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As Geociências e as Tecnologias de
Informação e Comunicação (TICs) na
interface Ensinar-Aprender
Vlander Verdade Signoretti
Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Sul de Minas Gerais – Câmpus
Pouso Alegre.
vlandervs@gmail.com
Celso Dal Ré Carneiro
Instituto de Geociências, Universidade Esta-
dual de Campinas, Campinas, SP.
cedrec@ige.unicamp.br
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É preciso que o professor esteja apto a construir A pesquisa permitiu identificar duas tendências,
um ambiente educacional que leve em conta “os que Barreto et al. (2006) associam de um lado com
conhecimentos prévios dos alunos, seus interesses, o ensino presencial e de outro com o ensino virtual
suas expectativas e oportunizando-lhes novas des- ou em processo de virtualização (como a educação
cobertas” (Signoretti e Carneiro 2013:1566). Para a distância1, por exemplo)
que a mudança seja bem sucedida, tanto o aluno Na tentativa de sistematizar as duas tendências,
quanto o professor precisam conhecer e saber é possível afirmar que a referida ao ensino presen-
lidar, agir e interagir com os recursos tecnológicos cial propõe: o redimensionamento do ensino pre-
contemporâneos. sencial, sem mencionar outro lugar ou modalidade
que extrapole as instituições educativas regulares;
O ensinar e o aprender compartilham caminhos. o investimento na interação professor-aluno, seja
Caminhar lado a lado, porque professor e aluno se na perspectiva afetiva, seja na do compartilhamen-
conhecem, comunicam-se, interagem. Mais do que to da objetividade social; e o fortalecimento do
a pretensão de ‘ensinar’ conteúdos é conhecer as
binômio ensino-aprendizagem. Em contrapartida,
expectativas do aluno em alcançá-los, fornecendo-
a tendência à virtualização aponta para: o desloca-
-lhe pistas, motivando, compartilhando do processo
de construção do seu conhecimento, para que o alu- mento da dimensão presencial para a virtual; uma
no dele possa fazer uso em situações e ou ações de nova relação educativa na comunidade virtual,
vida e, assim, de forma subjetiva, transformando-o estabelecida de “modo espontâneo”, rompendo
(Signoretti e Carneiro 2013:1565). com a assimetria presente na escola; e a quebra
do binômio ensino-aprendizagem, privilegiando
O educador que assume a responsabilidade apenas o segundo elemento do par, pensado como
de ministrar os saberes de ciência precisa buscar “auto-aprendizagem”.(Barreto et al. 2006, p.38).
autonomia intelectual de tal modo que se torne
capaz de propiciar um ensino que dê sentido à
aprendizagem do aluno e:
Obsolescência... A escola, por acaso, tornou-
se obsoleta?
(...) levar seus alunos a compreender, com maior
A ciência e a tecnologia tornaram-se forças
exatidão, as relações de poder existentes entre as
produtivas na medida em que se gerou um qua-
ciências e a sociedade, de modo a capacitá-los a
lutar por seus ideais e pelo atendimento pleno de dro de mudança constante a partir da produção
suas demandas, e tornando-os cidadãos autônomos, acelerada de conhecimentos científicos, inova-
éticos e responsáveis (Martins e Carneiro 2014a). ções tecnológicas, informação e comunicação. O
conhecimento transformou-se na força motriz da
produção. Diferentes proposições educacionais
que têm sido apresentadas induzem à necessida-
O universo das TICs de de se redimensionar o ensino de ciência face
Barreto et al. (2006), em levantamento abran- às exigências da realidade e permitem repensar a
gente de teses e dissertações (T&D) sobre educação prática pedagógica. A escola parece ter se tornado
e tecnologia, com ênfase nas TICs, observam que obsoleta. Muitos autores argumentam que sim,
muitas tecnologias vinculadas ao ensino presencial
1 A expressão Educação a Distância tem sido referida normalmente pela
– e tão profundamente apropriadas pela escola que sigla EaD, enquanto alguns autores propõem que EAD signifique Educação
têm sido chamadas simplesmente de “educacio- Aberta à Distância, como Santos (2006).
