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Para o trânsito ser feito de uma forma ordenada foi necessário criar um conjunto de regras no caso
dos veículos se cruzarem nos seus trajectos, assim temos as regras gerais de prioridade e regras
de cruzamento de veículos.
O condutor sobre o qual recaia o dever de ceder a passagem deve abrandar a marcha, se
necessário parar, ou, em caso de cruzamento de veículos, recuar, por forma a permitir a passagem
de outro veículo, sem alteração da velocidade ou direção deste. O condutor com prioridade de
passagem deve observar as cautelas necessárias à segurança do trânsito.
Regra Geral: Nas praças, cruzamentos e entroncamentos o condutor deve ceder passagem aos
veículos que se apresentem pela direita.
Qualquer condutor que saia de uma passagem de nível tem prioridade de passagem sobre todos
os veículos.
Os condutores de velocípedes desde Janeiro de 2014 que não são obrigados a ceder a passagem
a veículos com motor, no entanto devem ceder passagem a todos os veículos (com ou sem motor)
que se apresentem à sua direita incluindo os condutores de veículo de tração animal ou de animais.
Esta situação gera alguma confusão e por vez os candidatos são incorretamente informados pelas
escolas de condução que os velocípedes são equiparados a veículos com motor e por isso não
cedem passagem aos veículos de tração animal.
Por estas razões contactámos a Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária (ANSR) para
confirmar esta situação: Fica assim confirmado que os velocípedes não são equiparados a
veículos com motor e são obrigados a ceder passagem aos condutores de veículos de tração
animal e de animais quando estes se apresentam à sua direita.
Dentro das localidades os condutores devem ceder a passagem aos veículos de transporte coletivo
de passageiros quando estes assinalam devidamente a sua intenção de iniciar a marcha.
São veículos prioritários os veículos que assinalam devidamente a sua marcha de urgência,
esta denominação termina assim que não assinalarem a sua marcha de urgência.
Estes veículos têm prioridade sobre qualquer outro veículo em todos os locais e situações,
incluindo:
- Ao sair de um posto de abastecimento;
- Ao sair de um prédio;
- Ao sair de um parque de estacionamento;
- Ao sair de um caminho particular;
- Ao entrar numa rotunda;
- Em vias estreitas;
Devido a várias dúvidas colocadas sobre esta afirmação consultámos a Autoridade Nacional para a
Segurança Rodoviária (ANSR) colocando a seguinte questão e usando os exemplos da questão
3248 e questão 4005: Fica desta forma confirmado que, apesar da presença dos sinais de cedência
de passagem, não cedemos a passagem a "todos os veículos" no cruzamento ou entroncamento,
cedemos sim aos veículos com quem nos cruzamos.
A ordem de passagem é a ordem pela qual os veículos avançam num cruzamento consoante a
prioridade de passagem. Este é um tipo de questão colocada pelo IMT nos exames e que muitas
vezes geram dúvidas devido à quantidade de cenários possíveis e regras que temos de conhecer.
Uma questão que frequentemente os candidatos têm é "Quem passa primeiro num cruzamento
com 4 veículos ligeiros onde todos seguem em frente e não existe sinalização?" - A resposta a esta
questão é "Nenhum".
O código da estrada não prevê um cruzamento de veículos onde todos os veículos têm de
ceder passagem a outro veículo, nesta questão todos os veículos têm um veículo à sua direita,
todos seguem em frente e nenhum tem sinalização.
Nestas situações não existe qualquer critério de desempate segundo o código da estrada, visto que
todos os veículos estão em igualdade de circunstâncias. No entanto não nos podemos esquecer
que esta é uma situação improvável, para estas situações se verificarem o seguinte teria de
acontecer:
- Não existe sinalização, nem luminosa nem vertical
- Não existe nenhum veículo de desempate:
○ Veículo em missão urgente de socorro;
○ Veículo de tração animal;
○ Veículo sobre carris;
- Não existe um veículo numa via de desempate:
○ Passagem de nível;
○ Posto de abastecimento;
○ Prédio;
○ Parque de estacionamento;
○ Caminho particular;
- Nenhum veículo que não se cruze com outro (por exemplo quando um deles vira à direita);
- Todos os veículos estão no cruzamento ou entroncamento ao mesmo tempo;
Solução: O que acontece na realidade é que algum dos veículos (por senso comum) vai tomar a
iniciativa e vai avançar primeiro, quebrando a regra da prioridade da direita, depois desse veículo já
não estar no cruzamento ou entroncamento segue novamente o veículo que não tem ninguém à
direita ou que tenha outro critério de desempate.
