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30/11/2022 00:27 Descomplica | Prevenção E Controle De Riscos Em Máquinas, Equipamentos E Instalações

Leis e normas regulamentadores.

L eis e normas regulamentadoras

É indispensável para o engenheiro de segurança


conhecer as normas que dão as diretrizes para
implementação e manutenção dos equipamentos e
estruturas de segurança. De acordo com o Comitê brasileiro de segurança
contra incêndio (CB-24) existem mais que 70 normas sobre PCI no país.
Porém, focaremos nas principais normas que norteiam o assunto. Sendo
assim, abordaremos a NR-23 e as outras normas NBR’s que a
complementam.
As normas regulamentadoras, como a NR-23, são publicadas pelo
ministério do trabalho e tem força de lei. Ou seja, as especificações
contidas nas NR’s não são apenas sugestões, mas legislações que
devem ser seguidas e passíveis de fiscalização e punição para os
infratores.

A NR-23

A NR-23 dispõe sobre a proteção e o combate a incêndios. Sua última


atualização aconteceu no ano de 2011, mas a norma foi publicada pelo
ministério do trabalho em 1978, e foi um grande marco da PCI no Brasil.
Esta norma é bastante sucinta e precisamos observar os seguintes
tópicos:

1. A quem se aplica a norma;


2. Quais informações o empregador deve fornecer;
6
3. Disposições gerais sobre saídas de emergência.

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Vamos tentar destrinchar esses três tópicos. A norma é clara, em


seu primeiro paragrafo afirma que se aplica a todos os
empregadores. Ou seja, todos devem adotar medidas de PCI
independentemente do tamanho da empresa. Ainda no primeiro
paragrafo é informado que esses mesmos empregadores devem
seguir as legislações municipais e estaduais em consonância com a
NR.
O segundo paragrafo da NR-23 trata das informações que os
empregadores devem fornecer aos seus funcionários. São três, a
saber: Utilização de equipamentos de combate a incêndio,
procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com
segurança e dispositivos de alarmes existentes.
Os últimos quatro parágrafos tratam de aspectos das saídas de
emergência. As principais diretrizes a esse respeito são:

• É exigido a presença de saídas de incêndio em número e


disposição suficientes para a evacuação com segurança de todos
os ocupantes do estabelecimento;
• A localização das saídas devem ser bem sinalizadas e iluminadas;
• É vedado o fechamento das saídas com chave durante o
expediente;
• As saídas podem ter mecanismo de trava, desde que sejam de fácil
abertura pelo lado de dentro.

Por ser uma norma curta, a NR-23 é complementada por várias


outras NBR’s mais específicas, que tratam de cada um dos tópicos
que a NR-23 explanou de forma generalizada. Vale salientar que,
além das NBR’s, as quais serão tratadas a seguir, também é preciso
estar atento às legislações locais, já que cada estado e município
possuem suas particularidades nas diretrizes de PCI, que podem
ser publicadas na forma de instruções técnicas (IT’s) pelos corpos
de bombeiros ou leis municipais e estaduais.

Equipamentos de combate a incêndio: ABNT NBR 12693 e 6

12962

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De acordo a NR-23, todos os estabelecimentos precisam possuir


equipamentos para o combate de incêndios. Os extintores de incêndios
são instrumentos para o combate a princípios de incêndio, pois os
mesmos possuem carga reduzida. Tais equipamentos podem ser: a base
de água, gás carbônico, pó químico, espuma ou hidrocarbonetos
halogenados. Além disso, podem ser portáteis, ou sobre rodas. A
diferença entre os dois tipos é que o portátil pode ser operado por uma
única pessoa, já o segundo possui mais carga e precisa de mais que um
operador.
As principais NBR’s que tratam sobre os extintores são a 12693 e a
12962. A primeira trata do sistema de proteção por extintores, enquanto a
segunda trata da manutenção, inspeção e recarga. Para que o extintor
atinja seu objetivo é preciso observar quatro preceitos básicos:

1. Estar em local apropriado e em condições de funcionamento;


2. Ser usado de acordo com a classe de incêndio indicada;
3. O princípio de incêndio deve ser encontrado em tempo hábil;
4. O operador deve estar preparado para o seu manuseio.

A tabela 1 apresenta o extintor apropriado para cada classe de


incêndio.

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Quanto à sua inspeção, todos os extintores devem ter uma ficha de


controle de inspeção que constará a data em que foram recarregados, a
data da próxima recarga e o seu número de identificação. Além do mais,
seu aspecto físico deve ser avaliado ao menos uma vez por mês. Todos
os extintores devem ser recarregados caso tenham perda de peso
superior a 10% do peso original. Já os extintores de espuma deverão ser
recarregados anualmente.

