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Taubaté – SP
2019
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Taubaté – SP
2019
Sistema Integrado de Bibliotecas SIBi/UNITAU
Biblioteca Setorial de Gestão e Negócios/Civil
CDD 331.137
Data: ________________________________________
Resultado: ___________________________________
COMISSÃO JULGADORA
Assinatura __________________________________________________________
Assinatura __________________________________________________________
Assinatura __________________________________________________________
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AGRADECIMENTOS
Primeiramente à Deus, que tornou nosso sonho possível e não nos desamparou nas
dificuldades para chegarmos até aqui.
Às nossas mães, Eliude e Lina, que com todo amor e dedicação enfrentaram muitas lutas para
que tivéssemos as oportunidades que temos hoje, e graças à elas somos duas mulheres fortes e
profissionais competentes.
À todos os professores com quem tivemos o privilégio de conviver e aprender nesse período.
Ao Prof. Ms. Augustinho Ribeiro, nosso orientador, pelo constante apoio, incentivo e críticas.
Aos Profs. Drs. das bancas, pelas importantes sugestões que muito acrescentaram na
conclusão deste trabalho.
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“Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se
arrepende.” (LEONARDO DA VINCI).
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O propósito básico deste estudo é contribuir para o debate a respeito do papel desempenhado
pela Administração de Recursos Humanos, alinhado ao planejamento estratégico nas
organizações, visando não somente a contratação e agregação de talentos, mas também
priorizando a retenção dos talentos e o desenvolvimento dos mesmos enquanto indivíduos,
pois já não são mais considerados mão de obra e sim capital intelectual. O mercado de
trabalho e a maneira de se trabalhar tem mudado constantemente, acompanhando os avanços
da tecnologia, tanto as organizações quanto os trabalhadores devem estar preparados para tais
mudanças, o que demanda uma gestão estratégica de Recursos Humanos desde a contratação
à demissão. O Programa de Demissão Assistida visa proporcionar um suporte ao profissional
demitido para que ele se prepare emocional e profissionalmente a voltar ao mercado,
proporciona um sentimento de segurança e respeito aos demais colaboradores da organização
e diminui o número de processos trabalhistas que a mesma possa vir a enfrentar, além de
conquistar uma bela imagem perante a sociedade, fornecedores e investidores, demostrando
que possui responsabilidade social.
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS
SUMÁRIO
RESUMO.................................................................................................................... 07
LISTA DE TABELAS................................................................................................ 08
LISTA DE FIGURAS................................................................................................. 09
SUMÁRIO.................................................................................................................. 10
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 12
1.1 Tema do trabalho.............................................................................................. 12
1.2 Objetivo do trabalho.......................................................................................... 13
1.2.1 Objetivo Geral.......................................................................................... 13
1.2.2 Objetivos Específicos............................................................................... 13
1.3 Problema.......................................................................................................... 13
1.4 Relevância do Estudo...................................................................................... 13
1.5 Delimitação do estudo..................................................................................... 13
1.6 Metodologia....................................................................................................... 14
1.7 Organização do Trabalho................................................................................... 15
2 REVISÃO DE LITERATURA................................................................................ 17
2.1 Gestão de Pessoas.............................................................................................. 17
2.2 Emprego............................................................................................................. 17
2.3 Motivação.......................................................................................................... 18
2.3.1 Motivação Intrínseca................................................................................... 18
2.3.2 Motivação Extrínseca.................................................................................. 18
2.4 Qualidade de Vida no Trabalho......................................................................... 19
2.5 Recrutamento e Seleção..................................................................................... 19
2.5.1 Tipos de Recrutamento................................................................................ 20
2.6 Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas..................................................... 20
2.6.1 Programa de Mentores................................................................................. 21
2.6.2 Rodízio de Papeis........................................................................................ 21
2.6.3 Palestras e Workshops.................................................................................. 22
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2.6.4 Grupos de Treinamento.............................................................................. 22
2.7 Rotatividade...................................................................................................... 22
2.8 Demissão........................................................................................................... 22
2.8.1 Demissão Individual................................................................................... 23
2.8.2 Dispensa...................................................................................................... 23
2.8.3 Demissão em Massa................................................................................... 24
2.9 Demissão Assistida e Outplacement................................................................. 27
2.10 Responsabilidade Social................................................................................. 29
2.11 Empregabilidade............................................................................................. 30
2.11 Empreendedorismo......................................................................................... 31
3. DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA............................................................. 32
3.1 Mercado de Trabalho e Desemprego no Brasil................................................ 32
3.1.1 Futuro do Mercado de Trabalho................................................................. 35
3.1.2 Oferta de emprego e mão de obra qualificada............................................ 35
3.2 Empreendedorismo por necessidade................................................................. 35
4. DEMISSÃO ASSISTIDA NO BRASIL................................................................ 37
4.1 PADE – Programa de Assistência Demissional (Projeto de Lei
2323/2003)............................................................................................................... 38
5. CONCLUSÕES .................................................................................................... 40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................... 41
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1 INTRODUÇÃO
1.3 PROBLEMA
Os efeitos da demissão no trabalhador, além de econômicas, podem ser emocionais,
psicológicas, físicas, profissionais, sociais e familiares. Para a organização, sua imagem pode
ficar negativa perante todos os envolvidos, os colaboradores que permanecem e até mesmo
diante da comunidade, inclusive legalmente.
