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Santo André - SP
2023
Karina Aguiar De Freitas Souza
Santo André - SP
2023
“O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001”
DEDICATÓRIA
Ao meu marido Marcelo, aos meus pais Nalva e Iran e ao meu irmão Kelvin, que
sempre estão presentes nos momentos alegres, mas que também me ajudam e
dão apoio nos momentos de desânimos e dificuldades.
À minha primeira filha, Sarah, que me presenteou com a sua chegada durante a
realização do meu curso de Mestrado. Você chegou em um momento difícil, mas
não poderia haver melhor ocasião para o advento de tanta alegria e motivação.
…
AGRADECIMENTOS
Aos docentes e colegas com quem tive contato no curso PEHCM da UFABC,
por terem me proporcionado grandes momentos de reflexões, orientações e
aprendizagens.
With the exceptional changes occurring in society due to the increasing use of
Information and Communication Digital Technologies (ICTs), new students are being
demanded to have a critical role in the current sociocultural and sociopolitical
context and also to be educated in a way that enables them to navigate the
environment they live in. In this scenario, noticeable educational approaches known
as Critical Mathematics Education (CME) and Education in Science, Technology,
and Society (ESTS) emphasize a more humane, integral, and quality education.
Given these points, there is an interest in investigating the following question: Can
Mathematics teaching activities mediated by ICTs offer didactic-pedagogical
contributions that promote critical, civic, and humanitarian education for students,
aligning with the theoretical principles of CME and ESTS? In this context, the aim of
this research is to investigate Mathematics teaching mediated by ICTs to ascertain if
their use can provide students with an education based on critical thinking,
citizenship, and humanism, aligning with the theoretical principles of CME and
ESTS. The research follows a qualitative approach with a descriptive objective,
utilizing bibliographic procedures for its development. This work does not aim to
measure the results but rather to offer a reflective and subjective interpretation. To
achieve this goal, articles found in the SciELO Brazil and Capes Periodicals Portal
databases were analyzed, focusing on experiences of Mathematics teaching that
utilize ICTs as mediation in Basic Education, following the established search
pattern. Specifically, the focus was on analyzing the results achieved by these
activities, as observed and described by the authors in the materials analyzed.
According to the findings, it was observed that most examined articles present
evidence—although not directly predominant in most cases—of ESTS or CME in
their outcomes. Moreover, while not directly related to the direct outcomes of
implementing ICTs in Mathematics education, a significant portion of the analyzed
articles demonstrates concern with elements that align with CME or ESTS and
acknowledges the importance of these two approaches in education. Therefore, it
can be argued that the incorporation of ICTs in Mathematics teaching activities
certainly contributes to ESTS and CME.
Keywords: mathematics education; critical mathematics education; literature
review; education in science, technology, and society; use of digital technologies in
education.
LISTA DE FIGURAS
TD - Tecnologias Digitais
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................16
1.1. Antecedentes............................................................................................................. 16
1.2. Apresentação do Tema.............................................................................................. 18
1.2.1. A presença das TDIC na Sociedade.................................................................18
1.2.2. A presença das TDIC na Educação..................................................................26
1.2.3. Problema da Pesquisa...................................................................................... 37
1.3. Objetivo...................................................................................................................... 40
1.4. Justificativa.................................................................................................................41
2. REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................................. 44
2.1. As TDIC e o Ensino de Matemática........................................................................... 44
2.2. Educação Matemática Crítica.................................................................................... 48
2.3. Educação em Ciência, Tecnologia e Sociedade........................................................ 55
3. METODOLOGIA DE PESQUISA....................................................................................... 63
3.1. Caracterização da pesquisa...................................................................................... 63
3.2. Pesquisa Qualitativa.................................................................................................. 72
3.3. Pesquisa Descritiva....................................................................................................73
3.4. Pesquisa Bibliográfica................................................................................................73
4. RESULTADOS E ANÁLISES............................................................................................. 75
4.1. Descrição dos Artigos................................................................................................ 77
4.2. Discussões Acerca dos Resultados dos Artigos......................................................106
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................. 131
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................... 136
16
1. INTRODUÇÃO
1.1. Antecedentes
momento social e tecnológico no qual a sociedade vive. Está sendo cada vez mais
comum, por exemplo, as pessoas estabelecerem relacionamentos sem que haja a
necessidade de algum contato físico anterior. “Essa prática, cada vez mais comum,
vem modificando os hábitos, os comportamentos, tornando mais complexas as
formas de interação social entre os indivíduos e produzindo novas formas de
sociabilidade entre eles.” (TORRES; PIMENTA; KERBAUY, 2017, p. 127).
