Este documento descreve o período conhecido como Primavera Marcelista em Portugal após Marcelo Caetano assumir o poder em 1968. Apresenta sinais iniciais de abertura política e liberalização, mas estas mudanças fracassam devido à falta de apoio. O documento também discute o Movimento Nacional Feminino e seu papel de apoio aos soldados na guerra colonial através das "Madrinhas de Guerra".
Este documento descreve o período conhecido como Primavera Marcelista em Portugal após Marcelo Caetano assumir o poder em 1968. Apresenta sinais iniciais de abertura política e liberalização, mas estas mudanças fracassam devido à falta de apoio. O documento também discute o Movimento Nacional Feminino e seu papel de apoio aos soldados na guerra colonial através das "Madrinhas de Guerra".
Este documento descreve o período conhecido como Primavera Marcelista em Portugal após Marcelo Caetano assumir o poder em 1968. Apresenta sinais iniciais de abertura política e liberalização, mas estas mudanças fracassam devido à falta de apoio. O documento também discute o Movimento Nacional Feminino e seu papel de apoio aos soldados na guerra colonial através das "Madrinhas de Guerra".
Henrique Pinto nº10 Marta Silva nº17 Vitória Salgado nº21 ÍNDICE Propósito do trabalho Introdução Como começou o período Marcelista ? Início da Primavera Marcelista A Primavera Marcelista O Movimento Nacional Feminino Madrinhas de Guerra Propósito do trabalho Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de História solicitado pela Prof. Eduarda Cunha . Introdução O Marcelismo foi o nome dado ao período em que o professor Marcelo Caetano governou o nosso pais desde 1968 até 1970 1974 - data em que caiu a ditadura em Portugal Como começou o período Marcelista ? Em Setembro de 1968, António Oliveira Salazar é operado de urgência a um hematoma cerebral. Pouco depois, dado o agravamento do seu estado de saúde, o presidente da Republica vê-se obrigado a encetar os procedimentos institucionais para a sua substituição. A escolha recaiu sobre o professor Marcelo Caetano, um dos notáveis do Estado Novo que, no entanto, se permitira discordar, em mais do que uma ocasião, da politica salazarista. Apresentava-se, por isso como um politico mais liberal, capaz de alargar a base de apoio do regime, além de ser visto como uma porta de saída para o já pesado isolamento internacional Logo no discurso da tomada de posse, Marcelo Caetano define as linhas orientadoras do seu governo: continuar obra de Salazar, à qual presta homenagem, sem por isso prescindir da necessária renovação política. Pretendia-se, nas palavras do novo presidente, «evoluir na continuidade» concedendo aos Portugueses a «liberdade possível». Início da Primavera Marcelista Nos primeiros meses de mandato, o novo Governo dá sinais de abertura, que enchem de esperanças os opositores políticos: faz regressar do exílio algumas personalidades, como o bispo do Porto e Mário Soares, modera a atuação da policia politica (que passara a chamar-se Direção-Geral de Segurança DGS), ordena abrandamento da censura (mais tarde designada Exame Prévio), abre a União Nacional (rebatizada, em 1970, Ação Nacional Popular ANP) a sensibilidades politicas mais liberais. Foi neste clima de mudança, que ficou conhecido como «primavera marcelista», que se prepararam as eleições legislativas de 1969. Procurando legitimá-las aos olhos da opinião pública, o Governo alargou o sufrágio feminino (a todas as mulheres escolarizadas), permitiu maior liberdade de campanha à oposição, bem como a consulta dos cadernos eleitorais e a fiscalização das mesas de voto. A Primavera Marcelista Quais foram os sinais de renovação ? Linha orientadora: "evoluir na continuidade Faz regressar do exílio algumas personalidades Modera atuação da polícia política e abranda a censura Abre a União Nacional a influências mais liberais Alargou o sufrágio feminino Permitiu maior liberdade de campanha à oposição A Primavera Marcelista Quais foram os sinais de continuidade? Sem apoio dos liberais e alvo dos mais conservadores a liberalização fracassa Fraude nas eleições legislativas de 1969 Associações de estudantes encerradas Legislação sindical mais rígida Nova vaga de prisões Recondução de Américo Tomás A Primavera Marcelista Qual o impacto da Guerra Colonial ? Tentativa de revisão do estatuto das colónias Em 1970, o Papa Paulo VI recebe, no Vaticano, os lideres do movimentos de libertação em 1973, a ONU reconhece a independência da Guiné-Bissau em fevereiro de 1974, António de Spínola publica a obra Portugal e o Futuro os deputados liberais abandonam a Assembleia Proliferam os grupos oposicionistas de esquerda Contestação dos cristãos progressistas O Movimento Nacional Feminino O MNF foi criado no dia 28 de Abril de 1961 pela Drª Cecília Supico Pinto, mais conhecida nos meios militares por "Cilinha". Tratava-se de um movimento patriótico de mulheres, que se dedicaram a apoio moral e, tanto quanto possível, material dos militares que prestavam serviço no Ultramar. Para além de outras iniciativas, foi este Movimento que criou os célebres e populares aerogramas. Baratos e por vezes grátis, sem precisarem de selo nem de sobrescrito, tiveram uma larga aderência de militares e famílias como forma prática e rápida de trocarem correspondência postal. O Movimento Nacional Feminino (1961-1974) apresentava-se como uma estrutura de mulheres criada e organizada para apoiar os militares, as suas famílias e o estorço do Estado Português em África. De facto, a secção do Movimento com o nome de Madrinhas de Guerra, incluída nos seus registos, disponibilizava para apoio aos soldados nas colónias. As mulheres teriam que cumprir os seguintes requisitos: nacionalidade portuguesa, maiores de 21 anos, moral idónea, espírito patriótico, coragem, capacidade de sacrifício, confiança a vitória e capacidade de transmissão dessa ideia. Madrinhas de Guerra Às Madrinhas de guerra era pedido a distração dos seus afilhados através da troca de correspondências na qual se devia transmitir coragem, confiança, orgulho pela prestação de um importante serviço à Pátria. Por outro lado, deviam também estabelecer contactos com as famílias desses soldados, amparando-as em tudo o que fosse possível, nomeadamente em termos moras e materiais Madrinhas de Guerra As "Madrinhas de Guerra", pelo tipo de trabalho desenvolvido, foram muito importantes em termos de apoio psicológico àqueles que estava longe de sua casa e dos seus familiares Uma carta recebida e uma carta escrita eram fundamentais num contexto como aquele em que milhares de homens (jovens) se encontravam. FIM