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Revista Potencia Ed. 216
Revista Potencia Ed. 216
A N O 19
N º 216
ELÉTRICA, ENERGIA, ILUMINAÇÃO, AUTOMAÇÃO,
SUSTENTABILIDADE E SISTEMAS PREDIAIS
Multiplataforma
RETROSPECTIVA 2023
E PERSPECTIVA 2024
O BALANÇO DE 2023 E AS
PREVISÕES DE DESEMPENHO
PARA 2024 ENGLOBANDO A
INDÚSTRIA ELETROELETRÔNICA,
A INDÚSTRIA DE ENERGIA
EÓLICA, O SETOR SOLAR
FOTOVOLTAICO E A INDÚSTRIA DE
ILUMINAÇÃO
16
MATÉRIA DE CAPA
O faturamento do setor eletroeletrônico deverá atingir R$ 204,3 bilhões no ano de 2023, resultado 6%
abaixo do realizado em 2022. Trazemos também o balanço e as perspectivas para as indústrias eólica, solar
fotovoltaica e de iluminação.
100 › A
RTIGO MITSUBISHI
ELECTRIC
104 › VITRINE
86 ARTIGO 94 ARTIGO
HÉLIO SUETA SCHMERSAL
Nesta segunda parte do artigo, um grupo Segurança é a palavra-chave para uma
de renomados especialistas apresenta empresa que se preocupa com a saúde
uma proposta de proteção contra e o bem-estar de seus colaboradores,
descargas atmosféricas diretas em inclusive quando o ambiente conta com
tanques de combustíveis cobertos com máquinas industriais. Afinal, quanto custa
Domo Geodésico de Alumínio. não investir em segurança de máquinas?
POTÊNCIA 2
EDITORIAL
EXPEDIENTE
Multiplataforma
Fundadores:
Elisabeth Lopes Bridi
DESTAQUES DA EDIÇÃO
Habib S. Bridi (in memoriam) O ano está chegando ao fim e o momento é de balanço. Também é hora de
ANO XIX • Nº 216
traçar os planos para o próximo período.
DEZEMBRO'23 Nossa matéria de capa traz uma análise de 2023 e quais são as perspectivas
Publicação mensal da HMNews Editora
para 2024 na indústria eletroeletrônica, na área de energia eólica, na indústria de
e Eventos, com circulação nacional, dirigida iluminação e na área solar fotovoltaica.
a indústrias, distribuidores, varejistas, home
centers, construtoras, arquitetos, engenharias,
instaladores, integradores e demais profissio- O faturamento do setor eletroeletrônico deverá atingir R$ 204,3 bilhões no ano
nais que atuam nos segmentos de elétrica,
iluminação, automação e sistemas prediais.
de 2023, resultado 6% abaixo do realizado em 2022 (R$ 218,2 bilhões). As expec-
tativas são de melhora no desempenho da indústria eletroeletrônica para 2024,
Diretoria porém, permanecem as incertezas em relação ao cenário interno e internacional,
Hilton Moreno
Marcos Orsolon o que deverá manter os empresários cautelosos.
Pietro Peres
Existem alguns fatores que estão gerando expectativas favoráveis para 2024,
Redação
Diretor de Redação: Marcos Orsolon
com destaque para a Reforma Tributária, muito esperada pelos empresários do se-
Editor: Paulo Martins tor, que deverá aumentar a competitividade da indústria, reduzindo a complexida-
Jornalista Responsável: Marcos Orsolon
(MTB nº 27.231) de do sistema tributário do país e desonerando as exportações e os investimentos.
Departamento Comercial O faturamento do setor eletroeletrônico deverá somar R$ 208 bilhões em
Cecília Bari e Rosa M. P. Melo
2024, crescimento de 2% em relação a 2023.
Gestor de Eventos
Décio Norberto No segmento de eólica onshore o país alcançou marcos importantes. Atingi-
mos mil parques eólicos em operação no Brasil e batemos recorde de instalação
Gestora Administrativa
Maria Suelma anual com 4,4GW, chegando à capacidade instalada de 30 GW. Para 2024 é espe-
Produção Visual e Gráfica
rado um crescimento na média de 4GW.
Estúdio AM
A fonte solar adicionou 9,5 GW de potência instalada no ano, ultrapassando
Contatos Geral 34,9 GW acumulados até novembro de 2023. As projeções da ABSOLAR para
Rua Jequitibás, 132 - Bairro Campestre
Santo André - SP - CEP: 09070-330 2024 indicam um acréscimo de aproximadamente 9,4 GW de potência na matriz
contato@hmnews.com.br
Fone: +55 11 4421-0965
elétrica brasileira, totalizando 46,5 GW.
Redação Por fim, o setor de iluminação deve fechar 2023 com faturamento de R$ 8 bi-
redacao@hmnews.com.br lhões. As perspectivas para 2024 são de atingir um faturamento de R$ 8,65 bilhões.
Fone: +55 11 99344-3166
Comercial
Tomara que as boas previsões se confirmem e daqui a um ano possamos voltar
publicidade@hmnews.com.br a comemorar os resultados positivos.
F. +55 11 4421-0965
Boa leitura e até a próxima edição.
Fechamento Editorial: Boas Festas!
20/12/2023
Circulação:
21/12/2023
Conceitos e opiniões emitidos por entrevis-
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ORSOLON MORENO
POTÊNCIA 3
HOLOFOTE CLIQUE
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E VOLTE AO
SUMÁRIO
Ourolux investe em unidade de
produtos Solar
A Ourolux, líder do mercado de iluminação nos supermercados brasileiros, investe R$ 100 milhões em sua unidade
fotovoltaica, mirando um crescimento da representação do setor na receita da empresa. Os produtos – com foco em
sustentabilidade e economia energética – foram responsáveis por um salto de 122% no faturamento da companhia
em 2022, alcançando a cifra de R$ 219 milhões.
Hoje, cerca de 40% do que a companhia gera é proveniente das vendas da unidade de produtos fotovoltaicos e a
projeção é que esse percentual chegue a 70% até 2026. No ano passado, foram quase 6 mil pedidos. No primeiro se-
mestre deste ano, os projetos concretizados chegaram a 3 mil. Os produtos incluem geradores solares, módulos, inver-
sores, conectores e acessórios para atender necessidades de cada projeto. A companhia tem mais de 250 colaboradores
diretos, passando de 22 vendedores para 50 e 90 representantes para a área de negócios Solar.
“Nossos investimentos em energia solar demonstram uma busca por atender demandas de um mercado que se
reinventa a cada dia. Temos ainda a missão de contribuir com a preservação de recursos por meio da consolidação de
projetos sustentáveis e responsáveis. Seguimos com o conceito de fortalecer nosso portfólio de forma alinhada com
as necessidades de nossos clientes e da sociedade”, explica Rafael Carneiro, diretor Comercial de Solar da Ourolux.
Reconhecimento Procel
O módulo fotovoltaico 550W Ourolux foi reconhecido com o selo Procel de Economia de Energia, criado pelo Pro-
grama Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) do Ministério de Minas e Energia do Brasil.
A certificação é concedida pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), após avalia-
ção de diversos fatores, como a potência do produto e o consumo de energia em diferentes situações de uso. Recebem
a validação as marcas que consomem menos energia elétrica para desempenhar a mesma função.
O selo apoia os consumidores na identificação de produtos mais eficientes em termos energéticos e que colaboram
com o meio ambiente, pois a redução do consumo de energia elétrica diminui a demanda por geração de energia, que
muitas vezes é obtida através de fontes poluentes. Os testes são renovados periodicamente, garantindo que os itens
atendam as normas de sustentabilidade e economia ao longo do tempo.
POTÊNCIA 4
HOLOFOTE
Leilão da Aneel
Com lance de R$ 1.936.529.074,68, com deságio de 39,90% em relação a oferta inicial, a State Grid Brazil Holding
arrematou o Lote 1 completo do Leilão de Transmissão 2/2023 realizado em dezembro pela Aneel, na sede da B3, em
São Paulo. A proposta vencedora atende às especificações do edital da Aneel e corresponde à construção, operação e
manutenção do Sistema de Transmissão 800 kV em Ultra-Alta Tensão Corrente Contínua (UATCC), interligando as su-
bestações de Graça Aranha (MA) e Silvânia (GO). O trajeto da LT se estende por 1.468 km, passando pelos estados de
Maranhão (MA), Tocantins (TO) e Goiás (GO).
A LT Graça Aranha-Silvânia e as conversoras de Graça Aranha e Silvânia integram o conjunto do Lote 1 que, por
sua vez também inclui outros trechos de LTs de 500 kV e equipamentos de compensação síncrona. O conjunto tem a
função de fortalecer todo o sistema energético, ajudando a garantir que qualquer demanda de carga seja suprida por
qualquer ponto de geração em todo o país.
“Esta conquista nos permite intensificar a cooperação tecnológica e a sinergia entre China e Brasil. Com este em-
preendimento, a State Grid amplia sua presença no Brasil, reforçando sua perspectiva de atuação de longo prazo, cien-
te e comprometida com a qualidade dos serviços essenciais que presta à sociedade brasileira, transmitindo energia
gerada por fontes limpas e renováveis, trazendo mais segurança ao Sistema Interligado Nacional (SIN)”, destacou o
Chairman da State Grid Brazil Holding (SGBH), Sun Tao.
O vice-presidente da SGBH, Ramon Haddad, acrescentou: “Com o histórico das implantações bem-sucedidas das
inovadoras linhas de transmissão da BMTE e XRTE, a State Grid Brazil agora assume nova missão nesta jornada rumo
a um futuro de mais sustentabilidade para o SIN. Estamos capacitados para vencer este novo desafio e orgulhosos por
mais esta conquista. Novamente, teremos a oportunidade de realizar um empreendimento que, além dos benefícios
que trará ao Sistema Interligado Nacional, vai gerar empregos no setor elétrico e movimentar a economia dos Estados
e dos Municípios envolvidos”.
POTÊNCIA 5
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POTÊNCIA 6
HOLOFOTE
COP 28
O compromisso de triplicar o uso de energias renováveis no mundo e de duplicar a eficiência energética até 2030,
conforme documento assinado na COP28, realizado em Dubai, nos Emirados Árabes, traz uma grande oportunidade para
o Brasil se posicionar como liderança e protagonista neste processo, a partir de seus vastos recursos naturais renováveis.
A avaliação é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Para a entidade, que participou
de uma série de eventos, encontros e debates ao longo da COP 28, representada pelo seu conselheiro Rodrigo Pedro-
so, o acordo reconhece o papel estratégico das energias renováveis na redução de emissões de gases de efeito estufa
e no combate às mudanças climáticas.
Um dos pontos de atenção, segundo a ABSOLAR, é a ausência de um compromisso explícito de eliminação gra-
dativa dos combustíveis fósseis. Na visão da entidade, este cenário não é insuficiente para limitar o aumento da tem-
peratura global, ameaçando intensificar eventos climáticos extremos e os danos decorrentes do aquecimento global.
A entidade espera que os compromissos assumidos pelos países evoluam na COP 29, no Azerbaijão, em 2024.
“As fontes renováveis, em especial a solar fotovoltaica, saem muito fortalecidas da COP 28, com um compromisso
claro dos governos de 119 países, de ampliar o seu uso ainda nesta década. Sem as renováveis, a meta de manter
em 1,5º C o aquecimento do planeta, conforme determinado no próprio Acordo de Paris, de 2015, seria inatingível”,
destaca Pedroso.
“Nesta COP 28, ficou evidente que muitos países planejam estar, em décadas, num patamar de desenvolvimento
de fontes renováveis que o Brasil já possui hoje. Além disso, foi consenso que a Amazônia é um dos maiores ativos
ambientais do Brasil e precisa transformar este potencial em desenvolvimento socioeconômico para a região e suas
populações”, complementa.
Para o presidente-executivo da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, diante do acordo assinado na COP 28, a entidade e o
setor solar brasileiro estão comprometidos e prontos para acelerar a descarbonização do Brasil. “Com a combinação
das tecnologias sustentáveis solar fotovoltaica, armazenamento de energia elétrica e hidrogênio verde podemos, em
pouco tempo, impulsionar o desenvolvimento social, econômico e ambiental, com a geração de milhares de novos
empregos verdes, trazendo mais renda para os trabalhadores e a população”, conclui Sauaia.
Indicadores da energia solar no Brasil
O País acaba de ultrapassar a marca de 36 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, so-
mando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos
terrenos, o equivalente a 16,3 % da matriz elétrica nacional.
Desde 2012, a fonte solar já trouxe ao Brasil mais de R$ 174,3 bilhões em novos investimentos, mais de R$ 48,7
bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou cerca de 1,1 milhão de empregos acumulados. Com isso, também
evitou a emissão de 44 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.
POTÊNCIA 7
HOLOFOTE
Foto: Divulgação
e precisa ter continuidade”, defendeu Lígia.
Marchese assumirá, também em janeiro, a Presidência
do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea). Ele foi diplomado em Brasília, e na ocasião, contou como
foi a campanha em que percorreu todos os estados brasileiros e Distrito Federal. “Podem ter certeza que o Confea
será pautado com base nesse conhecimento para que essa estrutura, que precisa elevar o nível de prestação de ser-
viço aos profissionais, alcance verdadeiramente a sociedade”. Ter em São Paulo alguém de sua confiança contribuirá
para isso. “É muito melhor para todo mundo quando trabalhamos em um espírito de entrega e de coletividade”, afir-
mou o engenheiro.
Além deles, também foram empossados, em Brasília, os conselheiros federais engenheiro Daniel Montagnoli Ro-
bles, como titular, e geólogo Ronaldo Malheiros Figueira, como suplente, que representarão São Paulo no Plenário do
Confea. Na capital paulista, quem mais tomou posse dos cargos, em reeleição, foi a diretoria da Caixa de Assistência
aos Profissionais do Crea-SP (Mútua-SP), composta pelos engenheiros Renato Archanjo de Castro, diretor geral; Cláu-
dia Aparecida Ferreira Sornas Campos, diretora financeira; e Ronaldo Florentino dos Santos, diretor administrativo.
POTÊNCIA 8
HOLOFOTE
de investimentos para tornar suas redes mais inteligentes, digitalizadas e automatizadas, o que permite uma gestão
operacional mais ágil e segura do sistema, principalmente, em situações críticas com alto volume de ocorrências”,
destaca Dyogenes Rosi, vice-presidente da EDP.
A infraestrutura energética para acompanhar o crescimento das cidades também foi ampliada e reforçada nos
últimos anos. A EDP construiu, ampliou e colocou em operação 10 novas subestações de energia nos últimos quatro
anos. As subestações permitem mais confiabilidade e qualidade no atendimento à população, pois elevam a capaci-
dade do sistema energético local, além de trazer mais flexibilidade operativa.
A tecnologia do Centro de Operações Integrado (COI) da EDP, que completa um ano e meio de operação com sua
nova estrutura, é aliada para garantir a redução do impacto aos clientes em possíveis ocorrências, a partir do uso
da automatização, que permite manobras no sistema de forma remota. Para ampliar a inteligência da rede de dis-
tribuição também foram realizados investimentos entre 2022 e 2023, com a instalação de 814 novos equipamentos
de religação automática do sistema (self-healing), que atualmente beneficiam 85% dos clientes de toda a área de
concessão. Essa tecnologia é imprescindível para religar e seccionar, instantaneamente, trechos da rede com defeito,
isolando o local da ocorrência e, assim, reduzindo significativamente o impacto na região.
Principalmente em momentos de eventos climáticos severos, com chuvas e ventos, o sistema elétrico é fortemente im-
pactado por agentes externos, principalmente a vegetação. Por conta disso, a Companhia atua com trabalho preventivo de
poda de árvores sobre as redes elétricas. Durante o ano foram realizadas mais de 405 mil podas nas cidades de concessão,
visando minimizar este impacto. O trabalho é realizado por equipes especializadas e seguem critérios de meio ambiente.
Além disso, a parceria entre EDP e prefeituras amplia a eficácia da atuação, garantindo mais segurança à população.
Reforço operacional
Até o final de março, a EDP, por meio do Plano Ve-
rão, estará com reforço na mobilização de equipes téc-
nicas em campo e no COI. Vale destacar também o for-
talecimento da parceria com a Climatempo, prefeituras
e órgãos como Defesa Civil e Corpo de Bombeiros para
o melhor planejamento e execução de serviços preven-
tivos e emergenciais.
No caso de elevação do nível de criticidade da ope-
ração, a Companhia atua com um plano de priorização
no atendimento a ocorrências que envolvam hospitais,
postos de saúde, unidades de segurança pública e servi-
Foto: Divulgação
ços essenciais, como escolas, creches, asilos e casos que possam oferecer risco à vida, além dos clientes cadastrados
como dependentes de equipamento elétrico para a sobrevivência. Para isso, são estabelecidos níveis diferentes de
criticidade que poderão permitir uma mobilização cada vez maior conforme a necessidade.
Com relação aos canais de relacionamento, atualmente, 89% dos atendimentos da Companhia são realizados
pelos canais virtuais, site www.edp.com.br e aplicativo EDP Online. Porém, em momentos de grande volume de
ocorrências, os clientes buscam também o Call Center, pelo 0800 721 0123, para registrar as suas demandas e, por
isso, durante o Plano Verão, a Companhia reforça o efetivo de atendentes em 25%.
“Trabalhamos de forma contínua para garantir a máxima segurança e excelência no serviço prestado aos nossos
clientes. Entendemos que já estamos sendo afetados pelos eventos climáticos severos e estes serão cada vez mais
presentes. Estamos com toda nossa dedicação e empenho visando minimizar estes impactos e o Plano Verão chega
para trazer mais robustez e integração das iniciativas já praticadas pela Companhia em momentos de contingência”,
destaca o vice-presidente de Distribuição da EDP, Dyogenes Rosi.
