Você está na página 1de 2

Não há coisa mais libertadora do que andar a noite, por volta das 23:56.

E nesse horário
que a liberdade reina sobre o nosso planeta, e nesse horário de dias escuros sem a lua de
preferência (porque nem ela é tão imperceptível assim) pq é na escuridão que as criatura
mais tímidas se libertam, mostrando seus verdadeiros corpos, e sem vergonha de si, se
deixando nu, sem pertinho algum não tem mais perigo, sabem que é seguro, as vezes dá
medo, pq qualquer gatinho abandonado cassando seu alimento com calma podem te
assustar. Você criatura que prefere a calmaria com um frio na barriga que calma todo o
suspense tímido de filme de terror romântico. Então vaga junto com a escuridão, e sua
única companhia é a sombra que se permite fazer com as luzes artificiais da cidade, e até
ela se assusta as vezes com algum carro que se atreve a se arriscar na noite vazia, ou
algum menino perdido de bicicleta com a coragem de pedalar sem medo de abstaculos,
com a bermuda curta sem camisa sente o frio na barriga e o vento nos cabelos, com o rosto
quente do suor frio, o coração palpita ferozmente com nariz escorrendo e a adrenalina
passando pelo coração, ele se atreve, mas o medo maior é o da mãe ao chegar em casa e
não de se aventurar pela madrugada, mas o pior, para qualquer trabalhador, que mostra
sua tristeza com a calma do mundo externo tão escandaloso e volume minimo, ele se
atreve a trabalhar no seu único horário possível, talvez tão revoltado com que fizesse o frio
triplicar, que logo se mescla com a o corpo a mil no seu ridmo mais calmo e estranho, você
se assusta com a vida, o que o faz a repensar tudo, e do porque as coisas são assim, e te
faz manifestar como o casal na sua noite sobre os lençóis discuti com o entregador sobre o
pedido feito errado por um restaurante pedido por um aplicativo de celular na casa deles, e
tudo é jogado com força como se q culpa da noite ter dado tão errado e assumir na comida
que ela não o ama mais, porém quem chora no final é o entregador na estrada vazia que o
ameaçam tirar seu único meio restante de trabalho digno para sua condição de acordo com
a sociedade patriarcal burguesa. E cada lágrima na noite acabada por conta de todo o bolo
ser de chocolate com cobertura de morango e não o inverso, faz o pensar em toda sua vida
como se tudo fosse um fracasso, e chorar em alta velocidade não era o melhor, mesmo
você refletindo sobre o que é o melhor, o que de fazia melhor ou o que lhe traria paz, vida
ou salvação e resolução de problemas como se isso fosse o único meio de salvação e fim
para você de acordo e imposto por nossa sociedade patriarcal burguesa, e você sofre mais,
a ponto de nem o sinal de gasolina baixa querer te fazer parar no posto como um sinal de
calmaria e salvação, como se o que você está preste a fazer era o seu fim, e te faz pela
primeira vez te fazee perceber que a sua vida ou morte está em suas mãos e não na do
destino ou pelas mãos dos outros, você escolhe escolher ou viver sua vida é apenas sua,
ninguém tá no comando de nada, não é uma simulação é apenas você no controle
escolhendo sobre si próprio, e está entre escolher parar e continuar, você para, aflito e
pasmo, com toda a eternização que teve sobre sua vida, e cada barreira se quebra não te
fazendo ter medo pois sabia dirigir, eram anos indo e vindo, você sabe o que fazer e na
velocidade certa para isso, então você corre apos encher o tanque e corre mais, quer se
sentir livre, a ponto de nem as ligações do restaurante do aplicativo o fizessem parar, e
você se sente, e sente na pele o vento de tocar, o tocar de leve, sem invadir ou ameaçar
entrar, era apenas tocar e você aceitava sentido cada grão era uma admiração sem culpa,
um toque silencioso que o faziam sentir, e vida começa a reinar nesse corpo que se
percebeu na admiração do ser você não era corrente dele, o sistema não pode te prender,
da para se viver, é possível e você não liga para mais nada só quer ser feliz e quando
amanhece você sente a tristeza se mesclar com felicidade no rosto de um mendigo, que
dormia tão profundo suspirando frio que o matava por dentro sem proteção externa era se
salvar na propria pele, mas quando se encontrava no mundo dos sonhos, podia ele ser feliz
as vezes, e livre, mesmo sendo triste, sendo ele. E isso era libertador, mas melhor do que
acordar para realidade era vive-la, mas sentir o ar e o pingo de sol no rosto que te fazer
sentir a fonte quente no rosto é como abrir a geladeira ou abir a panela do arroz recém feito
era sentir o pingo de calor e vida no próprio corpo que sente a verdade e sabe que pode
não viver até hoje, ou se pode comer, se a última refeição vai ser dali a no mínimo duas
horas ou se será a de ontem das 9:00 da manhã, e se será o fim ou sua vitória, pensar se
talvez sua vida mudaria hoje não era da sua responsabilidade não era sua vida nas suas
mãos porque simplesmente isso tá longe de ser possível, principalmente se você não tem
um plano então te resta aceitar a sua verdade imposta pela sociedade patriarcal burguesa
era apodrecer e se torcer nas ruas por centavos perdidos em bolsos diariamente usados
com conhecimentos avançados a cada bolso usado. Era sua vida na mãos de pessoas nem
tão melhores que você, mas tamben nem tão parcialmente, você tem um pouco de controle
sobre ela ainda, mas cabe a você sobrivever, vai a luta, faça merecer, se joga no mundo e
se deixa derramar junto a ele, até chegar toda seu cheiro aos ouvidos que não se podem
ser tão tampados, você se faça moradia nas principais refeições, até o fazerem perceber
que são o responsáveis pela própria sujeira. Mas voltamos para o cara que as 23:56
passava pela minha janela, andando pela rua escura sem medo e vergonha talvez levando
vários sustos com os gatos que corriam loucamente pela rua esse dia, mas ele ia seguindo
com os braços cruzados e pernas juntas vez ou outra puxava sua cueca sem vergonha e
medo de ser visto. Era a liberdade e independência. Era como encontrar poder na escuridão

Você também pode gostar