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Fotos dos corpos do vôo 1907 da gol cabuloso

As duas fotos acima teriam sido tiradas por um passageiro do Voo Gol 1907, que caiu na Serra do Cachimbo.

As imagens estão sendo amplamente disseminadas por listas e forwards de mails na Internet, acompanhadas do seguinte texto: “As fotos anexas foram encontradas em uma máquina digital Casio Z750, entre os destroços na Serra do Cachimbo. Embora o equipamento estivesse destruído, o cartão Memory Stick foi recuperado. O Major Antônio Nelson,
da Força Aérea, está investigando como as fotos vazaram para a Internet, pois representam graficamente o ápice dessa tragédia, e não deveriam ter sido divulgadas.Investigando, através da numeração de série da máquina foi possível identificar seu proprietário, Paulo G. Muller, um ator de teatro infantil conhecido da periferia de Porto Alegre.
Imagina-se que ele estivesse de pé no momento do impacto com o Legacy da Embraer, e durante a turbulência conseguiu tirar duas fotos, inclusive uma que mostra claramente quando um dos passageiros foi sugado pelo vácuo da aeronave.Segundos após a perda da cauda o avião embicou, por isso a câmera foi encontrada perto da cabine dos pilotos.
O stress estrutural provavelmente arrancou os quatro motores da aeronave, o que contribuiu para a velocidade da queda ser menor, protegendo os equipamentos eletrônicos mas infelizmente não as vítimas.Paulo Muller deixa duas filhas, Bruna e Beatriz, de um relacionamento anterior.As autoridades ainda estudam se irão divulgar oficialmente as
imagens acima.” Na verdade trata-se de uma pegadinha (hoax) criada por Carlos Cardoso em seu Blog do Cardoso.

Em um outro blog, o Contraditorium, o próprio Cardoso explica que, na verdade, as fotos são da série de televisão Lost (Perdidos). A credulidade de algumas pessoas é tal que nem mesmo o absurdo de o texto falar em “quatro motores da aeronave” desperta suspeitas. E se o fotógrafo estava de pé, no momento do impacto e das fotos, por que não foi
ele próprio sugado pelo vácuo? E mais: todas as simulações até o momento indicam que, uma vez atingido pelo Legacy, o Boeing embicou em direção ao solo, sem tempo hábil para que todos os passageiros colocassem suas máscaras de oxigênio, como nas fotos. E cuidado: já houve uma apropriação da história para disseminação de um vírus, usando
como chamada: “Fotos inéditas do acidente da GOL!”. Se receber, não abra. Delete. marcos palacios Posts relacionados Estas matérias foram publicadas originalmente nas edição do dia 4 de outubro de 2006 do Correio. A republicação faz parte do projeto Brasília Sexagenária, que até 21 de abril de 2020 trará, diariamente, reportagens e fotos
marcantes da história da capital. Acompanhe a série no site especial e no nosso Instagram. Dois corpos de passageiros do vôo 1907, resgatados na Serra do Cachimbo (sul do Pará), chegaram ontem ao Instituto Médico Legal (IML) de Brasília. As vítimas, um homem e uma mulher ainda não identificados, foram encontradas no domingo, e
transportadas por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Estes são os primeiros corpos a chegarem ao DF.Hoje, os legistas do instituto farão a autópsia e tentarão descobrir quem são as duas pessoas. Os peritos já conseguiram reunir 40 impressões digitais de moradores de Brasília que estavam no vôo, mas precisam que as secretarias de
segurança estaduais mandem, com urgência, as digitais das outras vítimas, para facilitar a identificação. O caminhão climatizado contendo as duas urnas chegou ao IML, às 17h40, escoltado por três carros da Polícia Civil. A entrada do instituto estava isolada por cordões, cones e uma cortina montada pelo Exército, além de estar protegida por
policiais da Divisão de Operações Especiais (DOE). O objetivo era impedir que a imprensa tivesse acesso às imagens.A estrutura montada no IML, que inclui duas barracas para abrigar os agentes de plantão, deverá ser mantida nas próximas semanas. De acordo com o presidente do instituto, José Flávio Souza Bezerra, novas vítimas poderão ser
transportadas hoje para Brasília. Ontem, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que foram resgatados 30 dos 50 corpos encontrados na segunda-feira na parte traseira do boeing. Eles foram levados para a Fazenda Jarinã, no município de Peixoto de Azevedo, de onde devem seguir para a base aérea do Cachimbo. A equipe de buscas foi
reforçada ontem, com a chegada de mais três aeronaves da FAB e de 27 oficiais. Agora, são 102 militares na região. Os familiares das vítimas do acidente aéreo estiveram ontem no IML para ajudar a dar informações sobre os passageiros. Eles coletaram sangue para possíveis exames de DNA e levaram cópias de documentos de identidade contendo
digitais. Assistidos por psicólogos, preencheram fichas com dados sobre a aparência física dos parentes. Até a noite de ontem, já havia 45 fichas. A expectativa do IML é que todas sejam preenchidas até o meio-dia de hoje. Somente ontem a Gol enviou a Brasília os dados dos cinco tripulantes.“Esperamos identificar, prontamente, todos os corpos que
chegarem”, disse o diretor do IML. Assim que souberem quem são as vítimas, os legistas liberam os corpos aos familiares e expedem o atestado de óbito.