POTÊNCIA 9
HOLOFOTE
Foto: Divulgação
çando o produto social “Luz do Bem”, por meio do qual assinantes do
serviço de energia solar da empresa contribuem simultaneamente para a
preservação do meio ambiente e para o desenvolvimento social. Ao fazer
a adesão, os consumidores podem direcionar 10% do valor do boleto Luz
do Bem para instituições de caridade.
O programa tem uma abordagem que combina o uso de energia re-
novável com a responsabilidade social. O “Luz do Bem”, explica André
Barreto, CEO da Detronic, gera conexão entre dois compromissos muito
importantes para a empresa – a responsabilidade ambiental e a social.
“Ao aderir ao programa, o cliente contribui para reduzir a emissão de to-
neladas de CO2 na atmosfera e faz a diferença na vida de pessoas em
situação de vulnerabilidade social, apoiando ações que promovem o de-
senvolvimento e bem-estar da comunidade”, destaca ele.
Diversas instituições serão beneficiadas pelo “Luz do Bem”. Entre elas,
está o projeto Nave, que oferece educação, cultura, arte e esporte para
centenas de crianças de baixa renda de Contagem (MG). “O apoio à edu-
cação de qualidade é fundamental para a transformação que tanto almejamos. Com cada doação, com cada ato de
apoio, potencializamos a mudança para um futuro com mais oportunidades”, ressalta o executivo.
Com compromisso social e ações concretas, a Detronic Energia reforça sua posição como uma empresa que não
apenas atende às demandas do mercado, mas que também desempenha um papel ativo na promoção de um am-
biente mais favorável para todos. “Acreditamos que, ao adotarmos práticas que transformam vidas, podemos criar um
impacto significativo em nosso planeta e, ao mesmo tempo, proporcionar benefícios reais para nossos clientes, para
as comunidades e o mundo em geral. Nosso propósito é promover uma mudança positiva na sociedade”, conclui o
CEO da Detronic.
Saiba mais sobre o Luz do Bem
Quem pode aderir?
Qualquer pessoa física ou jurídica assinante do plano de energia solar da Detronic Energia.
Como é feita a adesão?
Para fazer parte do Luz do Bem basta acessar o site https://detronicenergia.com/luz-do-bem/ preencher o
formulário e, posteriormente, assinar o termo de adesão on-line. Não há taxa de adesão.
Como será o processo de pagamento da conta de luz?
O consumidor continuará recebendo a fatura de energia com as taxas mínimas obrigatórias (Taxa de iluminação
pública, PIS/Cofins, taxa de disponibilidade), e passa a receber o boleto Luz do Bem com o consumo de energia e 10%
do valor da fatura será automaticamente destinado aos projetos sociais apoiados pelo “Luz do Bem”.
Para mais informações sobre o programa e como participar, visite o website: https://detronicenergia.com/
luz-do-bem/
POTÊNCIA 10
HOLOFOTE
Foto: Divulgação
ou a opção de carregar dois veículos simultaneamente nos carregadores ABB Terra 124CC.
Essa tecnologia de ponta é a mesma usada no emocionante Campeonato ABB FIA Fórmula E.
Os carregadores ABB Terra 124CC são capazes de recarregar um veículo elétrico em
120kW@920VDC, ou dividir essa potência entre dois veículos.
Além disso, você também terá acesso a carregadores semirrápidos AC Terra AC wallbox
de 22kW, com uma experiência de usuário aprimorada.
Toda a infraestrutura é baseada em padrões internacionais e normas brasileiras, garantindo
uma solução confiável e segura. Além disso, os carregadores ABB oferecem conectividade à inter-
net e ferramentas de gerenciamento na nuvem, tudo monitorado pelo Grupo Graal e seus parceiros.
“Essa é a mesma tecnologia que impulsiona o ABB FIA Fórmula E, o primeiro Campeonato Mundial de automobi-
lismo totalmente elétrico, e agora ela está ao alcance dos motoristas brasileiros. A ABB é uma líder global em infraes-
trutura para veículos elétricos e já vendeu mais de 1 milhão de carregadores em todo o mundo”, diz Wilson Morais,
diretor de produtos e soluções da divisão E-Mobility da ABB.
“Com a crescente adoção de veículos elétricos no Brasil, estamos comprometidos em expandir nossa rede de re-
carga para atender às necessidades de mobilidade sustentável. O futuro da mobilidade elétrica está chegando com
força, e estamos orgulhosos de fazer parte desse movimento”, afirma Nivaldo Junior, gerente de novos negócios do
Grupo Graal.
POTÊNCIA 11
HOLOFOTE
Essa autogeração é complementada com aquisição no mercado livre e compra de certificados de energia renovável
(I-RECs) para manter – desde 2021 – o patamar de 100% de energia limpa no seu consumo total. Como explica Bruno
Gentil, VP de Recursos Corporativos da TIM, a ideia é depender cada vez menos dessa ‘complementação’, apostando
na ampliação do número de usinas: “queremos ser a operadora com maior índice de autogeração de energia renová-
vel e estamos caminhando para isso. Agora, ultrapassamos mais de 100 unidades que alimentam nossas operações
em diferentes Estados, com predominância de plantas solares, liderando os avanços em geração distribuída de ener-
gia no setor de telecomunicações e comprometidos com a agenda ESG da companhia”.
Atualmente, a TIM mantém usinas em 22 Estados e no Distrito Federal, com geração de 31,7 GWh mensais, o sufi-
ciente para abastecer 17,5 mil antenas. A operadora tem priorizado a energia solar, que representa cerca de 80% do total
da planta, e conta também com usinas hídricas e de biogás. São mais de 20 parceiros envolvidos, incluindo a Faro Ener-
gy, que opera mais de 40 usinas com a TIM, incluindo a recém-lançada em Brasília, com produção de 1.308 MWh/ano.
Essas parcerias não apenas fortalecem o compromisso da TIM na implementação de práticas sustentáveis, como
também podem beneficiar as comunidades onde as plantas estão localizadas. Desenvolvida principalmente para ali-
mentação de torres e antenas, a produção dessa energia é injetada na rede da distribuidora local. Além disso, o pro-
jeto incentiva a criação de postos de trabalho, voltados para a construção e a manutenção das usinas. Estimativa da
Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) diz que cada megawatt de energia solar instalada de-
manda uma força de trabalho de 30 novos empregos.
POTÊNCIA 12
HOLOFOTE
EcoMonitorPlus/ME96, solução Jet Towel e ar-condicionado e climatização Mitsubishi Electric que priorizam o uso ra-
cional de energia. Já em relação ao conforto, pesquisa realizada internamente com os colaboradores indica que mais
de 93% dos ocupantes do escritório estão satisfeitos ou muito satisfeitos com as instalações e ambiente de trabalho.
“A conquista da certificação LEED comprova a eficiência das nossas soluções em automação e eficiência energé-
tica, e como elas podem ser implementadas em todos os tipos de aplicações, incluindo as edificações. E, claro, não
podíamos deixar de fazer o ‘dever de casa’, trazendo para o nosso escritório todas as inovações que contribuem para
diminuir o impacto no meio ambiente, para o bem-estar dos funcionários e da sociedade”, diz Fabiano Lourenço, pre-
sidente da Mitsubishi Electric do Brasil.
A Mitsubishi Electric continua liderando não apenas em inovação tecnológica, mas também na criação de am-
bientes de trabalho que refletem seu compromisso com o equilíbrio entre desempenho empresarial, responsabilidade
ambiental e conforto dos colaboradores.
POTÊNCIA 13
HOLOFOTE
Produção de semicondutores
A Siemens AG, empresa líder em tecnologia, e a Intel Corporation, uma das maiores empresas do setor de se-
micondutores, assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) com o objetivo de impulsionar a digitalização
e a sustentabilidade na fabricação de microeletrônicos. Elas concentrarão esforços no avanço de iniciativas de
manufatura, na evolução das operações de fábrica, na cibersegurança e no suporte a um ecossistema industrial
global resiliente.
“Os semicondutores são essenciais para as economias modernas. Poucas coisas funcionam sem um chip. Es-
tamos orgulhosos de colaborar com a Intel para avançar rapidamente na produção de semicondutores. A Siemens
contribuirá com seu portfólio de ponta, habilitado para IoT, tanto em hardware quanto em software, juntamente
com sua expertise em equipamentos elétricos, para esta colaboração”, afirmou Cedrik Neike, CEO global da Di-
gital Industries e membro do Board da Siemens AG. “Nossos esforços conjuntos ajudarão na conquista de metas
globais de sustentabilidade”.
O Memorando de Entendimento identifica áre-
as-chave de colaboração para explorar diversas ini-
ciativas, incluindo a otimização do gerenciamento
de energia e a redução das emissões de carbono em
toda a cadeia de valor. Por exemplo, a colaboração
se concentrará na utilização de “gêmeos digitais”
de instalações de fabricação complexas e altamen-
te intensivas em capital para padronizar soluções,
onde cada ganho de eficiência é relevante.
Além disso, a parceria buscará minimizar o uso
de energia por meio de modelagem avançada de
recursos naturais e pegadas ambientais em toda a
cadeia de valor. A Intel explorará soluções de mo-
delagem relacionadas a produtos e à cadeia de su-
primentos com a Siemens, impulsionando insights
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POTÊNCIA 14
HOLOFOTE
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E VOLTE AO
SUMÁRIO
POTÊNCIA 15
MATÉRIA DE CAPA
RETROSPECTIVA 2023 / PERSPECTIVAS 2024
O
faturamento do setor eletroeletrônico deverá atingir R$ 204,3 bilhões no ano de 2023, resulta-
do 6% abaixo do realizado em 2022 (R$ 218,2 bilhões).
Neste ano, especificamente, a queda nominal de 6% pode ser também considerada como a
variação real, visto que a inflação média do setor, medida através do IPP – Índice de Preços ao
Produtor divulgado pelo IBGE, agregado pela Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrô-
nica) ficou praticamente estável em 2023.
O desempenho da indústria eletroeletrônica neste ano de 2023 ficou abaixo do esperado. Vale lem-
brar que neste mesmo período de 2022, a expectativa era de crescimento de 5% para 2023.
Desde o início deste ano de 2023, o empresário do setor mostrou-se cauteloso, com muitas incertezas
tanto no cenário interno quanto no externo, o que inibiu os negócios e os investimentos.
Essa prudência também pode ser observada no comportamento do Índice de Confiança do Empresário
Industrial (ICEI) do Setor Eletroeletrônico, divulgado pela CNI e agregado pela Abinee, que se manteve
próximo da linha divisória de 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança, durante todo o ano.
Vale destacar que esse índice ficou abaixo desta linha divisória em alguns momentos deste ano, inclusive
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E VOLTE AO
SUMÁRIO
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POTÊNCIA 16
MATÉRIA DE CAPA
RETROSPECTIVA 2023 / PERSPECTIVAS 2024
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no último indicador divulgado pela CNI referente ao mês de novembro de 2023, em que o ICEI do setor
registrou 48,6 pontos, indicando falta de confiança do empresário.
A produção de bens do setor em 2023 deverá recuar 8% em relação ao ano anterior. Essa forte queda
acompanha o fraco desempenho da produção de bens de capital, que conforme dados divulgados pelo
IBGE, acumula retração de 10% nos primeiros dez meses de 2023 em relação ao mesmo período de 2022.
Por sua vez, o número de empregados do setor deverá recuar de 267,3 mil para 263,3 mil funcionários,
redução de 4 mil postos de trabalho.
A utilização da capacidade instalada deverá passar de 76% em dezembro de 2022 para 72% no final
de 2023. Vale destacar que este foi o menor percentual registrado desde junho de 2020 (68%).
Por outro lado, as exportações de produtos eletroeletrônicos deverão aumentar 7%, totalizando US$
7,2 bilhões, contribuindo com o desempenho do setor.
Destacaram-se os crescimentos nas vendas externas de bens de Automação Industrial (+32%), de Ma-
terial Elétrico de Instalação (+24%) e de bens de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica
- GTD (+24%).
POTÊNCIA 17
MATÉRIA DE CAPA
RETROSPECTIVA 2023 / PERSPECTIVAS 2024
Vale ressaltar que os itens de eletrônica embarcada foram os mais exportados do setor, somando US$
868 milhões, 14% acima do registrado em 2022.
Por outro lado, as vendas externas de bens de Telecomunicações recuaram 27%, influenciadas pela
retração de 50% nas exportações de estações rádio base.
Os principais destinos das exportações do setor continuaram sendo os países da Aladi e os Estados
Unidos, que, juntos, representaram 70% do total.
As importações deverão recuar 5% neste ano, somando US$ 43,1 bilhões, refletindo a queda da atividade.
Os semicondutores foram os itens mais importados do setor somando US$ 5,3 bilhões, seguidos dos
módulos fotovoltaicos, que totalizaram US$ 3,9 bilhões.
Destaca-se que as importações de módulos fotovoltaicos caíram 23% em relação ao ano passado, mas
vale lembrar que, em 2022, as importações destes bens haviam atingido recorde histórico, alcançando
mais de US$ 5 bilhões.
É importante destacar que o montante de semicondutores não se refere somente às importações de
um produto, mas sim às compras externas de um grupo de produtos que são classificados como semicon-
dutores, tais como: diodos, transistores, tiristores, circuitos integrados eletrônicos, memórias, etc. Portan-
to, individualmente, o produto mais importado do setor foi o módulo fotovoltaico, que mesmo com a queda
registrada neste ano, ficou na 4ª posição no total geral das importações do Brasil.
Os países da Ásia foram as principais origens das importações de bens do setor, participando com 69%
do total, sendo que apenas a China representou 47% do total.
Dessa forma, o déficit da balança comercial atingirá US$ 35,9 bilhões, resultado 7% inferior ao apresen-
tado no ano anterior (US$ 38,6 bilhões). Porém vale destacar que a queda no déficit da balança foi mais
influenciada pela retração nas importações do que pelo aumento das exportações.
Os investimentos deverão recuar 6%, totalizando R$ 3,5 bilhões, o que representa 1,72% do faturamen-
to, participação similar à registrada em 2022.
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POTÊNCIA 18
MATÉRIA DE CAPA
RETROSPECTIVA 2023 / PERSPECTIVAS 2024
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Desempenho por áreas
O desempenho da indústria eletroeletrônica em 2023 ficou muito abaixo do esperado, mesmo com o
abrandamento nas principais dificuldades enfrentadas nos anos anteriores, principalmente no que se refere à
falta de matérias-primas e componentes, inclusive os semicondutores, custos, gargalos logísticos, entre outros.
Nota-se que 2023 foi marcado por muitas incertezas da economia, que resultaram na retração de in-
vestimentos e do consumo.
Neste último caso, além da antecipação de compras de bens do setor no período da pandemia, outros
fatores inibiram o consumo tais como restrição de crédito, endividamento das famílias e inadimplência.
Dessa forma, os resultados foram piores do que o esperado para a maioria dos segmentos do setor.
A área de Informática deverá encerrar 2023 com queda de 17% em relação a 2022. Essa foi a segunda que-
da consecutiva desta área, porém é importante lembrar que em 2020 e 2021 a área de Informática apontou
crescimentos bem expressivos, com aumento acumulado de 78% nestes dois anos, influenciado, principalmen-
te pelo forte aumento de vendas de notebooks para atender a demanda de home office e ensino à distância.
Com isso, já era esperado que a atividade dessa área diminuísse o ritmo entre 2022 e 2023, para voltar
a crescer nos anos seguintes, de forma menos expressiva e mais constante. Porém, com o aumento das
incertezas, acabou sendo verificada neste ano uma queda mais intensa do que a projetada.
Ao avaliar em unidades, conforme os dados da IDC, o mercado de notebooks recuou 11% em 2023,
atingindo 5,8 milhões de unidades.
O mercado de desktops atingiu 1,9 milhão de unidades, com retração de 9% em relação a 2022 e o
mercado de tablets somou 2,1 milhões de unidades, 25% abaixo do verificado no ano passado.
Diferente do ocorrido em 2020 e 2021, a queda em unidades dos bens de Informática em 2023 foi me-
nos expressiva do que a retração em receita em reais. Este fato ocorreu em função da redução de preços
de alguns bens e também devido à aquisição de equipamentos com especificações mais simplificadas,
com menos recursos e, portanto, mais baratos.
O faturamento da área de Telecomunicações caiu 21%, devido ao recuo de 26% no mercado de telefo-
nes celulares e da redução de 10% no segmento de infraestrutura em Telecomunicações.
Conforme dados da IDC, o mercado oficial de telefones celulares deverá atingir 33 milhões de unida-
des em 2023, 14% abaixo do atingido em 2022.
Assim como aconteceu na área de Informática, a retração do mercado de celulares em unidades foi
menor do que a queda da receita em reais, também decorrente da redução de preços e da preferência
por compra de aparelhos mais baratos.
POTÊNCIA 19
MATÉRIA DE CAPA
RETROSPECTIVA 2023 / PERSPECTIVAS 2024
É importante destacar o aumento significativo do mercado não oficial de smartphones, que estava por
volta de 8% a 10% nos últimos anos e deverá atingir 21% no 4º trimestre de 2023.
Conforme dados preliminares da IDC, o mercado não oficial de smartphones deverá aumentar 37% em
2023, passando de 4 milhões de unidades em 2022 para 5,5 milhões de unidades de 2023.
Este aumento do mercado não oficial de smartphones, além de prejudicar o desempenho dos fabrican-
tes de aparelhos oficiais por meio de uma concorrência desleal, traz grandes prejuízos para o país, com
perda de arrecadação, de investimentos em P&D e de geração de empregos.
O faturamento das indústrias fabricantes de Componentes Elétricos e Eletrônicos deverá registrar forte
queda de 25% em 2023. Este resultado foi influenciado pelo fraco desempenho das áreas de bens de
consumo, principalmente de bens de informática e telefones celulares e também pela queda de preços
registradas em diversos componentes eletrônicos.