As TIC são importantes para o desenvolvimento sustentável de diferentes
países, como aborda Patrocínio et al. (2012), sendo isto comprovado pelo grande
impacto que tem provocado nos contextos social, político, econômico, etc. Nesta
perspectiva, torna-se essencial a democratização e massificação do acesso digital,
oportunizando-se assim, “[...] as bases necessárias à aquisição, consolidação e
divulgação de conhecimentos, os quais se refletem na qualidade de vida, bem
como construir novas formas de desenvolvimento e de organização socioeconô-
mica e de governo.” (p. 469).
A sociedade vive um período, segundo D’Ambrósio (2005), em que os meios
de captar e de processar informações se apoiam nas comunicações e na
informática, encontrando instrumentos de alcance que em outros tempos era
inimaginável. “A interação entre indivíduos também encontra, na teleinformática,
um grande potencial, ainda difícil de se aquilatar [...].” (p. 112).
Ao buscar uma definição para TIC, temos que para alguns estudiosos, as
mesmas tratam-se de aplicações capazes de modificar, por meio do conhecimento,
objetos, ferramentas e máquinas em serviços benéficos à evolução da população.
Nesse sentido, as TIC são um grupo de tecnologias que possibilitam o acesso à
informação e comunicação e que geram colaboração e interatividade.
1
Tradução nossa.
22
presença das tecnologias digitais presentes nestas. Logo, na figura (2), podemos
perceber alguns dispositivos que retratam somente as TDIC.
divulgada com a Empresa Meta, de Mark Zuckerberg. O mesmo é visto por alguns
cientistas como o futuro da Internet e da tecnologia, prometendo trazer várias
mudanças no cotidiano e também na maneira de se fazer negócios. “[...] é um
conceito que mescla realidade aumentada e ambientes virtuais. Ele pode ser
entendido como uma vivência em um espaço virtual, mas com influências da vida
real nesse universo.” (MACHADO, 2022, p. 1).
Trata-se de algo ainda muito distante para a maior parte das pessoas,
principalmente devido aos altos custos financeiros. Porém, é impressionante a
repercussão de que, em um futuro próximo, muitos estarão utilizando-se dessa
tecnologia, como se estivessem inseridos em um novo mundo “ideal”. Isto significa
que, por meio de avatares virtuais, segundo Machado (2022), os seres humanos
estarão trabalhando, socializando e também adquirindo bens materiais, como se
fosse uma “vida a parte melhorada”.
Nessa ocasião, algo que certamente acentuou o avanço das novas
tecnologias no Brasil e no mundo foi a pandemia do novo Coronavírus, a doença
chamada de Covid-19 causada pelo vírus Sars-Cov-2. Segundo Farias (2020), o
Coronavírus é uma família de vírus que causa infecções respiratórias, conhecida
pela Ciência desde 1960. No entanto, um novo Coronavírus foi descoberto em
31/12/2019, após casos registrados em Wuhan, na China. Por conseguinte, houve
ampla disseminação até a mesma ser declarada uma pandemia pela Organização
Mundial de Saúde (OMS).
Com isso, foi adotado, entre outras medidas, o distanciamento social, a fim
de se evitar aglomerações entre as pessoas e a consequente transmissão
acelerada do vírus. Isto devido ao mesmo se propagar de pessoa a pessoa, pelo
contato próximo com um indivíduo infectado ou por contágio indireto, ou seja, por
meio de superfícies e objetos contaminados principalmente pela tosse e espirro de
pessoas infectadas (BRASIL, 2020).
Esse cenário excepcional pelo qual a população passou intensificou os
debates sobre o papel da ciência e da tecnologia na sociedade contemporânea. Em
um período relativamente curto, devido às medidas de isolamento social, as
pessoas foram compelidas a reorganizar suas rotinas de trabalho e estudo, o que
resultou em um uso mais acentuado das TDIC. Estas ferramentas passaram a ser
24
severas mudanças políticas e sociais nos demais países árabes. Isso se deve a um
conjunto de fatores em comum nesses países, principalmente o desejo pela
conquista da democracia e pelo fim da desigualdade social.
Cabe ressaltar, segundo o mesmo autor, que o cenário das nações em
questão era de um poderio militar de governos ditatoriais, de um extenso histórico
de repressão política, de corrupção generalizada no governo e de domínio dos clãs
das elites políticas, religiosas e econômicas.
