e serviços, como serão vendidos, como captar e manter os clientes, como
elevar a demanda, determina o método comercialização e os canais de distribuição.
Produtos e serviços
Neste item podem-se relacionar todos os produtos e serviços que serão vendidos aos
clientes. Esta lista está ligada aos itens faturamento mensal e custo unitário que serão
preenchidos no plano financeiro conforme Figura 12.
Preço
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O item preço tem por finalidade descrever a estratégia de precificação dos produtos e
serviços oferecidos. Em seguida, observa-se o item estratégia promocionais, o qual explanou
como promover os produtos e qual estratégia será utilizada para divulgação, conforme Figura
13.
Figura 13 - Preço
Estratégias promocionais
Definem quais canais de promoção dos produtos e serviços serão utilizados conforme
apresenta a Figura 14.
Estrutura de comercialização
Descreve-se como será o canal de vendas dos produtos, se haverá apenas uma ou mais
opções aos clientes, como por exemplo, loja física e loja online, conforme Figura 15.
Localização do negócio
Plano operacional
Leiaute
Em seu primeiro item tem-se o leiaute, campo para anexar o esquema de distribuição
dos principais equipamentos e máquinas no espaço físico, conforme Figura 17.
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Figura 17 - Leiaute
Capacidade instalada
Processos operacionais
Nesta etapa será descritas todas as principais atividades da empresa, conforme Figura
19.
Necessidade de pessoal
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Plano Financeiro
Investimentos Fixos
Este item relacionará os produtos e serviços necessários para fabricação ou venda dos
produtos. Devem-se identificar os produtos a serem comprados, as quantidades e os preços
unitários, conforme Figura 22.
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No item capital de giro - caixa mínimo, o próprio simulador realiza o cálculo para o
usuário. Neste campo apresentam-se três etapas, a qual a primeira é destinada a lançar o prazo
médio de vendas; dentro deste item separa-se o percentual recebido em dinheiro, cartão de
debito e cartão de credito. Na segunda etapa tem-se o cálculo médio do prazo dos
fornecedores, e na terceira e última etapa tem-se o lançamento do prazo médio dos estoques,
desta maneira o programa gera um resumo e o apresenta ao usuário o cálculo da necessidade
líquida do capital de giro, conforme Figura 23.
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Investimentos pré-operacionais
Investimento total
Faturamento mensal
Neste item descrevem-se o faturamento mensal da empresa, que deverá ser incluído
cada item de produto ou serviço que será comercializado com as quantidades estimadas
mensais e preço unitário de venda, resultando no faturamento por item e no faturamento
mensal total. É preciso considerar possíveis sazonalidades. Por meio deste item inicia a
avaliação de viabilidade do negócio.
A grande facilidade do simular é que pode ser utilizado como norteador para correção
expectativa de faturamento, bem como alterar o faturamento durante a operação da empresa e
refazer o plano com novos indicadores a partir da realidade, bem como verificar problemas e
buscar soluções pontuais, caso necessário.
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Ainda dentro do item faturamento mensal apresenta-se uma segunda aba no simulador
onde ele calcula automaticamente a previsão de faturamento mensal e anual, podendo inserir
porcentagem de crescimento. Além desta opção o simulador também tem a flexibilidade de se
inserir os valores manualmente, caso necessite, conforme Figura 26.
Custo unitário
O próximo item é o custo unitário dos produtos, tela onde poderá incluir todos os itens,
seja produto ou serviço e lançar os seus custos. Para efetuar o lançamento deve-se clicar no
ícone “incluir custos” que abrirá uma aba onde poderá selecionar o produto, que está
vinculado aos produtos lançados no campo produtos e serviços dentro do plano de marketing.
Após a escolha do produto ou serviço, podem-se incluir os custos deste produto, como
matérias-primas e serviços, para se precificar o custo unitário.
Apesar de relativamente simples, essa ação, poderia ser aperfeiçoado com o
lançamento automático de todos os itens, buscando a base de dados dos produtos e serviços
dentro do plano de marketing. Isso facilitaria em muito a sua operação, pois é necessário
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realizar um controle escrito para conferir os produtos que já foram precificados ou não,
conforme Figura 27.
Custo de comercialização
O próximo item é o custo da mão de obra, onde deveram ser inseridos os valores de
salários e impostos a serem pagos mensalmente. Este item está atrelado ao item necessidade
de pessoal do plano operacional. Por meio do simulador é possível inserir a quantidade de
cada cargo/função, os valores salariais o percentual de impostos sobre salário, sendo que o
próprio software calcula o total. Como este item está vinculado ao item do plano operacional,
caso seja necessário incluir ou remover um funcionário do plano, é necessário fazer a
alteração no item necessidade de pessoal, conforme Figura 30.
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Custo de depreciação
O item seguinte trata do custo de depreciação. Nesta plataforma será definida a vida
útil de cada segmento, com base nos valores atrelados aos itens lançados no item
investimentos fixos, onde se pode tipificar cada item. Fazendo assim o valor da depreciação é
calculado automaticamente, conforme Figura 31.
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O próximo passo é o item custos fixos operacionais mensais. Nesta tela estimam-se os
custos mensais como: aluguel, energia, água, telefone, internet, entre outros. Além destes
custos, o simulador já insere automaticamente o custo de depreciação e salários/encargos.
Estes últimos itens são fixos e vinculados diretamente aos itens específicos deles, não
podendo editar valores neste campo. Por outro lado, todos os demais são editáveis, conforme
Figura 32.
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Para facilitar o usuário o simulador já traz algumas opções pré-lançadas para auxiliar
no entendimento do usuário, além disto, o simulador orienta estimar os custos com uma
margem de segurança.
Este item conta também com uma segunda aba onde ele traz as projeções dos custos
operacionais fixos dos doze primeiros meses e do primeiro e segundo ano, conforme Figura
33.
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Demonstrativo de resultados
Este item também traz uma segunda aba onde apresenta os valores dos doze primeiros
meses e do primeiro e segundo ano, conforme Figura 35.
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Indicador de viabilidade
Construção de Cenários
Avaliação de estratégica
Avaliação do Plano
E por fim a última etapa avaliação de plano, que também possui item único, é a análise
do plano, onde se pode descrever as conclusões e avaliações do Plano de Negócios, conforme
Figura 38.
ANEXOS
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