Também é importante destacar o impacto causado pela seca na Região Amazônica, que provocou au-
mento de custo logísticos, afetando a produção de componentes e ocasionando atrasos no fornecimento
de insumos para bens finais.
A área de Material Elétrico de Instalação deverá registrar um leve acréscimo de 1%, com negócios pra-
ticamente parados no decorrer o ano.
Destaca-se que neste caso também ocorreu antecipação de compras nos anos 2020 e 2021, influencia-
dos pelas pequenas obras e reformas, conhecidas como “formiguinhas”, em função do confinamento das
pessoas na pandemia, reduzindo, dessa forma, o ritmo dos negócios nos dois anos seguintes (2022 e 2023).
Por outro lado, a área de Automação Industrial (+19%) foi a que registrou a maior taxa de crescimen-
to. Esse desempenho vem contando com a necessidade de digitalização da indústria, processo que foi
acelerado com a pandemia. Além disso, a busca por maior eficiência e otimização de custos em diversos
setores da economia também vem contribuindo com a área de Automação.
No caso de Equipamentos Industriais a elevação foi mais modesta, devendo atingir 4%. Os fabricantes
de bens desta área vêm sofrendo com a retração dos investimentos verificada no decorrer deste ano.
Mesmo assim, a elevação no faturamento registrada em 2023 foi beneficiada pela realização de alguns
investimentos de atualização e modernização do parque fabril.
POTÊNCIA 20
MATÉRIA DE CAPA
RETROSPECTIVA 2023 / PERSPECTIVAS 2024
No caso de Utilidades Domésticas, a expansão deverá ser de 6% em 2023. Este resultado está con-
tando com uma base fraca de comparação, visto que no ano passado, esta área foi a que apontou o pior
desempenho entre as áreas do setor, com queda de 9%.
O faturamento da área de GTD – Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica – deverá encer-
rar 2023 com elevação de 5%. Os negócios dessa área apresentaram muita volatilidade no decorrer do ano.
Ainda no que se refere à GTD, o crescimento desta área em 2023 contou com a continuidade dos in-
vestimentos na Geração, principalmente das fontes eólicas e solar fotovoltaica. Porém vale alertar o risco
de dependência do mercado externo para a expansão de geração de eletricidade do país, tendo em vista
as expressivas importações de módulos fotovoltaicos e de componentes essenciais aos aerogeradores.
Os negócios na Transmissão permaneceram estimulados pelos leilões realizados nos últimos anos.
Neste ano, ocorreu um grande leilão em junho e outro no mês de dezembro. Também estão previstos dois
outros grandes leilões de concessão de linhas de transmissão e de subestações para 2024.
Neste caso também existe muita preocupação dos fabricantes locais de bens deste segmento, visto
que boa parte desses leilões estão contratando produtos de fornecedores estrangeiros.
Na Distribuição, os negócios estavam aquecidos no início deste ano ainda estimulados pelos investi-
mentos das distribuidoras realizados em 2022, que foi um período de retomada da atividade depois do
fim da pandemia e por ter sido um ano de revisão tarifária.
Porém, foi observada uma piora significativa nos negócios deste segmento a partir do segundo semes-
tre deste ano, o que prejudicou o resultado total da área de GTD.
POTÊNCIA 21
MATÉRIA DE CAPA
RETROSPECTIVA 2023 / PERSPECTIVAS 2024
POTÊNCIA 22
MATÉRIA DE CAPA
RETROSPECTIVA 2023 / PERSPECTIVAS 2024
P
ara Elbia Gannoum, presidente-executiva da ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica e
Novas Tecnologias), o ano de 2023 foi fundamental para a indústria de renováveis do Brasil, consi-
derando a importância do país se colocar no cenário global da transição energética e de aproveitar
as oportunidades de negócios neste novo contexto de busca pela Economia de Baixo Carbono,
a Neoeconomia. “Para isso é importante o país apresentar um sinal adequado aos investimentos, criando
um ambiente amigável para os investidores. Um dos aspectos mais relevantes neste processo é prepa-
rar um aparato regulatório, principalmente para as novas tecnologias, como é o caso de energias eólicas
offshore e o hidrogênio renovável, além da necessária aprovação da Reforma Tributária e da regulamen-
tação do mercado de carbono. Neste ano de 2023 tivemos o encaminhamento do Projeto de Lei de eóli-
cas offshore, hidrogênio renovável e, neste cenário, temos boas perspectivas para o ano de 2024”, avalia.
No segmento de eólica onshore o país alcançou marcos importantes. Atingimos mil parques eólicos em ope-
ração no Brasil e batemos recorde de instalação anual com 4,4GW, chegando à capacidade instalada de 30 GW.
Por outro lado, prossegue Elbia, é importante apontar alguns desafios e acontecimentos que marca-
ram o ano. Um deles foi o apagão de 15 de agosto. “Foi surpreendente. Achávamos que o país teria uma
infraestrutura melhor e não passaria por um problema de tal magnitude e o impacto no setor eólico até
reestabelecer a transmissão de energia. As fortes chuvas em São Paulo e a dificuldade de reestabelecer
o fornecimento de energia também foi outro marco que impactou o setor elétrico. Independente da ação
da concessionária, que fez o que pôde para reestabelecer o mais rápido possível, ficou evidente que não
estamos prontos para enfrentar a questão climática”, alerta Elbia.
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POTÊNCIA 23
MATÉRIA DE CAPA
RETROSPECTIVA 2023 / PERSPECTIVAS 2024
A presidente-executiva da ABEEólica diz que outra grande conquista que também é importante res-
saltar é o posicionamento inovador do governo de adotar a transição energética e a neoindustrialização
verde como uma política transversal, endossada por ministérios importantes como o MME, Ministério da
Fazenda e MDIC. “Acredito que essa postura é, não só inovadora, mas fundamental para o país ocupar o
papel de protagonista na mitigação das mudanças climáticas e aproveitar a janela de investimento que se
abre nesse momento para fazer a transição de uma economia de baixo carbono”, considera.
A expectativa do setor para 2024, de forma geral, é colocar em prática este novo modelo econômico,
fundamentado em uma transição energética justa e em processos produtivos baseados na natureza, no
âmbito de uma economia de baixo carbono. “Para o Brasil falo sempre em uma transformação energética,
que permita transformar a economia e a sociedade como um todo, uma verdadeira transformação eco-
nômica e social. Com um olhar mais ampliado, entendo a energia num conceito de indústria, levando em
consideração toda a economia e sociedade, colocando os limites sociais e do planeta, diante de um qua-
dro grave de mudanças climáticas. Falar em indústria energética brasileira e todas as suas complexidades
e benefícios. Pensando numa economia mais integrada, regenerativa, respeitando o meio ambiente, a so-
ciedade e a governança. Do ponto de vista mais prático, em eólica esperamos um crescimento na média
de 4GW e também no primeiro leilão de cessão de uso do mar, criando um marco no desenvolvimento da
energia eólica offshore”, comenta Elbia.
Os principais desafios do setor eólico em 2024 serão viabilizar a reindustrialização verde (neoindus-
trialização) e garantir que os investimentos globais fiquem no país, e para tanto precisamos avançar na
regulamentação das eólicas offshore, hidrogênio renovável e no mercado de carbono. “O caminho está
definido, mas é necessário impulsionar e acelerar o processo”, observa Elbia.
Para a executiva, com a sinalização clara do governo e o compromisso feito com a transição energé-
tica, 2024 será o ano de investimentos em infraestrutura no país, em particular nas energias renováveis.
“Neste ano houve um esforço do Congresso em aprovar os marcos legais, agora temos que partir para as
regulamentações e iniciar os processos para investimentos”, acredita.
Elbia diz ainda que precisamos mudar nossa forma de ver o setor. “O setor elétrico não é mais denomi-
nado assim. Estamos falando de uma indústria energética brasileira. Estamos em um novo modelo de so-
ciedade nesta questão de transição energética e
mudanças climáticas. Temos que considerar todo
Foto: Divulgação
nosso complexo energético e pensar de forma
ampliada para, só assim, alcançar equilíbrio entre
os investimentos, necessidade do país e aprovei-
tamento de oportunidades. Temos que trabalhar
para uma economia integrada, regenerativa, que
respeite o meio ambiente, a sociedade e a estrutu-
ra de governança. Essa é a nova forma de gestão”,
defende.
POTÊNCIA 24
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MATÉRIA DE CAPA
RETROSPECTIVA 2023 / PERSPECTIVAS 2024
Energia fotovoltaica
mira 46,5 GW em 2024
ABSOLAR ESTIMA QUE A FONTE RESPONDERÁ POR ADIÇÃO
DE 9,4 GW DE POTÊNCIA NA MATRIZ ELÉTRICA BRASILEIRA.
C
arlos Dornellas, diretor técnico-regulatório da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar
Fotovoltaica) avalia que o ano de 2023 foi muito relevante para a fonte solar fotovoltaica no Bra-
sil, apesar dos problemas de inversão de fluxo e conexão de transmissão.
A fonte adicionou 9,5 GW de potência instalada no ano, ultrapassando 34,9 GW acumulados
até novembro de 2023. Um dos destaques foi do setor de armazenamento, que entrou em pauta com o
marco regulatório sendo discutido e provavelmente estará no próximo leilão de capacidade. Já o hidro-
gênio verde está em discussão o marco legislativo e já possui diversos projetos bilionários anunciados
para o país.
As projeções da ABSOLAR para 2024 indicam um acréscimo de aproximadamente 9,4 GW de potência
na matriz elétrica brasileira, totalizando 46,5 GW. Assim, serão R$ 38,9 bilhões em investimentos, 281,6
mil novos empregos e R$ 11,7 bilhões em arrecadação de tributos ao poder público, os quais poderiam ser
utilizados para fomentar o próprio setor.
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POTÊNCIA 26
MATÉRIA DE CAPA
RETROSPECTIVA 2023 / PERSPECTIVAS 2024
Dornellas destaca que o setor ainda possui muitos desafios para seguir crescendo com consistência
nos próximos anos. Dentre os desafios, podem-se citar:
◗ Precisamos melhorar o ensino desde a base, passando pelo técnico e superior, pois o País terá uma
crescente necessidade de profissionais capacitados e qualificados.
◗ Precisamos ter cadeias de negócios de fornecedores de engenharia civil e de maquinário para a
construção de usinas aptas a desenvolverem os projetos citados (obras civis, mecânica e elétrica) e
depois a operação e manutenção.
◗ Resolver o problema de negativas de conexão de micro e minigeração distribuída, sob a alegação de
inversão de fluxo de potência, e ampliar o acesso às linhas de transmissão.
◗ Resolver os problemas tributários das baterias que pagam mais de 82% de imposto e poderiam
ajudar o setor elétrico com serviços e empregos, e, também, facilitando o alcance das metas de des-
carbonização, além de proporcionar a maior inserção de fontes variáveis no sistema e postergando
investimentos em transmissão e distribuição.
◗ Devemos incentivar a tecnologia do hidrogênio, cujo incentivo necessário para deslanchar no Brasil
é ínfimo perto dos subsídios dado às fontes fósseis, e o benefício que trará ao País será muito maior.
◗ Muitos desses desafios necessitam de uma coordenação entre os agentes do setor e governos fede-
ral, estaduais e municipais.
◗ Devemos promover a indústria nacional reduzindo os custos de produção nacionais, e não aumen-
tando impostos aos importados, ou seja, devemos promover a eficiência e competitividade e não
criar reservas de mercados ineficientes, acarretando o aumento dos custos ao consumidor.
Sobre as principais oportunidades do mercado em 2024, Dornellas diz que os valores de equipamen-
tos estão nos menores patamares, trazendo oportunidades para bons negócios. “Além disso, as novas tec-
nologias, como os sistemas de armazenamento e hidrogênio verde (H2V), devem deslanchar a depender
dos encaminhamentos dados pelo governo e cobranças do mercado”, prevê.
O dirigente pede que as empresas do setor apoiem as ações da ABSOLAR para melhorar as condições
dos negócios e cobrem dos seus políticos ações que ajudem o setor a progredir. “Ofereçam serviços dife-
renciados aos seus clientes e desenvolvam sua cadeia de fornecedores de equipamentos e serviços, para
que possam atender consumidores cada vez mais exigentes”, recomenda Dornellas.
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POTÊNCIA 27
MATÉRIA DE CAPA
RETROSPECTIVA 2023 / PERSPECTIVAS 2024
Indústria de iluminação
prevê alta discreta
FATURAMENTO EM 2024 DEVERÁ SER DE R$ 8,65 BILHÕES,
CONTRA R$ 8 BILHÕES DE 2023
M
arco Poli, diretor-executivo da ABILUX (Associação Brasileira da Indústria de Iluminação), en-
tende que de forma geral foi um bom ano para o setor de iluminação. Dentre os problemas,
destacou-se a taxa de juros. As conquistas foram o movimento dos investidores no mercado
da construção e a resiliência do consumo.
O setor de iluminação deve fechar 2023 com faturamento de R$ 8 bilhões. As exportações devem
atingir US$ 35 milhões e as importações, US$ 650 milhões. Vinte e três mil pessoas trabalharam na área.
Para 2024, destacam-se duas expectativas: a primeira é o crescimento advindo da conclusão dos pro-
jetos de construção e a segunda é a evolução positiva na substituição dos produtos de iluminação pelo
LED, particularmente em Iluminação Pública.
As perspectivas para 2024 são de atingir um faturamento de R$ 8,65 bilhões. As exportações devem
subir para US$ 40 milhões e as importações para US$ 700 milhões. O nível de emprego deve permanecer
estável.
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POTÊNCIA 28
MATÉRIA DE CAPA
RETROSPECTIVA 2023 / PERSPECTIVAS 2024
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Para Marco Poli, o principal desafio no novo ano será o baixo crescimento dos negócios de iluminação
em função de influências macroeconômicas por eventual baixa liquidez.
Quanto às principais oportunidades do mercado em 2024, Poli destaca os benefícios que poderão
advir dos preços dos produtos importados.
Sobre as recomendações que a ABILUX faria às empresas do setor para o ano de 2024, Marco Poli
sugere concentrar-se no básico dos negócios.
Foto: Divulgação
“Novas empreitadas devem ter os recursos previa-
mente identificados”, complementa.
O diretor da ABILUX diz ainda que a prioridade
deve ser manter a empresa saudável, com fluxo de
caixa positivo. “A estratégica aconselhável é a de
manter os clientes parceiros, com expansão sele-
tiva. Olhar para as inovações do setor e participar
dos nichos de aplicação”, finaliza.
POTÊNCIA 29
MATÉRIA DE CAPA
RETROSPECTIVA 2023 / PERSPECTIVAS 2024
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MATÉRIA DE CAPA
RETROSPECTIVA 2023 / PERSPECTIVAS 2024
São relacionadas a seguir algumas das ações “Ex” mais significativas ocorridas ao longo do ano de 2023.
1. Atualização de Normas Técnicas internacionais do TC-31 da IEC sobre de equipamentos e insta-
lações de instrumentação, automação, telecomunicações, elétricas e mecânicas em atmosferas
explosivas
1.1. Normas internacionais “Ex” atualizadas ou publicadas em 2023
No âmbito internacional, foram elaboradas, revisadas ou atualizadas em 2023 pelo TC-31 (Equipment
for explosive atmospheres), com a participação dos 49 países representados, incluindo o Brasil, foram
publicadas as seguintes normas internacionais sobre atmosferas explosivas:
◗ IEC 60079-11: Explosive atmospheres - Part 11: Equipment protection by intrinsic safety “i” – Ed. 7.0
◗ IEC 60079-11: Corrigendum 1 - Explosive atmospheres - Part 11: Equipment protection by intrinsic sa-
fety “i” – Ed. 7.0
◗ IEC 60079-25: Corrigendum 2 - Explosive atmospheres - Part 25: Intrinsically safe electrical systems
– Ed. 3.0
POTÊNCIA 31
MATÉRIA DE CAPA
RETROSPECTIVA 2023 / PERSPECTIVAS 2024
◗ IEC TS 60079-44: Explosive atmospheres - Part 44: Personal Competence – Ed. 1.0
◗ IEC TS 60079-48: Explosive atmospheres - Part 48: Portable or Personal Electronic Equipment – Gui-
de for the use of equipment without a certificate for use in Hazardous Areas – Ed. 1.0
As seguintes Normas técnicas internacionais se encontram em processo final (CDV ou FDIS) de elabo-
ração ou atualização pelo TC 31 da IEC
◗ IEC 60079-2 Ed. 7 - Explosive atmospheres - Part 2: Equipment protection by pressurized enclosure “p”
◗ IEC 60079-7 Ed. 6 - Explosive atmospheres - Part 7: Equipment protection by increased safety “e”
◗ IEC 60079-14 Ed. 6 - Explosive atmospheres – Part 14: Electrical installation design, selection, and
installation of equipment, including initial inspection
◗ IEC 60079-17 Ed. 6 - Explosive atmospheres - Part 17: Electrical installations inspection and maintenance
◗ ISO/IEC 80079-49 Ed.1 - Flame arresters — Performance requirements, test methods and limits for use
1.2. Publicação da IEC TS 60079-44: Atmosferas explosivas - Parte 44: Competências pessoais “Ex”
Foi publicado em 28/11/2023 pela IEC o documento IEC TS 60079-44, com o objetivo de proporcionar
orientação para estabelecer critérios mínimos recomendados para a determinação de funções bem como
para estabelecer expectativas das habilidades necessárias e evidências de competência para avaliar e
gerenciar as competências pessoais “Ex” dos profissionais que executem, conduzem, supervisionem, fis-
calizem, gerenciem ou auditem trabalhos “Ex” em atmosferas explosivas.