Nessa conjuntura, o contexto da Primavera Árabe contou com um pano de
fundo de modernidade, visto que as novas tecnologias, em especial as móveis e as
de redes sociais, facilitaram a comunicação e a difusão de informações críticas
entre os cidadãos, desempenhando um papel central nessa história:
Por outro prisma, no que tange ao uso das TDIC na Educação, pode-se
observar ser algo que vem sendo amplamente discutido no meio acadêmico e
também difundido nas práticas didáticas de diversas disciplinas. Isso se deve, em
grande parte, às mudanças excepcionais que o mundo tem passado devido às
novas tecnologias que estão cada vez mais constantes e presentes. Segundo Rosa
27
Além disso, outros dados alarmantes, conforme o CGI (2020), dizem respeito
ao uso das TDIC nos domicílios brasileiros. Em 2019, apenas 71% do total de
domicílios possuíam acesso à rede, o que, apesar de ser um número acima da
média mundial e também acima do registrado em países em desenvolvimento,
ainda não alcançou a estimativa prevista para 2019 para países desenvolvidos, que
era de 87%.
Na área urbana, 1 a cada 4 domicílios não estavam conectados e, na área
rural, essa proporção é de 49% dos domicílios. Estas informações podem ser
melhor analisadas na figura (3), a qual apresenta o cenário de comparação de
34
Figura 4 - Domicílios com Acesso à Internet, por Área (2008 – 2019). Total de domicílios (%)
Figura 5 - Domicílios com Acesso a Computador e Internet, por Região (2020). Total de domicílios
(%)
35
Valente (1995) ressalta que essas mudanças são caracterizadas por uma
supervalorização do conhecimento, o que implica no repensar dos processos
educacionais, pois a Educação não pode mais ter como base a instrução que o
professor transmite ao discente, mas sim a construção do conhecimento e o
desenvolvimento de competências, isto é, o aprendizado de saber buscar pela
informação, de compreendê-la e de utilizá-la na resolução de problemas. No
entanto, não é apenas o uso das novas tecnologias em sala de aula que
proporciona esses benefícios, mas sim o dever do professor de:
[...] interagir com o aluno e criar condições para levar o aluno ao nível da
compreensão, como por exemplo, propor problemas para serem resolvidos
e verificar se o problema foi resolvido corretamente. O professor, nesse
caso, deve criar situações para o aluno manipular as informações
recebidas de modo que ela possa ser transformada em conhecimento e
esse conhecimento possa ser aplicado corretamente na resolução de
problemas significativos para o aluno (VALENTE, 1995, p. 44).
2
O termo mencionado, segundo Lévy (1999), também pode ser chamado de “rede” e, assim como
outros meios de comunicação, não deve ser levado em conta apenas como uma infraestrutura
material ou suporte tecnológico, mas também como um conjunto de informações e de usuários que se
utilizam desse espaço e que ao mesmo tempo o preenchem.
O ciberespaço exige uma comunicação interativa que possibilita a criação de um tipo de inteligência
coletiva, surgindo assim um novo modo de cultura baseado na troca de informações e interações do
ciberespaço, chamado de cibercultura. A cibercultura se refere ao “[...] conjunto de técnicas (materiais
e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem
juntamente com o crescimento do ciberespaço.” (LÉVY, 1999, p. 17). Definida também por Rüdiger
(2007) como “conjunto de práticas e representações que surge e se desenvolve com a crescente
mediação da vida cotidiana pelas tecnologias da informação […].” (p. 183).
Dessa forma, destaca-se que uma cultura se alastrou com a expansão da rede mundial de
computadores, sendo que há na sociedade uma mudança constante e acelerada, o que torna
imprevisíveis as implicações da cibercultura, sendo que Lévy (1999) chama esse processo de
“segundo dilúvio”, dada a afirmação de que não é possível conter o fluxo de informações que inunda
o mundo por meio das TDIC.
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Nesta perspectiva, diante dos aspectos destacados até aqui, percebe-se que
é exigida dos novos alunos uma atuação crítica nos contextos cultural, político,
social e econômico atuais. Além de ser necessária uma formação capaz de fazê-los
situar-se no contexto em que vivem, para que sejam inseridos de forma adequada
como cidadãos, sabendo utilizar devidamente a Ciência e Tecnologia e
preocupando-se com os seus impactos nos diversos panoramas da humanidade.
Mesquita, Ceolim e Cibotto (2021), entendem que o exercício da cidadania
diz respeito não só ao conhecimento e cumprimento dos deveres que um cidadão
possui, mas também às suas contribuições para o despertar de uma sociedade
justa, igualitária e humana, que se preocupa com a preservação dos recursos
naturais do planeta e com qualidade de vida a todas as pessoas.
