UNIVAG – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VÁRZEA GRANDE

CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

SISTEMA DE ALARME RESIDENCIAL EM PEQUENA ESCALA COM A UTILIZAÇÃO

DO ARDUINO

ALESSANDRO F. LOUBET, DIEGO F. O. TOMASELLI, MARCELO C. L. DE OLIVEIRA, RODRIGO G. SODRÉ, YGOR

S.TOLEDO

Centro Universitário de Várzea Grande – Univag

E-MAILS: YGOR.SOUZA.LIVE@GMAIL.COM, MARCELO.VOLTS@HOTMAIL.COM

Resumo ⎯ O presente relatório tem o objetivo de apresentar um sistema de alarme residencial simples, usando o arduino para
gerenciar todos os ambientes monitorados e emitir alertas caso tenha alguma anomalia. Ele faz o controle e monitoramento através
de sensores de infravermelho e sensores de presença.

Palavras-chave ⎯ Arduino; Alarme Residencial; Automação Residencial.

1. Introdução 1.2. Equipamentos utilizados na segurança

Com o avanço da tecnologia, estamos vivendo eletrônica
em um mundo cada vez mais globalizado e
Os sistemas de segurança eletrônica são
conectado, onde a integração de sistemas de controle
compostos por vários dispositivos no qual cada um
e plataformas eletrônicas nos permite a troca de
tem uma ou mais função específica. Os sistemas
informações quase que instantaneamente.
podem ser divididos da seguinte forma [2]:
O aumento dos números da criminalidade em
• Central de alarme: é o cérebro do sistema
especial aqueles cometidos contra residências,
de segurança, centralizando todos os
contribuem para que haja a necessidade de controlar
comandos, informações e operações. A
e monitorar os ambientes residenciais.
central de alarme permite a monitoração
Com isso, as indústrias buscam o
dos sensores com supervisão automática e
desenvolvimento de novas tecnologias na área de
periódica de perfeito funcionamento. A
segurança patrimonial, que possuam baixo custo e
supervisão permite detectar, em tempo real,
ampla facilidade de utilização.
falhas ou sabotagem no equipamento.
Assim, novas possibilidades de criação dos mais
• Sensores de presença: visam detectar a
diversos tipos de projetos, com tempo de
presença de intrusos no local monitorado,
desenvolvimento relativamente curto, vêm
informando o evento a central de alarme,
crescendo cada vez mais.
estes sensores podem ser de vários tipos e
modelos, no qual o mais utilizado são os de
1.1. Sistema de segurança eletrônica infravermelho.
A necessidade de proteger bens patrimoniais e • Sensor de abertura: utilizado para
de consumo aliado ao uso da tecnologia fez com que detectar a abertura de portas ou janelas,
a implementação de equipamento eletrônicos fosse geralmente são constituídos para que o
indispensável aos sistemas de segurança, a acionamento seja realizado por um imã
automatização diminuiu ou até mesmo eliminou a codificado.
necessidade de intervenção do homem quando em • Cercas elétricas: sua principal função é
uma ocorrência de alarme ou eventos anormais. proteger o perímetro do ambiente
Segundo [1], a segurança eletrônica pode ser monitorado contra uma tentativa de
conceituada como o emprego de equipamento invasão, no qual a central emite um pulso
eletrônicos, de forma integrada e sistematizada com elétrico que é transmitido através dos cabos
o objetivo de garantir a segurança e a integridade de elétricos e retornam para a central, assim
pessoas e bens materiais, sendo seus objetivos: também é monitorado a ruptura ou corte.
inibir, detectar e comunicar o acesso de intrusos em • Botão de pânico: são dispositivos
um ambiente monitorado. instalados em locais estratégicos ou
remotos para acionamento em caso de
 emergências, como por exemplo discar para 2. Aspectos gerais dos materiais utilizados
um número de telefone
pré-programado. 2.1. Arduino