O objetivo deste documento IEC TS 60079-44 é apresentar orientações para estabelecer os critérios
mínimos recomendados para determinar as funções, habilidades e experiências necessárias, bem como
evidências das competências pessoais “Ex”, de forma a avaliar e gerenciar a competência do pessoal que
executam ou supervisionam trabalhos em áreas classificadas.
Este documento IEC TS 60079-44 apresenta também exemplos e recomendações de níveis mínimos
de competências pessoais “Ex” para funções “típicas” relacionadas com atmosferas explosivas, abordan-
do as qualificações, conhecimentos, experiências, treinamentos, habilidades e competências pessoais
que se espera dos profissionais envolvidos com serviços “Ex”. Além disso, são apresentados neste docu-
POTÊNCIA 32
MATÉRIA DE CAPA
RETROSPECTIVA 2023 / PERSPECTIVAS 2024
mento exemplos de evidências de competências pessoais “Ex” esperadas para cada função de trabalho,
como por exemplo, operação, manutenção, projeto, montagem, comissionamento, inspeção, recupera-
ção, classificação de áreas ou auditorias de equipamentos e instalações “Ex” em atmosferas explosivas.
Dentre os objetivos deste documento está também auxiliar
na definição, avaliação e gerenciamento de requisitos exclu-
sivos para a competência de profissionais que trabalham nos
locais em que uma atmosfera explosiva formada por gases
inflamáveis ou poeiras combustíveis possa estar presente.
As competências pessoais “Ex” para conduzir trabalhos
em áreas classificadas são adicionais a quaisquer compe-
tências pessoais que possam ser aplicadas ao tipo “geral”
de trabalho que está sendo realizado, como por exemplo,
operações de equipamentos elétricos, operações de equi-
pamentos não elétricos, projeto, montagem, comissiona-
mento, inspeção, manutenção, recuperação, auditorias ou
gestão de equipamentos e instalações “Ex”.
Este documento IEC TS 60079-44 se aplica a instalações de instrumentação, automação, telecomuni-
cações, elétricas e mecânicas em atmosferas explosivas.
Este documento identifica o nível mínimo de conhecimentos e habilidades necessários para trabalhar
em áreas classificadas e a competência específica necessária para o trabalho a equipamentos e instala-
ções em atmosferas explosivas, bem como os padrões aos quais as competências pessoais “Ex” devem
ser avaliadas e atribuídas.
Faz parte também dos objetivos deste documento proporcionar orientações para estabelecer critérios
mínimos recomendados para determinar funções, expectativas das habilidades e experiências necessá-
rias e evidência de competências pessoais “Ex”.
A principal aplicação deste documento IEC TS 60079-44 é para profissionais que estão envolvidos
com serviços de execução, supervisão, fiscalização ou auditorias de equipamentos e instalações de ins-
trumentação, automação, telecomunicações, elétricas ou mecânicas “Ex”, incluindo os seguintes serviços:
◗ Classificação de áreas com a presença de gases inflamáveis ou poeiras combustíveis
◗ Operação, produção, processamento ou armazenamento de produtos inflamáveis ou combustíveis
em áreas classificadas
◗ Projeto, comissionamento e inspeções iniciais detalhadas de equipamentos e instalações “Ex”
◗ Estratégias de criação do inventário dos equipamentos “Ex” e de gerenciamento das instalações “Ex”
◗ Seleção, instalação, testes e manutenção de equipamentos e instalações “Ex”
◗ Inspeções periódicas e por amostragem de equipamentos e instalações “Ex”
◗ Revisão, reparo, recuperação e modificação de equipamentos “Ex”
◗ Aspectos de gestão de ativos e das instalações “Ex”
De acordo com este documento IEC TS 60079-44, no que diz respeito aos processos de certificação
de competências pessoais “Ex”, é reconhecido que as competências pessoais “Ex” podem evoluir com o
POTÊNCIA 33
MATÉRIA DE CAPA
RETROSPECTIVA 2023 / PERSPECTIVAS 2024
passar do tempo, mas também podem se deteriorar, nos casos em que estas competências pessoais não
forem rotineiramente aplicadas. Portanto, para uma adequada avaliação da conformidade das competên-
cias pessoais “Ex” são requeridas a formação ou a educação continuada, bem como avaliações periódi-
cas. Estes e outros requisitos específicos podem também ser definidos em Documentos Operacionais
aplicáveis para sistemas de certificação de competências pessoais “Ex”.
Os participantes da Comissão de Estudo CE 003.031.001 do Subcomitê SCB 003.001 (Atmosferas ex-
plosivas) da ABNT/CB-003 (Eletricidade) acompanharam todo o processo e etapas de elaboração, comen-
tários, votação, aprovação e publicação deste documento. A partir de agora aquela Comissão de Estudo
inicia os trabalhos de elaboração da respectiva ABNT IEC TS 60079-44, tendo como base os requisitos da
DIRETIVA 3 da ABNT: Adoção de documentos técnicos internacionais.
Mais informações sobre a IEC TS 60079-44 podem ser encontradas em https://webstore.iec.ch/publi-
cation/59779
1.3. Publicação da IEC TS 60079-48: Atmosferas explosivas – Parte 48: Equipamento eletrônico por-
tátil ou pessoal - Diretrizes para utilização de equipamento sem certificação em área classificada
O documento IEC TS 60079-48, publicado em 28/11/2023, na forma inicial de uma “Especificação
Técnica”, apresenta orientações para um proprietário ou operador para a utilização temporária de equipa-
mentos eletrônicos portáteis ou pessoais a serem utilizados em áreas classificadas que exigem um Nível
de Proteção de Equipamento (EPL) Gb, Gc, Db ou Dc, mas que ainda não estejam comercialmente dispo-
níveis com seus respectivos certificados de conformidade “Ex”.
POTÊNCIA 34
MATÉRIA DE CAPA
RETROSPECTIVA 2023 / PERSPECTIVAS 2024
Este documento complementa as orientações apresentadas na Norma ABNT NBR IEC 60079-14 com
relação à utilização temporária de equipamentos pessoais ou portáteis que ainda não possuam certifica-
dos “Ex” para utilização em áreas classificadas.
Os participantes da Comissão de Estudo CE 003.031.006 do Subcomitê SCB 003.001 (Atmosferas ex-
plosivas) da ABNT/CB-003 (Eletricidade) acompanharam todo o processo e etapas de elaboração, comen-
tários, votação, aprovação e publicação deste documento. A partir de agora aquela Comissão de Estudo
inicia os trabalhos de elaboração da respectiva ABNT IEC TS 60079-48, tendo como base os requisitos da
DIRETIVA 3 da ABNT: Adoção de documentos técnicos internacionais.
Mais informações sobre a IEC TS 60079-48 podem ser encontradas em https://webstore.iec.ch/publi-
cation/66140
1.4. Norma / Especificação Técnica sobre especificação de portas com perfil Ethernet APL / 2-WISE
- IEC TS 63444
Foi publicada pela IEC em 17/11/2023 a Especificação
Técnica IEC TS 63444, elaborada pelo TC 65 / SC 65C da
IEC - Industrial networks, aplicável a equipamentos de auto-
mação de processo utilizando a camada física (PHY - Physi-
cal Layer) 10BASE-T1L (de acordo com a IEEE Std 802-3.cg).
Os perfis de portas Ethernet APL (Advanced Physical Layer)
em circuitos intrinsecamente seguros, com valores de entida-
de pré definidos para cada tipo de porta (por exemplo alimen-
tação, alcance e comunicação, de acordo com a ABNT IEC TS
60079-47) colabora na simplificação (ou eliminação) da neces-
sidade de verificação de parâmetros de entidade ou de limita-
ção, para fins de interconexão de diferentes dispositivos com
diversos tipos de portas Ethernet APL, contribuindo para a IN-
TEROPERABILIDADE entre dispositivos e switches 2-WISE, independentemente de seus modelos ou fabricantes.
As seguintes características técnicas fazem parte desta nova Norma,:
◗ Topologia, com capacidade de instalação de circuitos tronco (trunk) / circuitos de derivação (spur)
◗ Tecnologia de cabos a dois fios (comunicação full duplex com taxa de transmissão 10 MBit/s);
◗ Longo alcance (comprimentos de cabos que variam desde várias centenas de metros até 1 000 m);
◗ Segurança intrínseca: instalação de dispositivos de campo com capacidade Ethernet em áreas clas-
sificadas contendo atmosferas explosivas de gases inflamáveis ou poeiras combustíveis (Zonas 0, 1,
2, 20, 21 ou 22);
◗ Alimentação de força aos dispositivos de campo sobre os mesmos dois fios utilizados para a comu-
nicação de dados.
Todos os trabalhos de elaboração, análise, comentários, revisão, votação e publicação desta nova
normas inédita na normalização internacional, foram acompanhados pelos participantes da Comissão de
Estudo CE 003.065.001 (Medição, controle e automação para a indústria de processo), a qual passa a
iniciar os trabalhos de elaboração da respectiva ABNT IEC TS 63444, com base na DIRETIVA 3 da ABNT:
Adoção de documentos técnicos internacionais.
POTÊNCIA 35
MATÉRIA DE CAPA
RETROSPECTIVA 2023 / PERSPECTIVAS 2024
3. Evolução das Normas Técnicas Brasileiras adotadas “Ex” publicadas pela ABNT
A ABNT atingiu, em 2023, o significativo marco de publicação ou atualização de 106 normas técnicas
brasileiras adotadas sobre o tema “atmosferas explosivas”.
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MATÉRIA DE CAPA
RETROSPECTIVA 2023 / PERSPECTIVAS 2024
As Normas Técnicas brasileiras adotadas das Séries ABNT NBR IEC 60079 (atmosferas explosivas) e
ABNT NBR ISO 80079 (equipamentos mecânicos “Ex”), idênticas às respectivas normas técnicas interna-
cionais, vêm sendo publicadas ou atualizadas desde 2005, quando foi publicada pela ABNT a primeira
norma técnica brasileira adotada da Série ABNT NBR IEC 60079.
4. Sistema CREANET - Acesso “gratuito” a normas técnicas “Ex” elaboradas e publicadas pela ABNT
De acordo com entendimentos e convênio mantido entre o CONFEA/CREA/MÚTUA e ABNT, os profis-
sionais que estiverem cadastrados no sistema CREANET podem acessar, de forma “gratuita”, um acervo
de normas técnicas ABNT, incluindo as Normas Técnicas Brasileiras adotadas da Série ABNT NBR IEC
60079 (Atmosferas explosivas) e da Série ABNT NBR ISO 80079 (Equipamentos mecânicos “Ex”), dispo-
níveis no sistema CREANET de cada Estado. No CREANET/SP, por exemplo, uma relação significativa de
Normas Técnicas brasileiras, elaboradas e publicadas pela ABNT, está disponível para acesso, por parte
dos profissionais cadastrados no sistema CREANET. No CREANET/SP as Normas da ABNT podem ser
localizadas em: Solicitações / Solicitações de Normas Técnicas:
https://creanet1.creasp.org.br/NormaTecnica/ListaSolicitacaoNormaTecnicaProfissional.aspx
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RETROSPECTIVA 2023 / PERSPECTIVAS 2024
9. Clicar no ícone “Confirmar os dados na base de dados” (símbolo de um antigo “disquete”, que foi
utilizado nas décadas de 1980 e 1990 do século passado)
10. A situação “Solicitação Aberta” da norma técnica será mostrada na janela que será apresentada a
seguir, incluindo o número da solicitação no sistema CREANET
11. Quando a solicitação for “deferida” no sistema CREANET, será enviado ao e-mail cadastrado no
sistema uma mensagem de notificação sobre a norma solicitada estar disponível para visualização
12. A Norma solicitada estará disponível para visualização no caminho Solicitações / Solicitações de
Normas Técnicas no portal do sistema CREANET
Diversos CREAs implantaram, em seus respectivos Estados, em seus sistemas CREANET, uma biblio-
teca para que os profissionais cadastrados possam acessar o conteúdo gratuitamente. Nestes CREAs o
acesso às Normas elaboradas e publicadas pela ABNT pode ser considerado muito importante para os
necessários conhecimentos técnicos profissionais “Ex”. Pode ser recomendado que os profissionais ca-
dastrados no Sistema CREANET de seus respectivos Estados se informem sobre mais detalhes deste tipo
de acesso às normas técnicas brasileiras “Ex”.
5. Primeiro robô autônomo “Ex” brasileiro certificado para operar em atmosferas explosivas
Dentro do atual contexto da Indústria 4.0, da Internet Industrial das Coisas (IIoT), da Inteligência Artificial
(IA), e do Aprendizado por Máquina (Machine Learning), foi certificado em 12/2022, de forma pioneira no
Brasil, o primeiro Robô “Ex” de fabricação nacional, destinado a executar serviços autônomos de inspe-
ções industriais em áreas classificadas, fabricado pela Empresa Instor – Projetos e Robótica.
O robô “Ex” modelo Tupã “Ex” é o primeiro Robô Móvel Autônomo (AMR - Autonomous Mobile Robot)
desenvolvido na América Latina para inspeções industriais rotineiras em áreas classificadas contendo
atmosferas explosivas de gases inflamáveis, como por exemplo em plataformas de petróleo, refinarias
de petróleo, terminais de combustíveis, instalações portuárias e nas indústrias químicas, petroquímicas,
farmacêutica, siderúrgica e de mineração.
O processo de certificação foi realizado pelo Organismo de Certificação “Ex” brasileiro CPEx Certifica-
ções. A marcação deste primeiro Robô “Ex” brasileiro é: Ex db ib pxb h IIB T3 Gb.
As Normas Técnicas Brasileiras adotadas das Séries ABNT NBR IEC 60079 (Atmosferas explosivas) e
ABNT NBR ISO 80079 (Equipamentos mecânicos “Ex”), elaboradas pelas Comissões de Estudo do Subco-
mitê SCB 003.031 (Atmosferas explosivas) e publicadas pela ABNT, que foram consideradas nesta certifi-
cação, incluindo ensaios laboratoriais foram as seguintes:
◗ ABNT NBR IEC 60079-0: Atmosferas explosivas - Parte 0: Equipamentos - Requisitos gerais
◗ ABNT NBR IEC 60079-1: Atmosferas explosivas - Parte 1: Proteção de equipamento por invólucro à
prova de explosão (Tipo de proteção Ex “d”)
◗ ABNT NBR IEC 60079-2: Atmosferas explosivas - Parte 2: Proteção de equipamento por invólucro
pressurizado (Tipo de proteção Ex “p”)
◗ ABNT NBR IEC 60079-11: Atmosferas explosivas - Parte 11: Proteção de equipamento por segurança
intrínseca (Tipo de proteção Ex “i”)
◗ ABNT NBR ISO/IEC 80079-36: Atmosferas explosivas - Parte 36: Equipamentos não elétricos para
utilização em atmosferas explosivas - Métodos e requisitos básicos (Tipo de proteção Ex “h”)
POTÊNCIA 39
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RETROSPECTIVA 2023 / PERSPECTIVAS 2024
De acordo com a Instor Projetos e Robótica este Robô “Ex” autônomo foi projetado, dentre outros obje-
tivos, para colaborar com as Indústrias “Ex” no sentido de reduzir os riscos da exposição da vida humana
a ambientes agressivos ou tóxicos, durante as inspeções de rotina em instalações industriais, inclusive em
espaços confinados e em áreas classificadas.
6. Novo laboratório brasileiro para ensaio de equipamentos elétricos e mecânicos “Ex” acreditado
pelo Inmetro
Foi acreditado pelo Inmetro, em 31/03/2023, um novo Laboratório brasileiro para Ensaios de Equipa-
mentos de instrumentação, automação, telecomunicações, elétricos e mecânicos “Ex”, o CPEx (Centro de
Pesquisa em Atmosferas Explosivas), localizado na cidade de Hortolândia, no Estado de São Paulo.
De acordo com o escopo de acreditação publicado pelo Inmetro, o Laboratório de Ensaios de Equipa-
mentos “Ex” do CPEx foi aprovado para executar ensaios para equipamentos com os seguintes tipos de
proteção “Ex”:
◗ Ex “d”: Invólucros à prova de explosão (Norma Técnica Brasileira adotada ABNT NBR IEC 60079-1)
◗ Ex “e”: Segurança aumentada (Norma Técnica Brasileira adotada ABNT NBR IEC 60079-7)
◗ Ex “i”: Segurança intrínseca (Norma Técnica Brasileira adotada ABNT NBR IEC 60079-11)
◗ Ex “m”: Encapsulamento (Norma Técnica Brasileira adotada ABNT NBR IEC 60079-18)
◗ Ex “n”: Não acendível (Norma Técnica Brasileira adotada ABNT NBR IEC 60079-15)
◗ Ex “op”: Proteção óptica (Norma Técnica Brasileira adotada ABNT NBR IEC 60079-28)
◗ Ex “p”: Invólucros pressurizados (Norma Técnica Brasileira adotada ABNT NBR IEC 60079-2)
◗ Ex “t”: Proteção por invólucro contra ignição de poeiras combustíveis (Norma Técnica Brasileira ado-
tada ABNT NBR IEC 60079-31)
◗ Ex “h”: Métodos e requisitos básicos para avaliação de equipamentos não elétricos para atmosferas
explosivas (Norma Técnica Brasileira adotada ABNT NBR ISO 80079-36)
◗ Ex “c” (Segurança construtiva), Ex “b” (Controle de fontes de ignição) e Ex “k” (Imersão em líqui-
do) para equipamentos não elétricos para atmosferas explosivas (Norma Técnica Brasileira adotada
ABNT NBR ISO 80079-37)
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Mais informações sobre o escopo de acreditação do CPEx como Laboratório de Ensaios de Equipa-
mentos de elétricos e não elétricos “Ex” estão disponíveis na página do INMETRO: http://www.inmetro.
gov.br/laboratorios/rble/docs/CRL1727.pdf
7. Inclusão de Anexo sobre INVENTÁRIO de equipamentos “Ex” na Norma ABNT NBR IEC 60079-14
– Projeto e instalações em atmosferas explosivas
Sobre a necessidade de criação do INVENTÁRIO dos equipamentos “Ex” de cada instalação, foi inclu-
ído em 26/05/2023, na Norma Técnica Brasileira adotada ABNT NBR IEC 60079-14 (Atmosferas explosi-
vas - Parte 14: Projeto, seleção e montagem de instalações elétricas) apresenta, o Anexo “O” - Elaboração
do inventário de equipamentos “Ex” – Dados e informações para cadastro. O início dos trabalhos de
elaboração do inventário dos equipamentos “Ex” deve ser realizado ao longo da etapa de projeto de de-
talhamento, sendo construído com base em informações de documentos certificados dos fabricantes dos
equipamentos de instrumentação, automação, telecomunicações, elétricos ou mecânicos “Ex”, obtidos
nos respectivos processos de suprimento.