Exame: Visto que perante o código da estrada não existe uma ordem completa para a passagem
dos veículos, o IMT não irá fazer uma questão destas no exame. No entanto pode-se questionar se
por exemplo o veículo X avança antes ou depois do veículo Y ou quando é que avança o veículo Z.
Imaginando uma imagem onde são apresentados 4 veículos ligeiros onde todos seguem em frente
e não existe sinalização, onde o veículo à esquerda é o A, o de frente é o B, o da direita o C e o
nosso o D. O IMT pode questionar quando avança o veículo D onde a reposta é "Antes do A e
depois do C." visto que não temos de ceder passagem ao veículo à nossa esquerda (A) mas temos
de ceder passagem ao veículo à nossa direita (C).
Outras situações: Relembramos que esta situação não acontece apenas no caso apresentado,
acontece sempre que todos os veículos têm de ceder passagem a outro veículo.
- Cruzamento de Veículos:
Quando os veículos se cruzam devem deixar uma distância lateral suficiente para que se possa
fazer o cruzamento em segurança. Todos os condutores de veículos com mais de 2 metros de
largura ou 8 metros de comprimento devem diminuir a velocidade e parar se necessário em caso
de cruzamento.
Quando não existe sinalização (sinais B5 e B6) a regular o cruzamento de veículos, se existir um
obstáculo ou a via for estreita por natureza deve ceder passagem:
- Quem tem o obstáculo;
- Se ambos tiverem obstáculo, quem chegar em último lugar;
- Se for uma via com forte inclinação, quem estiver a descer;
A via pública é uma via de comunicação terrestre afeta ao trânsito público, que permite a livre
circulação de veículos, peões e animais com as restrições impostas pelo Código da Estrada.
Devemos ter um bom conhecimento de todos os elementos que compõem a via pública para
podermos circular em segurança e sabermos responder corretamente às questões do exame.
Faixa de Rodagem:
O termo "faixa de rodagem" aparecerá com frequência nas questões de exame. É na faixa de
rodagem que a circulação de veículos ocorre e onde a maioria das manobras são realizadas. A
faixa de rodagem é composta por uma ou mais vias de trânsito, quando tem dois sentidos de
trânsito existe um eixo da faixa de rodagem que divide os sentidos de trânsito. Esta é delimitada
pelas guias que separam a faixa de rodagem das bermas.
Regra geral, na maioria das vias públicas, apenas existe uma faixa de rodagem no entanto existem
exceções, no caso das autoestradas e vias reservadas a automóveis e motociclos existem duas
faixas de rodagem tal como é indicado na sua definição legal.
Como se pode ver pela imagem, existem duas faixas de rodagem, com vias de trânsito, guias, etc.
Atenção que em cada faixa de rodagem a circulação de veículos apenas se faz num sentido e
desta forma não existe um eixo da faixa de rodagem.
O eixo da faixa de rodagem separa os sentidos de trânsito, do lado esquerdo do eixo da faixa de
rodagem a circulação de veículos é feita apenas num sentido (sentido contrário) e no lado direito
também apenas num sentido contrário ao da esquerda.
- O eixo da faixa de rodagem nem sempre se encontra no meio da faixa de rodagem, por
exemplo se existirem três vias de trânsito.
O código da estrada faz distinção entre alguns tipos de via pública de forma a poder existir regras
diferentes para cada tipo, como por exemplo os limites de velocidade ou a possibilidade de
paragem e estacionamento nas vias. Existem os seguintes tipos de via:
- Zonas de coexistência (dentro de localidades);
- Via dentro de localidade;
- Via fora de localidade;
- Vias reservadas a automóveis e motociclos;
- Autoestradas;
Para além dos tipos de via existem os itinerários que não são um tipo de via, estes itinerários
podem passar por vários tipos de via diferentes e são:
- Itinerários principais (IP) - Os itinerários principais são as vias de comunicação de maior
interesse nacional, servem de base de apoio a toda a rede rodoviária nacional, e asseguram
a ligação entre os centros urbanos com influência supra distrital e destes com os principais
portos, aeroportos e fronteiras.
- Itinerários Complementares (IC) - Os itinerários complementares são as vias que, no
contexto do plano rodoviário nacional, estabelecem as ligações de maior interesse regional,
bem como as principais vias envolventes e de acesso nas áreas metropolitanas de Lisboa e
Porto.
- Estradas Nacionais (EN).
- Estradas Regionais (ER).
Com frequência é-nos questionado como distinguir os tipos de via diferentes pelas imagens das
questões de exame, ficam aqui alguns exemplos e dicas:
Na falta deste sinal podemos tentar identificar o local como dentro de localidade consoante algumas
características das vias. As vias dentro da localidade estão rodeadas por edifícios, passeios e por
vezes peões. Por vezes, apesar do local não parecer dentro de localidade estamos perante o sinal
e desta forma devemos considerar que depois de passarmos o sinal nos encontramos dentro de
uma localidade.
