Um arqueólogo em seus tempos de juventude, desbravou as ruinas de
Gobleki Tepe em busca de informações sobre as primeiras civilizações humanas, porém tudo o que os arqueólogos encontravam era indecifrável. Para aquele tempo o que eles entendiam sobre as ruinas era algo subliminar. Sabiam de locais que até onde entendiam, eram as salas de festas imensas e sacrifícios. Faces humanas cravadas na pedra, além de águias e serpentes, estavam presentes em suas obras arquitetônicas. Aquele arqueólogo se viu em frente de um dos monólitos daquela grande estrutura, aquele pedaço de pedra titânica era estranha, comparada ao resto da estrutura, que se via, feita de pedras bem menores, quase tijolos. Ela se destacava, talvez fosse uma parte das estatuas humanas inacabadas, com isso em mente, os arqueólogos não deram atenção. O jovem percebeu uma coisa estranha, as pesquisas mais recentes apontavam que havia sangue seco, em diferentes partes da estrutura, normalmente o sangue se encontrava nas calhas de pedra, onde aparentemente o povo antigo que ali viveu, fez seus ritos. Mesmo que fossem comuns os sacrifícios em outros povos, o local havia sido lacrado originalmente, ninguém poderia entrar. Gobleki Tepe estava soterrado de maneira artificial na montanha, eles queriam que os achassem? Queriam esconder algo? O local desta imensa estrutura arquitetônica ficava escondido em um momento no tempo, o momento no qual, a era do gelo estava acabando, neste período diluviano, os povos se viram traumatizados diante das mudanças climáticas aterradoras que haviam levado muitos de seus reinos mais antigos. Até hoje, diferentes culturas relataram a chegada de um homem, este homem espalhou a cultura, a prosperidade, a educação para os povos, logo depois do desastre diluviano. Este homem deixou os selvagens com culturas prósperas, e depois, desapareceu com sua esposa. Este homem era alto e forte, era capaz de manipular qualquer ser humano, para alguns, ele era um tipo de Deus. O garoto percebeu que, estruturas ao redor da construção megalítica, deveriam ter um formato espinhoso. O local no passado, era morto, tomado por mercúrio, chumbo, e outros resíduos tóxicos. Alguns pesquisadores já tinham proposto, que algo, ali havia. Mas estudos apontavam que eles queriam salvar seus ritos, sua cultura e religião de povos considerados hostis. Creio que conseguiram. Dentre tantos territórios inabitáveis na Terra, este era, sem dúvidas, um dos mais remotos. Não se encontrava nenhum tipo de ser em sua superfície, se havia algum, eles tinham problemas cancerosos, mutações estranhas. Os arqueólogos se arriscavam, ao se expor a esses resíduos.
Carter, estudou o monólito até o anoitecer, muitas poucas pessoas ficavam
neste local até a noite, com isso, ele percebeu uma coisa incomum. Barulhos ecoavam pelas paredes, incompreensíveis, poderiam botar medo em algum estúpido que ali percorre-se desavisadamente. Carter prestou atenção nos sons destorcidos, ele percebeu, que provavelmente, havia água ali. Normalmente este som não poderia ser ouvido, e seria necessária muita atenção e proximidade com os tijolos para ouvir o som. De acordo com os dias, Carter percebeu que o som vinha durante a lua cheia, a água vinha quando a mare aumentava. Provavelmente havia um sistema de aquedutos, e eles provavelmente teriam uma entrada em alguma caverna no penhasco. Carter não teria permissão de perfurar a estrutura de maneira que pudesse explorar, então, encontrou um dos locais mais barulhentos e fez um pequeno buraco para passar a corda. Se ele pudesse explorar os aquedutos e encontrar a corda, ele saberia onde estaria o monólito suspeito. Sendo um arqueólogo jovem e corajoso, pensou que poderia entrar na caverna, mesmo sabendo que a área não tinha sido explorada. A entrada deveria estar exposta apenas por alguns momentos na base da parede de pedras, ele teria de ser rápido. O menino lançou-se sobre a montanha, e logo, encontrou uma fenda suspeita. Com a baixa das águas, esgueirou-se sobre as rochas úmidas, repletas de corais e caranguejos mortos. Logo a fenda suspeita se mostrou grande o bastante para quase ficar em pé. O local fedia a podridão. Pedras destruídas pela erosão tinham a composição diferente das demais rochas, isso fez Carter saltitar de alegria. Carter: “Essa diferença de composição demonstra a existência quase certa de artificialidade na caverna, devo prosseguir” A estrutura era realmente artificial, quando Carter seguiu o caminho, logo viu a corda, e mais a frente, uma aparente saída dos aquedutos. Aquele deveria ser o aqueduto principal, e mais a frente deveria ter um labirinto deles. O jovem rapaz deveria estar seguro, as paredes apresentavam grande conservação, ou seja, ele poderia passar o tempo sem medo de se afogar. As águas não passavam daquele ponto. As paredes estavam repletas de símbolos, mais detalhados que os sumérios, porém, não muito mais complexos que os egípcios. Logo apareceram arranhas, e besouros, pálidos, não saiam na luz do Sol por milênios. Eram animais sensíveis a luz, não gostavam da mesma. Carter logo percebeu que a falta de mutações nos animais era um bom sinal. Provavelmente aquele local não tinha sido contaminado pelos resíduos.
