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E.E.E.F.

M JARBAS PASSARINHO

PROFESSORES: CARLOS EDUARDO E IZABELLE NOGUEIRA

PROFESSORA SUPERVISORA: DAYANY LOPES

ESTUDANTE:_________________________________________________ DATA: _____/_____/_____

A lenda da Mulher do Táxi nuvens grandes. Então eles pularam mais alto ainda e
fugiram para as nuvens e foram viver nas águas que
De lenda urbana, Josephina foi alçada ao status de "santa moravam no céu.
popular". Dezenas de pessoas a homenageiam com velas,
flores e placas de mármore que fazem referência a bênçãos: E os homens, que não tinham mais peixe para comer,
segundo a necrópole de Belém, as visitas ao túmulo começaram a morrer de fome na terra inteira, em cima das
começaram na década de 40, e hoje o local é um dos mais pedras, na beira dos rios vazios de peixe. Os peixes olharam
procurados. lá do céu e viram os homens morrendo e chorando, todos
com fome. E eles ficaram com pena dos homens e
O escritor Walcyr Monteiro estuda o folclore de Belém há começaram a chorar. As lágrimas dos peixes aumentaram
mais de 40 anos. Foi ele quem publicou, no livro “Visagens muito as águas do céu e o céu não pôde mais segurar as
e assombrações de Belém”, de 1972, o primeiro registro águas.
escrito da história da Moça do Táxi. “Desde criança ouço
falar da moça do carro de praça, pois em Belém não se
usava a palavra táxi antes de 1960”. Segundo ele, existem
várias versões da lenda. “Os trajetos variam: do cemitério
para casa, da casa para o cemitério, e dizem ainda que, na
data do seu aniversário, Josephina pede que o taxista faça
um tour pela cidade”.

A lenda teve início cerca de cinco anos após a morte de


Josephina. A família estava almoçando quando um chofer
de táxi bateu à porta, para cobrar uma corrida. Ele explicou
que no dia anterior havia apanhado uma moça em frente ao Então as águas do céu caíram em forma de chuva, que
cemitério, e a levou até a Basílica. Ela rezou, pediu para molhou as pedras, que se desmancharam em terra, e as
deixá-la novamente no cemitério e cobrar a corrida na plantas nasceram para dar comida aos homens. Mas os
fábrica de calçados com o Sr. Nicolau (pai de Josephina). peixes sentiram saudade dos rios e começaram a pular de
volta para a terra. Os que caíram nos rios continuaram
Quando o motorista descreveu a passageira a família
peixes. Os que caíram fora dos rios viraram animais e
chegou a pensar que uma das irmãs de Josephina tivesse ido
pássaros.
ao cemitério, e não havia pagado a corrida ao taxista. O
motorista ficou olhando para dentro da casa e apontou para E os homens que tinham agora o que comer, juraram que só
um quadro dizendo “é aquela moça que ontem esteve no pescariam, só caçariam e só tirariam das árvores o
meu táxi”. A família ficou em choque, e informou que ela já necessário para não morrer de fome. Por este respeito que
havia morrido, há anos. os homens têm pelos rios, pelos animais e pelas florestas, é
que o mundo existe até hoje, pois enquanto o homem não
Outro fato intrigante ocorreu com a sepultura de Josephina.
matar a Natureza, a Natureza não vai deixar o homem
O pai da moça enviou uma foto para a Itália, para ser
morrer de fome.
incrustada no mármore. Quando o mármore chegou ao
Brasil, havia um broche de um carro, que na foto original LEMOS, Luiz Carlos; MAXACALI, Puhuy. A lenda da
não existia. chuva. Jangada Brasil.
A lenda da chuva

