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BALSAS
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PERSPECTIVAS TEÓRICAS
Essa pesquisa discorre acerca dos desafios da retomada escolar, uma relação entre
pandemia e educação. Por conta disso, essa análise apresenta posicionamentos de autores que
desenvolveram estudos sobre o tema exposto.
Nesse sentido, vale explicitar o ponto de vista de Klering et al. (2021), pois enfatizam
que:
[...] Ainda que haja estranhamento ou resistência, não cabe mais a desatenção para a
importância da tecnologia, principalmente, para gerações que já crescem
compreendendo o mundo através delas. A pandemia nos mostrou que não se trata
mais de como inserir algumas ferramentas em sala de aula para auxiliar nos
conteúdos, mas sim de como torná-las parte da construção de aprendizagem na
qual o aluno é agente no seu processo, isto é, produtor das informações. No
epicentro de todas essas mudanças, está o professor, que precisa considerar tudo à sua
volta no momento de planejar as suas aulas. [...]. (KLERING et al., 2021, p. 110, grifo
nosso).
Nunca foi tão necessário reconhecer a importância da inclusão digital, nas instituições
de ensino, e, para isso, devemos requerer a otimização no gerenciamento das políticas
públicas para a educação, em nível federal, estadual e municipal, considerando-se a
fragilidade de acesso tanto para a formação dos docentes quanto para os discentes, de
forma a possibilitar formas de mediação em espaços/tempos de aprendizagens
colaborativas e interativas. (TEMÓTEO, 2021, p.82).
Esse cenário contribuiu para que um processo que levaríamos muito tempo para se
concretizar, foi expressamente acelerado na rede estadual; em um curtíssimo espaço
de tempo, pela necessidade, toda a rede foi inserida e partícipe ativo desse
aprendizado. É com base no que temos acompanhado na prática que vislumbramos
ganhos significativos para a educação, uma vez que todo esse aprendizado e interações
professor -aluno não mais será segredado da sala de aula, porque nenhum dos atores
abrirá mão dos recursos tecnológicos como meio de apoio e facilitador da
aprendizagem e assimilação do conteúdo. (PALÚ, et al. 2020, p.31).
Conforme entendimento, considera-se que a crise atual pode ajudar na evolução dos
modelos de aprendizagem, onde, a escola não se limitará apenas a sala de aula, visto que haverá
uma necessidade de habilitação tecnológica tanto por parte dos professores quanto dos alunos.
No entanto, Palú et al. (2020), aponta também para as dificuldades encontradas pela
escola nessa nova modalidade de ensino:
O isolamento social, o trabalho remoto, o uso das tecnologias como ferramentas para
mediar o processo de ensino e aprendizagem, as desigualdades no acesso e no uso as
tecnologias escancararam as dificuldades que a escola possui de encontrar
mecanismos para proporcionar aos alunos as possibilidades de interação e incluí-los
no processo ensino-aprendizagem. (PALÚ et al. 2020, p.143).
Vale ressaltar, que seguindo uma mesma linha de raciocínio, Rambo (2020) destaca
que “a atual crise da pandemia do Covid-19, ensinou-nos que o Brasil precisa investir
urgentemente em escolas, nos alunos, nos professores e em tecnologias educacionais, com
destaque aos computadores, internet e Laboratórios de Informática”. (RAMBO, 2020, p.8).
Nesta perspectiva, compreende que há uma fragilidade no campo tecnológica bastante
significativa por partes dos atores envolvidos no processo educacional, que requer um diligente
cuidado financeiro efetivo.
Além do mais, Palú et al. (2020), considera ainda que:
Esta “nova realidade” também amplia o espaço para o debate e a reflexão em torno de
questões que tem permeado historicamente a educação. Ao relacionar o momento
atual comparando-o ao caminho histórico já trilhado pela educação anteriormente,
ganha espaço processos de inovação pedagógica, de autorregulação, de construção da
autonomia, necessários a professores e alunos para a superação do fracasso escolar,
bem como, das competências e habilidades que o professor necessita para enfrentar
os desafios que emergem da docência e da cultura digital (elementos que alicerçam o
fazer pedagógico na contemporaneidade), em tempos de crise.(PALU, et al. P. 141).
Nesta visão, há uma compreensão, que a escola ainda terá que encarar cenários de
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amplos debates referente as inovações pedagógicas ocasionada em virtude desta nova realidade,
visto que, os professores precisarão adquirir novas competências e habilidades, entendendo
assim, que há uma complexidade do fazer pedagógico dos docentes que vivenciam e trabalham
em tempos pandêmicos.
Logo, nessa subdivisão, foram relacionados os entendimentos de pesquisadores que
investigaram o assunto examinado.
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REFERÊNCIAS