1.3. Plataforma de desenvolvimento É uma plataforma de desenvolvimento de

hardware, um microcontrolador de código aberto.
Em meio às várias plataformas de Em termos práticos o Arduino é um pequeno
desenvolvimento de projetos eletrônicos existentes, computador como mostrado na Figura 1, em que é
o arduino vem ganhando destaque pela sua alta possível se interagir com o ambiente.
capacidade de processamento, comunicação Com o Arduino é possível transformar outras
e facilidade de integração, na qual pode-se utilizar ferramentas com sensores ou outras funções.
vários tipos de sensores ou atuadores sem A placa Arduino é composta por um
mudança significativa de hardware, por ser uma controlador, algumas portas de entrada e saída
plataforma de prototipagem que permite a (digitais e analógicas), além de uma interface serial
adição de outros componentes eletrônicos sendo ou USB. A placa utiliza uma linguagem de
controlado pelo mesmo microcontrolador programação padrão, baseada em Wiring, que é
simplesmente encaixando-o um módulo no outro. praticamente C/C++ [4].
Neste trabalho será utilizada a plataforma do Existem diversos modelos de placas Arduino,
arduino, para controle de um sistema de originais ou paralelas, dentre as quais, a placa
alarme residencial simples, no qual será integrado Arduino modelo Uno se destaca por seu custo
com outros dispositivos, como sensores, atuadores, acessível e de fácil aplicação nas mais diversas áreas.
módulos de comunicação e display, onde permitirá o
usuário interagir com o sistema para
configurar e monitorar os ambientes de uma maquete
de casa residencial, podendo ser controlada
localmente e remota via web.
Este protótipo será capaz de realizar as
principais funções de um sistema de segurança
residencial, que segundo [3] são:
• Prevenção: criação de barreiras físicas ou
virtuais, dispersando e dificultando ou
ainda impedindo o propósito de intrusão ou
ataque.
• Detecção e alarmes: capacidade de se
comunicar com sensores, entender seus
estados e acionar alarmes. Figura 1. Placa Arduino no modelo Uno. Fonte
• Reconhecimento ou identificação: são Fazedores.com [4]
mecanismos que possibilitam ao sistema
diferenciar o usuário do não-usuário e A placa Arduino Uno pode ser alimentada pela
acionar os mecanismos de acordo. conexão USB ou por uma fonte de alimentação
• Retardo: tempo em que o sistema analisa externa, conforme exibido na Figura 2.
as condições dos sensores e câmeras e
verifica a possibilidade de falsos alarmes ou
espera por uma ordem do usuário.
• Reação: efetivo disparo de atividades
programadas a fim de retardar ou mesmo
cancelar o processo de intrusão e emitir
avisos.
No contexto de segurança da informação, como
proteção contra-ataques cibernéticos, não será Figura 2 - Fonte de alimentação do Arduino / Fonte
abordada nenhuma técnica de prevenção. Porém, Embarcados.com [5]
para acesso ao sistema e configurações via web, será
exigida uma senha, que após ligado o usuário poderá A alimentação externa é feita através do
monitorar os estados dos sensores, fazer ativação e conector com positivo no centro, onde o valor de
desativação do alarme. tensão da fonte externa deve estar entre os limites 6V
a 20V, porém se alimentada com uma tensão abaixo
de 7V, a tensão de funcionamento da placa, que no
Arduino Uno é de 5V, pode ficar instável e quando
alimentada com tensão acima de 12V, o regulador de
tensão da placa pode sobreaquecer e danificar a
placa. Dessa forma, é recomendado, para tensões de
fonte externa, utilizar valores entre 7V e 12V [5].
A Figura 3 mostra a localização de conectores
de alimentação, para conexão de shields e módulos,
na placa Arduino UNO.

Figura 4 – Conversor USB serial ATMEGA16U2. Fonte

Embarcados.com [5]

Este microcontrolador é o responsável pela

forma transparente como funciona a placa Arduino
Figura 3 – Conectores de alimentação. Fonte UNO, possibilitando o upload do código binário
Embarcados.com [5] gerado após a compilação do programa feito pelo
usuário. Nesse microcontrolador também estão
Os conectores mostrados na Figura 3 são os
conectados dois leds (TX, RX), controlados pelo
seguintes:
software do microcontrolador, que indicam o envio
IOREF - Este pino na placa Arduino fornece a e recepção de dados da placa para o computador.
referência de tensão com que o microcontrolador Esse microcontrolador possui um cristal externo de
está operando. Um determinado circuito configurado 16 MHz. É interessante notar a conexão entre este
corretamente pode ler a tensão do pino IOREF e microcontrolador com o ATMEL ATMEGA328,
selecione a fonte de alimentação adequada ou onde é feita pelo canal serial desses
habilitar tradutores de tensão nas saídas para microcontroladores.
trabalhar com o 5V ou 3.3V.
A placa Arduino UNO possui pinos de entrada
RESET - pino conectado a pino de RESET do e saídas digitais, assim como pinos de entradas e
microcontrolador. Pode ser utilizado para um reset saídas analógicas [5]. A Figura 5 mostra a
externo da placa Arduino. localização dessas portas de entrada/saída na placa
3,3 V - fornece uma tensão de 3,3V para Arduino Uno. Além disso, a Figura 6 resume os
alimentação da placa e módulos externos. A corrente principais componentes e algumas dicas de uso para
máxima é de 50 mA. uma placa Arduino Uno.
5 V - fornece tensão de 5 V para alimentação de
circuitos externos.
GND - são os pinos de referência negativa, ou
seja, pontos de terra do circuito.
VIN - pino para alimentar a placa através de
bateria externa. Quando a placa é alimentada através
do conector a tensão da fonte estará nesse pino.
Como interface USB para comunicação com o
computador, há na placa um microcontrolador
ATMEL ATMEGA16U2 conforme mostra a Figura
4.