Na falta deste sinal podemos tentar identificar o local como fora de localidade consoante algumas
características das vias. Regra geral, estas vias têm muito poucos ou nenhuns: passeios, peões,
edifícios marginais à via, locais de estacionamento e com frequência estão situados em locais no
meio da natureza com vegetação e árvores, também é comum existirem bermas.
via reservada - via pública onde vigoram as normas que disciplinam o trânsito em autoestrada e
sinalizada como tal;
Estas vias têm as faixas de rodagem separadas, regra geral por rails de proteção ou barreiras de
cimento.
Não têm cruzamentos de nível, o que significa que não podemos encontrar um cruzamento com
outra via onde temos sinalização luminosa ou sinais de cedência de passagem por exemplo, as
vias que se cruzam com as autoestradas ou VRAM passam por cima ou por baixo destas e são
conhecidas como passagens superiores ou inferiores.
Estas vias não têm acesso a propriedades marginais, têm acessos condicionados e sinalizada
como tal ou seja, apenas se tem acesso a estas vias pelos ramais de acesso que regra geral são
compostos por vias de aceleração ou abrandamento.
Para diferenciar estes dois tipos de via temos de analisar a sinalização presente na imagem, se
estiver presente o sinal ficamos a saber o tipo de via.
Interseções:
- cruzamentos: Zona de intersecção de vias públicas ao mesmo nível.
Um cruzamento é a intersecção ou cruzamento de vias públicas, regra geral duas, quando uma via
atravessa a outra. É comum um cruzamento ter o formato de um sinal de adição ou um sinal de
multiplicação (+ ou x).
As rotundas ajudam no fluxo de trânsito em locais onde circulam um elevado número de veículos,
regra geral são locais com um formato da letra "O" ou do símbolo.
- praça: A diferença entre uma praça e uma rotunda é a sinalização, o formato da via é o
mesmo pois é um local onde o trânsito se processa em sentido giratório. Se estiver presente
o sinal de obrigação devemos considerar que é uma rotunda e quem circula nesta tem
prioridade, se não existir o sinal devemos considerar que estamos apenas numa praça e
onde vigora a regra geral da prioridade à direita.
Esclarecemos no entanto que o sinal D4 - Rotunda deve ser colocado à entrada da rotunda e não
na placa central como na primeira imagem. O IMT colocou o sinal na placa central para ser possível
diferenciar o local de uma praça.
- Deformações de Via:
- lombas: As lombas são deformações da via que, regra geral, quebram a visibilidade,
quando é mencionado nas questões.
Relembramos que regra geral estas lombas não são identificadas com o sinal de perigo, o facto de
não estar presente o sinal de perigo não quer dizer que não seja uma lomba, tal como podem ver
pelas imagens acima, nenhuma das lombas está identificada com o sinal de perigo. Regra geral o
sinal de perigo apenas é usado nas lombas redutoras de velocidade ou noutro tipo de deformações
semelhantes. Não se deve confundir as lombas anteriores com as lombas redutoras de velocidade.
ciclomotores e quadriciclos 20 40 - - 45
triciclos 20 50 100 90 80
automóveis ligeiros de 20 50 90 80 70
mercadorias com reboque
automóveis pesados de 20 50 90 90 70
passageiros com reboque
automóveis pesados de 20 50 90 80 80
mercadorias sem reboque
ou com semirreboque
automóveis pesados de 20 40 80 70 70
mercadorias com reboque
tratores agrícolas ou 20 30 - - 40
florestais
máquinas agrícolas, 20 20 - - 20
motocultivadores e
tratocarros
- Velocidade Moderada:
É considerada uma velocidade moderada aquela que permita ao condutor imobilizar o veículo de
forma controlada, sem colidir com qualquer obstáculo em todas as circunstâncias considerando as
capacidades do condutor, o veículo, a visibilidade, a aderência, o tráfego, as condições
atmosféricas, a via ou outros fatores.
- Velocidade Mínima:
Apenas nas autoestradas existe uma velocidade mínima de circulação definida, todos os veículos
estão obrigados a circular no mínimo a 50 km/h. Nos restantes tipos de via os condutores devem
circular a uma velocidade que não provoque embaraço injustificado à circulação dos restantes
veículos.
Apesar da velocidade mínima nas auto-estradas ser de 50 km/h apenas podem circular nestas vias
os veículos que consigam atingir em patamar velocidade superior a 60 km/h. Referimos esta
situação pois existem algumas questões nos testes sobre este tema que geram muitas dúvidas.