Principalmente no setor industrial, percebe-se que após os funcionários laborarem por
vários anos, geralmente na mesma função, ao serem desligados da organização, se veem
perdidos ao se encontrarem em um mercado de trabalho extremamente competitivo, e muitas
vezes não conseguirem desempenhar outras funções além daquela cumprida por tantos anos
em seu antigo emprego. Muitas vezes esses funcionários recebem uma boa quantia monetária
decorrente de sua rescisão, e acabam não sabendo administrar o valor recebido e por não
conseguir um novo emprego acaba por passar necessidades.
O programa de Demissão Assistida, realmente tem um papel efetivo na melhoria
nesses impactos, podendo até mesmo colaborar na Empregabilidade do colaborador
desligado?
É o que a presente dissertação buscará apresentar através de literatura pré existente e
pesquisas de campo.
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1.4 RELEVÂNCIA DO ESTUDO
Maia e Nyaradi (2005) “Nos dias de hoje, o emprego constitui, para uma grande
maioria da população brasileira, a única fonte de distribuição de renda e, consequentemente, a
única forma de sobrevivência.”
Perder o emprego pode sim, sem exageros, ser devastador, porém para as pessoas que
participam de um assessoramento do tipo Outplacement e Demissão Assistida, desenvolvem
uma experiência e um conhecimento que os tornarão mais preparados para recomeçar.
Participar do Programa de Demissão Assistida não garante uma recolocação imediata
no mercado de trabalho, mas aumenta significativamente as chances.
Não há estatísticas e dados que comprovem, mas podemos imaginar que assim como
quando a economia vai mal, as empresas precisam demitir para se reestruturar, gerando
desemprego, essas pessoas não conseguem se recolocar no mercado, adquirem dívidas,
deixam de consumir, o que afeta outras empresas, e todos conhecem esse ciclo. Com a
implementação do Programa de Demissão Assistida, esse ciclo pode ao menos ser alterado,
pois as pessoas estarão mais bem preparadas quando forem demitidas, para administrar sua
carreira profissional, sua vida financeira, e isso poderá amenizar esse efeito “bola de neve”
descrito acima.
1.6 METODOLOGIA
Método, do grego methodos, significa caminho para chegar a um fim ou objetivo.
Segundo Gerhardt e Silveira (2009), metodologia, é o estudo do método, ou seja, as regras e
procedimentos para se realizar uma pesquisa.
Conforme define Gil (2007, p. 17), pesquisa é
(...) procedimento racional e sistemático que tem por objetivo proporcionar respostas
aos problemas que são propostos. A pesquisa desenvolve-se por um processo
constituído de várias fases, desde a formulação do problema até a apresentação e
discussão dos resultados.
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Nesta seção, descrevem-se os procedimentos metodológicos utilizados, detalhando-
se o tipo de pesquisa, a abordagem utilizada, técnicas e procedimentos, amostra, fontes e
análises.
Este trabalho está estruturado em 4 (quatro) capítulos, de forma que a seqüência das
informações ofereça um perfeito entendimento de seu propósito.