A conclusão dos trabalhos de elaboração do inventário dos equipamentos “Ex” deve ser realizada duran-
te os serviços de montagem e inspeções iniciais detalhadas “Ex”, juntamente com o término dos serviços de
comissionamento (incluindo “as built”).
O inventário dos equipamentos de instrumentação, automação, telecomunicações, elétricos e mecânicos
“Ex” de cada instalação deve ser mantido atualizado, incorporando modificações decorrentes, por exemplo,
de ampliações das instalações existentes (Revamp), de substituição de equipamentos “Ex” existentes de-
vido a alterações de projeto ou necessidade de serviços de manutenção ou por descomissionamento de
instalações existentes, de forma parcial ou total.
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De forma similar, a Norma Técnica Brasileira adotada ABNT NBR IEC 61892-7 (Unidades marítimas fixas
e moveis – Instalações elétricas – Parte 7: Áreas classificadas) também apresenta requisitos para a criação
do inventário dos equipamentos “Ex” existentes em instalações elétricas de unidades marítimas fixas e
moveis, em seu Anexo H (Lista de equipamentos elétricos e eletrônicos em áreas classificadas – Exemplo
de arquivos de dados – Requisitos relacionados aos dados do arquivo.
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8. Norma Técnica sobre marcação digital de produtos – ABNT NBR IEC 63365
Foi publicada pela ABNT em 30/05/2023, a Norma técnica brasileira adotada ABNT NBR IEC 63365
(Medição, controle e automação de processos industriais – Marcação digital), aplicável a marcação digital
de produtos utilizados na medição, controle e automação da indústria de processo. Esta Norma estabe-
lece um conceito e os requisitos para as placas de dados digitais e apresenta alternativas para soluções
de leituras eletrônicas, como Códigos 2D (QR Codes ou códigos de barra), RFID ou firmware, em relação
à tecnologia “convencional” de marcação por textos simples de produtos.
O projeto “marcação digital” foi iniciado em resposta às necessidades dos fabricantes de equipa-
mentos com tipos de proteção “Ex” para instalação em atmosferas explosivas e pelos operadores ou
proprietários (usuários finais) de instalações de instrumentação, automação, telecomunicações, elétricas
e mecânicas em áreas classificadas.
Um dos objetivos da marcação digital é assegurar que todas as informações necessárias possam ser
marcadas nos equipamentos, particularmente considerando a grande quantidade de informações reque-
ridas na área de equipamentos de instrumentação, automação, telecomunicações, elétricos e mecânicos
“Ex”, para instalação em atmosferas explosivas.
Os requisitos para a marcação de produtos “Ex” para os mercados globais têm se tornado tão extensi-
vos que frequentemente não é mais possível incluir todas as informações requeridas sobre uma marcação
“convencional”, especialmente para os produtos de menores dimensões, como, por exemplo, os sensores.
A Norma ABNT NBR IEC 63365 é também destinada à elevação da aceitação das
marcações digitais por parte dos
Organismos e Entidades Regula-
mentadoras. , como por exemplo
ANATEL, INMETRO, Ministério do
Trabalho, ANP ou ANAC, de for-
ma similar como ocorre em diver-
sos outros países do mundo. Um
objetivo em médio e longo pra-
zos é a substituição da marcação
“convencional” por uma marca-
ção digital, tanto quanto possível.
Os Organismos e Entidades Re-
gulamentadoras requerem que a
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marcação seja aplicada aos produtos, componentes e dispositivos de forma permanente, clara e legível.
Estes requisitos podem ser atendidos também pelas marcações digitais.
As informações das marcações digitais estão contidas em um meio de leitura eletrônica, lida diretamente
por máquinas (M2M – Machine to Machine), afixadas aos produtos, sobre as embalagens dos produtos ou do-
cumentos que acompanham os produtos. As informações das marcações digitais de produtos são disponíveis
de modo “off-line”, sem a necessidade de conexão com a Internet. Após a leitura digital todas as informações
das macacões digitais são mostradas em um formato de texto para leitura pelas pessoas. As marcações digitais
também incluem a identificação de link, de acordo com a Norma IEC 61406-1 (Link de identificação), permitindo
o acesso, por parte do usuário, informações adicionais do produto de forma “on-line”, como certificados de
conformidade e manuais de instalação, operação, manutenção, inspeção e recuperação.
A principal motivação para os trabalhos de elaboração desta norma técnica internacional sobre marcação
digital é oriunda de fabricantes de produtos “Ex” e de usuários de equipamentos “Ex”. Em função das diver-
sas marcações dos equipamentos “Ex”, a marcação digital permite que os produtos “Ex” possam proporcio-
nar todas as informações necessárias de uma forma eletrônica, off-line, com um menor espaço de marcação.
Sob o ponto de vista dos usuários, a marcação eletrônica permite uma adequada gestão dos equipa-
mentos de instrumentação, automação, telecomunicações, elétricos e mecânicos “Ex”, deste a fase de
projeto, criação do inventário, montagem, As-Built, inspeções, manutenção e recuperação, ao longo do
ciclo total de vida das instalações “Ex”, permitindo um conectividade e integração com os sistemas infor-
matizados de gestão de ativos “Ex”. De acordo com a IEC 63365, “no presente momento, as marcações di-
gitais estão sendo implementadas e aceitas nos mercados internacionais, de forma crescente e contínua”.
Podem ser citados como exemplos de países onde Entidades Regulamentadoras reconhecem e acei-
tam a marcação digital em diferentes tipos de produtos: África do Sul, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá,
China, Coréia do Sul, Emirados Árabes, EUA, Filipinas, Gana, Índia, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia,
Samoa, Singapura, Taiwan, Tailândia e Vietnã. No Brasil, por exemplo, a ANATEL reconhece e aceita a
marcação digital em produtos de telecomunicações desde 2020.
9. Inclusão de Anexo sobre marcação digital de produtos “Ex” na Norma ABNT NBR IEC 60079-0
Foi incorporado em 15/09/2023 na Norma ABNT NBR IEC 60079-0 (Requisitos gerais para equipamen-
tos “Ex”) um novo anexo informativo, contendo informações sobre requisitos para a marcação digital de
equipamentos de instrumentação, automação, telecomunicações, elétricos e mecânicos “Ex”.
Este Anexo “I” foi elaborado com base nos requisitos apresentados na Norma ABNT NBR IEC 63365
(Medição, controle e automação de processos industriais - Marcação digital), servindo como orientação
para os fabricantes de equipamentos “Ex” e os Organismos de Certificação de produtos “Ex”.
O objetivo primário de uma marcação “Ex” é identificar, de forma clara, os equipamentos, componentes
e dispositivos “Ex”, bem como seus fabricantes e os certificados de conformidade. Os requisitos legais de
marcação “Ex” indicam a conformidade com os regulamentos para a colocação dos produtos no mercado,
bem como para as suas utilizações de forma segura.
De acordo com a Norma Técnica Brasileira adotada ABNT NBR IEC 63365, “no presente momento,
as marcações digitais estão sendo implementadas e aceitas nos mercados internacionais, de forma cres-
cente e contínua”. Podem ser citados como exemplos de países onde Entidades Regulamentadoras reco-
nhecem e aceitam a marcação digital em diferentes tipos de produtos: África do Sul, Argentina, Austrália,
Brasil, Canadá, China, Comunidade Europeia, Coréia do Sul, Emirados Árabes, EUA, Filipinas, Gana, Índia,
Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Samoa, Singapura, Taiwan, Tailândia e Vietnã.
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Até 2023 já haviam sido aprovados no sistema IECEx para o esquema de certificação de equipamentos
elétricos e mecânicos “Ex”: 64 Organismos de Certificação “Ex” (ExCB) (mais 5 em processo de inscrição) e
72 Laboratórios de Ensaios “Ex” (ExTL) (mais 5 em processo de inscrição). Para o esquema de certificação
de competências pessoais “Ex” já haviam sido aprovados até 2023 um total de 16 Organismos de Certifi-
cação “Ex” (mais 1 em processo de inscrição). No esquema de certificação de Empresas de Serviços “Ex” já
haviam sido aprovados até 2023 no sistema IECEx um total de 18 Organismos de Certificação “Ex” (mais 2
em processo de inscrição).
Um arquivo contendo “Detalhes do Sistema IECEx e alguns pontos de destaque das reuniões plenárias
de 2023” com um resumo dos principais assuntos que foram discutidos durante as reuniões plenárias do
IECEx em 2023 está disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1Jj8mtvL95MiWiDy0UOGzUYWLgAJn_p82/view?usp=drive_link
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12. Publicação de vídeos explicativos sobre os sistemas internacionais de certificação “Ex” do IECEx
Foram publicados três VÍDEOS explicativos dos sistemas de certificação do IECEx, contendo informa-
ções resumidas sobre seus principais objetivos e formas de operação. Foram publicados vídeos específi-
cos sobre o esquema de certificação de EMPRESAS DE SERVIÇOS “Ex”, certificação de COMPETÊNCIAS
PESSOAIS “Ex” e certificação de EQUIPAMENTOS de instrumentação, automação, telecomunicações, elé-
tricos e mecânicos “Ex”. Clique nas imagens para abrir os vídeos do IECEx.
POTÊNCIA 54
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Os três Folhetos do Sistema IECEx e para certificação de Empresas de Serviços “Ex” e de Competên-
cias Pessoais, traduzidos pelo SC IECEx BR do Cobei, estão disponíveis para download de forma pública,
diretamente na página da IEC. Clique nas imagens para abrir os Folhetos do IECEx.
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O 9º Encontro Anual “Ex” da Abendi está programado para ser realizado nos dias 27 e 28/08/2024,
em São Paulo.
http://abendicertificadora.org.br/atmosferas_explosivas/index.html
14. Sistema internacional de certificação de competências “Ex” do IECEx atinge mais de 7.400 cer-
tificados de conformidade emitidos
O Sistema internacional de certificação de conformidade de competências pessoais “Ex” do IECEx,
lançado em 2010, atingiu em 12/2023 o total de mais 7.400 certificados emitidos para profissionais de 46
países do mundo. Este total inclui cerca de 190 certificados “Ex” conquistados por profissionais brasileiros,
emitidos por Organismos de Certificação aprovados internacionalmente no Sistema IECEx para o esque-
ma de certificação de competências pessoais “Ex”, abrangendo as Unidades de Competências Ex 001, Ex
002, Ex 003, Ex 004, Ex 007, Ex 008 e Ex 009.
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Destaque para países como a Coreia, China e Singapura, que possuem, cada um, muitas centenas
de profissionais “Ex” competentes. Este tipo de demanda é decorrente, dentre outras “motivações”, às
necessidades da presença destes tipos de profissionais com “certificação de competências pessoais Ex”,
para atendimento de requisitos contratuais de empresas contratantes, demandantes de fabricação de
novas plataformas e navios FPSO nos estaleiros daqueles países.
Em especificações técnicas e documentos de licitações e de contratos de diversas empresas da indús-
tria do petróleo, tanto no Brasil como em diversos outros países do mundo, existem requisitos contratuais
com a exigência de que profissionais envolvidos em trabalhos de campo em áreas classificadas tenham
a devida certificação de suas competências pessoais “Ex”, como por exemplo as atividades de inspeções
iniciais e periódicas “Ex” (Unidades de Competências Pessoais Ex 007 e Ex 008).
Uma “guia de orientações” contendo o “passo a passo” para a obtenção de certificação de competên-
cias pessoais “Ex” é apresentada na Guia IECEx 05 A: Orientações e instruções para inscrição para obter
um Certificado de Competências Pessoais “Ex”. http://www.iecex.com/assets/Uploads/IECEx-Guide-05A-
-Ed2.1-pt-rev-3.pdf
Todos os certificados internacionais de conformidade de competências pessoais “Ex” emitidos no sis-
tema IECEx, abrangendo as 12 (doze) Unidades de Competências Pessoais “Ex” (Ex 000 a Ex 011) estão
disponíveis para acesso público, na íntegra, no sistema de certificação “on-line” do IECEx: https://www.
iecex-certs.com/#/home
15. Novos certificados internacionais de competências pessoais IECEx obtidos por profissionais bra-
sileiros
Foram emitidos até 12/2023 um total de 190 certificados internacionais de conformidade de compe-
tências pessoais “Ex” para profissionais brasileiros. Estes certificados foram emitidos por Organismos de
certificação de pessoas reconhecidos pelo IECEx, após a realização de exames teóricos e práticos sobre
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as unidades de certificação “Ex” avaliadas nos processos de certificação “Ex” e incluem em seu escopo
as Unidades de Competências pessoais:
◗ Ex 001: Aplicação dos princípios básicos de proteção “Ex” em atmosferas explosivas
◗ Ex 002: Serviços de classificação de áreas
◗ Ex 003: Montagem de equipamentos e instalações “Ex”
◗ Ex 004: Manutenção de equipamentos e instalações “Ex”
◗ Ex 007: Inspeções visuais e apuradas em atmosferas explosivas
◗ Ex 008: Inspeções detalhadas em atmosferas explosivas
◗ Ex 009: Projeto de instalações e sistemas de fiação em áreas classificadas
Estas Unidades de Competências pessoais “Ex” estão associadas com serviços a serem executados ou
supervisionados por profissionais com base nos requisitos indicados nas Normas Técnicas internacionais
aplicáveis, as quais são adotadas pela ABNT:
◗ ABNT NBR IEC 60079-10-1 - Serviços de classificação de áreas contendo gases inflamáveis
◗ ABNT NBR IEC 60079-10-2 - Serviços de classificação de áreas contendo poeiras combustíveis
◗ ABNT NBR IEC 60079-14 - Serviços de projeto, seleção de equipamentos e montagem de instalações
“Ex”
◗ ABNT NBR IEC 60079-17 - Serviços de inspeção e manutenção de equipamentos e instalações “Ex”
Pode ser verificado no presente momento, no mercado de trabalho nacional, uma crescente “oferta”
de profissionais “Ex” certificados no Brasil, a qual tem como base uma respectiva e crescente “demanda”
por profissionais “Ex” certificados, os quais são requeridos de forma CONTRATUAL por empresas brasilei-
ras da indústria do petróleo e petroquímico, bem como por empresas que prestam estes serviços, como
empresas brasileiras de engenharia, empresas de inspeção e estaleiros de fabricação de FPSO.
Este ciclo “virtuoso” de certificação de competências pessoais “Ex”, já utilizado por diversas empresas
do Brasil e do mundo, apresenta como um dos seus objetivos a devida “CONFIANÇA” na contratação de
profissionais que tenham sido avaliados em suas competências pessoais e sejam periodicamente acom-
panhados por Organismos de Certificação de Pessoas, no sentido de avaliar a continuidade e atualidade
das competências e conhecimentos dos profissionais com certificação “Ex”.
16. Novos certificados internacionais IECEx obtidos por fabricantes brasileiros de equipamentos e
componentes “Ex”
De acordo com o sistema de certificação “on-line” do IECEx, até 12/2023 haviam sido obtidos por
fabricantes brasileiros um total de 198 Certificados de Conformidade (ExCoC) para equipamentos e com-
ponentes “Ex”, 185 Relatórios de Ensaios (ExTR) e 153 Relatórios de Avaliação do Sistema de Gestão da
Qualidade (ExQAR).
A obtenção de certificação internacional IECEx pode ser atualmente considerada como uma “boa
prática” adotada por vários fabricantes de equipamentos eletrônicos, de automação, instrumentação,
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telecomunicações, elétricos e mecânicos “Ex” que pretendem também exportar e comercializar seus pro-
dutos em outros países, dentro do atual mercado internacional. Pela sua ampla aceitação e reconheci-
mento mundial, a obtenção de certificação IECEx tem sido considerada como sendo um “passaporte” para
o mercado internacional.
Com base nas informações públicas disponibilizadas no sistema “on-line” de certificação do IECEx, po-
dem ser citados como exemplos de alguns fabricantes brasileiros de equipamentos e componentes “Ex”
que já buscaram, até o presente momento, a certificação internacional “Ex”, de forma a comercializar no mer-
cado externo: Alutal Controles Industriais, ACE Schmersal Eletroeletrônica Industrial, Consistec Controles e
Sistemas de Automação, ExSuper Santae Equipamentos de Engenharia, Nova Smar, GE GEVISA, Haenke
Tubos Flexíveis, Sense Eletrônica, Sermatex Grun Equipamentos Elétricos, Telbra “Ex”, Tramontina Eletrik,
Valtek Sulamericana, XPERT Empreendimentos Eletrônicos e WEG Drivers e Equipamentos Elétricos.