IV - Contraordenações:
- Contraordenações Leves:
As contraordenações leves são sancionadas apenas com coima e são todas as que não se
encontram tipificadas como graves ou muito graves, pela lei. No que ao Código da Estrada reporta
são leves todas as contraordenações que não figurem nos artigos 145º e 146º do Código da
Estrada.
Resumo:
Trânsito de veículos em sentido oposto ao estabelecido:
- grave: Dentro e fora de localidades;
- muito grave: Autoestradas e vias equiparadas;
Desrespeito das regras e sinais relativos a distância entre veículos, cedência de passagem,
ultrapassagem, mudança de direção ou de via de trânsito, inversão do sentido de marcha, início de
marcha, posição de marcha, marcha atrás e atravessamento de passagem de nível:
- grave;
- muito grave: em autoestradas ou vias equiparadas;
A não utilização dos dispositivos luminosos quando necessário, bem como o trânsito de motociclos
e de ciclomotores sem utilização das luzes de cruzamento:
- grave;
- muito grave: em autoestradas ou vias equiparadas;
Condução sob a influência do Álcool - Considerado influenciado em relatório médico - muito grave;
- grave: na berma;
- muito grave: na faixa de rodagem;
Paragem ou estacionamento - Nas faixas de rodagem, fora das localidades, a menos de 50 m dos
cruzamentos e entroncamentos, curvas ou lombas de visibilidade insuficiente - muito grave;
O estacionamento, de noite, nas faixas de rodagem, fora das localidades - muito grave;
A entrada ou saída das autoestradas ou vias equiparadas por locais diferentes dos acessos a esses
fins destinados - muito grave;
O desrespeito da obrigação de parar imposta por sinal regulamentar dos agentes fiscalizadores ou
reguladores do trânsito ou pela luz vermelha de regulação do trânsito - muito grave;
O abandono pelo condutor do local do acidente se daí resultarem mortos ou feridos - muito grave;
- Coimas:
O condutor a quem é aplicada uma coima pode proceder ao seu pagamento pelo mínimo. Caso não
o faça o montante da coima é agravado atendendo:
- À gravidade da infracção e da culpa (responsabilidade);
- Aos antecedentes do infractor;
- À situação económica do infractor, quando esta for conhecida.
- Sanção Acessória:
As sanções acessórias aplicáveis às contraordenações rodoviárias são a inibição de conduzir e a
apreensão do veículo. Conforme dispõe o art.º 138 n.º 1 do Código da Estrada as
contraordenações graves e muito graves além da coima são ainda sancionadas com sanção
acessória de inibição de conduzir (art.º 148º, n.º 1 e n.º 2 do Código da Estrada).
As sanções acessórias são cumpridas em dias seguidos, como estipula o art.º 138º, n.º 4 do Código
da Estrada.
- Pontos:
Atenção, ainda não temos confirmação de que existem perguntas sobre os pontos nos
exames do IMT.
A partir de 1 de Junho de 2016 a contabilização das contraordenações passou a ser efetuada
através de um sistema de pontos. A todos os condutores são atribuídos inicialmente 12 pontos,
independentemente das atuais contraordenações, o mínimo de pontos possíveis é 0 e o máximo é
de 16 pontos.
Não é necessária a troca da carta de condução, o condutor permanece exatamente com o mesmo
documento que tem, a contabilização dos pontos é feita nos serviços públicos e não na carta de
condução em si.
- Penalizações:
- Contraordenação:
Crime Rodoviário - 6 pontos;
Muito Grave:
Grave:
Os pontos são sempre descontados aos pontos que o condutor tem atualmente, inicialmente são
12. Por exemplo, um condutor que cometa uma contraordenação grave perde 2 pontos, fica com
10, ao cometer novamente uma contraordenação grave volta a perder 2 pontos ficando apenas com
8.
Quando praticadas várias contraordenações graves e muito graves no mesmo dia, são subtraídos
no máximo 6 pontos, exceto quando esteja em causa condenação por contraordenações relativas à
condução sob influência do álcool ou sob influência de substâncias psicotrópicas, cuja subtração de
pontos se verifica em qualquer circunstância.
- Consequências:
A falta não justificada à ação de formação de segurança rodoviária ou à prova teórica do exame de
condução, bem como a sua reprovação, tem como efeito necessário a cassação do título de
condução do condutor. A quem tenha sido cassado o título de condução não é concedido novo
título de condução de veículos a motor de qualquer categoria antes de decorridos dois anos sobre a
efetivação da cassação.
- Recuperação de Pontos:
Os condutores que não cometam contraordenações graves, muito graves nem crimes rodoviários
num período de 3 anos recuperam 3 pontos até um máximo de 15 pontos.