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outros que não. Em certos casos, parece indiscutível Maia (2003) utiliza o modelo apresentado por
que a escola tradicional tenha se mantido distante Fialho (2002b), que associa as propostas de Delors
das preocupações centrais que rodeiam o debate (1996) e Morin (2000) para desenvolver os sete
contemporâneo sobre educação. saberes (Tab. 1). O modelo é denominado “Pro-
Obsolescência é um fenômeno industrial e mer- postas para a Escola do Futuro” (Fialho 2002a, b).
cadológico que antecede os anos 1940 e se acentuou Maia (2003) afirma que a escola tradicional não
após a Segunda Guerra Mundial; sustenta-se na desenvolve a dimensão do Aprender a Aprender,
expectativa de curta duração de um produto qual- sendo esta uma dimensão típica da Nova Escola
quer. Pelo menos duas vertentes são reconhecidas (denominação que não guarda qualquer relação
– a obsolescência planejada e a percebida. A obso- com o movimento escolanovista de Anísio Tei-
lescência planejada decorre de decisões industriais xeira), cuja principal característica é não temer a
e empresariais que se aproveitam da existência de, inovação. A oferta de ensino compartimentado,
ou induzem, um desgaste anormal do produto, descontextualizado e excessivamente abstrato,
de tal modo que isso obriga o detentor do bem a em uma etapa da vida em que a criança é muito
substituí-lo, apenas para continuar a usufruir do ligada ao seu ambiente e à realidade circundante
benefício que o produto lhe oferece. A obsolescência conduz a um argumento relevante sobre obsoles-
perceptiva transforma a aparência das coisas, como cência da escola, na medida em que seria desejável
nos ditames da moda, em que algum bem útil rapida- partir do conhecimento que as crianças possuem,
mente se torna obsoleto, de modo a abrir espaço para para transformá-lo em conhecimento científico e
outros bens que incluam algum tipo de novidade, “reconstruindo sua realidade dentro do contexto
não necessariamente alguma inovação. Aos poucos, dos novos conhecimentos” (Fracalanza 1986, p.11).
as duas modalidades tornaram-se tão amplamente
disseminadas, que a sociedade parece ter-se tornado
desprovida de “fronteiras e barreiras” (Silva 2012).
Geociências no ensino fundamental
E a escola, permaneceu inalterada nesse contex- Em uma sociedade cientificamente instruí-
to? Tornou-se obsoleta? Quais os desafios? Reunião da, democrática e aberta, a Educação Básica deve
de uma Comissão Internacional sobre Educação para permitir que todo e qualquer cidadão desenvolva
o século XXI promovida pela Unesco em Paris resul- conhecimentos e hábitos de pensamento básicos
tou em dois relatórios. O primeiro foi organizado por (AAAS 1989). Além disso, é preciso sensibilizar
Jacques Delors (1996, 2005) que reconhece quatro as novas gerações e incutir-lhes atitudes solidárias
pilares básicos do processo educacional: Aprender e humanistas (Domingo e Sequeiros 1998), que
a Conhecer (ou Aprender a Aprender), Aprender favoreçam a formação de uma visão menos utili-
a Fazer, Aprender a Viver Juntos e Aprender a Ser. tarista e predatória sobre a vida na Terra. Tem sido
Fialho (2002b) adiciona a estes o Aprender a Sentir. bem aceito que, para tomar decisões responsáveis, a
O segundo relatório foi organizado por Edgar Morin população em geral deveria entender melhor alguns
(2000, 2001), que aponta os sete saberes necessá- temas científicos nos quais se investem enormes
rios à educação do futuro (Cegueira Paradigmática, somas de recursos em pesquisa e que envolvem
Conhecimento Pertinente, Ensino da Condição cientistas de todo o mundo (Sgarbi 2001). Conheci-
Humana, Ensino das Incertezas, Identidade Terre- mentos de Geociências são necessários para atingir
na, Ensino da Compreensão Humana e a Ética do tal compreensão:
Gênero Humano), explicitados do seguinte modo:
Nos dias atuais, domesticamos não só os rios e ciclos
A natureza do conhecimento humano: preparar o hidrológicos, mas também os solos, as florestas e os
indivíduo para o risco do permanente erro e da ilu- animais, as bactérias, as montanhas, os pólos e os
são; O conhecimento pertinente: superar a fragmen- mares; alcançamos, ainda, a Lua, os mais profundos
tação e desenvolver aptidões individuais; A condição abismos oceânicos, deciframos o centro da Terra e
humana: por em evidencia o elo indissolúvel; O enviamos artefatos para Marte, Júpiter, Saturno e, até
destino comum dos homens no planeta; O caráter mesmo, para além do Sistema Solar. […] Estranha-
da aventura humano: aprender a navegar entre ilhas mente nos dias de hoje civilizar, isto é, desenvolver
de certeza, enfrentando o imprevisto e o inespera- e progredir, não significa mais domesticar rios, mas
do; O essencial nas relações humanas: desenvolver sim contaminar a água, a atmosfera e destruir os
a compreensão mútua. A ética da democracia e da ecossistemas, a base da vida. (Menegat e Carraro
cidadania: desenvolver a autonomia individual. 2009, p.80-82).