Procedimentos de evacuação: ABNT NBR 9077

Para que no caso de incêndio a evacuação ocorra da maneira mais


ordeira e segura possível, é necessário que sejam real

Quanto à sua inspeção, todos os extintores devem ter uma ficha de


controle de inspeção que constará a data em que foram recarregados, a
data da próxima recarga e o seu número de identificação. Além do mais,
seu aspecto físico deve ser avaliado ao menos uma vez por mês. Todos
os extintores devem ser recarregados caso tenham perda de peso
superior a 10% do peso original. Já os extintores de espuma deverão ser
recarregados anualmente.

Procedimentos de evacuação: ABNT NBR 9077

Para que no caso de incêndio a evacuação ocorra da maneira mais


ordeira e segura possível, é necessário que sejam realizados exercícios
de emergência, cuja data e hora sejam uma surpresa para todos os
funcionários. Esses exercícios devem ser conduzidos por uma equipe
capaz de preparar e dirigir as pessoas. São quatro os objetivos dos
exercícios de emergência, são eles: 6

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1. Que as pessoas gravem o significado do sinal de alarme;


2. Que a evacuação ocorra em boa ordem, evitando-se o pânico;
3. Que tarefas específicas sejam atribuídas aos empregados;
4. Que verifique-se que a sirene do alarme pode ser ouvida em
todas as áreas.

Uma vez que o incêndio se inicie é preciso adotar alguns


procedimentos básicos para garantir a segurança de todos, a saber:

• Acionar o sistema de alarme;


• Chamar o corpo de bombeiros;
• Desligar máquinas e aparelhos elétricos, quando essa
operação não envolver riscos adicionais;
• Atacar o fogo pelos meios adequados;

A NR-23 exige a existência de saídas de emergência em número e


disposição suficiente para que ocorra a evacuação segura de todos os
ocupantes. A principal norma que dá as diretrizes para o cumprimento
desta exigência é a NBR 9077. Essa norma trata das saídas, vias e
escadas de emergência. As principais exigências a destacar são:

• A abertura mínima tanto das saídas quanto das vias que


levam até elas, deve ser de 1,1 m para todas edificações e
2,2m para hospitais;
• As vias e as saídas devem ser claramente sinalizadas,
indicando a direção da saída;
• As saídas devem estar localizadas de tal forma que entre elas
e qualquer local de trabalho não se percorra mais do que 15
metros (para locais de risco alto) e 30 metros (para locais de
risco médio e baixo);
• As portas não devem abrir num sentido que obstruam as vias
nem diminuam sua largura mínima (1,1 m);
• As escadas devem ter largura mínima de 1,6 m para hospitais 6

e de 1,1 m para os demais edifícios;

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• Em edifícios com mais de 15 m e menos que 60 m devem


existir escadas protegidas com resistência de, pelo menos,
quatro horas ao fogo;
• A porta corta-fogo que leva até a escada protegida deve ter
resistência mínima de 90 minutos.
• Edifícios com mais que 60 m precisam de escadas
enclausuradas. Além de resistirem ao fogo por pelo menos 4
horas, estas também precisam ser dotadas de câmaras e
dutos para retirada de fumaça, e devem dar acesso a todos os
pavimentos do edifício.

Portas corta-fogo: ABNT NBR 11742

As portas corta-fogo são itens de segurança exigidos pela NR-23, que


servem para impedir que o fogo se propague para outros andares e para
permitir a evacuação das pessoas em segurança. Estes itens devem ser
instalados nas antecâmaras das escadas e saída de emergência, acesso
às áreas de refúgio e acessos a passarelas e corredores que fazem parte
das rotas de fuga. As portas corta-fogo devem fechar automaticamente e
ser de fácil abertura pelos dois lados. As portas corta-fogo são
classificadas de acordo com o tempo que resistem ao fogo em:

• P – 30: Resistem 30 minutos ao fogo;


• P – 60: Resistem uma hora ao fogo;
• P – 120: Resistem duas horas ao fogo.

Caso a classificação venha acompanhada da letra F, exemplo: PF


– 30, significa que a porta resiste 30 minutos, tanto ao fogo quanto a
fumaça.

Equipamentos de detecção: ABNT NBR 17240 6

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Para que se possa proteger o patrimônio e salvar vidas da


maneira mais eficiente possível é preciso contar com sistemas de
detecção e combate a incêndio, pois eles são mais eficientes que os
humanos para encontrar os focos de incêndio e mais rápidos para
iniciar o combate. Existem quatro componentes básicos do sistema
de detecção de incêndio: central de alarme, sinalizador audiovisual,
acionador e detector de temperatura ou fumaça e acionadores
manuais
O processo de instalação, manutenção e testes é regulamentado
pela NBR 17240. Além dessa norma, existem outras portarias de
órgãos normativos em conjunto com o Corpo de Bombeiros,
legislações estaduais e municipais.

izados exercícios de emergência, cuja data e hora sejam uma surpresa para todos os
funcionários. Esses exercícios devem ser conduzidos por uma equipe capaz de preparar e
dirigir as pessoas. São quatro os objetivos dos exercícios de emergência, são eles:

1. Que as pessoas gravem o significado do sinal de alarme;


2. Que a evacuação ocorra em boa ordem, evitando-se o pânico;
3. Que tarefas específicas sejam atribuídas aos empregados;
4. Que verifique-se que a sirene do alarme pode ser ouvida em
todas as áreas.