A contabilização dos 3 anos é feita a partir do momento em que é obtida a carta ou caso já tenha
cometido uma contraordenação ou crime rodoviário a contabilização é feita a partir da última data
da decisão administrativa ou do trânsito em julgado da sentença da contraordenação cometida. O
período de 3 anos sem registo de contraordenações graves ou muito graves é reduzido para 2 no
caso dos condutores de veículos de socorro ou de serviço urgente, de transportes coletivo de
crianças e jovens até aos 16 anos, de táxis, de automóveis pesados de passageiros ou de
mercadorias ou de transporte de mercadorias perigosas, no exercício das suas funções
profissionais.
A cada período correspondente à revalidação da carta de condução, sem que exista registo de
crimes de natureza rodoviária, é atribuído um ponto ao condutor, não podendo ser ultrapassado o
limite máximo de dezasseis pontos, sempre que o condutor de forma voluntária proceda à
frequência de ação de formação.
Desta forma um condutor que durante 3 anos não cometa nenhuma contraordenação ou crime
rodoviário ganha 3 pontos (chega aos 15) e se este se propor a frequentar uma ação de formação
ganha mais 1 chegando ao máximo de pontos possível, 16 pontos.
Para saber quantos pontos tem a sua carta de condução deverá realizar o registo no Portal das
Contraordenações Rodoviárias (ANSR), depois de preenchido o formulário será enviada para a
morada indicada no formulário a senha de acesso ao portal.
V - Categorias de Veículos:
- Categoria AM:
Veículo: veículos a motor de duas ou três rodas, com exceção dos velocípedes a motor, e
quadriciclos ligeiros, dotados de velocidade máxima limitada, por construção, a 45 km/h e
caracterizados por:
- Sendo de duas rodas, por um motor de combustão interna de cilindrada não superior a 50
cm3, ou cuja potência nominal máxima contínua não seja superior a 4 kW, se o motor for
elétrico;
- Sendo de três rodas, por um motor de ignição comandada, de cilindrada não superior a 50
cm3, ou por motor de combustão interna cuja potência útil máxima não seja superior a 4 kW,
ou ainda cuja potência nominal máxima contínua não seja superior a 4 kW, se o motor for
elétrico;
- Sendo quadriciclos, por motor de ignição comandada, de cilindrada não superior a 50 cm3
ou ainda cuja potência nominal máxima contínua não seja superior a 4 kW, se o motor for
elétrico ou de combustão interna, cuja massa sem carga não exceda 350 kg.
Habilita ainda: motociclos de cilindrada não superior a 50 cm3 e veículos agrícolas da categoria I.
- Categoria A1:
Veículo: motociclos de cilindrada não superior a 125 cm3, de potência máxima até 11 kW e relação
peso/potência não superior a 0,1 kW/kg, e triciclos com potência máxima não superior a 15 kW.
- Categoria A2:
Veículo: motociclos de potência máxima não superior a 35 kW, relação peso/potência inferior a 0,2
kW/kg, não derivados de versão com mais do dobro da sua potência máxima.
- Categoria A:
Veículo: motociclos, com ou sem carro lateral e triciclos a motor.
- Categoria B1:
Veículo: quadriciclos de potência não superior a 15 kW e cuja massa máxima sem carga, excluindo
a massa das baterias para os veículos elétricos, não exceda 400 kg ou 550 kg, consoante se
destine respetivamente ao transporte de passageiros ou de mercadorias.
- Categoria B:
Veículo: veículos a motor com massa máxima autorizada não superior a 3500 kg, concebidos e
construídos para transportar um número de passageiros não superior a oito, excluindo o condutor, a
que pode ser atrelado um reboque com massa máxima até 750 kg ou, sendo esta superior, desde
que a massa máxima do conjunto formado não exceda 3500 kg.
Habilita ainda:
- Veículos da categoria AM;
- Veículos da categoria A1, se o titular for maior de 25 anos ou, não o sendo, se for titular da
categoria AM ou de licença de condução de ciclomotores;
- Triciclos a motor de potência superior a 15 kW, se o titular for maior de 21 anos;
- Veículos da categoria B1;
- Veículos agrícolas das categorias I e II;
- Máquinas industriais ligeiras;
- Categoria BE:
Veículo: conjuntos de veículos acoplados compostos por um veículo trator da categoria B e um
reboque ou semirreboque com massa máxima autorizada não superior a 3500 kg.
Habilita ainda: tratores agrícolas ou florestais com reboque ou com máquina agrícola ou florestal
rebocada, desde que a massa máxima do conjunto não exceda 6000 kg.
- Categoria C1:
Veículo: veículos a motor diferentes dos das categorias D1 ou D, com massa máxima autorizada
superior a 3500 kg e inferior a 7500 kg, concebidos e construídos para transportar um número de
passageiros não superior a oito, excluindo o condutor; a estes veículos pode ser atrelado um
reboque com massa máxima autorizada não superior 750 kg.