Carter: “ Este local é imenso, muito maior que nas suposições iniciais, seguirei apenas o corredor principal, devo me deparar com o salão principal em breve.”
Carter: “Pensando bem, as escrituras internas da estrutura, parecem ter
influência babilônica.” Carter: “ a engenharia daqui é muito moderna para os registros. Esse lugar tem 11 mil anos, isso se, essa área não for mais antiga. “ Carter seguiu pelos corredores, até que ouviu um som ecoar pelas paredes, leves e rastejantes. Ele parou e escutou o som vindo a alguns metros dele. As arranhas e besouros saíram correndo. Devidamente Carter entendeu o recado, os insetos não tinham o evitado naquele momento, porque? Um barulho estranho, que lembrava um porco morto sendo arrastado no chão veio logo em seguida. O medo tomou o corpo de Carter, pelo tamanho, aquilo não deveria ser qualquer ser vivo. O menino temeu, pensando que algum predador estivesse ali. Quando ele lançou a luz sobre aquele ser, viu um corpo estranho. Aquilo era sem dúvidas o corpo de um porco deitado. Porém de sua barriga saiam pernas de carne, e de suas costas também. Carter logo percebeu que o corpo havia se tornado o hospedeiro de alguém, Quando a luz o iluminou, Carter correu, o porco deitado se partiu ao meio, dentes imensos cobriam o animal. Carter correu entre os corredores e chegou em um salão conectado a uma imensa caverna, diversos pilares se estendiam do chão ao teto. Diferentes escadas que levavam ao topo estavam parcialmente destruídas, o homem subiu correndo no completo desespero, e acabou por se agarrar a uma rocha lateral do pilar. Aquele parasita estava lá, se ele retornasse seria pego. O animal o esperava na escada que ele acabara de abandonar. Carter seguiu pelo pilar e agarrou-se a continuação quebrada da escada. Quando voltou seus olhos para a base da estrutura mal iluminada, ouviu diversos daqueles seres, seus gritos ecoaram pela caverna. Carter: “ Preciso sair daqui, devem ter mais saídas, um porco, sua carne já teria apodrecido, ele deve ter entrado aqui por outro caminho, mas onde? Eles estavam me avisando, merda, porque eu tinha que ser o homem que entraria nesta terra abandonada por Deus”. Alguns ratos correram na frente do arqueólogo, ele os seguiu, e encontrou uma sala, pequena e isolada no pilar, ela tinha um monólito fino, como uma porta encaixada na parede. Ele a puxava para o lado quando queria a fechar, ela era instalada na parede, somente quebrando a mesma para invadir. Devido o tempo perdido na estrutura, Carter dormiu mesmo vivenciando os seus maiores pesadelos em vida. Quando acordou seguiu o caminho, passou por uma sala repleta de jarros de barro, que estavam em estantes de madeira podre. Carter: “ Impressionante, o grau de conservação é imenso, essa madeira aparenta ser de pinheiro”. Naquele ponto, ele coletou uma das tochas de metal, e fez uma mistura de minerais que funcionavam para criação de fogo. Por sorte, aquele povo usava desses minerais para manter o local iluminado, no passado. Ele seguiu pelos corredores, a única coisa que o mantinha distraído das monstruosidades, era o medo de morrer de fome e sede. Ele sabia que haviam alguns tuneis pouco explorados e 3 kilometros do local. O menino rezava, para que, lá, sua saída aguarda-se. Fungos cresciam nas paredes, os mesmos, tomavam todo o ar respirável, em alguns trechos nascentes tornaram o local propicio para os mofos. Carter prosseguia tampando sua respiração, eram trechos curtos. Os mofos tinham uma morfologia estranha. Eles cresciam como raízes pelas paredes, e então se espalhavam de maneira menos forte pelas estruturas, como veias principais e subdivisões das mesmas. Vale lembrar, o fungo não dominava a maior parte do complexo arquitetônico. Ele viu uma luz, e correu esperançoso, quando voltou-se para o mundo externo, percebeu a fissura que ele atravessara, estava no mesmo penhasco no qual entrara. Contudo, no alto, isolado, em meio a uma tempestade, o mar estava agitado. Carter teria de esperar para ver se tinha alguma chance de sobreviver caso pula-se.