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Narradora: A Cobra Grande ou Cobra Norato é uma das lendas do folclore brasileiro,
muito conhecida na Amazônia. Segundo a história, uma índia, que na nossa
história vamos chamá-la de Mayara, se apaixonou por Bocaiuva, uma cobra bem
grande. Mayara visitava Bocaiúva quase todas as noites na beira do Rio.
Narradora: Um dia Mayara descobriu que estava grávida de Bocaiúva. Quando seus
filhos nasceram eram duas cobras, duas cobras gêmeas. As crianças ao nascerem
receberam o nome de Norato, o menino e Maria Caninana, a menina.
Mayara: Meus filhotes são tão bonitos, mas parecem duas cobras, duas lindas
cobras…
Narradora: A mãe logo percebeu que os bebês possuíam semelhança de cobra e foi
consultar com o chefe da tribo, o Pajé. Ela perguntou o que deveria fazer com seus
filhos caso eles virassem cobras. O pajé informou que ela deveria soltar seus filhos
no rio Tocantins.
Pajé: Mayara, se você ama seus filhos como diz, tem que deixa-los viver no
ambiente deles. Solte-os no Rio.
Narradora: Mayara solta as crianças no Rio, que de imediato viram cobras. Norato e
Maria Caninana conseguiram sobreviver e tornaram-se adultos. Ao anoitecer, como
mágica, podiam se transformar em humanos e sair das águas, tendo que retornar
ao rio, ao amanhecer, quando voltavam a ser cobras. Norato tinha boa índole, era
generoso, carinhoso, bonito e adorava ajudar os pescadores e protegê-los para que
os barcos não afundassem. Geralmente quando ele se transformava em homem ia
visitar sua mãe, ia em festas, fazia amigos e namorava. Maria Caninana era
violenta e malvada, gostava de assustar os pescadores, prejudicar animais e
pessoas, derrubar embarcações, entre outras maldades. Diferente do irmão, Maria
não se encontrava com sua mãe.
Mayara: Vamos sim meu filho. Mas me diga uma coisa, cadê sua irmã?
Norato: Mãe, a senhora conhece Caninana, deve está assustando alguém por aí…
Caninana: Olá pessoas! Acho melhor vocês correrem senão eu vou matar todos
vocês.
Mayara: Hoje eu vou criar coragem e mata a cobra na beira do Rio. Meu deus! Ela
é muito grande! Tenho medo! Não posso!
Norato: Então amigo, você pode matar meu corpo cobra? Você vai ter coragem?
Soldado: Sim amigo! Sou corajoso e farei isso por nossa amizade!