Além disso, Skovsmose (1992), destaca que, para exercer a cidadania, uma
pessoa precisa de um conjunto de capacidades, tais como pensar por si mesmo,
analisar e refletir sobre fatos e acontecimentos acerca da sociedade nos âmbitos
sociopolítico, ambiental, econômico e cultural, identificar as possíveis causas de
problemas recorrentes na sociedade e suas possíveis soluções, além de ser um
agente ativo de transformação da sociedade a que pertence. Nesta perspectiva, há
que se falar também do papel frente às novas tecnologias:
Para viver, aprender e trabalhar bem em uma sociedade cada vez mais
complexa, rica em informação e baseada em conhecimento, os alunos e
professores devem usar a tecnologia de forma efetiva, pois em um
ambiente educacional qualificado, a tecnologia pode permitir que os alunos
se tornem: usuários qualificados das tecnologias da informação; pessoas
que buscam, analisam e avaliam a informação; solucionadores de
problemas e tomadores de decisões; usuários criativos e efetivos de
ferramentas de produtividade; comunicadores, colaboradores, editores e
produtores; cidadãos informados, responsáveis e que oferecem
contribuições (UNESCO, 2009, p. 1).
Ainda, para Lévy (2004), novas formas de pensar e conviver devem ser elaboradas
no mundo das telecomunicações e da informática.
Nesse quadro, frente a essa nova realidade, diante de um mundo
transformado pelas novas tecnologias, se fazem perceptíveis as vertentes
educacionais denominadas Educação Matemática Crítica (EMC) e Educação em
Ciência, Tecnologia e Sociedade (ECTS), que abrangem uma formação mais
humana, íntegra e de qualidade, pautadas na construção de uma identidade crítica
e autônoma, comprometida com a sociedade. Assim como se faz perceptível
também a possibilidade de as TDIC irem ao seu encontro, de forma a cooperar com
ambos os pensamentos. A EMC e a ECTS são:
1.3. Objetivo
1.4. Justificativa
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Carneiro e Passos (2014) abordam sobre a utilização das TDIC nas aulas de
Matemática, afirmando que elas têm a capacidade de promover mudanças tanto na
dinâmica da sala de aula quanto nas formas de ensinar e aprender conteúdos
específicos. Além disso, podem ainda desfazer a imagem da Matemática tal como
uma disciplina na qual há apenas memorização de fórmulas, algoritmos e também
procedimentos mecânicos. Há um grande potencial em não somente se facilitar a
compreensão de conteúdos matemáticos, mas também de se desenvolver a
imaginação e criatividade.
São muitos os desafios para se ofertar uma educação de qualidade, tal como
tornar os estudantes mais autônomos na construção do seu próprio saber. Porém,
quando se inclui o Pensamento Computacional na sala de aula, pode haver grandes
avanços para a educação, como destacado por Jesus, Silveira e Palanch (2019).
Neste contexto, por meio dele, os alunos podem exercitar as habilidades de
resolução de problemas complexos, raciocínio lógico, abstração e dentre outras.
Além do mais, em uma pesquisa realizada por Santos e Bíscaro (2019), foram
destacadas várias vantagens no uso de jogos no ensino de Matemática, sendo que
eles podem auxiliar em uma das maiores dificuldades enfrentadas nessa área, que é
a de manter o interesse do aluno em aprender. Outro fator diz respeito à dinâmica e
contemporaneidade que a introdução dos jogos pode trazer ao ensino, podendo criar
um ritmo que possui a capacidade de aumentar a motivação do aluno. ”O seu uso
também resulta em crescimento de performance do processo de ensino-aprendi-
zagem, melhorando os resultados da construção de conhecimentos da matemática.”
(SANTOS; BÍSCARO, 2019, p. 21).
A EMC é uma vertente educacional filosófica cuja ideia inicial surgiu no início
dos anos 1970. O seu principal dilema na época em que estava sendo formulada,
segundo uma entrevista com Ole Skovsmose, em Ceolim e Hermann (2012), é que
a Educação deveria ser guiada por um interesse emancipatório, porém, se havia a
ideia de que a Matemática servia a interesses técnicos, como a mesma poderia
servir à emancipação?
Por conseguinte, a EMC teria de estabelecer suas próprias estruturações
teóricas, então, apoiado nos ideais de uma Educação Crítica, Ole Skovsmose
propõe uma Educação Matemática Crítica. Neste contexto, é pertinente aqui se
ressaltar as características fundamentais, a constituição e as bases a respeito da
EMC.
49
3
A Educação Matemática tem um histórico de se treinar alunos a resolver exercícios que dificilmente
auxiliam o desenvolvimento da criatividade, do raciocínio lógico e da capacidade de se resolver
problemas reais e também que não admitem uma contextualização mais ampla vinculada a questões
de responsabilidade social (SKOVSMOSE, 2007).
