António dos Santos Ramalho Eanes nasceu em Alcains, Castelo Branco,
a 25 de janeiro de 1935, numa família humilde de quatro filhos. A família mudou-se para Castelo Branco quando tinha dois anos e foi aí que frequentou a escola primária e o liceu. Desde cedo, decidiu seguir a carreira militar, ingressando na Escola do Exército em 1953 com 18 anos. Concluiu o curso em 1957 e foi então colocado em Viseu e promovido a alferes. Durante a sua formação, especializou-se em táticas militares e ação psicológica, tendo participado na Guerra Colonial Portuguesa em vários cenários: Goa, Macau, Moçambique, Guiné e Angola.
Em 1970, casou-se com Maria Manuela Duarte
Neto Portugal, com quem tem dois filhos e três netos.
Foi um dos principais promotores do movimento dos
capitães que levou à Revolução de 25 de Abril de 1974, que pôs fim ao regime ditatorial do Estado Novo. Em 1975, liderou o comando que neutralizou a tentativa de golpe de estado de 25 de novembro, que visava instaurar um regime comunista em Portugal.
Em 1976, foi democraticamente eleito o primeiro Presidente da República
Portuguesa após a Revolução do 25 de abril, por sufrágio direto e universal, com 61,59% dos votos sendo o 16.º presidente da República. Foi reeleito em 1980, com 56,44% dos votos. Durante os seus dois mandatos, enfrentou várias crises políticas e sociais, tendo nomeado dez primeiros-ministros e dissolvido três vezes a Assembleia da República.
Em 1986, fundou o Partido Renovador Democrático, mas não conseguiu
eleger-se deputado nas eleições legislativas de 1987 e abandonou o partido em 1990, por divergências internas. Desde então, tem-se mantido afastado da vida partidária, mas ativo na intervenção cívica e social.
Rejeitou a promoção a Marechal, em 2000, por razões ético-políticas.
Em 2006 Doutorou-se em Ciência Política pela Universidade de Navarra,
em Espanha, com a tese “Sociedade Civil e Poder Político em Portugal”.
É, atualmente, membro vitalício do Concelho de Estado e presidente do
Conselho de Curadores do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa.
Assim, podemos concluir que Ramalho Eanes procurou defender a
democracia, a estabilidade e a integração europeia de Portugal sendo um elemento fulcral para a Democracia portuguesa.
Bibliografia e Webliografia:
- António Ramalho Eanes: o homem, o militar, o político, de José Freire
Antunes (1985)
- O papel do General Ramalho Eanes na consolidação da democracia
portuguesa, de Ana Margarida Pires (2018)
- Ramalho Eanes: o último general-presidente, de José Pedro
Castanheira (2019)
- António Ramalho Eanes – Wikipédia, a enciclopédia livre
- MPR – António Ramalho Eanes – Museu da Presidência da República
- Biografia de Ramalho Eanes – RTP Arquivos
- António Ramalho Eanes – Wikipédia, a enciclopédia livre.