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A Geologia exerce duplo papel formativo, como a segundo plano as demais áreas do conhecimento.
ciência experimental e como ciência histórica (Car- A aprendizagem de duas linguagens, Língua Portu-
neiro et al. 2004), mas no Brasil os alunos que com- guesa e Matemática depende da atuação polivalente
pletam a educação básica não dispõem de cultura do professor, que precisa trabalhar com todas as
geológica elementar nem conseguem aproximar-se disciplinas. Teixeira (2013) assinala que a ideia de
de uma visão razoável sobre como a Terra funciona, alfabetização científica deva estar “atrelada à alfabe-
tal como seria desejável (Pedrinaci 2002). tização na própria língua”:
Nesse contexto, a questão da formação do pro-
Esta última alfabetização não estaria completa,
fessor assume fundamental importância, exigindo
não atingiria um grau maior de amplitude sem a
soluções inovadoras e novas abordagens que funda-
primeira. Por conseguinte, o ensino de ciências
mentem os cursos preparatórios. Sem menosprezar
seria concebido (com elaboração de propostas
outras áreas, parece urgente o ensino de saberes de
e condições de efetivação) no âmbito das
ciência nos primeiros anos no ensino fundamental,
necessidades educacionais do país, tendo por
visando atingir resultados significativos futuros nos
norte as contribuições que a alfabetização, em
demais níveis de ensino do país, haja vista a avalia-
princípio, traria para a formação de indivíduos
ção do PISA que apontara deficiências no tempo
(Teixeira 2013:806).
presente. O PISA não se preocupa em descobrir
se os estudantes são capazes, por eles mesmos, Programas de inclusão digital concederam
de empreender investigações científicas, mas se a laboratórios de informática e acesso à internet à
experiência adquirida na escola culmina maioria das escolas públicas brasileiras, mas fal-
tam cursos de preparação dos professores para a
“(...) no entendimento dos processos cientí-
nova realidade (Barbosa 2013), o que dificulta a
ficos e na habilidade para aplicar os conceitos
renovação do ensinopor meio do uso educacio-
científicos que o tornariam capazes de tomar
nal do computador (Carneiro et al. 2005, 2007),
decisões sobre o mundo natural e as mudan-
ao permitir que “o aluno sintetize, organize e
ças nele ocorridas em virtude da atividade
reestruture a informação”, além de controlar “o
humana” (OECD 2000, p.77).
tempo, espaço e velocidade de sua aprendizagem”
No ensino fundamental, o mais importante é (Carneiro et al. 2007).
suscitar a curiosidade dos alunos em relação à natu- Barbosa (2013) assinala que a designação “novas
reza (Carneiro et al. 2004). Delors (1999;251) afirma tecnologias de informação” ou “novas tecnologias
que a curiosidade é comum na criança, entretanto de informação e comunicação”, que podem ser
muitas vezes os sistemas educacionais a tolhem. referidas com a sigla TIC ou NTIC, são modos
“Isso deve mudar”, diz o autor; Pavão (2008) alerta habituais de se reportar à Internet, sem no entan-
ser preciso iniciar cedo, pois o interesse em ciências to se limitar a ela. Os termos englobam “recursos
tem origem na infância: “este é um processo que computacionais de todos os gêneros que possam
pode ser iniciado muito cedo, desde os primeiros ser aproveitados na educação”. O autor estabelece
anos de escolaridade” (Pavão 2008, p. 203). O ensino algumas relações significativas entre TICs e ensino-
de ciências apresenta peculiaridades e características -aprendizagem:
específicas; no primeiro ciclo do ensino fundamental,
Usaremos o termo TIC para designar a
prioriza-se o processo de alfabetização relegando-se
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a vida por certo se lhes apresentará. Sabemos ainda Courier, Abril 1996, 49(4):6.
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que lhe foi despendido em educação e que vivemos tões e perspectivas. Porto Alegre: Artmed.
hoje em um país globalizado, portanto com opor- Delors, J. 1999.Educação: um tesouro a descobrir.São
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É preciso fazer a hora porque este novo tempo, de Fialho F.A.P. 2002a. Escola do Futuro: em busca da razão
velocidade máxima, não espera, mas requer ações de ser. Revista @prender.
Fialho F.A.P. 2002b. Curso de Capacitação em Ensino a
imediatas que respondam a inúmeros desafios
Distância - EAD Francisco Antonio Pereira Fialho,
simultâneos. Portanto, mudar o quadro da educação Dr. Eng. Professor do Programa de Pós Graduação em
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