4
Há uma ideologia implícita de que a Matemática é pura, perfeita e infalível, porém os autores
trouxeram à discussão a validade dos modelos matemáticos que dão suporte à essa sociedade
tecnológica (BORBA e SKOVSMOSE, 2001).
5
Estabelece-se um espaço de situações hipotéticas de forma a moldar a realidade a partir de uma
construção matemática. No entanto, não se questiona esses procedimentos que são utilizados para
definir os rumos da sociedade (SKOVSMOSE, 2007).
6
Skovsmose (2001) explica que a matemacia se trata da competência de lidar com as noções
matemáticas, de aplicar essas noções em variados contextos e também de refletir sobre essas
mesmas aplicações.
7
Diz respeito à cultura e às experiências vivenciadas pelos indivíduos e está relacionado aos
conhecimentos prévios adquiridos ao longo da vida (CARRETA e SANTOS, 2022).
8
Faz relação com a visão e percepção que o indivíduo tem quanto às oportunidades proporcionadas
pela situação social, política e cultural (CARRETA e SANTOS, 2022).
9
A EMC se preocupa com os papéis sociopolíticos que a Educação Matemática pode desempenhar
na sociedade. Romper com a neutralidade política é o compromisso crítico da Educação Matemática
com a democracia (VALERO e SKOVSMOSE, 2012).
50
Nesta perspectiva, para uma cidadania plena no século atual, apenas ler,
escrever e contar são obviamente insuficientes. É imprescindível que os jovens
tenham uma visão crítica dos instrumentos comunicativos, intelectuais e materiais
que irão dominar para que possam viver nessa civilização que se descortina
(D’AMBRÓSIO, 2005).
A proposta de D’Ambrósio (1999) é a de um currículo baseado nos
neologismos literacia, materacia e tecnoracia, que se tratam de uma resposta à
responsabilidade de oportunizar aos jovens os instrumentos fundamentais à sua
sobrevivência na sociedade e também para tornar real a eliminação das iniquidades
e das violações da dignidade humana como um primeiro passo para a justiça social.
O primeiro termo, literacia, refere-se a capacidade de cada um em processar
a informação escrita e falada, incluindo a leitura, a escrita, o diálogo, a mídia e os
instrumentos comunicativos; já a materacia é a capacidade dos indivíduos em
interpretar e analisar sinais e códigos e também de propor e utilizar modelos e
simulações. de elaborar abstrações sobre a realidade; quanto à tecnoracia, trata-se
da capacidade de usar e combinar instrumentos, simples ou complexos, sabendo
avaliar suas possibilidades e limitações e também a sua adequação às necessidade
e situações diversas (D’AMBRÓSIO, 2005).
Para Auler e Bazzo (2001) essa vertente surgiu devido ao sentimento de que
o desenvolvimento científico, tecnológico e econômico não estava levando à
promoção do bem estar social. Por conseguinte, o intuito desse movimento
educacional é ressaltar a importância em se produzir Ciência de uma forma
consciente, de forma a envolver os aspectos tecnológicos e sociais (SOUZA;
ALBRECHT, 2020).
Angotti e Auth (2001) afirmam que o uso das TDIC se tornou mais evidente
e, com elas, também os problemas ambientais, ficando clara a exploração sem
limites da natureza. Além de ter ficado claro também que os avanços
científico-tecnológicos não alcançaram a todos, haja vista a crescente marginali-
zação de pessoas, tanto materialmente quanto cognitivamente.
Porém, para Bazzo (1998), é inegável a contribuição que a Ciência e a
Tecnologia trouxeram nos últimos anos para a sociedade, apesar de não se poder
confiar cegamente nelas, a ponto de se alienar, em virtude do conforto
proporcionado cotidianamente por meio de seus aparatos e dispositivos técnicos.
Por conseguinte, “nesta anestesia que o deslumbramento da modernidade
tecnológica nos oferece, podemos nos esquecer que a ciência e a tecnologia
incorporam questões sociais, éticas e políticas.” (p. 142).
57
críticos e questionadores, que irão agir não somente em sua área de trabalho, mas
que também atuarão como agentes de mudanças em sua realidade social
(FARIAS; SANTOS, 2015).
Desse modo, é algo cada vez mais necessário que a população possa ter
acesso às informações acerca do desenvolvimento científico-tecnológico e também
da possibilidade de participar das decisões a respeito do meio em que vive. Muitas
vezes, algumas ações na sociedade visam apenas aos interesses dominantes,
excluindo-se as minorias, logo, é imprescindível que se saiba questionar os
impactos da Ciência e Tecnologia no seu entorno.