- Categoria C1E:
Veículo: conjuntos de veículos acoplados, compostos por um veículo trator da categoria C1 e
reboque ou semirreboque com massa máxima autorizada superior a 750 kg, desde que a massa
máxima do conjunto formado não exceda 12000 kg; conjuntos de veículos acoplados, compostos
por um veículo trator da categoria B e reboque ou semirreboque com massa máxima autorizada
superior a 3500 kg, desde que a massa máxima do conjunto formado não exceda 12000 kg.
Habilita ainda:
- Categoria C:
Veículo: veículos a motor diferentes dos das categorias D1 e D, cuja massa máxima autorizada
exceda 3500 kg, concebidos e construídos para transportar um número de passageiros não
superior a oito, excluindo o condutor; a estes veículos pode ser atrelado um reboque com massa
máxima autorizada não superior a 750 kg.
Habilita ainda: veículos da categoria C1, veículos agrícolas das categorias I, II e III e máquinas
industriais pesadas.
- Categoria CE:
Veículo: conjuntos de veículos acoplados, compostos por veículo trator da categoria C e reboque
ou semirreboque com massa máxima autorizada superior a 750 kg.
Habilita ainda:
- Categoria D1:
Veículo: veículos a motor concebidos e construídos para o transporte de um número de
passageiros não superior a 16, excluindo o condutor, com o comprimento máximo não superior a 8
m; a estes veículos pode ser atrelado um reboque com massa máxima autorizada não superior a
750 kg.
- Categoria D1E:
Veículo: conjuntos de veículos acoplados, compostos por veículo trator da categoria D1 e um
reboque com massa máxima autorizada superior a 750 kg.
Habilita ainda:
- Categoria D:
Veículo: veículos a motor concebidos e construídos para o transporte de um número de
passageiros superior a oito, excluindo o condutor; a estes veículos pode ser atrelado um reboque
com massa máxima autorizada não superior a 750 kg.
Habilita ainda: veículos da categoria D1, veículos agrícolas das categorias I, II e III e máquinas
industriais pesadas.
- Categoria DE:
Veículo: conjuntos de veículos acoplados, compostos por veículo trator da categoria D e reboque
com massa máxima autorizada superior a 750 kg.
Veículos Agrícolas:
- Categoria I:
Veículo: motocultivadores com reboque ou retrotrem e tratocarros desde que a massa máxima do
conjunto não exceda 2500 kg;
Habilita ainda: Máquinas industriais com peso bruto não superior a 2500 kg.
- Categoria II:
- Tratores agrícolas ou florestais simples ou com equipamentos montados, desde que a
massa máxima do conjunto não exceda 3500 kg;
- Tratores agrícolas ou florestais com reboque ou máquina agrícola ou florestal rebocada,
desde que a massa máxima do conjunto não exceda 6000 kg;
Habilita ainda:
- Veículos agrícolas da categoria I;
- Máquinas agrícolas ou florestais ligeiras de massa máxima autorizada não superior a 3500
kg;
- Tratocarros de massa máxima autorizada não superior a 3500 kg.
- Categoria III:
Veículo: tratores agrícolas ou florestais com ou sem reboque e máquinas agrícolas pesadas.
A distância de reação é a distância percorrida pelo veículo desde que o condutor vê o perigo ou
obstáculo até reagir (colocar o pé no travão), é influenciada por:
- Velocidade - quanto maior a velocidade maior será a distância percorrida;
- Tempo de Reação - quanto maior o tempo de reação maior será a distância percorrida;
A distância de travagem é a distância percorrida pelo veículo desde que o condutor coloca o pé
no travão até o carro parar completamente, é influenciada por:
- Velocidade - quanto maior a velocidade maior será a distância percorrida;
- Estado da Via - se a via tiver gravilha, óleo ou outro fator que diminua a aderência maior
será a distância percorrida;
- Declive da Via - quanto mais íngreme for a descida maior será a distância percorrida;
- Estado do Veículo - se tiver os pneus "carecas" ou travões em mau estado maior será a
distância percorrida;
- Condições Ambientais - se houver chuva ou gelo maior será a distância percorrida;
A distância de paragem é a soma das duas distâncias anteriores, é a distância percorrida pelo
veículo desde que o condutor vê o perigo ou obstáculo até o carro parar completamente.
- Tempo de Reação:
O tempo de reação é o tempo que o condutor demora a reagir ao perigo ou obstáculo, em média é
cerca de 1 segundo. O tempo de reação é influenciado por:
- Álcool;
- Drogas;
- Medicamentos;
- Sonolência;
- Fadiga;
- Estado físico e psicológico do condutor;
- Idade;
Notas: O tempo de reação nunca diminui, apenas pode aumentar devido aos fatores indicados
acima. Não confundir com a distância de reação que pode diminuir, por exemplo se a velocidade for
menor. Sempre que o tempo de reação aumenta, a distância de reação também aumenta.