Todos os Certificados de Conformidade (ExCoC), Relatórios de Ensaios (ExTR) e Relatórios de Avaliação
do Sistema de Gestão da Qualidade (ExQAR) emitidos no âmbito do IECEx estão disponíveis para acesso
público em: https://www.iecex-certs.com
17. Novos certificados internacionais de conformidade para equipamentos MECÂNICOS “Ex” emiti-
dos no IECEx
Foram emitidos desde 2016 até 12/2023 mais de 870 certificados internacionais IECEx para equipa-
mentos mecânicos “Ex”, destinados para instalação em áreas classificadas contendo atmosferas explo-
sivas de gases inflamáveis ou de poeiras combustíveis, de acordo com as Normas internacionais ISO
80079-36 e ISO 80079-37.
Podem ser citados como exemplos de equipamentos mecânicos com certificação “Ex”, compressores,
ventiladores, bombas, caixas com engrenagens de velocidade, skid para medição de gás, acoplamentos
para equipamentos rotativos, freios, motores hidráulicos e pneumáticos, agitadores ou misturadores para
tanques, medidores rotativos, flutuantes ou do tipo turbina, combinações de dispositivos para a fabricação
de máquinas (como elevadores, esteiras rolantes, transportadores de canecas), sistemas fixos ou portáteis
de ar condicionado, atuadores mecânicos para válvulas de controle, sistemas de “festoon” para suporta-
ção mecânica cabos de pontes rolantes, aspiradores pneumáticos de material particulado, sistemas de
enrolamento de “risers” umbilicais para FPSO e resfriadores do tipo “vortex”.
Os certificados internacionais para equipamentos mecânicos “Ex” encontram-se disponíveis para aces-
so público, na íntegra, no sistema no sistema “on-line” de certificação do IECEx e podem ser encontrados
com a pesquisa pelas Normas “ISO 80079-36” ou “ISO 80079-37”. https://www.iecex-certs.com
POTÊNCIA 59
MATÉRIA DE CAPA
RETROSPECTIVA 2023 / PERSPECTIVAS 2024
Foram certificadas, desde 2009, cerca de 100 Empresas Brasileiras de serviços de REPARO e RECU-
PERAÇÃO de equipamentos “Ex”, com base nos requisitos de sistema de gestão qualidade, ferramental,
equipamentos, procedimentos de trabalho e competências pessoais de profissionais executantes e pro-
fissionais responsáveis pelos serviços de recuperação “Ex” especificados na Norma Técnica Brasileira
adotada ABNT NBR IEC 60079-19 – Reparo, revisão, recuperação e modificação de equipamentos para
atmosferas explosivas.
A demanda pela CERTIFICAÇÃO de Empresas de Serviços “Ex” brasileiras tem sido motivada por meio
de Empresas Brasileiras proprietárias de equipamentos “Ex” e usuárias de instalações de instrumentação,
automação, telecomunicações, elétricas e mecânicas “Ex”, que incluem, desde 2009, exigências CON-
TRATUAIS de certificação de Empresas de Serviços “Ex” e de Competências Pessoais “Ex”.
Estas Empresas brasileiras CERTIFICADAS para serviços de reparo e recuperação de equipamentos
“Ex” estão localizadas em 14 estados (AL, BA, CE, ES, GO, MG, MS, MT, PE, PR, RJ, RS, SC e SP), envolven-
do equipamentos “Ex” de diversos tipos, como aquecedores elétricos, motores elétricos de alta e baixa
tensão, invólucros de painéis elétricos, caixas de terminais, luminárias, projetores portáteis, lanternas,
tomadas, sistemas de intercomunicação industrial, equipamentos e sistemas de CFTV, cabeçotes de im-
pressão, servomotores, rádios transceptores, smartphones, tablets e motobombas submersíveis “Ex”.
https://drive.google.com/file/d/1s6pZt5PrCiaKmqjd0_RL8K881XUTOcEV/view?usp=drive_link
19. Lançamento do HandBook sobre instalações elétricas “Ex” pela Potência Educação
A Potência Educação lançou em 06/2023 um “HandBook” sobre o tema “Instalações elétricas em At-
mosferas explosivas”.
Este Handbook “Ex” sobre Instalações Elétricas em Atmosferas Explosivas é dirigido aos profissionais
envolvidos com os serviços em equipamentos ou instalações elétricas em áreas classificadas contendo
atmosferas explosivas formadas por gases inflamáveis ou poeiras combustíveis.
Este Handbook “Ex” tem por objetivo servir como fonte de consulta para a implantação de sistemas
de gestão de segurança, gestão de ativos e gestão de competências pessoais “Ex”, a serem implantados
em Empresas que possuem áreas classificadas e que são proprietárias ou usuárias de equipamentos e
instalações elétricas em atmosferas explosivas, de forma a garantir a segurança dos equipamentos e das
instalações “Ex” ao longo do seu ciclo total de vida, bem como das pessoas, do patrimônio e do meio
ambiente, sujeitos aos riscos potenciais que podem estar presentes. Este HandBook “Ex” aborda os se-
guintes assuntos, relacionados com o tema envolvendo “atmosferas explosivas”:
1. Objetivo
2. Prefácio
3. Introdução
4. Termos técnicos e definições sobre equipamentos e instalações “Ex”
5. Principais Normas Técnicas Brasileiras adotadas sobre equipamentos e instalações elétricas e mecânicas
“Ex”
6. A responsabilidade pela segurança ao longo do “ciclo total de vida” das instalações em atmosferas explosivas
7. Aspectos gerais sobre serviços de classificação de áreas, projeto, montagem, inspeção, manutenção, reparo
e recuperação de equipamentos e instalações “Ex”
POTÊNCIA 60
MATÉRIA DE CAPA
RETROSPECTIVA 2023 / PERSPECTIVAS 2024
POTÊNCIA 61
MATÉRIA DE CAPA
RETROSPECTIVA 2023 / PERSPECTIVAS 2024
30. Requisitos para a certificação de empresas de serviços de projeto, montagem, inspeção e manutenção “Ex”
31. Requisitos de certificação de Empresas de Serviços de reparo e recuperação de equipamentos “Ex”
32. Requisitos de competências pessoais para execução e supervisão de atividades em atmosferas ex-
plosivas e a importância do profissional certificado
33. A tecnologia do hidrogênio e suas interfaces com a segurança de equipamentos e instalações “Ex”
34. Considerações sobre o panorama geral de segurança das instalações “Ex” e pontos de melhorias
para evitar explosões
35. Considerações gerais sobre a segurança de equipamentos e instalações de instrumentação, automa-
ção, telecomunicações, elétricas e mecânicas em atmosferas explosivas
36. Referências bibliográficas aplicáveis ao tema “Instalações Elétricas em Atmosferas Explosivas”
37. Avisos legais
38. Sobre os Autores deste trabalho sobre instalações elétricas em atmosferas explosivas
Autores deste HandBook “Ex”: André Luiz Cardoso, Angelo Souza dos Santos, Bruno Batistella, Ivan
Ferreira Pinto, Ivo Rausch, Jamy Alfredy Sampaio, João Carlos de Godoy, Ricardo Carletti, Roberval Bulga-
relli, Rogélio Gôngora da Silva e Sérgio Moises Rausch.
Este HandBook “Ex” está disponível para download gratuito na página de Potência Educação:
https://revistapotencia.com.br/handbook-instalacoes-eletricas-atmosferas-explosivas/
20. O futuro dos equipamentos elétricos, de automação e mecânicos “Ex” e das instalações em
atmosferas explosivas
Sob os pontos de vista de segurança, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento, fabricação, certificação,
requisitos legais, serviços e competências pessoais envolvendo o tema “atmosferas explosivas”, podem
ser verificadas diversas ações que direcionam e apontam caminhos para o “futuro” ou “convergência”
desta área de especialidade “Ex”.
Podem ser destacados, dentre outros, os seguintes temas que se encontram em destaque na área de
equipamentos e instalações em atmosferas explosivas: IIoT, Indústria 4.0, Cibersegurança (Normas interna-
cionais da Série IEC 62443 - Redes de comunicação industrial - Segurança de TI para redes e sistemas), Sis-
temas Ethernet a dois fios intrinsecamente seguros, Equipamentos mecânicos “Ex”, Competências pessoais
“Ex”, certificação de equipamentos e instalações contendo hidrogênio e marcação digital de produtos “Ex”.
Quando se vê as atuais instalações e empresas brasileiras proprietárias de equipamentos “Ex” ado-
tando uma nova abordagem e uma nova postura de segurança sobre o assunto, não se vê apenas um
simples marco de números. Pode ser percebida uma real transformação, sob o ponto de vista de gestão
de ativos “Ex”, ao longo do seu ciclo total de vida.
Este novo rumo atual tem a capacidade de modificar não apenas as matrizes de fabricantes, laboratórios de
ensaios e organismos de certificação (competências pessoais “Ex”, empresas de serviços “Ex” e produtos elétri-
cos e mecânicos “Ex”), o que já é algo significativo e imprescindível; mas transformar também a sociedade de
forma mais ampla e profunda, diminuindo a ocorrência da indevida normalização dos desvios “Ex” e contri-
buindo para que seja possível um futuro melhor, para se deixar para as próximas gerações.
POTÊNCIA 62
MATÉRIA DE CAPA
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POTÊNCIA 64
MATÉRIA DE CAPA
RETROSPECTIVA 2023 / PERSPECTIVAS 2024
[18] Continuidade dos trabalhos pela ABNT para a elaboração da nova Norma ABNT IEC TS 60079-44 -
Competências pessoais “Ex”
[19] Continuidade dos trabalhos pela ABNT para a elaboração da nova Norma ABNT IEC TS 60079-48
- Atmosferas explosivas - Parte 48: Equipamento eletrônico portátil ou pessoal - Diretrizes para utili-
zação de equipamento sem certificação em área classificada
[20] Continuidade nos processos de certificação “nacionais” por parte de fabricantes de equipamentos
elétricos “Ex”, de empresas de serviços “Ex” e de competências pessoais de profissionais
[21] Continuidade dos processos de certificação “internacionais” pelo IECEx por parte de fabricantes de
equipamentos elétricos e mecânicos “Ex” nacionais, de empresas de serviços “Ex” nacionais e de
competências pessoais de profissionais brasileiros
[22] Continuidade nos trabalhos de pesquisa e desenvolvimento sobre os novos principais temas “Ex”,
incluindo IIoT, Indústria 4.0, Cibersegurança (IEC 62443), Ethernet 2-WISE, equipamentos mecânicos
“Ex”, competências pessoais “Ex”, marcação digital de produtos “Ex” e aplicação de equipamentos
e instalações “Ex” em áreas classificadas contendo hidrogênio
A realização continuada de ações como estas contribui para a elevação dos níveis de segurança e de
conformidade normativa e legal dos equipamentos e instalações de instrumentação, automação,
telecomunicações, elétricas e mecânicas “Ex”, ao longo de seu ciclo total de vida.
Como resultado destas constantes ações podem também ser esperadas uma redução de aci-
CLIQUE dentes, explosões, perdas de patrimônio, perdas de vidas humanas e de danos ao meio am-
AQUI
E VOLTE AO
biente em instalações industriais em áreas classificadas, tanto terrestres como marítimas.
SUMÁRIO
ROBERVAL BULGARELLI
CONSULTOR TÉCNICO SOBRE EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES EM ATMOSFERAS
EXPLOSIVAS. MESTRADO EM PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA (POLI/USP)
MEMBRO DE COMISSÕES DE ESTUDO DO SUBCOMITÊ SCB 003:031 (ATMOSFERAS
EXPLOSIVAS) DA ABNT/CB-003 (ELETRICIDADE). MEMBRO DE GRUPOS DE TRABALHO DO
TC 31 (ATMOSFERAS EXPLOSIVAS), TC 95 (RELÉS DE PROTEÇÃO) E DO IECEX (SISTEMAS
INTERNACIONAIS DE CERTIFICAÇÃO “EX”) DA IEC
ORGANIZADOR DO LIVRO “O CICLO TOTAL DE VIDA DAS INSTALAÇÕES EM
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS”
POTÊNCIA 65
MERCADO
CANALETAS
Práticas e funcionais
FLEXIBILIDADE DAS SOLUÇÕES E FACILIDADE DE INSTALAÇÃO
CARACTERIZAM MERCADO DE CANALETAS.
REPORTAGEM PAULO MARTINS
F
abricadas em plástico ou metal, as canaletas constituem um item essencial para o correto encami-
nhamento e proteção dos fios e cabos em uma instalação elétrica.
O mercado apresenta boas perspectivas de crescimento, por conta do desempenho de setores
como construção civil e indústria. As vendas normalmente são impulsionadas por novos projetos
e pelas reformas e adequações das instalações existentes.
André de Lima, diretor Comercial da fábrica de materiais elétricos da Tramontina, declara que o merca-
do de canaletas no Brasil tem apresentado um crescimento sólido, impulsionado pela expansão da cons-
trução civil e pela demanda contínua por sistemas elétricos eficientes. Ele diz que as perspectivas para os
próximos anos são positivas, prevendo-se um cenário de crescimento constante.
Lima conta que nos últimos períodos a Tramontina tem experimentado um crescimento consistente em
suas vendas na área de materiais elétricos. “Observamos um aumento significativo na demanda por nossos
produtos, refletindo a confiança que nossos clientes têm em nossas soluções de conexão elétrica. Esse
crescimento está alinhado com nosso compromisso contínuo de fornecer produtos de qualidade e soluções
inovadoras para atender às necessidades do mercado. Olhando para o futuro, mantemos uma perspectiva
otimista. Nossos planos estratégicos incluem investimentos em pesquisa e desenvolvimento para continuar
inovando e atendendo às demandas emergentes do mercado industrial. Acreditamos que essa abordagem
nos permitirá não apenas manter, mas também impulsionar nosso crescimento em 2024”, avalia.
A Tramontina possui em seu portfólio de produtos as Canaletas com e sem fita dupla face da Linha
Lizflex, que servem para conexões elétricas residenciais e comerciais, além das Canaletas para Painéis,
Foto: ShutterStock
CLIQUE
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E VOLTE AO
SUMÁRIO
POTÊNCIA 66
MERCADO
CANALETAS
que são indicadas para instalações elétricas em painéis de comando, quadros de distribuição, circuitos
industriais, comerciais e de informática. Elas protegem e acomodam os cabos presentes em painéis de
controle, comando e telefônicos protegendo-os contra influências mecânicas externas e danos de isola-
ção, oferecendo mais segurança aos usuários.
De acordo com Fabricio Araujo, gerente de Produto e Anderson Sato, gerente de Vendas da Heller-
mannTyton, o mercado de canaletas de sobrepor, de forma geral, está bom e pode ser dividido em dois
segmentos: varejo, que são produtos do dia a dia, como as canaletas de medidas reduzidas, exemplo
20x10, 50x20. O outro segmento seria de canaletas de dimensões maiores, para projeto que envolve
dados, elétrica e voz.
No segmento de varejo o crescimento é constante, mas o segmento de projeto envolve outros fatores,
como investimento em infraestrutura, troca de equipamentos, normas etc. De qualquer forma, os executi-
vos acreditam que haverá crescimento, tanto para varejo como para projetos.
Segundo Ricardo Fragata, diretor de Vendas Mercado Elétrico e Márcio Favilla, gerente Comercial da
HellermannTyton, as vendas estão caminhando bem e a tendência para 2024 é de um crescimento de 15%.
Robson Rodrigues, engenheiro de Produto, informa que a HellermannTyton oferece aos seus clientes
a linha Heladuct (HD), para aplicação em painéis elétricos e a linha de canalização aparente, voltada para
ambientes hospitalares, clínicas, escritórios, residências etc. As canaletas HellermannTyton são produzi-
das com a matéria-prima PVC e ABS/PC (Livre de halogênios).
O engenheiro eletricista Renato Walter, especialista da DUTOTEC, conta que o volume de negócios,
por metro e unidade, está estável nos últimos anos. “O mercado está estável e espera-se aumento de
consumo futuramente. Uma fatia de share é bem atrelada à construção civil e atualmente ainda há refle-
xos do período pandêmico, guerras mundiais e taxa de juro ainda em alta no Brasil”, analisa.
A DUTOTEC trabalha com inúmeros tipos/tamanhos de canaletas, desde modelos para poucas quan-
tidades de cabos, até as maiores, que são para grandes quantidades. “Todas nossas canaletas são feitas
e comercializadas com tampas, que são removíveis apenas com auxílio de ferramenta apropriada. Nossas
canaletas são fabricadas exclusivamente com material alumínio, podendo ser pintadas ou não”, ex-
plica Walter.
Para André de Lima, a construção civil e a indústria representam os principais mer-
cados consumidores desse tipo de produto. “Além das canaletas específicas
para reformas e ampliações, existem modelos projetados para instala-
ções elétricas em painéis de comando, quadros de distribuição,
circuitos industriais, comerciais e de informática”, especifica.
O diretor da Tramontina diz que a venda de
canaletas para sistemas elétricos é impul-
sionada principalmente pelo cres-
Fot
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cimento na construção civil e
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POTÊNCIA 67
MERCADO
CANALETAS
industrial. “À medida que novos edifícios são erguidos ou existentes são renovados, há uma demanda
crescente por infraestrutura elétrica eficiente e segura, elevando a necessidade de canaletas para aco-
modar fios e cabos. Além disso, avanços tecnológicos e regulamentações mais rigorosas impulsionam a
busca por sistemas elétricos mais modernos e adequados, estimulando a venda de canaletas que ofere-
çam maior capacidade, facilidade de instalação e atendam aos padrões exigidos para a gestão adequada
dos cabos elétricos”, complementa Lima.