3. METODOLOGIA DE PESQUISA
Questão de Pesquisa:
Planejamento da Busca
Ensino-Aprendizagem; Ensino
aprendizagem; Investigação.
String de Busca:
Critérios de Inclusão
Código: Descrição:
Critérios de Exclusão
Código: Descrição:
E2 Artigos repetidos
Quantidade
62 396
Geral:
Total: 458
Quantidade:
Quantidade:
E2 Artigos repetidos 0
Quantidade:
E2 Artigos repetidos 11
Desse modo, com o uso desta pesquisa bibliográfica, foi possível reunir
atividades de ensino de Matemática que utilizam as TDIC em sua aplicação, que se
enquadraram no padrão de busca estabelecido. Foram encontrados 23 artigos, no
total, após a aplicação dos Critérios de Inclusão e Exclusão. Nesta perspectiva, o
foco foi analisar, em específico, os resultados que estas atividades alcançaram,
notados e descritos pelos próprios autores nos materiais analisados.
À vista disso, por meio desses resultados, buscamos verificar se as TDIC
podem auxiliar no processo de ensino-aprendizagem de Matemática, considerando
como parâmetros os pressupostos teóricos da EMC e da ECTS.
Neste contexto, de forma a justificar os métodos e a classificação dessa
pesquisa, o referencial teórico a seguir possibilita uma melhor compreensão do
projeto em questão, visto que há o detalhamento da base metodológica adotada
para este trabalho segundo as diversas análises e abordagens conhecidas no meio
acadêmico, que se adequaram como orientação para todo o caminho percorrido.
71
Gil (2002) prossegue com a ideia de que uma pesquisa exige a seleção
cuidadosa de métodos, técnicas e de outros procedimentos científicos, sendo que a
mesma se desenvolve ao longo de um processo que envolve várias fases, que vão
desde a adequação do problema à apresentação dos resultados.
72
4. RESULTADOS E ANÁLISES
Fonte: os autores.
76
Fonte: os autores.
Fonte: os autores.
77
estudantes. Não obstante, também foi apresentado que o software inovou a prática
docente e permitiu que a turma refletisse e analisasse criticamente.
Ainda segundo a docente, o uso do recurso tecnológico desenvolveu nos
alunos uma "série de requisitos que a sociedade atual exige", com o pensamento
lógico e crítico sendo trabalhados de imediato, permitindo-os experimentarem e
construírem o próprio conhecimento.
Para os autores, a reflexão, a capacidade crítica e o raciocínio-lógico foram
aspectos desenvolvidos, além de ter promovido também uma aprendizagem
facilitadora, consciente e direcionada para a aplicação prática. Os estudantes
desenvolveram competências que podem oportunizar uma maior integração na
sociedade.
Conforme o artigo, a Matemática pode ser uma ferramenta essencial para a
formação e integração dos jovens na sociedade, enquanto que as TDIC podem
promover a melhoria dos recursos e a aprimoração do ensino, além de auxiliar na
contribuição para uma prática cooperativa e colaborativa. Estas características se
tornam cruciais em uma sociedade que exige flexibilidade intelectual e capacidade
de confrontar vários tipos de representações e problemas, bem como avaliar
criticamente os resultados obtidos.
DIAS, C.; SEABRA, O.; FERREIRA, V. A utilização das TIC como fator
facilitador das aprendizagens na disciplina de Matemática: uma
C4 experiência realizada com dois alunos com necessidades educativas.
Indagatio Didactica, [S.L.], v. 3, n. 2, p. 68-91, 5 set. 2019.
http://dx.doi.org/10.34624/ID.V3I2.4539.
https://periodicos.ifrs.edu.br/index.php/REMAT/article/view/2680.
Acesso em: 20 out. 2022.
http://dx.doi.org/10.29276/redapeci.2018.18.18567.50-60.
Ela foi desenvolvida em três aulas de duas horas cada, sendo que a primeira
aula foi destinada para familiarizar os alunos com o computador e também para
explorarem o Geogebra. Cada aluno recebeu três fichas de trabalho e também um
quadro contendo todos os elementos da barra de ferramentas, contaram também
com o apoio dos professores que contribuíram para o desenvolvimento da atividade
por meio de um computador e um projetor e também por meio de consultas
individuais.
Ao longo do artigo, os autores afirmam que a Matemática desempenha um
papel fundamental na formação do indivíduo e, em virtude do crescente uso das
tecnologias na sociedade, é exigido e necessário um ensino de Matemática que
possa contribuir para os alunos se tornarem cidadãos capazes, criativos e críticos.
Destacam que o Geogebra permite o estudo de Geometria de uma forma atrativa e
interativa e propicia atividades de exploração, investigação, comunicação e
descoberta, levando o aluno a formular e a comprovar definições.
