1) A Revolução dos Cravos em 1974 pôs fim à ditadura de Estado Novo em Portugal e abriu caminho para a democratização do país.
2) A nova Constituição de 1976 consolidou o regime democrático e garantiu direitos sociais e políticos para os cidadãos portugueses.
3) Desde a revolução, Portugal passou por diversas eleições livres e uma transição pacífica de poder entre presidentes, culminando na adesão à União Europeia.
1) A Revolução dos Cravos em 1974 pôs fim à ditadura de Estado Novo em Portugal e abriu caminho para a democratização do país.
2) A nova Constituição de 1976 consolidou o regime democrático e garantiu direitos sociais e políticos para os cidadãos portugueses.
3) Desde a revolução, Portugal passou por diversas eleições livres e uma transição pacífica de poder entre presidentes, culminando na adesão à União Europeia.
1) A Revolução dos Cravos em 1974 pôs fim à ditadura de Estado Novo em Portugal e abriu caminho para a democratização do país.
2) A nova Constituição de 1976 consolidou o regime democrático e garantiu direitos sociais e políticos para os cidadãos portugueses.
3) Desde a revolução, Portugal passou por diversas eleições livres e uma transição pacífica de poder entre presidentes, culminando na adesão à União Europeia.
A democracia, em Portugal, iniciou-se com a Revolução do 25 de abril de 1974.
As principais causas desta revolução a nível nacional prenderam-se com os grupos
poderosos do capital industrial e financeiro, que ameaçavam as pequenas e médias empresas, o que colocava a pequena e média burguesia numa posição difícil. A guerra colonial, que durou até 1961, além de ferir o prestígio das Forças Armadas destruía também a riqueza do Estado. Com o prejuízo das classes mais desfavorecidas, a inflação alastrava e a oposição democrática atacava o Estado Novo como causa da crise. A nível internacional, o capitalismo ocidental atravessava uma crise de grandes repercussões mundiais que se traduzia na subida dos preços dos combustíveis, no aumento de desemprego e na crescente inflação. Assim, Portugal era considerado pelos regimes políticos democráticos ocidentais, como um regime de autoritarismo ultrapassado. O golpe militar, conduzido pela MFA, pôs termo ao regime do Estado Novo, abrindo caminho para a resolução do problema da guerra colonial e para a democratização e desenvolvimento do país. O programa deste movimento introduzia as seguintes medidas: a destituição das autoridades do Estado Novo, a extinção da PIDE- DGS da legião e da mocidade portuguesa, o controlo económico e financeiro, a libertação dos presos políticos, o saneamento das forças armadas e militarizadas e a promoção do movimento de descolonização. Passou a haver liberdade de expressão, a imprensa tal como as pessoas, ganharam liberdade de expressão, passou a existir um salário mínimo nacional, formaram-se muitos partidos políticos, adquiriu-se o direito à greve, as mulheres ganham o direito ao voto, aparece o divórcio, acaba-se o trabalho infantil, iniciando-se a escolaridade obrigatória. Estes progressos foram especialmente significativos para as mulheres, pois deixaram de necessitar da autorização do marido para viajar, por exemplo, e começaram a ingressar cada vez mais nas universidades e mercado de trabalho, embora ainda se note desigualdade nos ordenados quando comparados com os homens. Assim, a maior vitória para a sociedade foi a nova liberdade adquirida. Em termos culturais, o impacto da revolução trouxe a democratização ao acesso à cultura e arte, mas também contribuiu, em termos artísticos, para a descoberta das novas expressões artísticas e a manifestação de técnicas, que antes eram controladas pelo governo. O ambiente revolucionário que se sentia nas ruas incentivou a participação dos artistas, numa explosão de arte gráfica. Assim, a pós-revolução é marcante pelas pinturas murais e os cartazes ligados a esta transformação política. Estes, na altura, foram uma forma de expressão de grande impacto e força. Com linguagens