Uma vez que o incêndio se inicie é preciso adotar alguns


procedimentos básicos para garantir a segurança de todos, a saber:

Acionar o sistema de alarme;

• 6

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Chamar o corpo de bombeiros;

Desligar máquinas e aparelhos elétricos, quando essa


operação não envolver riscos adicionais;

Atacar o fogo pelos meios adequados;

A NR-23 exige a existência de saídas de emergência em número e


disposição suficiente para que ocorra a evacuação segura de todos os
ocupantes. A principal norma que dá as diretrizes para o cumprimento
desta exigência é a NBR 9077. Essa norma trata das saídas, vias e
escadas de emergência. As principais exigências a destacar são:

A abertura mínima tanto das saídas quanto das vias que


levam até elas, deve ser de 1,1 m para todas edificações e
2,2m para hospitais;

• 6

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As vias e as saídas devem ser claramente sinalizadas,


indicando a direção da saída;

As saídas devem estar localizadas de tal forma que entre elas


e qualquer local de trabalho não se percorra mais do que 15
metros (para locais de risco alto) e 30 metros (para locais de
risco médio e baixo);

As portas não devem abrir num sentido que obstruam as vias


nem diminuam sua largura mínima (1,1 m);

As escadas devem ter largura mínima de 1,6 m para hospitais


e de 1,1 m para os demais edifícios;

Em edifícios com mais de 15 m e menos que 60 m devem


existir escadas protegidas com resistência de, pelo menos,
quatro horas ao fogo; 6

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A porta corta-fogo que leva até a escada protegida deve ter


resistência mínima de 90 minutos.

Edifícios com mais que 60 m precisam de escadas


enclausuradas. Além de resistirem ao fogo por pelo menos 4
horas, estas também precisam ser dotadas de câmaras e
dutos para retirada de fumaça, e devem dar acesso a todos os
pavimentos do edifício.

Portas corta-fogo: ABNT NBR 11742

As portas corta-fogo são itens de segurança exigidos pela NR-23, que


servem para impedir que o fogo se propague para outros andares e para
permitir a evacuação das pessoas em segurança. Estes itens devem ser
instalados nas antecâmaras das escadas e saída de emergência, acesso
às áreas de refúgio e acessos a passarelas e corredores que fazem parte
das rotas de fuga. As portas corta-fogo devem fechar automaticamente e
ser de fácil abertura pelos dois lados. As portas corta-fogo são
classificadas de acordo com o tempo que resistem ao fogo em:

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P – 30: Resistem 30 minutos ao fogo;

P – 60: Resistem uma hora ao fogo;

P – 120: Resistem duas horas ao fogo.

Caso a classificação venha acompanhada da letra F, exemplo: PF


– 30, significa que a porta resiste 30 minutos, tanto ao fogo quanto a
fumaça.

Equipamentos de detecção: ABNT NBR 17240

Para que se possa proteger o patrimônio e salvar vidas da


maneira mais eficiente possível é preciso contar com sistemas de
detecção e combate a incêndio, pois eles são mais eficientes que os
humanos para encontrar os focos de incêndio e mais rápidos para
iniciar o combate. Existem quatro componentes básicos do sistema
de detecção de incêndio: central de alarme, sinalizador audiovisual,
acionador e detector de temperatura ou fumaça e acionadores
6
manuais

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O processo de instalação, manutenção e testes é regulamentado


pela NBR 17240. Além dessa norma, existem outras portarias de
órgãos normativos em conjunto com o Corpo de Bombeiros,
legislações estaduais e municipais.

Atividade Extra

Lei o artigo “Códigos e normas de segurança contra incêndio”, de


Rogério Bernardes Duarte, ex comandante do corpo de bombeiros do
estado de SP. O artigo destaca as principais normas e leis do Brasil a
respeito de prevenção e combate a incêndio e também a hierarquia das
leis. O artigo pode ser encontrado na página 8 do livro “SCIER: Segurança
Contra Incêndio em Edificações – Recomendações” (Disponível em:
<http://www.firek.com.br/livros-sci/>).

Referência Bibliográfica

BENEDITO, C. Segurança no trabalho e prevenção de acidentes:


Uma abordagem holística - Segurança integrada à missão organizacional
com produtividade, qualidade, preservação ambiental e desenvolvimento
de pessoas. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2016.

CHIRMICI, A.; OLIVEIRA, E. A. R. de. Introdução à segurança do


trabalho. 1 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.

SEITO, A. I. et al. A segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo:


Projeto editora, 2008.

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