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A diferença que separa um incidente sério de uma grande tragédia costuma passar pela
observação das medidas de segurança recomendadas pela legislação vigente.
Em alguns casos, no entanto, é preciso ser mais realista do que o próprio rei. É o caso da
instalação de luzes de emergência em escadas, corredores e vias de acesso. A obediência à lei
livra o condomínio de pesadas multas. Mas, para garantir de fato a segurança de moradores e
usuários, é necessário ir além das exigências legais.
A instalação de luzes de emergência nas escadas de acesso, escadas de escape, interior dos
elevadores e garagens de prédios comerciais e residenciais é regulada pela Lei no 2.917, de
29.10.99. Apesar de já ter sido editada há mais de um ano, a lei tem sido ignorada por grande
parte dos condomínios do município, certamente por desconhecimento de sua importância para
a segurança de moradores e usuários.
Ao contrário do que se imagina, a instalação da luz de emergência não serve apenas para
orientar transeuntes quando falta a luz. De acordo com José Américo de Queiroz, empresário
do setor de instalação de sistemas de iluminação de emergência, "a principal função do
dispositivo em questão, diferentemente do que muitos pensam, é, em caso de incêndio, facilitar
o trabalho do Corpo de Bombeiros e assegurar a evacuação do prédio, uma vez que o
procedimento correto é o imediato desligamento da rede elétrica, evitando a propagação do
fogo".
Não só os grandes acidentes são evitados com a adoção de medidas corretas de iluminação de
emergência, mas também os pequenos, passíveis de ampliar seu raio de periculosidade. Um
dos casos mais freqüentes é o dos apagões, tão comuns no Rio de Janeiro. Impossibilitados de
usar elevadores, os moradores são obrigados a enfrentar vários lances de escadas, muitas
vezes sem ter nem mesmo uma vela à mão. Uma boa iluminação das escadas, corredores e
vias de acesso previne quedas, precipitação de crianças e outros acidentes, além de aumentar o
conforto e a tranqüilidade dos condôminos.
Os elevadores não devem ser esquecidos. Freqüentemente, pessoas ficam presas quando a luz
acaba. A iluminação da cabine ajuda, e muito, a controlar o pânico, tão perigoso nessas horas,
principalmente para crianças e idosos.
Preços e custos
Os equipamentos podem variar bastante de preço. Na hora de fazer o orçamento, serão
levados em conta o número de andares do prédio, a quantidade de luminárias necessárias e a
sofisticação do sistema adotado.
Este sistema pode ser composto tanto por simples luminárias quanto por algo mais moderno,
como o no-break senoidal, que possui um método alternativo de energia e funciona como uma
grande bateria de carro. Ele possibilita o funcionamento de qualquer aparelhagem, mesmo
quando o fornecimento externo falha, por um tempo que varia com a demanda de energia
desses aparelhos. Geralmente é conectado às lâmpadas já existentes em locais que necessitem
permanecer sempre iluminados, de forma que elas não deixem de ser alimentadas nos casos de
apagão ou incêndio. É importante que qualquer uma das opções escolhidas forneça autonomia
(tempo de funcionamento das luzes caso a alimentação externa falhe) de no mínimo três horas,
período imposto pela lei para assegurar a evacuação segura do prédio em caso de necessidade.
A lei também determina que o sistema adotado possua luminosidade satisfatória para a área a
que se destine. Por fim, um último lembrete: em caso de qualquer acidente causado pela falta
desta ou de outras medidas preventivas, o síndico é responsabilizado legalmente.
Preste atenção. Descumprir a lei pode ocasionar penalidades que variam desde multas de 1.500
Ufirs até a interdição do imóvel.
Parágrafo único - As luzes deverão contar com dispositivos para acionamento automático e
possuir luminosidade satisfatória para as áreas a que se destinem, com previsão de duração
mínima de três horas.