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1.5.2.1. Segurança
A segurança constitui uma preocupação crescente, sendo cada vez maior o número de
interessados na domótica que colocam o assunto “Segurança” no topo das suas prioridades. A
evolução das sociedades actuais não deixa antever quaisquer melhorias neste aspecto, pelo
que é natural haver ainda lugar para um aumento da importância deste assunto.
A domótica ao integrar as diversas tecnologias em torno de um único sistema permite
elevar os padrões de segurança, utilizando todo o potencial das tecnologias instaladas segundo
critérios de utilidade objectiva. Nestas páginas irá ser apresentado apenas as vantagens da
domótica na gestão da segurança de um edifício, prescindindo de uma abordagem exaustiva
das características e pormenores dos sistemas convencionais.
1.5.2.3. Alarme
As centrais de alarme apresentam hoje um nível tecnológico apreciável, oferecendo novas
funcionalidades, como por exemplo:
• Activação/desactivação remota por telefone, rádio ou sensor de proximidade (porta-
chaves ou cartão de crédito);
• Sinalização local de ocorrência através de contactos de tensão;
• Comunicação com sistemas de domótica, como por exemplo, o EIB ou o X10.
Na escolha da central deve ter em conta o tipo de sistema: tradicional com cablagem, ou sem
fios.
Perante a detecção de uma ocorrência, o sistema de domótica é informado pela central de
segurança.
Por exemplo: Em caso de intrusão no espaço exterior, a central sinaliza a ocorrência que vai
implicar uma actuação do sistema de domótica, que poderá limitar-se a enviar um aviso
remoto e actuar a sirene, ou poderá também ligar os projectores exteriores (se for de noite),
ligar o sistema de rega, fechar todos os estores, ligar a iluminação interior por forma a simular
presença, emitir uma simulação sonora da chegada da polícia ou de um ataque canino ou, se
os houver, soltar automaticamente os cães, etc.
Se a central tiver capacidade de comunicação através do protocolo do sistema de domótica,
então a interacção é perfeita.
Todo o potencial de comunicação de e para o edifício como sejam o telemóvel, o PDA, o
comando remoto por infra-vermelhos ou rádio, os interfaces locais, etc., são utilizáveis pela
central de alarme através do sistema de domótica. Assim, em qualquer ponto do edifício ou
do exterior, um utilizador pode saber qual o estado da central, activar/desactivar uma ou
mais zonas, acrescentar um novo dispositivo de segurança, etc.
No mesmo exemplo, o utilizador do edifício ao ser informado da ocorrência de uma intrusão,
pode remotamente verificar o que se passa através do sistema de vigilância de vídeo, e
se entender acrescentar medidas de coacção, ou caso entenda tratar-se de um falso alarme,
anular as medidas entretanto executadas.
1.5.2.4. Intrusão
A intrusão é a ocorrência mais perturbadora de todas. Todos tememos pela ideia de estranhos
na nossa ausência, violarem a nossa privacidade, invadindo o nosso espaço, roubando e
destruindo a nossa propriedade. Assim, a cada dia que passa vão-se multiplicando as
preocupações às quais o mercado tenta responder com as mais variadas soluções.
Desde a utilização de estores de segurança, vidros à prova de bala e portas blindadas, à
colocação de barreiras e detectores de intrusão, com ou sem medição volumétrica, detectores
de quebra de vidros, detectores de abertura de janelas, portas, estores ou clarabóias, tudo
serve para dificultar ao máximo a tarefa de quem um dia queira entrar em nossa casa sem
permissão.
Para além da utilização das tradicionais sirenes, um sistema de domótica permite articular as
funcionalidades da casa de forma a tentar evitar a intrusão, e se esta acontecer, de modo a
minimizar os riscos para quem nela se encontra. Entre as funcionalidades mais comuns temos:
• Abertura e fecho automático e criterioso de portas e estores, facilitando a saída do
intruso mas limitando a possibilidade de movimentação no interior;
• Simulação da presença por actuação concertada e aparentemente aleatória de
iluminação e estores;
• Intimidação por iluminação automática das áreas invadidas e fecho automático de
estores, e pela colocação nas televisões da imagem do intruso.
1.5.2.7. Inundação
As inundações quando ocorrem, trazem normalmente associadas prejuízos elevados com
reparações e reposições de pavimentos, tectos, máquinas, tapetes, etc.
Para além dos prejuízos económicos directos, temos de contabilizar também os
prejuízos devidos ao tempo desperdiçado e devidos aos transtornos provocados pela
impossibilidade de utilização do edifício.
A detecção de inundações, normalmente instaladas nas casas de banho, cozinhas, casa das
máquinas das piscinas, etc., permite ao sistema efectuar o corte automático da água e emitir
um aviso local e remoto da ocorrência. O abastecimento da água só é reposto quando a
anomalia é identificada e resolvida, garantindo-se assim a máxima protecção.
As fugas de água com caudais extremamente reduzidos devem-se a fugas no autoclismo ou
torneiras, ou a fugas na tubagem. Embora insignificantes do ponto de vista do valor da
água, ao longo do tempo podem provocar prejuízos muito elevados em paredes, tectos ou
louças sanitárias. A sua detecção é efectuada através da quantificação de água gasta durante
os períodos em que não deva haver consumos, ou seja na ausência das pessoas e descontando
a água gasta na rega e na reposição da água da piscina. Em caso de detecção de fuga, o
sistema repete o procedimento da detecção de inundação, embora só deva cortar o
abastecimento por opção do utilizador.
1.5.2.8. Incêndio
Qualquer sistema de segurança permite a detecção de incêndio, por detecção de fumo ou
temperatura, e activa as sirenes em simultâneo com o envio de alarmes remotos.
Um sistema de domótica permite em caso de incêndio actuar sobre os equipamentos
eléctricos, por exemplo, abrindo imediatamente os estores para facilitar a saída de fumos, e
desligando todos os equipamentos imprescindíveis, devendo os restantes ter a sua
alimentação eléctrica estabelecida por cabos com elevada resistência ao fogo. Permite ainda
multiplicar as formas de envio dos alarmes remotos, através do recurso ao envio de e-mail,
fax, mensagens sms, etc..
1.5.2.9. Vigilância
Ao ser instalado um sistema de vigilância no interior ou exterior de um edifício é necessário ter
em conta diversos factores. Depois de clarificado o objectivo do sistema, há que optar pelo
tipo de câmara, tipo de controlo, e tipo de registo.
A escolha do número e tipo de câmaras, bem como da respectiva montagem, deve ter em
conta as seguintes questões:
• É necessário usar câmaras a preto e branco ou cor? Ou ambas?
• Quais as áreas a necessitar de cobertura?
• Qual o período de funcionamento das câmaras e qual a autonomia que pretendo?
• Quantas câmaras são necessárias?
• Quais os tipos de locais onde vão ser instaladas, interior, exterior, à intempérie, etc..
• É necessário usar câmaras “wireless”?