No Capítulo 1, apresenta-se uma introdução abordando questões como a demissão
pode ser traumática, porém inevitável frente à crises econômicas e como as empresas têm se
preocupado com o desenvolvimento pessoal de seus funcionários, ainda trata dos objetivos, da
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importância do tema, da delimitação do local onde o estudo foi desenvolvido, do Método
ou metodologia e como está organizado.
O Capítulo 2 trata da revisão bibliográfica, necessária para fundamentar a pesquisa,
acerca de temas como Gestão de Pessoas, Emprego, Motivação, Qualidade de vida no
Trabalho, Recrutamento e Seleção, Treinamento e desenvolvimento de pessoas, Rotatividade,
Demissão, Demissão Assistida e outplacement, Responsabilidade Social, Empregabilidade e
Empreendedorismo. Todos estes, conceitos essenciais para entendimento da presente
pesquisa.
O Capítulo 3 trata de assuntos referentes ao Mercado de Trabalho no Brasil, o perfil do
desempregado e do desemprego no país e também sobre o Empreendedorismo por
necessidade, que são empreendedores frutos do desemprego. O conhecimento desse cenário é
imprescindível para o entendimento da importância da implantação do Programa de Demissão
Assistida.
No Capítulo 4 apresenta-se o cenário da Demissão Assistida no Brasil e enfim no
Capítulo 5, as conclusões.
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2 REVISÃO DA LITERATURA
2.2 EMPREGO
2.3 MOTIVAÇÃO
As organizações precisam das pessoas para atingirem seus objetivos, assim, como as
pessoas das organizações para suprir suas necessidades. A motivação é o que mais determina
a qualidade do trabalho dos colaboradores dentro das organizações, colaboradores motivados
rendem e produzem mais.
De acordo com Chiavenato (1994), a motivação é a vontade de exercer altos níveis de
esforço em direção a determinados objetivos organizacionais, condicionados pela capacidade
de satisfazer objetivos individuais. A motivação depende do objetivo, força a intensidade do
comportamento e duração e persistência.
A motivação não se trata só de remuneração e sim de vários outros aspectos, um deles
sendo a Gestão de Pessoas, uma boa liderança conduz o incentivo, estimula os colaboradores
a crescerem profissionalmente, executarem as tarefas de maneira correta, eficiente e eficaz.
A motivação deve ser parte da estratégia organizacional para que em conjunto com os
seus colaboradores consigam alcançar o objetivo e visão de futuro.
É comum que as pessoas passem maior parte do tempo no ambiente corporativo, isso
tende a refletir diretamente na saúde física e mental, rendimento, bem-estar e eficácia do
colaborador. A partir daí as organizações perceberam que se os colaboradores trabalharem em
um ambiente agradável, o rendimento e a produção seriam elevados.
Um dos objetivos principais de implementação de programas que visam a qualidade de
vida é a reestruturação de setores produtivos, podendo atender as necessidades básicas dos
colaboradores fazendo com que consigam desempenhar atividades com segurança,
produtividade e de modo com que todos saiam ganhando, organização e colaborador.
As organizações para alcançar os desejos almejados dependem da mão de obra, ou
seja, das pessoas, com isso favorece a elas condições de trabalhos favoráveis como salários,
benefícios, segurança ambiental e laboral, entre outros. Outra busca pela qualidade de vida é
poder proporcionar as pessoas o equilíbrio psíquico, físico, social, para conduzir uma
satisfação pessoal e profissional.
Existem diversos tipos de treinamento, cada qual com seu objetivo específico. Para
essa pesquisa, serão ressaltados quatro tipos que possuem maior impacto na empregabilidade
do colaborador.
Esse é um método eficaz para formar colaboradores de excelência, pois ter um mentor
é como contar com o suporte de um mestre para tudo o que precisar e receber ensinamentos
importantes em relação ao futuro na empresa e até mesmo fora dela.
Essa estratégia visa realizar a troca de posição e funções entre os colaboradores, o que
leva a todos se tornarem capazes de ocupar diferentes posições, o que para a empresa é
fundamental quando um funcionário falta ou é afastado, e para o funcionário é uma maneira
de não se acomodar em uma única função e estar em constante aprendizado. Além de novos
talentos serem preparados para ocupar um cargo de liderança no futuro.
