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MARCELLO CAETANO

Marcello José das Neves Alves Caetano nasceu a dia 17 de Agosto de 1906 em Lisboa e faleceu a 26
Outubro de 1980 no Rio de Janeiro, Brasil (vítima de ataque cardíaco).

Casou em 1930 com Teresa Teixeira de Queirós de Barros.

Percurso académico:

● Marcello desejou ,inicialmente, por influência do pai em tornar-se padre e mais tarde médico,
acabando no final, por cursar Letras no Liceu Camões e de seguida, na Faculdade de Direito
da Universidade de Lisboa, licenciando-se em Direito em 1927 e doutorando-se em 1931.

Formação:

● Cientista político e admnistrativisto - caber-lhe-á a autoria da reforma do direito


administrativo português no Código Administrativo de 1936 (tornado definitivo em 1940), de
influência corporativa e pendor centralista e autoritário

Ocupação:

Concorreu a professor extraordinário a 1933 e atingiu a cátedra em Ciências Jurídico-políticas em


1939

Marcello apoiou o regime autoritário de Salazar, participando na redação do Estatuto do Trabalho


Nacional e da Constituição de 1933; Em 28 de Maio de 1937 o presidente Óscar Carmona atribuiu-lhe
a Grã-Cruz da Ordem militar de Nosso Senhor Jesus Cristo; Tornou-se uma das figuras dirigentes
mais prestigiadas do Estado Novo e das suas instituições:

● Tornou-se Comissário nacional da Mocidade Portuguesa de 1940-1944


● Ministro das colónias de 1944-47
● Presidente da Câmara Corporativa e ministro da Presidência do Conselho de Ministros de
1955-58, sendo afastado por Salazar pela crise política interna, interrompendo assim, o seu
percurso político , mas aceitou assumir funções do partido único União Nacional
● Presidente do Conselho do Estado Novo - sendo um dos raros membros de Salazar Presidente
do Conselho de Ministros a 1968

PRIMAVERA MARCELISTA

Marcello Caetano assumiu o papel de Salazar de Presidente do Conselho de Ministros em 1968, uma
vez que o presidente da república teria foi obrigado a declarar incapacidade física, contando Marcello
com o apoio dos grupos económicos e dos meio reformistas. Este liberalizar o regime com uma junção
do liberal com o conservadorismo, a designada «evolução na continuidade», tomando algumas
medidas:

● Regresso de exilados políticos


● Alivio do peso da censura e da repressão policial, altera também o nome de PIDE para DGS
● União Nacional altera o nome para ANP (ação nacional popular)
● Reforço das medidas de segurança social - criação dos centros de saúde e do sistema de
previdência rural
● Legitimização de manter a guerra colonial -> Eleições livres em 1969 (voto feminino,
constituição de grupos eleitoriais (CEUD (socialistas e democrátas) e CDE/PCP (católicos
progressistas e socialistas independentes)) e fiscalização das mesas de voto)

Em 1969 houve uma contestação estudantil, onde inicialmente os objetivos eram puramente
educacionais e a favor de uma profunda reforma do ensino e da universidade, mas ao longo da
contestação, pela forte repressão policial, esta transformou-se numa luta aberta contra o regime
ditatorialque obteve o apoio generalizado da população. As universidades são invadidas pela polícia e
pela PIDE o que fez aumentar o nº de presos políticos em ditadura.

Marcello Caetano foi destituído de todos os cargos que tinha, rendendo-se no Quartel do Carmo em
Lisboa a 25 de Abril de 1974 - levando-o o Capitão Salgueira Maia para o Aeroporto de Portela para se
exilar no Brasil.

Análise de fontes históricas

Resposta: De acordo com as fontes acima, Marcello defendia as ideias salazaristas desde o ínicio,
porém alterava o modo como atuava o regime por um “mais democrático”, com um “programa de
descompressão política de “liberdade possível”” teoricamente como já explicado, uma “nova dinâmica
reformista” como na fonte 2. Assim, no famoso período “Primavera Marcelista”: Marcello Caetano
abrandou a censura juntamente com a polícia política contra opositores, fez retornar alguns exilados ,
“Mário Soares e o bispo do Porto”, entre outras. Podemos então ver que Marcello ,efetivamente , não
mudara o regime e manteve o país numa situação dramática, pois adotara os princípios conservadores
defendidos por Salazar, nomeadamente no que diz respeito à censura, e quanto à Guerra colonial não
havendo solução em vista, ou seja Marcello acabou por defender tal como Salazar, que Portugal
continuasse na Guerra Colonial, mesmo sem o apoio internacional - com a defesa da tese salazarista
da nação pluricontinental, isto é, Portugal é só um “de Minho a Timor”.

Bibliografia - Manual “Nova construção da história 12º ano - História A”

Webgrafia- https://pt.wikipedia.org/wiki/Marcello_Caetano

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