Fabricio Araujo e Anderson Sato, da HellermannTyton, informam que as canaletas de sobrepor são
frequentemente utilizadas em diferentes ambientes, sendo os principais segmentos:
◗ Residencial: Em residências, as canaletas de sobrepor são frequentemente empregadas para organi-
zar e proteger cabos elétricos e algumas vezes de comunicação, proporcionando uma solução esteti-
camente agradável, de baixo custo e fácil de instalar;
◗ Comercial: Edifícios comerciais, como escritórios e lojas, muitas vezes usam canaletas de sobrepor
para instalações elétricas, câmeras e de rede. Já nesses ambientes o produto precisa ter alguns tipos
de normas porque muitas vezes a rede de dados passa na mesma canaleta que a rede elétrica, com
isso a instalação torna-se mais fácil do que instalações embutidas;
◗ Varejo: Lojas de varejo muitas vezes recorrem a canaletas de sobrepor para instalações temporárias,
displays elétricos e outras necessidades de cabeamento que podem mudar com frequência;
◗ Pequenos Escritórios e Empresas: Em ambientes de pequenos escritórios e empresas, onde a flexibi-
lidade e a facilidade de instalação são importantes, as canaletas de sobrepor podem ser uma escolha
prática;
◗ Educação: Instituições educacionais, como escolas e universidades, podem utilizar canaletas de so-
brepor para atender às necessidades de instalação temporária ou mudanças frequentes nas configu-
rações de sala de aula;
Foto: ShutterStock
POTÊNCIA 68
MERCADO
POTÊNCIA 69
MERCADO
CANALETAS
POTÊNCIA 70
MERCADO
CANALETAS
POTÊNCIA 71
MERCADO
CANALETAS CLIQUE
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E VOLTE AO
Sobre os problemas do segmento, Fabricio Araujo e Anderson Sato destacam que SUMÁRIO
no mercado do dia a dia, onde são utilizadas as canaletas de dimensões menores (20x10,
50x20), em muitos casos o cliente faz apenas análise das medidas, e não da qualidade do
produto ou marca. “No mercado de varejo existem desafios como uma concorrência intensa,
um mercado altamente competitivo com várias empresas nos mesmos clientes, onde o preço é
fator primordial. Para as grandes empresas, o investimento em pesquisa e desenvolvimento é constante
para permanecer relevante no mercado, tanto no cumprimento de regulamentações e nos padrões de
qualidade”, comentam.
Os especialistas mencionam que a HellermannTyton, como fabricante, orienta os instaladores, projetis-
tas e integradores a seguirem as normas vigentes na aplicação das canaletas, seja no pequeno comércio
ou em grandes projetos, visando a segurança do usuário. “Em locais com grande circulação de público,
como metrô, shoppings, templos religiosos etc., recomenda-se a utilização de canaletas HF (Livre de ha-
logênio) para atender a norma NBR 13570”, exemplificam.
Os executivos da HellermannTyton acreditam que de forma geral, a qualidade das canaletas de projeto
está boa, mas para canaletas com medidas menores precisa melhorar.
Fabricio Araujo e Anderson Sato citam os cuidados que precisam ser observados na especificação/aquisi-
ção de canaletas: “Normalmente identificar o ambiente, a parte elétrica, a quantidade de cabos que será utili-
zada, a dimensão da canaleta e buscar por um produto certificado, qualidade do produto, entre outros”, frisam.
Robson Rodrigues, engenheiro de Produto da HellermannTyton explica que as canaletas produzidas
pela empresa são certificadas pela UL Brasil. “A certificação UL é compulsória para o mercado da Ar-
gentina e voluntária para o mercado brasileiro, porém, tornando-se um diferencial de qualidade para o
mercado local. Visando aumentar nosso mercado de atuação, lançamos a linha de canaletas HF (Livre
de Halogênio). As canaletas com dimensões maiores para projetos foram desenvolvidas para atender as
normas de cabeamento EIA/TIA 569 A e NBR 14565”, diz.
Renato Walter, da DUTOTEC, ressalta que a norma principal e primordial para o segmento é a NBR
5410 (Instalações Elétricas de Baixa Tensão), da ABNT. “Como as normas são consideradas como re-
comendações de procedimentos, elas podem ser
Foto: ShutterStock
POTÊNCIA 72
Chega de Harmônicas em
seus projetos e instalações!
A presença das Harmônicas causa EFEITOS TERRÍVEIS
nas Instalações Elétricas e seus componentes:
✘ Aquecimentos excessivos
✘ Aumento de perdas
✘ Redução de Fator de Potência
QUERO APRENDER
HARMÔNICAS
Educação
ARTIGO
PROTEÇÃO CONTRA RAIOS
O que é um para-raios?
T
odos nós sabemos para que servem, mas será que sabemos como funciona um para-raios? Está
claro quais as vantagens de se instalar um para-raios em uma edificação? Quais elementos com-
põem um sistema de proteção contra raios? Respondemos a estas e outras questões aqui.
O que é um para-raios?
Um para-raios é um sistema de captação que tem por objetivo interceptar a descarga elétrica atmos-
férica para conduzi-la à terra. É instalado em qualquer edificação ou estrutura para evitar que os raios
causem danos às pessoas, animais, equipamentos e meio ambiente.
Qualquer sistema de captação (para-raios) deve cumprir com as Normas ou Regulamentos que se apli-
cam, podendo ser nacionais, internacionais ou estrangeiras (principalmente as normas NP 4426:2013, UNE
21.186, NFC 17.102, Código técnico de Edificação apartado SUA8, Séries IEC/EN 62.305 e IEC/EN 62.561).
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E VOLTE AO
SUMÁRIO
POTÊNCIA 74
ARTIGO
PROTEÇÃO CONTRA RAIOS
POTÊNCIA 75
ARTIGO
PROTEÇÃO CONTRA RAIOS
POTÊNCIA 76
ARTIGO
PROTEÇÃO CONTRA RAIOS
◗ Posicionamento: O para-raios deve ser posicionado no ponto mais alto da estrutura a ser protegida,
garantindo que ele tenha um raio de ação eficaz para capturar a descarga elétrica de um raio.
◗ Instalação do Mastro: Geralmente, o para-raios é montado em um mastro metálico que é fixado no
topo da estrutura. A altura do mastro pode variar dependendo das especificações e das normas.
◗ Conexão aos Condutores de Descida e Sistema de Aterramento: Uma parte essencial da instalação é
garantir uma conexão adequada ao sistema de aterramento. Isso permite que a corrente elétrica do
raio seja direcionada de maneira segura para o solo, evitando danos à estrutura ou equipamentos.
Estes condutores de descida devem ser protegidos e instalados de maneira a minimizar os riscos de
dano ou falha.
◗ Verificação e Manutenção: Após a instalação, é crucial verificar regularmente o estado do para-raios,
dos condutores e do sistema de aterramento. Qualquer dano ou corrosão pode comprometer a efi-
cácia do sistema.
Por fim, vale ressaltar que a instalação de um para-raios é uma tarefa que deve ser realizada por profis-
sionais qualificados e familiarizados com as normas e procedimentos específicos. A segurança e a eficácia
do sistema de proteção contra raios dependem de uma instalação adequada e de manutenção regular.
POTÊNCIA 77
ARTIGO
PROTEÇÃO CONTRA RAIOS
Ă Tecnología inteligente.
1. “Cost of Power Interruptions to Electricity Consumers in the United States (U.S.)” LBNL-58164 (2006) https://www.osti.gov/biblio/908489
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SUMÁRIO
Foto: ShutterStock
POTÊNCIA 80
EXPO & FÓRUM
Centro de Convenções
Frei Caneca - São Paulo (SP)
07 e 08 de Outubro de 2024
O gráfico abaixo é uma excelente contribuição extraída do relatório de umas das Agências do De-
partamento de Energia Norte-Americano e traz uma reflexão muito objetiva comparando a qualidade de
fornecimento de energia elétrica medida pelo SAIDI com o percentual de redes subterrâneas de diversos
Países. Embora saibamos que existem particularidades regulatórias na apuração dos indicadores de qua-
lidade, para efeitos deste artigo técnico, o valor do Brasil foi inserido para mostrar nosso posicionamento
nesta análise e, notamos que, a exemplo do mercado de distribuição de energia norte-americano, temos
muito ainda que evoluir se comparado com o mercado europeu.
Baseado nos dados anteriormente expostos, as empresas de energia elétrica nos EUA têm se mobiliza-
do para gerar programas de conversão de redes aéreas para subterrâneas demonstrando a preocupação
POTÊNCIA 81
EXPO & FÓRUM
Centro de Convenções
Frei Caneca - São Paulo (SP)
07 e 08 de Outubro de 2024
nacional sobre o tema. Abaixo, destacamos somente algumas iniciativas que estão sendo geradas motiva-
das por diferentes fatores como respostas as mudanças climáticas que o nosso Planeta vem observando:
“As linhas elétricas subterrâneas são mais confiáveis do que as linhas aéreas particu-
larmente durante furacões e condições meteorológicas severas, quando as árvores,
a vegetação e os detritos levados pelo vento podem causar interrupções nas linhas
aéreas. Nos últimos anos, tem havido um interesse crescente por parte de clientes
Florida
individuais e comunidades em ter as suas linhas aéreas substituídas por linhas subter-
Power & Light râneas para melhorar a confiabilidade ou por razões estéticas.”
https://www.fpl.com/reliability/underground-conversions.html
“Enfrentar os desafios climáticos do nosso estado requer ações ousadas. É por isso
que planejamos enterrar 10.000 milhas, ou aproximadamente um terço das nossas
linhas elétricas aéreas, em áreas de alto risco de incêndios florestais. Este é o maior
programa desse tipo nos EUA.”
ttps://www.pge.com/en_US/residential/customer-service/other-services/electric-un-
h
dergrounding-program/electric-undergrounding-program.page
“Como parte de nossos esforços contínuos para reduzir o risco de incêndios florestais
e o impacto dos cortes de energia na segurança pública durante condições climáticas
extremas, a San Diego Gas & Electric (SDG&E) realizará vários projetos em linhas de
energia subterrâneas.”
https://www.sdge.com/undergrounding-overhead-powerlines
POTÊNCIA 82
EXPO & FÓRUM
Centro de Convenções
Frei Caneca - São Paulo (SP)
07 e 08 de Outubro de 2024
Em que pese a questão de redes subterrâneas não serem as únicas respostas para melhora de per-
formance de sistemas elétricos, elas figuram entre os planejamentos de longo prazo da maioria da con-
cessionarias de energia elétrica nos EUA para garantir a boa prestação de serviços para as comunidades
que servem.
2. Advanced Research Projects Agency - Energy (ARPA-E) - U.S. Department of Energy: Grid Overhaul with Proactive, High-Speed Undergrounding for Reliability,
Resilience, and Security (GOPHURRS)
POTÊNCIA 83
EXPO & FÓRUM
Centro de Convenções
Frei Caneca - São Paulo (SP)
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Para as empresas municipais (16% dos clientes dos EUA) e as cooperativas elétricas (13% dos clientes
do EUA), as decisões de investimentos também são feitas anteriores a aplicação dos recursos, porém
avaliadas localmente pelo citizen board.
Concluindo
Olhando para “dentro de casa”, hoje no Brasil, um dos temas não pacificados e que vem à tona quan-
do falamos de redes subterrâneas de energia elétrica é o conceito de reconhecimento do investimento
prudente: as concessionarias têm receio de que investimentos em redes subterrâneas não sejam re-
conhecidos pela ANEEL quando da revisão tarifária sendo estes potencialmente caracterizados como
investimentos não prudentes e, portanto, devendo ser transformado em despesa e não em investimento
impactando o resultado operacional da Organização. Pelo modelo utilizado nos EUA, os investimentos
são aprovados antes de serem aplicados o que elimina qualquer preocupação da concessionária de não
reconhecimento do investimento.
Outro ponto que ajuda a suportar programas de conversão de redes aéreas para subterrâneas nos
EUA é o reconhecimento dos investimentos na tarifa através de repasse conforme cronograma de obras.
Este é um ponto crucial para manter o equilíbrio econômico-financeiro da empresa de energia e permite
que os investimentos sejam mais contínuos e perenes pois não se aguarda todo um ciclo tarifário para
análise e repasse dos investimentos para a concessionária via tarifa.
Em que pese sabermos que a tarifa não pode ser a única forma de cobrir os custos de um plano es-
truturado de conversão de redes aéreas para subterrâneo, os modelos regulatórios aplicados em países
como os EUA têm trazido incentivo para as concessionárias em construir programas como estes sem que
a agência reguladora abra mão de um de seus mais importantes papeis que é garantir tarifas justas para
todos os clientes de nossas comunidades.
Foto: Divulgação
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E VOLTE AO
SUMÁRIO NILSON BARONI JR. PMP, CONSULTOR,
ESPECIALISTA EM REDES SUBTERRÂNEAS
POTÊNCIA 84
19ª-
EDIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA E TELECOM
EXPO &
FÓRUM
A integração das Redes Subterrâneas com as energias
renováveis, cidades inteligentes e condomínios privados
Realização e Promoção
Foto: ShuttrerStock
POTÊNCIA 86
ARTIGO
PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
◗ número estimado de pessoas ao redor do tanque (em geral são muito poucas pessoas);
◗ o tipo de Sistema de Proteção contra Raios (Nível de Proteção);
◗ os meios para restringir as consequências do incêndio;
◗ medidas de proteção contra tensões de toque e de passo na estrutura e linhas elétricas;
◗ as características das linhas elétricas com fios metálicos (alimentação dos sensores);
◗ os dispositivos de proteção contra surtos (SPD) instalados;
◗ o tipo de produto combustível no tanque;
◗ valores econômicos da estrutura (costado, cobertura, acessórios e produto) para cálculo do R4 (Risco
de perdas econômicas).
Com estes dados é possível calcular o risco de perda de vidas humanas (R1), o risco de perda de ser-
viço ao público (R2) e de perda econômica (R4). Caso estes riscos estejam acima dos valores toleráveis,
as medidas de proteção deverão ser ajustadas até que os riscos estejam dentro dos valores toleráveis.
Conhecendo as medidas de proteção necessárias para ter riscos toleráveis, é possível projetar um
Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) que proteja contra descargas atmosféricas
diretas no tanque e evite centelhamentos perigosos.
POTÊNCIA 87
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PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
2.2 Opção 2: Tanques de menores dimensões, com linhas captoras em paralelo (ver Figura 02).
Figura 02: Domo geodésico de alumínio com subsistema de captores com condutores em paralelo.
Os mini captores (terminais aéreos) - (A4) especificados para este domo podem ser pequenas hastes
de alumínio fixadas no topo dos isoladores do pedestal (A3), sendo arredondadas e maciças com área de
seção mínima de 200 mm² e diâmetro mínimo de 16 mm. As extremidades das hastes deverão ser inter-
ligadas entre si (A5) e ao mastro angular periférico soldado ao tanque (A1), conforme a linha de captação
(A5) mostrada nas Figuras 02, 03, 06 e 07.
Os isoladores tipo pedestal (A3) devem ser fixados nas placas de reforço dos nós (A2) do domo (Figura
04), conforme a Figura 3.
POTÊNCIA 88
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PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
2.3 Opção 3: Tanques de dimensões maiores, com linhas captoras em malha (ver Figura 05).
A Opção 3, ao contrário da Opção 2, são feitas interligações transversais nas linhas de captação para-
lelas. O dimensionamento e posicionamento destes conjuntos haste-isolador dependerão do tamanho de
cada tanque. O que vai definir se o tanque é menor ou maior é o Nível de proteção escolhido e o raio da
esfera rolante. A esfera rolante deve “rolar” ao longo de cabos de alumínio paralelos ou em malha, sem
tocar no domo. A fixação final de cada conjunto de cabos paralelos/malha será no conjunto de mastros
periféricos laterais soldados no costado do tanque (conforme Figura 6).
Em geral, os costados dos tanques possuem capacidade de conduzir as correntes da descarga atmos-
férica sem aumento perigoso da temperatura e sem centelhamentos.
A Figura 07 mostra um detalhe da haste (A4), do isolador tipo pedestal (A3) e sua fixação na placa de
reforço dos nós do domo (A2) e do condutor da linha de captação (A5).
Figura 07: Detalhe do conjunto de fixação da linha captora com isolador e haste
POTÊNCIA 89
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PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
O subsistema de descida fica na lateral do tanque e o subsistema de aterramento deve seguir as recomenda-
ções da ABNT NBR 5419-3: 2015 [1] que depende se o tanque será isolado ou instalado em parque de tanques.
Considerando que o ambiente ao redor do tanque, principalmente na parte superior, pode ser com-
bustível (por exemplo, perto dos respiros), deve ser realizado um cálculo da elevação de temperatura dos
componentes do SPDA conforme o item D.4.1.1 da Norma ABNT NBR 5419-1: 2015 [2].
Um exemplo deste cálculo para a haste projetada será descrito a seguir:
Considerando que o raio atingirá diretamente uma haste de alumínio e que esta conduzirá toda a cor-
rente do raio com seção transversal de 200 mm² (valor mínimo para mini captores de alumínio) e conside-
rando as seguintes características dos diversos parâmetros:
◗ α - coeficiente de temperatura da resistência = 4,0 × 10-3 [1/K]
◗ W/R - energia específica do impulso de corrente = 10 [MJ/Ω] = 107 [J/ Ω]
◗ ρ0 - resistência ôhmica específica do condutor à temperatura ambiente = 29 × 10-9 [Ωm]
◗ q - área da seção transversal do condutor estudado = 200 [mm²] = 200 × 10-6 [m²]
◗ γ - densidade do material = 2700 [kg/m³]
Utilizando a Equação (1), podemos estimar o aumento de temperatura do condutor de alumínio do domo:
(1)
Considerando a energia específica máxima descrita na norma ABNT NBR 5419-1 [2] e considerando que
toda a corrente do raio passará pela haste, o aumento de temperatura na haste de alumínio será de 3,0 K.
Considerando a mesma metodologia e demais componentes do SPDA, calculamos os seguintes au-
mentos de temperatura:
◗ interligação entre as hastes e o guarda-corpo do tanque ou mastros periféricos com fio de cobre com
seção 35 mm²: 46 K;
◗ interligação entre as hastes e o guarda-corpo do tanque ou mastros periféricos com cabos de alumí-
nio com seção de # 67,35 mm²: 27 K.