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2.6.3 Palestras e Workshops
As palestras podem ser realizadas tanto por especialistas renomados da área ou até
mesmo por um colaborador, proporcionam um clima leve e agilidade de aprendizagem.
Os workshops são eventos mais completos, além de palestras pode conter outras
atividades e têm durabilidade e um ou mais dias.
2.7 ROTATIVIDADE
2.8 DEMISSÃO
2.8.2 Dispensa
São casos em que as empresas desligam de uma única vez, por diversos motivos, um
grupo de funcionários. Um dos motivos pode ser falência, fechamento de filiais ou áreas da
empresa.
Na visão de Macedo (1996), a demissão é para o indivíduo, como uma doença que
pode se manifestar de diversas formas como desgaste físico, deterioração psicológica, perda
de contato com seus grupos de referência e desarmonia familiar.
Os efeitos da demissão são tão aterradores que podem atingir, além do indivíduo
demitido, a organização e os remanescentes, como observado nas tabelas abaixo:
Desde 2014 o Brasil vem passando por uma crise econômica que gerou grande
desemprego, atingindo o auge em 2017, com mais de catorze milhões de desempregados.
Tempos difíceis, restrições econômicas, mercadológicas, de crédito e de perspectivas
futuras exigem que as organizações apertem os cintos e ajustem suas operações à realidade, o
que inclui reduzir força de trabalho e demitir colaboradores.
Demitir é uma tarefa gerencial das mais árduas, é uma decisão que trará resultados
financeiros, produtivos e principalmente emocionais para todos os envolvidos.
A perda do emprego tem um impacto devastador na vida do colaborador desligado,
esses efeitos variam entre emocionais, psicológicos, físicos, comportamentais, familiares,
econômicos, profissionais e sociais.
As empresas costumam investir na admissão, buscando sempre bons profissionais,
mas muitas vezes possuem uma mentalidade negativa no momento da demissão desses
mesmos bons profissionais, o que gera uma imagem manchada perante a opinião pública,
sensação de insegurança para os funcionários remanescentes e em alguns casos até mesmo
acarretar em ações trabalhistas.
Diante a tantos danos e impactos, empresas modernas estão aderindo a ferramentas de
desenvolvimento humano também no momento da demissão, são os processos de
Outplacement e de Demissão Assistida.
Na década de 60, nos Estados Unidos, o Outplacement surgiu como uma técnica de
Recursos Humanos visando auxiliar cientistas e engenheiros vítimas das demissões que
ocorriam devido ao recesso nos setores aeroespacial e eletroeletrônico.
Segundo a Associação que regula essa atividade internacionalmente, AOCFI – The
Association of Placement Consulting Firms International, o Outplacement deve ser definido
como o processo estruturado em bases profissionais, destinado a apoiar o empregado demitido
a abordar o mercado de trabalho de modo organizado e disciplinado e, assim, obter uma nova
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ocupação no menor espaço de tempo possível, promovendo uma transição com o mínimo
de trauma e estresse.
O programa de Demissão Assistida e o processo de Outplacement possibilita que os
colaboradores desligados tenham apoio em seu planejamento de carreira, e na estratégia de
busca por novas oportunidades no mercado de trabalho.
O processo de Outplacement pode ocorrer de forma espontânea, onde o indivíduo
procura consultoria por conta própria para recolocação no mercado de trabalho, pois há
empresas e profissionais especializados na prestação desse serviço.
Já o programa de Demissão Assistida é conduzido pela empresa, seja em grupo ou
individual.
Atualmente as empresas se preocupam cada vez mais com sua imagem diante dos
consumidores e investidores, programas com iniciativas ambientais e sociais fazem parte da
rotina empresarial. Funcionários já não são vistos apenas como mão de obra, mas sim como
recursos humanos e intelectuais, tornando-se cada vez mais necessária a atenção que se dá aos
funcionários que acabam sendo desligados.
De acordo com Maia e Nyaradi (2005), a implantação do programa de Demissão
Assistida ou Outplacement beneficia três partes: a empresa, o profissional demitido e os
sobreviventes.
