Em primeiro lugar, agradeço a presença de todos vocês…acho que nunca uma

assembleia geral teve tanta audiência como a de hoje…. A vossa presença é um indicador que
vocês gostam disto tal como eu…que se importam… e que querem saber o que se passa em
torno desta que é a segunda casa de todos nós.

Como nos foi ensinado na escola…para que haja um bom funcionamento, são
necessárias leis, regras etc, só assim conseguimos viver em grupo, isto é, um princípio básico...
assim, como em qualquer outra instituição, as bandas filarmónicas também elas têm de ter um
regulamento e/ou estatutos onde cada músico consegue saber quais são os seus deveres e
direitos dentro da instituição, bem como que cargos existem e quem os constitui. Acredito que
muitos de vocês não sabem o papel que o conselho fiscal tem numa banda e é por isso que vos
vou contextualizar.

De acordo com os estatutos da Banda de Música da Portela, segundo o artigo 47

compete ao conselho fiscal inspecionar e verificar os atos de administração e em especial, (ler
os estatutos) …. Apresentados pela direção… e é esse ponto que advém esta reunião.

De facto, após a aprovação das contas da época de 2022 houve uma reunião onde ficou
acordado que a direção iria entregar conselho fiscal os mapas mensais com as entradas e
saídas de dinheiro para que houvesse um maior controlo financeiro.

No entanto, até hoje não me foram entregues documentos nenhuns para cumprir a
minha função, pedi por mensagem, pedi pessoalmente e até criei um grupo com alguns
elementos da direção onde as respostas que obtive foram: (ler as respostas: “não tenho
acesso”, “não tenho documentos…)

Após 5 meses de insistência e visto que nem a própria direção se consegue organizar
para me dar o que pretendo para executar o meu cargo, o último meio que eu tive para
definitivamente poder exercer a minha função como presidente do conselho fiscal foi convocar
esta reunião.

Numa banda de música tão conceituada como a nossa e já com tantos anos, este tipo
de situações estarem a acontecer é simplesmente uma vergonha e ridículo. Mas é somente o
sinónimo de uma falta de transparência e de um desrespeito absurdo. Por isso pela última vez
pretendo que me entreguem (volto a pedir) e pretendo que a direção me dê tempo para
verificar todos estes documentos. Assim que a analise esteja feita comunico à direção.

Espero que este tipo de situações não se volte a repetir porque o bom funcionamento
da banda é do interesse de todos e é importante que corra tudo bem como esta definido nos
estatutos. Não quero tirar ninguém do seu lugar, valorizo o trabalho de todos, simplesmente
quero que as coisas sejam claras, que haja controlo, mas acima de tudo peço mais respeito.

Somos uma família e é em equipa que deveremos trabalhar.