Os governos de Israel e da Alemanha se ofereceram para mandar peritos ao Brasil mas, segundo José Flávio Souza Bezerra, por enquanto não será preciso aceitar a ajuda. Para dar conta de abrigar todas as vítimas, o IML, que tem capacidade para armazenar cerca de 80 corpos, foi reforçado com cinco caminhões climatizados. As primeiras tentativas
de identificação acontecerão por meio de exames papiloscópicos, nos quais se colhe a impressão digital do corpo e confronta-se com os dados da carteira de identidade. Se isso não for possível, os peritos partem para o exame de DNA. Geralmente, em menos de uma semana saem os resultados. Isso depende da quantidade do material analisado. O IML
espera recolher amostras de sangue, mas também pode analisar músculos e ossos.Papa envia mensagemQuatro dias após o acidente com o avião da Gol, o papa Bento XVI mandou uma mensagem de pesar.
A nota foi divulgada ontem pela Nunciatura Apostólica no Brasil, apesar de datada no dia seguinte à tragédia, que aconteceu na sexta-feira. Confira a mensagem: “O Santo Padre, profundamente consternado pelo acidente aéreo ocorrido no planalto mato-grossense, invoca a misericórdia divina sobre os passageiros e tripulantes envolvidos na tragédia.
Ao solicitar-lhe exprimir sua proximidade espiritual e as mais sinceras condolências aos familiares enlutados, Sua Santidade eleva fervorosas preces ao Todo-Poderoso em sufrágio pelo eterno descanso dos desaparecidos, enquanto envia confortadora Bênção Apostólica”. A nota é assinada pelo cardeal Bertone, secretário de estado do papa.Gol: “Decio
e Thiago são nossos heróis”Embrenhados na mata em busca das vítimas do vôo 1907 da Gol, soldados encontraram ontem de manhã a cabine da aeronave. Dentro estavam os corpos do comandante Decio Chaves Junior e do co-piloto Thiago Jordão Caruso. Tão logo foi informada sobre a localização dos corpos, a Gol divulgou nota, em nome do
presidente da companhia, Constantino de Oliveira Júnior. “Decio e Thiago são nossos heróis, assim como os comissários que integravam a tripulação. Merecem nossas homenagens e nosso agra- decimento eterno. Nunca sairão de nossa lembrança”, enfatizou Constantino.Com 26 anos de profissão, o comandante Decio Chaves Júnior, 44 anos, iniciou
carreira de piloto na Transbrasil, onde ingressou em fevereiro de 1986.
Começou a trabalhar na Gol em 2001. Com o registro de 15 mil horas de vôo, pilotava os Boeings 727 e 737 da Gol. O co-piloto do avião, Tiago Jordão, 29 anos, iniciou carreira de piloto em 1999 e ingressou na Gol em 2002. Buscas Interrompidos na tarde de segunda-feira por causa do mau tempo, os trabalhos de resgate foram reiniciados às 8h de
ontem. Por volta das 17h15, ao final de um dia de buscas, o helicóptero Super Puma da Aeronáutica retornou à Fazenda Jarinã, em Peixoto de Azevedo, transformada numa espécie de quartel-general das equipes de resgate. Pendurada ao helicóptero, uma imensa rede de corda de náilon com 19 corpos de vítimas do acidente. Embalados em sacos
pretos, os corpos foram colocados no caminhão, à temperatura de 10 graus, por 18 homens do Corpo de Bombeiros de Sinop, a 500km da fazenda. Até a noite de ontem, não havia previsão para trazê-los para Brasília. Hoje, serão realizados exames de digitais e DNA nos corpos dentro do próprio caminhão.Ontem, os peritos do Instituto Médico Legal
de Brasília fizeram a primeira etapa de identificação das vítimas na selva. Fotografaram os corpos com uma placa para que tivessem um número de identificação. Na fazenda, recolheram material para exames de impressões digitais com tinta ou retirando um pedaço da pele. Também coletaram tecidos para exames de DNA, caso seja necessário. A
perícia corre contra o tempo.
Apesar de pouco mutilados, há corpos que, por causa do impacto da queda, afundaram cerca de 30cm no solo de turfa (composto em grande parte por vegetais). Se permanecerem muito tempo na selva, podem ficar cobertos, o que dificultaria a busca. Testemunhas do resgateO empresário paulista Mauro Calais Siqueira não se conforma com tanta
demora no resgate dos corpos. Com o irmão Plínio Siqueira Júnior entre as vítimas do desastre, ele afirma que nada justifica a morosidade da operação. Na segunda-feira, no entanto, ele viu de perto as dificuldades enfrentadas pelos militares da Aeronáutica que trabalham na área onde ocorreu o acidente. Mauro, junto com outros sete familiares de
passageiros, sobrevoou de helicóptero o local da queda do avião.“A vista lá de cima impressiona. Há pedaços do avião espalhados em um raio de 20km. Conseguimos ver algumas peças do tamanho de uma porta suspensas nas copas das árvores, que atingem até 40m de altura”, relatou. Se a paisagem oferecida pela janela do helicóptero chocou o
empresário, descer no meio da floresta o deixou ainda mais alarmado. “A copa das árvores funciona como uma espécie de estufa”, comentou.
O que mais chamou a atenção de Mauro foi a quantidade de abelhas que viu no local. “Eram muitas e pousavam na gente o tempo todo. O piloto do helicóptero comentou que só não tinha mais abelha porque a hélice estava ligada e o vento espantava os insetos”, contou. Notícias pelo celular Receba direto no celular as notícias mais recentes
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compartilhadas pelo WhatsApp mostram os corpos das pessoas que morreram na queda do avião da Chapecoense. O baque causado pela queda do avião que levava a Chapecoense, convidados e jornalistas até a Colômbia ainda é forte.