Em relação aos resultados, durante as aulas, os discentes ressaltaram que o
computador auxilia o aprendizado e o torna mais ágil, demonstrando preferência à
inclusão das tecnologias na sala de aula. Além do mais, por meio de um
questionário aplicado aos alunos, também foi evidenciado que o uso de softwares
dinâmicos de Geometria pode contribuir para: aulas serem mais interessantes;
desenvolver o raciocínio; desenvolver a capacidade de resolução de problemas; ter
uma visão mais positiva da Matemática; perceber melhor a importância da
Matemática; desenvolver o raciocínio geométrico; tornar a aprendizagem mais
desafiante; e também diminuir a distração.
Por fim, os autores consideram que a experiência possibilitou uma
aprendizagem interativa e significativa, recomendando o uso do Geogebra como
recurso pedagógico para o Ensino-Aprendizagem da Matemática para a mitigação
das dificuldades dos estudantes.
Para cada quadro, foi solicitada uma resposta aos alunos quanto à medida
encontrada.
No quarto momento, houve uma formalização dos conceitos enquanto
conhecimentos científicos. No quinto e último momento, foram apresentadas duas
situações reais que exploravam os conceitos de área e perímetro.
Quanto à segunda proposta, o conteúdo explorado foi de Simetria e Ângulo
e a atividade foi aplicada em turmas de 9º ano. Esta atividade foi composta de 8
momentos. No primeiro momento, os alunos foram desafiados a realizar manobras
com um espelho plano diante de um quadro para que se pudesse obter imagens
pré-determinadas pelo professor. O professor também os estimulou a encontrar o
eixo de simetria em figuras com estrutura simétrica. Desse modo, explicitou-se os
conceitos de reflexão, rotação e translação.
No segundo momento, houve um trabalho que utilizou dois espelhos planos
e paralelos, em que os alunos tiveram que colocar as figuras selecionadas entre os
espelhos. Neste momento, puderam observar as reflexões sucessivas dispostas
nos espelhos e também os conceitos de translação e paralelismo. Já no terceiro
momento, foi utilizado o Geogebra, momento em que os alunos foram instigados a
construir pontos simétricos em relação aos eixos vertical e horizontal.
Em relação ao quarto momento, os estudantes exploraram e construíram o
conceito de ângulo, por meio da rotação de dois espelhos planos de forma
articulada sobre um transferidor confeccionado em cartolina. No quinto encontro, os
discentes visualizaram exemplos práticos de ângulos, com auxílio do computador e
do datashow utilizados pelo professor para ilustração.
Quanto ao sexto momento, os alunos tiveram contato com a soma dos
ângulos internos de um triângulo e também a classificação dos triângulos quanto
aos seus ângulos. Para isso, utilizaram novamente o Geogebra, mas, desta vez,
realizaram o download de um arquivo pronto do Geogebra contido no blog
mencionado anteriormente.
No sétimo momento da atividade, houve uma representação simbólica dos
ângulos. Foram apresentadas as nomenclaturas utilizadas para ângulos e também
sua composição, tais como os vértices e os lados. Por fim, no oitavo e último
momento, novamente é trabalhada a questão dos dois espelhos planos de forma
articulada sobre um transferidor. No entanto, desta vez, foi solicitado aos alunos a
90
Este artigo apresenta uma pesquisa realizada com 104 alunos de uma
escola pública paulista. Para a atividade, uma sala de aula foi compartilhada entre
94
vivenciaram questões sociais que fazem parte da realidade, o que os permite estar
preparados quando se depararem com estas situações na vida real.
Os autores reconhecem que o conhecimento matemático é necessário
devido não somente à sua grande aplicabilidade, mas também devido ao seu
caráter potencializador na formação de cidadãos críticos e conscientes das suas
responsabilidades sociais. A Matemática é importante para a construção da
cidadania, visto que a sociedade se utiliza cada vez mais dos conhecimentos
científicos e dos recursos tecnológicos.
Contudo, os alunos, de um modo geral, têm apresentado um desempenho
pouco satisfatório no aprendizado dessa disciplina, o que pode causar dificuldades
na tomada de decisões que estão relacionadas com a interpretação do mundo ao
seu redor, dificuldades em lidar com as novas tecnologias e também dificuldades
em exercer uma cidadania plena e consciente.
No artigo, também se reconhece que a educação matemática deve ser
capaz de desenvolver plenamente o aluno e de oferecer condições para o exercício
autônomo da cidadania, além de o auxiliar a tomar decisões conscientes
relacionadas ao meio no qual está inserido.