Figura 5 – Pinos de entrada e saída do Arduino. Fonte

Embarcados.com [5]
 Figura 6 – Partes importantes de uma placa Arduino Uno e recomendações. Fonte Embarcados.com [5]
2.2. Módulo relé
O módulo relé é um módulo que facilita a
conexão de um relé a um Arduino. Ele já tem todos
os componentes necessários para tal conexão,
fazendo com que seja necessário apenas conectar os
cabos corretamente ao Arduino. Relés são
componentes eletromecânico, isso é, eles tem uma
parte elétrica e outra mecânica. Eles são muito
utilizados para acionar cargas maiores do que a
tensão do seu microcontrolador.
O relé em si possui dois pinos que estão
conectados a uma bobina e três pinos “de saída”,
chamados: Comum, Normalmente Aberto
(NA) e Normalmente Fechado, conforme mostrado
na Figura 7. Quando a bobina não está energizada
o comum fecha circuito com o normalmente
fechado. Quando a bobina é energizada,
o comum fecha o circuito normalmente aberto.
Dessa forma é possível transferir de um circuito para
outro que esteja ligado nos pinos dos relé e mantendo
o Arduino isolado [6].
Figura 7. Módulo Relé. Fonte Autocore robótica [6]
2.3. Placa Protoboard
A protoboard é uma placa com vários furos e
conexões condutoras para montagem de circuitos
elétricos experimentais. A grande vantagem em se
usar uma protoboard na montagem de circuitos
eletrônicos é a facilidade de inserção de
componentes (não necessita soldagem). Usar uma
protoboard, portanto é uma maneira simples de
começar a experimentar com circuitos. Cada placa é
constituída por uma base plástica, contendo
inúmeros orifícios destinados à inserção de terminais
de componentes eletrônicos. Internamente existem
ligações determinadas que interconectem os
orifícios, permitindo a montagem de circuitos
eletrônicos sem a utilização de solda.
A grande vantagem é que os componentes
podem ser facilmente retirados para serem utilizados
posteriormente em novas montagens [8]. A Figura 8
ilustra uma protoboard de 830 furos, bastante
comum no meio eletrônico.
Figura 8. Placa Protoboard de 830 furos. Fonte
Eletrônica didática [8]
2.4. Módulo ethernet shield W5100
Segundo [7], a capacidade de conectar o arduino
a uma rede ou à internet torna possível muitos
projetos diferentes.
É possível enviar dados para sites, como
atualizações no Twitter. Também é possível
controlar o arduino pela internet, ou utilizá-lo como
um servidor web para disponibilizar páginas simples
contendo dados de sensores, e assim por diante.
 O módulo de ethernet shield, conforme mostra a
Figura 9, é um dispositivo que permite o acesso ao
arduino via internet. O seu processador permite até
quatro conexões simultâneas. Este módulo também
possui um slot para cartões de memória micro SD,
onde é possível armazenar dados que podem ser
enviados ou acessados pela rede local ou de qualquer
lugar do mundo via internet [8].

Figura 10. Led Emissor / receptor infravermelho. Fonte

Filipeflop [8]

Para a sua utilização no arduino é necessário um

circuito auxiliar, para que seja possível extrair as
condições de monitoramento do sensor. Neste
projeto será utilizado o circuito da Figura 11 para a
integração com o arduino.

Figura 9. Módulo ethernet shield W5100. Fonte

Filipeflop [8]