- Distância de Segurança:
A distância de segurança é a distância a que circulamos do veículo da frente e que para ser eficaz
deve ser uma distância que nos permita reagir e imobilizar o veículo em segurança antes do
obstáculo no caso de qualquer acontecimento inesperado.
Esta distância não é fixa, altera consoante a nossa distância de paragem que é a distância que nos
permite parar em segurança sem embater num obstáculo.
O que acontece: Se o condutor que transita à minha frente, diminuir a velocidade, a distância de
segurança: (Questão 3633);
Neste tipo de questões o IMT pretende aferir o que acontece quando as velocidades se alteram.
Imaginando dois veículos a circular a uma velocidade de 50 km/h, o veículo A é o da frente e o
veículo B o que circula atrás do A:
O que deve acontecer: Nesta situação, se puder aumentar a velocidade a distância de segurança
deve: (Questão 1298):
Ao contrário da questão anterior, neste tipo de questões o IMT pretende aferir o que deve acontecer
quando os veículos alteram as suas velocidades. Usando o mesmo exemplo que no caso anterior:
Se o veículo A diminuir a sua velocidade o veículo B deve diminuir também a sua velocidade para a
distância de segurança se manter pois como vimos anteriormente se o veículo A diminuir a
velocidade e o veículo B mantiver a sua fará com que a distância entre os dois veículos diminua e
consequentemente a distância de segurança diminui também.
Sempre que se aumenta a velocidade a distância de segurança deve aumentar também para
compensar a distância de paragem, a distância de paragem aumenta sempre que a velocidade
também aumenta.
Atenção que nos últimos dois casos, em que a velocidade diminui ou aumenta em ambos os
veículos, a distância de segurança do veículo B apenas se mantém se a redução ou aumento da
velocidade for exatamente a mesma para ambos os veículos.
VII - Luzes:
- Características:
De seguida apresentamos tabelas com as informações gerais relativas a automóveis e motociclos.
Alertamos para o facto desta informação não ser completa e exaustiva visto que existem várias
informações específicas relativamente por exemplo a reboques e veículos agrícolas que não farão
parte desta tabela e que para serem consultadas aconselhamos a leitura dos documentos referidos
no final desta página.
Frente:
- Presença (mínimos):
Número:
- ligeiros e pesados: 2
- motociclos: 1 ou 2;
Obrigatória: sim;
Cor: branca;
Observações: Devem ser visíveis a pelo menos 150 metros;
- Cruzamento (médios):
Número:
- ligeiros e pesados: 2;
- motociclos: 1 ou 2;
Obrigatória: sim;
Cor:
- ligeiros e pesados: branca ou amarela;
- motociclos: branca;
Observações: O feixe de luz deve ser projetado no solo e iluminar 30 metros sem encandeamento;
- Estrada (máximos):
Número:
- ligeiros e pesados: 2;
- motociclos: 1 ou 2;
Obrigatória: sim;
Cor:
- ligeiros e pesados: branca ou amarela;
- motociclos: branca;
Observações: Deve emitir um feixe luminoso que atinja pelo menos 100 metros;
- Nevoeiro:
Número:
- ligeiros e pesados: 2;
- motociclos: 1 ou 2;
Obrigatória: não;
Cor: branca ou amarela:
Observações: Não pode exceder os 30 metros nem causar encandeamento;
Retaguarda:
- Presença:
Número:
- ligeiros e pesados : 2
- motociclos: 1 ou 2
Obrigatória: sim;
Cor: vermelha;
- Travagem:
Número:
- ligeiros e pesados: 2;
- motociclos: 1 ou 2;
Obrigatória: sim;
Cor:
- ligeiros e pesados: vermelha ou alaranjada;
- motociclos: vermelha;
- Chapa de matrícula:
Número: 1 ou +
Obrigatória: sim;
Cor: branca:
Observações: Deve permitir a fácil leitura da matrícula a pelo menos 20 metros;
- Marcha atrás:
Número: 1 ou 2;
Obrigatória: não;
Cor: branca;
Observações: Devem ter alcance até 10 metros sem causar encandeamento;
- Nevoeiro:
Número: 1 ou 2;
Obrigatória:
- ligeiros e pesados: sim;
- motociclos: não;
Cor: vermelha;
Observações: Se for apenas uma deve ser colocada no lado esquerdo;
Os condutores dos motociclos, triciclos, quadriciclos e ciclomotores devem transitar com as luzes
de cruzamento mesmo durante o dia, a mesma regra se aplica aos condutores de veículos de
mercadorias perigosas e transporte coletivo de crianças.