10
Segundo Faria (2019), a intradisciplinaridade vai muito além das ideias de inter e
transdisciplinaridade nos levando a pensar nas “estritas relações das ramificações de uma mesma
disciplina.” (FARIA, 2016, p. 64).
Além disso,
[...] a intradisciplinaridade não significa incentivar a abordagem da disciplina
matemática como uma gaiola epistemológica, que se preocupa apenas com
sua linguagem, regras e técnicas. O que a intradisciplinaridade propõe é que
as ramificações da matemática não estejam dissociadas, como se houvesse
subdisciplinas isoladas. Nesse sentido, embora a intradisciplinaridade
proponha o trabalho simultâneo entre os ramos da matemática, isso não
significa que ela negue a relação que deve haver entre essa disciplina e as
outras que compõem o cenário escolar (interdisciplinaridade). Tampouco
consiste em uma negação da abordagem que valoriza a matemática e o
contexto que ultrapassa os muros da escola (transdisciplinaridade). (FARIA,
2016, p. 65).
102
tirar proveito dele com eficácia para se exprimir uma solução. Deste modo,
empregaram conhecimentos matemáticos e tecnológicos de forma concomitante
para realizar construções robustas.
Este artigo fez uma análise de uma dissertação cujo objetivo é ensinar os
estudantes da Educação Básica a aprender Matemática utilizando a Iniciação
Científica e também os recursos digitais. A proposta é entender o aluno como
sujeito ativo da sua aprendizagem.
Desse modo, a atividade abordada foi desenvolvida por meio de Projetos de
Aprendizagem, em uma turma de 6ª série do Ensino Fundamental. Os alunos, em
grupos, precisavam escolher algum tema de interesse e realizar uma pesquisa
sobre o assunto, sendo orientados a utilizar um editor de HTML para criar um
website contendo os resultados das investigações realizadas para os Projetos.
É ressaltado durante o trabalho que uma pesquisa baseada em referências e
contextos pode tomar proporções complexas e inovadoras. A noção de descoberta
é essencial no processo de aprendizagem e ela é muito bem trabalhada por meio
da Iniciação Científica, tal como como nesta proposta.
Outro ponto é que os estudantes, quando utilizam as tecnologias digitais,
usam a criatividade, aplicam o que sabem, pesquisam e constroem cada parte, até
ter uma amplitude do todo. Em um segundo momento, ao organizar a escrita do
projeto, fazem uma reconstrução carregada de reflexões e tomadas de consciência
e, desse modo, se delineia o que deseja e há a construção da aprendizagem dos
conceitos de Matemática.
Por meio desta atividade, os alunos puderam traçar seu próprio método de
trabalho, desenvolvendo a autonomia, que é uma das questões mais importantes
na Iniciação Científica. Os alunos superaram as aprendizagens tradicionalmente
esperadas e também se mobilizaram cognitivamente para aprender Matemática.
106
Fonte: os autores.
Aspectos da Intradisciplinarinaridade S3
Fonte: os autores.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
● Um artigo que aborda atividades ocorridas com alunos dos Anos Finais do
Ensino Fundamental EJA;
● Um com alunos de um Projeto de Extensão/Crianças de 11 anos;
● Um com alunos com Necessidades Especiais;
● Um com crianças de 6 a 12 anos com Autismo;
● Um com alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental;
● Seis com alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental e;
● Quatro com alunos do Ensino Médio.
Todos estes aspectos mencionados nos levam a concluir que a inserção das
TDIC no ensino de Matemática tem um forte potencial para estimular nos alunos
uma propensão para se constituírem como profissionais e cidadãos dedicados às
necessidades da sociedade, críticos, emancipados e conscientes do seu papel
social e ambiental, bem como do reconhecimento dos impactos da ciência na
sociedade, fatores que vão em direção aos pressupostos teóricos da EMC e ECTS.
Ainda, o fato de os autores mencionarem uma preocupação com uma
educação crítica e emancipatória, isto é, uma educação que valorize o ser humano,
voltada para a sua função enquanto indivíduo social e político e voltada para a
sociedade; e também o reconhecimento que a Matemática é fundamental para
esse processo; se configura como um passo essencial na busca pela formação
necessária para esta atual realidade. Portanto, é imprescindível que os educadores
tenham essa consciência de batalhar por uma educação cidadã para seus
estudantes,
[...] abrir portas para uma formação integral, comprometida com a postura
e interpretação crítica diante da realidade e com o uso consciente das
ciências e tecnologias, tanto no que diz respeito à Educação Matemática
quanto com relação às demais disciplinas, visto o forte caráter
interdisciplinar de ambas as correntes teóricas. (SOUZA; ALBRECHT,
2020, p. 16).
135
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