Os dedos das mãos e dos pés de cem guerreiros são poucos A lenda do negrinho do pastoreio
para mostrar há quantas luas se passou o que vou contar, na
beira deste fogo. Tempo. Muito tempo mesmo. "A lenda conta que o negrinho do pastoreio era órfão, não
tinha padrinhos e não recebeu um nome, sendo chamado
Naquele tempo, começo do mundo, não tinha chuva. Era só pelo seu malvado proprietário, um estancieiro gaúcho,
dia e noite, sol e lua e nada mais. Não tinham bichos, não apenas como “negrinho”. O menino afirmava que a Virgem
tinha planta, não tinha árvore, não tinha verde. Só pedras Maria era sua madrinha, e sempre acendia velas e rezava
grandes e rios grandes, no meio das pedras. Nada mais. para ela.
Os homens só comiam os peixes dos rios, que eram muitos. Um dia ele apostou uma corrida de cavalo com o
Mas, se não comiam peixe, morriam de fome porque não escravizado de outro estancieiro e acabou perdendo. Como
tinham outra coisa não. E os peixes então pularam muito punição, seu senhor ordenou que ele cuidasse de alguns
alto e descobriram que no céu tinha água também, nas
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cavalos. O menino, extremamente cansado, acabou pegando
no sono, e um cavalo baio, o preferido do patrão, acabou
fugindo. Em outras versões, é o filho do patrão, tão maldoso
quanto o pai, que abre a porteira e deixa o cavalo fugir para
prejudicar o negrinho do pastoreio.

Ao saber da perda do animal, o patrão chicoteou o menino e


ordenou que este fosse à floresta procurar o cavalo.
Negrinho do pastoreio acendeu uma vela para Nossa
Senhora e partiu para a floresta, encontrando o cavalo, mas
não conseguiu amarrá-lo e levá-lo para o patrão. Este,
enfurecido por não ter o cavalo recuperado, chicoteou e O Mapinguari emite um gritos semelhantes ao grito dado
espancou o menino, deixando-o gravemente ferido e pelos caçadores. Se alguém responder, ele logo vai ao
jogando seu corpo imóvel sobre um formigueiro, esperando encontro do desavisado, que acaba perdendo a vida. A
que as formigas o devorassem. criatura é selvagem e não teme nem caçador, porque é
capaz de dilatar o aço quando sopra no cano da espingarda.
Tempos depois (em algumas versões da lenda, após um dia,
Os ribeirinhos amazônicos contam muitas histórias de
e, em outras, após três dias), o fazendeiro retornou ao local
grandes combates entre o Mapinguari e valentes caçadores.
onde havia jogado o corpo, esperando encontrar boa parte
O Mapinguari sempre leva vantagem e os caçadores que
dele já devorado pelas formigas. Ao chegar lá, no entanto, o
conseguem sobreviver, muitas vezes ficam aleijados ou
fazendeiro encontrou o menino sobre o cavalo baio, com
com terríveis marcas no corpo para o resto de suas vidas.
seu corpo intacto e com Nossa Senhora ao lado dele. O
Há quem diga que o Mapinguari só anda pelas florestas de
fazendeiro se arrependeu dos seus pecados e se ajoelhou
dia, guardando a noite para dormir. Quando anda pela mata,
pedindo perdão à Virgem Maria e ao menino.
vai gritando, quebrando galhos e derrubando árvores,
O negrinho do pastoreio passou a cavalgar pelos sertões e deixando um rastro de destruição. Outros contam que ele só
estradas do país e a ser considerado uma espécie de santo aparece nos dias santos ou feriados.
das causas perdidas. Quando uma pessoa perde algo, deve "Mapinguari - Lendas e Mitos" em Só História. Virtuous Tecnologia da
acender uma vela próximo de um formigueiro, que o Informação, 2009-2023.Disponível
negrinho do pastoreio ajudará na procura. Em algumas em http://www.sohistoria.com.br/lendasemitos/mapinguari/
versões da lenda, ele exige como pagamento uma vela, que
deve ser acesa para Nossa Senhora.
JUNIOR, Jair Messias Ferreira. "Negrinho do pastoreio"; Brasil Escola.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/folclore/negrinho-
pastoreio.htm. Acesso em 24 de outubro de 2023.

A lenda do Mapinguari

Os caboclos contam que dentro da floresta vive o


Mapinguari, um gigante peludo com um olho na testa e a
boca no umbigo. Para uns, ele é realmente coberto de pelos,
porém usa uma armadura feita do casco da tartaruga, para
outros, a sua pele é igual ao couro de jacaré.

Segundo esta Lenda, alguns índios ao atingirem uma idade


mais avançada evoluiriam e transformariam-se em
Mapinguari e passariam a habitar o interior das florestas
passando a viver apenas no seu interior e sozinhos.

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