Enriquece as relações trabalhistas Leva-os a refletir seriamente sobre suas Gera o sentimento de confiança,
entre funcionários demitidos e seus vidas e carreiras. sabendo que a empresa cuida dos
ex-empregadores. funcionários até mesmo no
momento de uma demissão.
Inibe o número de demandas Ajuda-os na identificação de pontos
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judiciais ou qualquer outro tipo de fortes, limitações, potencial,
atitude vingativa contra a empresa. necessidades de treinamento, etc.
Reduz os custos adicionais Assiste-os no desenvolvimento de novas
relacionados com as demissões mal alternativas e habilidades para a
conduzidas. condução de uma carreira futura.
Oferece-lhes serviços e estrutura de
apoio para elaboração e envio de
curriculum, técnicas de entrevista,
negociação salarial, pesquisa de ofertas
de trabalho e até mesmo
encaminhamento, etc.
Fonte: Adaptado de Maia e Niarady
2.11 EMPREGABILIDADE
2.12 EMPREENDORISMO
Figura 1 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade, desocupadas, por
sexo, segundo as Grandes Regiões – 1º trimestre de 2019
Na Figura 1 é visível que a maioria dos desempregados no Brasil são mulheres, sendo
52,6% em todo o País. Essa diferença é mais visível na Região Sul do País, onde esse
percentual sobe para 56,2%, já na Região Nordeste o percentual de desempregados entre
homens e mulheres é quase o mesmo.
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Figura 2 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade, desocupadas,
por grupos de idade, segundo as Grandes Regiões – 1º trimestre de 2019
Figura 3 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade, desocupadas, por
nível de instrução, segundo as Grandes Regiões – 1º trimestre de 2019
A Figura 3 chama a atenção para o fato de que a grande maioria dos desocupados
possuem Ensino Médio completo, sendo estes 39% em todo o País.
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3.1.1 Futuro do mercado de trabalho
Em 2015, o Fórum econômico mundial, realizou uma pesquisa em que o Brasil ficou
em 78º lugar na qualificação de mão de obra dentre 124 países pesquisados.
Em 2016, uma outra pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Rio com 600
fábricas no Brasil, onde 60% demonstrou intenção em aumentar o quadro de funcionários,
porém 53% dessas empresas não conseguiram preencher os postos de trabalho disponíveis
devido à escassez de pessoal qualificado.
A falta de capacitação e qualificação dos trabalhadores acarreta em baixa
produtividade e no aumento da rotatividade, o que é ruim tanto pra a organização quanto para
o funcionário.
A crise econômica mundial, que teve início em 2015, trouxe uma série de
consequências ao brasileiro, e uma delas, é o desemprego. A ausência de uma renda leva os
profissionais desempregados a buscarem alternativas, onde surge o empreendedorismo por
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necessidade. Tal necessidade gera urgência e acelera um processo de criação do próprio
negócio que seria gradual, em um outro contexto.
A aceleração que a necessidade traz pode gerar falhas no planejamento e estrutura, que
se não forem corrigidas a tempo, pode levar ao precoce fim do negócio.
De acordo com a pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor), em 2015 quase
43% das novas empresas eram geradas pelo empreendedorismo por necessidade, já em 2018
esse número caiu para 37%.
Em 2017, foi divulgada a pesquisa Demografia das Empresas, realizada pelo IBGE,
mostrando que das empresas criadas em 2010, apenas 37,8% ainda estavam abertas em 2015,
ou seja, %3. Segundo a pesquisa, a sobrevivência da empresa tem ligação direta com seu
porte, pois desses 37,8% que sobreviveram aos primeiros cinco anos, 31,3% eram sem pessoal
assalariado, 57,8% possuíam entre uma a nove pessoas assalariadas e 67,1% com dez ou mais
assalariados.
Esses dados ressaltam o despreparo e a falta de planejamento que muitas vezes
acompanham o micro empreendedor e os pequenos empresários, salientando que a urgência
que acompanha o empreendedorismo por necessidade é prejudicial para o negócio, para o
investidor e até mesmo para a sociedade.
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4 DEMISSÃO ASSISTIDA NO BRASIL