estéticas distintas, tinham um propósito maior: a comunicação. Desde modo, os artistas e a população assumiram um papel de intervenção através da arte, exprimindo a sua voz que antes era calada. Muitos foram os livros que a PIDE/DGS proibiu em Portugal, antes da revolução de abril. No país de um prémio nobel da literatura os escritores tiveram um papel decisivo ao retratar a sociedade portuguesa e a denunciar as dificuldades dos portugueses. Antes e depois de abril, os livros continuam a ser o espelho da liberdade. Podemos destacar o escritor José Saramago que ganhou o prémio nobel da paz em 1998. O cinema foi um dos alvos privilegiados da censura durante a ditadura. Todos os filmes estrangeiros eram rigorosamente supervisionados e palavras como “revolução”, “liberdade” ou mesmo “democracia” eram cortadas. Depois do 25 de abril muitos foram os cineastas que quiseram filmar a liberdade. Durante a época de opressão, muitos cantores tentaram exprimir a sua oposição ao regime, através da música. No entanto, muitas das suas obras foram censuradas. Após o 25 de abril isso terminou, deixando de haver supervisão de letras de músicas e passou a ser tudo aceite. Esta democratização inicia-se com a tomada de posse, a 15 de maio de 1974, do General António de Spínola (1.º presidente da República). Seguido do General Francisco Gomes da Costa, que toma possa a 30 de setembro do mesmo ano, abandonado o cargo em julho de 1976. Sucede-lhe o General António Ramalho Eanes, que toma posse a 14 de julho de 1976, cumprindo 2 mandatos presidenciais consecutivos (termina em março de 1986). Foi decretado, em abril de 1976, num clima de transição democrática, o processo constitucional que levou à consolidação do regime democrático, chamado Constituição de 1976. Tinha um cariz democrático e pluralista e, foi criada para garantir que toda a população usufrui-se dos direitos sociais fundamentais, tais como a saúde, educação e um sistema de segurança social. Devia também possibilitar aos cidadãos a opção de escolher os representantes das instituições de poder, através de eleições livres e universais, porque alguns dos princípios que esta constituição defendia era a universalidade, a gratuitidade e a participação, ou seja, todos os cidadãos tinham o direito de votar e participar, de forma direta e ativa, na vida política, independentemente da sua condição económica. Os órgãos de poder estavam organizados em: poder central (Assembleia da República e Presidente da República), poder regional (Assembleia Regional e Governo Regional) e poder local (Assembleia Municipal, Câmara Municipal e Assembleia de Freguesia). Em 1985, ainda no governo de Ramalho Eanes, foi assinado o tratado de adesão à CEE (Comunidade Económica Europeia) para fazer frente aos problemas económicos e sociais. Em 1986 toma posse o 1.º Presidente civil de Portugal, Dr. Mário Soares, cumprindo dois mandatos consecutivos, e é durante o seu primeiro mandato que Portugal adere, juntamente com a Espanha, à União Europeia. Em março de 1996 toma posse o Dr. Jorge Sampaio, cumprindo dois mandatos consecutivos, terminando em março de 2006. Sucede-lhe o Dr. Aníbal Cavaco Silva, que toma posse em março de 2006, cumpre dois mandatos consecutivos e termina em março de 2016. Atualmente, a hierarquia do Estado tem no topo o Presidente da República (Dr. Marcelo Rebelo de Sousa), seguido do Presidente da Assembleia da República (Augusto Santos Silva), o Primeiro-Ministro (António Costa), os Presidentes dos Tribunais de Justiça (Henrique Araújo) e Constitucional (João Pedro Caupers) e, na base, o Procurador-Geral da República (Lucília Gago). Portugal encontra-se no seu XXIII Governo, liderado por António Costa, do Partido Socialista, eleito por maioria absoluta nas eleições de janeiro de 2022. O parlamento é formado por 226 deputados, dos quais, foram eleitos 5 deputados do Bloco de Esquerda (BE), 6 deputados do CDU, 1 do Livre, 120 do PS, 1 do PAN, 77 do PSD, 8 da Iniciativa Liberal e 12 do Chega.