Com estes componentes verificamos que as temperaturas nos componentes estudados não atingem
valores que possam provocar uma explosão para os principais tipos de combustíveis.
Cuidado especial deve ser tomado em locais com válvulas e respiros que possam criar uma atmosfera
explosiva e possam ser um caminho das descargas atmosféricas.
POTÊNCIA 90
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PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
Para isso, cálculos foram desenvolvidos considerando o modelo apresentado na Figura 08.
Considerando a Opção 2 (menor custo e que acarreta maiores valores de tensão no isolador, portanto
a favor da segurança).
Os principais parâmetros são valor de corrente de pico (Ip), tempo de frente (tf) e tempo de meia cauda
(th), conforme mostrado na Tabela 1.
Tabela 1 – Dados de entrada utilizados nos cálculos (adaptado de [5])
Porém, para estimar a sobretensão no isolador é necessário conhecer o valor de di/dt (derivado da
corrente, mostrado na Equação 2), pois com base neste parâmetro e na indutância típica da haste para
surto, é possível calcular a sobretensão, conforme resultados da Tabela 2.
(2)
onde L é a indutância da haste vista pelo surto de corrente e di/dt é a derivada referente ao tempo de
subida da corrente. Normalmente, o valor da indutância L é da ordem de 2 µH/m para o canal do raio [4],
cujo valor também é semelhante para a haste.
Tabela 2 – Valores das sobretensões calculadas através da Eq. 2.
Porcentagem que excede o valor tabulado 50% 5%
Parâmetros di/dt (kA/µs) Umax (kV) di/dt (kA/µs) Umax (kV)
Primeira descarga de retorno 12 24 32 64
Descarga subsequente 40 80 120 240
Considerando este modelo, para um caso extremo, o valor de sobretensão obtido fica em torno de 240
kV, para o caso de uma descarga subsequente, considerando a Tabela 2.
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Referências
[1] Associação Brasileira de Normas Técnicas - “ABNT NBR 5419-2: 2015 - Proteção contra Descargas
Atmosféricas - Parte 2: Gerenciamento de risco”, Brasil, 2015.
[2] Associação Brasileira de Normas Técnicas - “ABNT NBR 5419-3: 2015 - Proteção contra Descargas
Atmosféricas - Parte 3: Danos físicos a estruturas e perigos à vida”, Brasil, 2015.
[3] Associação Brasileira de Normas Técnicas - “ABNT NBR 5419-1: 2015 - Proteção contra Descargas
Atmosféricas - Parte 1: Princípios gerais”, Brasil, 2015.
[4] Associação Brasileira de Normas Técnicas - “ABNT NBR 5419-4: 2015 - Proteção contra Descargas
Atmosféricas - Parte 4: Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura”, Brasil, 2015.
[5] V. A. Rakov e M. Uman, “Review and Evaluation of Lightning Return Stroke Models Including Some
Aspects of their Application,” IEEE Trans. on Electromagnetic Compatibility, Vol. 40, No. 4, novem-
bro 1998.
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POTÊNCIA 92
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GESTÃO DE RISCOS
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POTÊNCIA 94
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GESTÃO DE RISCOS
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detalhado para identificar possíveis riscos em cada máquina), avaliar as consequências (medição do impac-
to potencial de cada risco na segurança dos trabalhadores e na operação geral) e gerir e mitigar os riscos
(implementação de medidas de segurança adequadas para reduzir os riscos e proteger os trabalhadores).
Infelizmente, a grande problemática é que muitas das indústrias não possuem uma cultura forte e consoli-
dada acerca da segurança do trabalho, ou seja, temas como NR-12 e elaboração dos estudos de áreas classi-
ficadas se tornam um “segundo plano”, nos quais entram em ação após a ocorrência de algum sinistro em seu
ambiente de trabalho. É preciso mudar a mentalidade e estabelecer uma cultura por um futuro mais seguro.
Mas, afinal, quanto custa não investir em segurança de máquinas? Despesas médicas – alto custo com
tratamento de ferimentos e reabilitação; processos judiciais – multas, indenizações e gastos com advo-
gados e tribunais; danos a equipamentos – reparos ou substituição de máquinas danificadas; interrupção
da produção – downtime nas operações e perda de pedidos e contratos; perda de produtividade – baixo
desempenho devido a colaboradores lesionados ou inseguros; e reputação danificada – perda de clien-
tes e dificuldade em atrair novos negócios – são os principais custos.
Outra causa
Não menos importante, uma outra causa de acidentes industriais é a falta de investimentos em estudo
de área classificada – local com probabilidade de formação de uma atmosfera explosiva devido à nature-
za da sua operação, seja de gás/líquidos inflamáveis ou poeira combustível. O correto é que essas áreas
passem por uma análise minuciosa dos riscos e que todas as condições e características das misturas
combustíveis, que estejam presentes no local, sejam identificadas, conhecidas e classificadas.
Sendo assim, podemos concluir que os investimentos em segurança em máquinas e em estudo de
área classificada são essenciais para evitar riscos, proteger os trabalhadores e ga-
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POTÊNCIA 95
ARTIGO
ENGENHARIA
90 anos da Regulamentação
da Engenharia no Brasil
A
regulamentação da Engenharia no Brasil se sucedeu décadas após os Estados Unidos da Amé-
rica regulamentarem o exercício profissional da Engenharia. Os EUA começaram a regulamen-
tação da Engenharia no fim do século IX, sendo que em 1891 o Estado da Califórnia aprovou a
primeira lei de licenciamento da Engenharia. Em 1907, o Estado do Wyoming aprova sua primeira
lei de licenciamento da Engenharia e em 1950 todos os estados dos EUA, além do Alasca, Havaí, Distrito
de Columbia e Porto Rico, aprovaram suas leis de licenciamento da Engenharia.
Entretanto, a primeira reunião de Conselhos Estaduais de Licenciamento da Engenharia ocorreu em
Chicago, no ano de 1920, com a participação de 7 dos 10 conselhos dos estados que têm lei de licencia-
mento. Por isso, em 2020 o NCEES (Conselho Nacional de Licenciamento de Engenheiros e Agrimenso-
res) comemorou 100 anos.
No Brasil a regulamentação da Engenharia começou no século XX, na década de trinta. Especificamen-
te em 11 de dezembro de 1933, o Presidente Getúlio Vargas fez publicar o Decreto Federal nº 23.569, que
exordiou a regulamentação do exercício profissional da engenharia no Brasil e instituiu o Sistema CONFEA/
CREA, conjunto de autarquias federais responsáveis pela verificação, controle e fiscalização dos engenhei-
ros e empresas de engenharia no território nacional.
Assim, enquanto no Brasil adotamos o mo-
delo de autorregulamentação continental
europeu, os Estados Unidos adotam o
modelo inglês. Nosso país tendo au-
torregulamentação da engenha-
ria estatal e os americanos por
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POTÊNCIA 96
ARTIGO
ENGENHARIA
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perigoso cenário de execução de obras e serviços
da engenharia por leigos e estrangeiros sem for-
mação profissional e habilitação certificada.
Entretanto, logo após a criação do Sistema CONFEA/CREA, verificou-se a falta de lastro financeiro
para cumprimento de suas atribuições administrativas de verificação, controle e fiscalização do exercício
profissional da engenharia, agronomia e arquitetura, razão pela qual foi instituída a obrigação tributária de
pagamento de anuidade pelos profissionais registrados nos Conselhos Regionais, através do Decreto-Lei
nº 3.995, de 31 de dezembro de 1941. Por sua vez, o Decreto-Lei nº 8.620/1946 estabeleceu a natureza
jurídica autárquica dos mencionados Conselhos de Fiscalização Profissional.
Com a vigência da Constituição de 1934, sobreveio a determinação de que somente a lei formal – e
não mais decretos regulamentares autônomos – poderia estabelecer restrições à liberdade de exercício
de qualquer profissão, situação que não estaria contemplada com os efeitos jurídicos dos Decretos Fede-
rais nº 23.569/1933 e 23.196/1933.
Assim, em 24/12/1966 foi publicada a Lei Federal nº 5.194 destinada a disciplinar o exercício das pro-
fissões de engenheiro, arquiteto e engenheiro-agrônomo, instituindo regra de transição para salvaguarda
de direitos adquiridos, ao preconizar que os profissionais já em exercício laboral e os estudantes ma-
triculados em instituições de ensino na data da publicação da lei não seriam prejudicados pelas novas
disposições normativas (art. 86).
A discriminação das atividades e campos de atuação das diferentes modalidades profissionais da enge-
nharia, arquitetura e agronomia deu-se, por força da edição da Resolução Confea nº 218, de 29 de junho de
1973, abrigada no poder-dever regulamentar tipificado no art. 27, alínea “f” da Lei Federal nº 5.194/66, de modo
a assegurar a fiel execução do diploma legal de regulamentação das profissões liberais então catalogadas.
Nos tempos atuais, passados noventa anos da criação do Sistema CONFEA/CREA, o sistema multipro-
fissional tem mais de um milhão de profissionais registrados e mais de trezentas mil empresas registradas.
Assim, demonstra-se a dimensão do Sistema CONFEA/CREA, conselho de fiscalização multiprofissional
um sistema de autarquias federais parafiscais através do qual o Estado Brasileiro garante a qualidade e
segurança nas obras e/ou serviços da Engenharia, Agronomia, Geologia, Geografia e Meteorologia
através da verificação, controle e a fiscalização do exercício profissional visando ao benefício e à
proteção dos interesses da sociedade.
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ENG. ELETRICISTA ROGERIO MOREIRA LIMA COORD. NACIONAL ADJUNTO
DA CCEEE/CONFEA COORD. REGIONAL DA CEEE/CREA-MA, DIRETOR DE INOVAÇÃO
SUMÁRIO DA ABTELECOM, MEMBRO DA AMC E PROFESSOR DO PECS/UEMA
POTÊNCIA 97
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ENERGIA FOTOVOLTAICA
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POTÊNCIA 98
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ENERGIA FOTOVOLTAICA
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Não é à toa que o país hoje ocupa a 8ª colocação no ranking mundial de produção de energia solar,
além de somar mais de 20 mil empresas voltadas para a geração fotovoltaica. Todo esse panorama, soma-
do ao avanço intenso da tecnologia, contribui para que a fonte de energia se torne cada vez mais acessí-
vel à população. De acordo com dados publicados pela Absolar, o custo médio de um módulo fotovoltaico
caiu cerca de 80% durante a última década.
No entanto, há de se destacar que o atual nível da disrupção inerente ao mercado fotovoltaico é tanta
que já é possível os consumidores também aproveitarem os benefícios sem nem mesmo precisar instalar
placas solares no imóvel. Graças ao modelo chamado de geração compartilhada, em que a energia limpa
é captada em parques solares e depois inserida na rede da distribuidora da região, a população consegue
desfrutar do benefício através de uma adesão simples e gratuita.
Assim, a companhia que oferta esse tipo de serviço promove economia a curto prazo, sem a necessi-
dade de investimento em equipamentos ou de possíveis adaptações na casa.
Por todas essas razões, o Brasil está bem posicionado para aproveitar todo o potencial da energia
solar. Pela maturidade e o rápido avanço que o mercado vem demonstrando, a tendência é de que as
instalações e equipamentos fotovoltaicos fiquem ainda mais baratos nos próximos anos, fazendo com
que mais pessoas a utilizem. Com esse cenário, quem só tem a agradecer é o meio ambiente e o bolso
da população.
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SUMÁRIO KIM LIMA DIRETOR DE COMERCIAL E
MARKETING DA EVOLUA ENERGIA
POTÊNCIA 99
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AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
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POTÊNCIA 100
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AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
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Entre as principais tendências nas linhas de produção de diversos setores está a adoção de Inteligên-
cia Artificial e de estratégias de Manutenção Preditiva para garantir alta produtividade e qualidade. Essa
transformação requer comunicação de alta velocidade e controle determinístico de grandes volumes de
dados dos sistemas de TI.
A comunicação inovadora proporcionada pelas redes TSN aumenta a eficiência dos processos e a
produtividade, com redes inteligentes que suportam comunicações industriais, com fácil configuração dos
dispositivos. Além disso, suporta diagnóstico de softwares de terceiros, permitindo a solução de proble-
mas de dispositivos de rede.
O uso de redes TSN em aplicações de automação industrial certamente beneficiará os usuários finais
em diversos setores, oferecendo a capacidade de mesclar diferentes tipos de tráfego de dados, levando a
ambientes mais flexíveis e colaborativos. Ao mesmo tempo, isso simplifica arquiteturas de rede, tornando-
-as mais econômicas, e promove sistemas integrados de hardware e software.
Reconhecida por representar o futuro da Ethernet Industrial, pois estabelece os princípios para fábricas
inteligentes e conectadas orientadas por dados, a rede TSN é mais do que uma simples solução ao nível
de produto, é uma tecnologia que oferece uma solução sistêmica para apoiar o determinismo, a conver-
gência e a transparência dos processos. Esses recursos inovadores são a razão pela qual a adoção do
TSN faz parte dos mais inovadores projetos de automação industrial.
Os dados do mercado comprovam essa adesão. Segundo estudo da Global Market Insights, o volume
de venda da tecnologia TSN ultrapassou US$ 200 milhões em 2019 e deverá ter
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uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de mais de 30% entre 2020 e
2026, elevando o tamanho do mercado para mais de US$ 1 bilhão até o final desse
período. É uma tendência que a cada dia se consolida como o novo normal.
POTÊNCIA 101
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SEGURANÇA ENERGÉTICA
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POTÊNCIA 102
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SEGURANÇA ENERGÉTICA
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MARCOS PEGO PRESIDENTE
SUMÁRIO EXECUTIVO DA ENGETRON
POTÊNCIA 103
VITRINE
FILTRO DE LINHA
A TS Shara, fabricante nacional de nobreaks e estabilizadores de energia, anuncia novo modelo de filtro de
linha para proteção contra picos de tensão. O lançamento faz parte da estratégia da companhia em capilarizar
ainda mais suas soluções e produtos de proteção de energia no segmento residencial. Os novos filtros de linha
da TS Shara estão disponíveis nas versões com 4, 6 ou 8 tomadas, e contam com entrada e saída bivolt de 115 V
/ 220V, uma chave liga e desliga com disjuntor rearmável de proteção e um cabo de alimentação de 1,5 metro. Os
filtros de linha são um dos itens core do portfólio de produtos da TS Shara, trazendo aos consumidores mais pro-
teção a choques elétricos e praticidade no dia a dia. Eles funcionam como um protetor de energia básico, po-
rém essencial, protegendo equipamentos como notebooks, desktops, impressoras, TVs, home theaters, além
de diversas outras aplicações domésticas e profissionais que necessitam de proteção básica e mais tomadas
para conexões de outros aparelhos, respeitando o limite de potência a serem conectados em suas instalações
contra curtos-circuitos e choques elétricos. Outro ponto a se destacar é que um equipamento conectando a um
filtro de linha fica coberto contra picos de tensão e ruídos eletromagnéticos oriundos da rede elétrica.
INVERSOR DE FREQUÊNCIA
A multinacional japonesa Yaskawa Elétrico do Brasil, referência na fabricação de inversores com
reconhecimento mundial pela eficiência e confiabilidade dos seus produtos, lança no mercado na-
cional o inversor de frequência FP605 capaz de conferir uma redução de até 60% dos custos de
energia e 50% de redução de emissão de CO₂, graças as funções dedicadas desse inversor, que
reduzem o consumo de energia de bombas e ventiladores. Essas reduções podem ser estimadas
através de um software que possibilita o cálculo do retorno do investimento, utilizando os dados
dos sistemas (carga instalada, ciclo de trabalho das máquinas e custo da instalação). “Além da redu-
ção dos custos de energia, os inversores FP605 possuem um operador digital gráfico, com menus
e descrições de parâmetros bastante intuitivos, permitindo parametrização e monitoramento fáceis
e rápidos, otimizando o tempo de colocação em marcha do inversor”, explica Guilherme Silva, da
Departamento de Engenharia de Aplicação da Yaskawa Elétrico do Brasil. Guilherme Silva ressalta
que os inversores da marca Yaskawa Elétrico possuem um MTBF de até 28 anos, “isso significa que,
dependendo de fatores externos, há menos paradas de máquina devido a falhas no drive”, justifica.
TESTADORES DE ISOLAMENTO
A Fluke do Brasil anuncia o lançamento dos Testadores de Isolamento Fluke 1535 e Fluke 1537. Adequa-
dos para aplicações industriais e solares, os novos equipamentos chegam para o portfólio da companhia com a
capacidade de testar uma ampla gama de equipamentos de forma rápida e fácil. Dentre as funcionalidades dos
testadores, destacam-se os testes de tensão selecionáveis; alcance de até 500 GΩ na medição da resistência
de isolamento; cálculos inteligentes, alta capacidade de medição e recursos de segurança aprimorados, em con-
formidade com a categoria de segurança CAT IV 600V. Segundo Osvaldo Conegundes, gerente de Produtos
LATAM da Fluke, os testadores de isolamento são essenciais na rotina de manutenção, pois podem ser usados
para determinar a integridade de enrolamentos ou cabos em motores, transformadores, painéis de distribuição
e instalações elétricas. “O motivo mais importante para testar o isolamen-
to é garantir a segurança pública e pessoal. Além disso, os testes são
importantes para proteger e prolongar a vida útil dos sistemas elétri-
CLIQUE cos e dos motores, uma vez que podem fornecer informações va-
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liosas sobre o estado de deterioração dos isolamentos, ajudan-
do a prever possíveis falhas do sistema”, explica Conegundes.
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POTÊNCIA 104