- Luzes de Estrada (máximos): As luzes de estrada podem ser utilizadas quando não se
encontram veículos a menos de 100 metros e caso a sua utilização não provoque
encandeamento.
- Luzes de Presença (mínimos): Devem ser utilizadas as luzes de presença enquanto
aguardam a abertura de passagem de nível e ainda durante a paragem ou o
estacionamento, em locais cuja iluminação não permita o fácil reconhecimento do veículo à
distância de 100 metros.
- Luzes de Nevoeiro: As luzes de nevoeiro são utilizadas sempre que as condições
meteorológicas ou ambientais o imponham, nos veículos que com elas devam estar
equipados. É proibido o uso das luzes de nevoeiro sempre que as condições meteorológicas
ou ambientais o não justifiquem.
Avaria de Luzes:
Podem transitar com luzes avariadas os veículos que tenham pelo menos:
- Dois médios ou um médio do lado esquerdo e dois mínimos para a frente, um indicador de
presença no lado esquerdo e uma das luzes de travagem, quando obrigatória à retaguarda.
- Luzes avisadoras de perigo, caso em que apenas podem transitar pelo tempo estritamente
necessário até um local de paragem ou estacionamento.
Os sinais sonoros devem ser usados brevemente e sempre que possível devem ser substituídos
por sinais luminosos (comutação de médios com máximos de forma a não provocar
encandeamento).
Dentro das localidades só podem ser utilizados durante o dia em caso de perigo iminente. À
noite devem ser substituídos por sinais de luzes.
Fora das localidades e restantes vias podem ser usados de dia e de noite, se for possível
substituir por sinais de luzes, deve-se fazê-lo. Podem ser utilizados em caso de perigo iminente,
para assinalar a presença em locais de visibilidade insuficiente como em curvas e lombas, e
para alertar o condutor da frente da intenção de ultrapassagem.
Segurança Ativa:
É considerado segurança ativa tudo o que tem o objetivo de evitar o acidente, por exemplo:
- Pneus;
- Travões;
- Sistema ABS;
- Suspensão;
- Direção;
- Espelhos;
- Pala Anti-encadeamento;
Segurança Passiva:
Considera-se segurança passiva tudo o que tem o objetivo de minimizar os danos e proteger no
caso de um acidente, por exemplo:
- Cinto de Segurança;
- Airbag;
- Capacete;
- Encosto de Cabeça;
X - Outras Informações:
Ponte 25 de Abril e Viaduto Norte: veículos pesados, motociclos e ligeiros com reboque apenas
podem usar as duas vias de trânsito mais à direita. Os veículos de mercadorias perigosas apenas
podem transitar das 2h às 5h em dias úteis, domingos e feriados. É proibida a prática do ensino de
condução.
Triângulo: deve ser colocado no mínimo a 30 metros do veículo e tem de ser visível a pelo
menos 100 metros, ou seja, se tivermos uma avaria a 50 metros depois uma curva e colocarmos o
triângulo a 30 metros do veículo, os condutores que fizerem a curva só o vêm com 20 metros de
antecedência, neste caso, o triângulo deve ser colocado antes da curva onde os veículos o
consigam ver a 100 metros. O triângulo não pode ser colocado dentro do veículo para sinalizar um
acidente ou avaria!
Relevo dos Pneus: 1,6 mm (milímetros) para ligeiros e 1 mm para pesados e motociclos.
XI - Manobras Proibidas:
- Marcha atrás:
A inversão do sentido de marcha é permitida em locais de boa visibilidade e que tenham linha
longitudinal descontínua.
- Ultrapassagem:
A ultrapassagem é proibida nos seguintes locais:
- Lombas;
- Locais com visibilidade insuficiente;
- Imediatamente antes e nas passagens de nível;
- Imediatamente antes e nos cruzamentos e entroncamentos;
- Imediatamente antes e nas passagens para peões;
- Vias com largura insuficiente;
- Ultrapassar um veículo que esteja a ultrapassar um terceiro quando apenas existem duas
vias de trânsito;
- Na presença de linhas longitudinais contínuas;
A ultrapassagem é permitida em locais de boa visibilidade que não tenham sinalização a proibir a
manobra.
- Estacionamento:
O estacionamento é permitido fora das localidades se o fizer fora da faixa de rodagem; dentro
das localidades nos locais especialmente destinados a esse efeito (parques de estacionamento,
etc.).
Para informação completa consultar o artigo 163.º e o artigo 164.º do código da estrada.
- Paragem e Estacionamento:
5m 5m Rotundas;
5m 5m Cruzamentos e entroncamentos;