O Brasil acordou para mais um dia e viu o assunto em todos os noticiários e conversas paralelas. Por um tempo será assim, até que o choque passe e novos acontecimentos substituam essa tragédia. Enquanto o acidente está em alta na mídia e na boca do povo, o que também não faltam são boatos envolvendo o tema. Isso, infelizmente, é típico de
situações como a que ocorreu na madrugada de ontem. Mais cruel ainda é a mania insistente das pessoas em compartilhar fotos dos corpos das vítimas de tragédias assim. Pois é isso que, aparentemente, estão fazendo via redes sociais. Tem gente compartilhando imagens dos corpos das vítimas que faleceram no voo que nunca chegou a Medellín. As
fotos chegam intituladas da maneira mais tosca: “Fotos do acidente do avião da Chapecoense”. Vazaram fotos dos corpos das vítimas do acidente com o avião da Chapecoense? Antes de mais nada, a ressalva: um compartilhamento, qualquer que fosse, começando por “fotos do acidente” deveria ser automaticamente ignorado. Um texto com um título
assim não deveria ser lido, um link com esse nome deveria ser excluído e não clicado. Acontece que por algum motivo existem pessoas que ainda fomentam esse tipo cruel e desnecessário de exposição. Se você recebeu alguma postagem assim e viu, saiba que as imagens não são dos corpos vitimados no acidente com o avião da Chapecoense.
As fotos que estão circulando por aí com esse nome são na verdade dos corpos das vítimas do voo 1907 da Gol, que caiu em 2006. Sim, além de desrespeitosas e inconvenientes, as pessoas que têm visto e compartilhando essas imagens estão erradas (em todos os sentidos da palavra). As fotos, de fato muito fortes, circulam na web desde a fatídica
tragédia que matou todos os 154 passageiros a bordo daquele voo. Se já é doentio ver imagens do tipo quando elas são verdadeiras, quando são falsas tudo é mais feio ainda. E que se saiba: compartilhar fotos de cadáveres é crime. O desrespeito ou humilhação dos corpos é vilipêndio a cadáver, ato considerado criminoso.
Consta no Código Penal Brasileiro e é passível de multa e/ou detenção de um a três anos. Por alguma razão, é comum que imagens de cadáveres se espalhem na internet. Existem sites muito visitados (vai entender) especializados em divulgar fotos bizarras como corpos de pessoas mortas.
Aliás, essa péssima prática nem mesmo é um costume recente. Quando a internet ganhava seus primeiros adeptos ainda, imagens fortes como a dos corpos dos meninos da banda Mamonas Assassinas – também vítimas de uma queda de avião – já circulavam por aí. Ao fim, as imagens que tem circulado como sendo dos corpos das vítimas do avião que
levaria a delegação da Chapecoense à final da Copa Sul-Americana não são verdadeiras. Ou melhor, são, mas de outra tragédia da aviação. E isso não faz diferença alguma. Ver e compartilhar imagens assim desrespeita quem partiu e quem ficou. Embora acreditemos firmemente que bom senso e educação já bastariam para essas situações, na falta
deles, vale por em prática aquele velho conselho: se fosse com você ou algum parente seu você iria gostar? PS: Esse artigo foi uma sugestão do leitor Jones Heller e outros dois leitores. Se você quiser sugerir um tema para o Boatos.org, entre em contato com a gente pelo site, Facebook ou WhatsApp, no telefone (61) 99331 6821.

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