2.5. Protocolo de comunicação modbus

TCP/IP

O protocolo Modbus é um dos padrões de

comunicação mais utilizados no meio industrial,
criado em 1971 pela empresa Modicon Industrial
Automation, atual Schneider Eletric, vem sofrendo
atualizações constantes, para ser empregado nas
redes industriais de comunicação.
A facilidade de instalação, configuração e por se
tratar de um protocolo aberto, são fatores favoráveis
para sua continuidade. Além disso, se destaca pela
sua simplicidade e robustez na troca de dados entre
dispositivos.
A comunicação é baseada na arquitetura mestre
escravo, onde somente o mestre solicita requisições
aos escravos, o encapsulamento pode ser realizado
através de diversos meios físicos como redes seriais
padrão RS-232 ou RS-485 do tipo bidirecional, com
a evolução da rede ethernet adaptou-se também nas
camadas de aplicação da rede ethernet TCP/IP.
A quantidade de equipamentos conectados a
uma rede Modbus é limitada ao máximo de 248
equipamentos, sendo um mestre e 247 escravos [10].
2.6. Leds infravermelho emissor / receptor
Em sistemas de segurança eletrônica ou
sistemas industriais a necessidade de detectar objetos
é de extrema importância, a determinação de seu uso
se dá de acordo com a exigência do processo. Para
os sistemas de alarmes os sensores mais utilizados
são os de infravermelho, os quais são constituídos
por um led emissor de infravermelho e um led
receptor de infravermelho. A figura 10 ilustra os dois
tipos citados.
Figura 11. Ligação led emissor / receptor infravermelho.
Fonte Próprio Autor
2.7. Sistema de Acionamento de Pânico
Um alarme com o sistema de acionamento em
caso de pânico ou emergência é essencial para as
situações de risco, seu acionamento de forma
silenciosa garante a segurança do usuário e minimiza
os efeitos causados pelo intruso.
Alarmes residenciais que contam com este
sistema possibilita também que usuários idosos
tenham mais tranquilidade em seu dia-a-dia, que
também pode ser utilizado para enviar uma chamada
a uma equipe médica em caso de necessidade de
atendimento emergencial.
Famílias com membros idosos também já
adotam a ferramenta para alerta de problemas. “Uma
pessoa de idade que fique sozinha em casa pode
contar com o botão de pânico para pedir ajuda caso
sofra uma queda durante as atividades rotineiras ou
sinta-se mal durante a noite”, casos si possível deixar
registrado na Central de Monitoramento 24 horas
que em caso de acionamento daquele botão de
pânico, deve-se entrar em contato com a família
imediatamente [11].
Figura 12. Ligação botão pânico. Fonte. Próprio Autor
2.8. Módulo sensor PIR
O sensor de presença PIR modelo DYP-ME003,
tem a função de detectar a presença de usuários no
ambiente. Seu acionamento pode comandar a
execução da função de fechamento e abertura de
portas e janelas, após a verificação do estado de
evacuação do ambiente [7]. A figura 13 ilustra um
módulo sensor PIR.
2.10. A linguagem C++ utilizada no Arduino
A linguagem de programação C++ é sinônima
de desenvolvimento robusto em sistemas que exijam
suporte a alta complexidade em algoritmos
computacionais. O C++ toca a linha tênue entre a
camada de hardware e a camada de software,
podendo trabalhar tanto no mais baixo até o mais alto
nível, construindo sistemas dos mais variados tipos e
aplicações. A linguagem é uma espécie de upgrade
da linguagem “C” com todo o suporte a POO
(Programação Orientada a Objeto). Esta linguagem
tão conhecida por desenvolvedores do mundo todo,
suporta basicamente tudo o que a linguagem “C”
oferece, tendo ainda suporte a orientação a objetos,
herança, polimorfismo, dados genéricos, abstração,
exceções etc.[9].
3. Implementação e montagem do projeto
A Tabela 1 apresenta os materiais utilizados
para a implementação e montagem do projeto de um
alarme residencial.

Tabela 1. Preços dos componentes do projeto

Valor
Unidade Componente unitário
(R$)
1 Arduino UNO 30,00
1 Sensores Presença PIR 9,00
Figura 13. Módulo Sensor PIR. Fonte Filipeflop [7]
1 Fonte de 9V/1A 25,00
2.9. Interface homem máquina 1 Sensor Fotoelétrico 3,00
A Interface Homem Máquina (IHM) é o meio 1 Protoboard 12,00
físico no qual os usuários podem acessar, interagir 1 IHM 3,5’’ touch screen 2250,00
ou modificar modos de funcionamento de um 12 Jumper 0,40
equipamento ou processo, por meio de uma 1 Sirene 15,00
representação gráfica que descreve o funcionamento Modulo de 8 Reles
do mesmo. A figura 14 apresenta um dos tipos de 1 65,00
250V/10A
IHM. 1 Modulo Ethernet Shield 55,00
Um exemplo desta interação são os caixas 1 Fonte chaveada 24 volts 250,00
eletrônicos de bancos ou em ambientes industriais 4 Leds 1,00
nos quais sistemas avançados de automação são
1 Resistor 1K 1/4 Wats 0,15
empregados para o controle e monitoração de
1 Maquete de uma Casa 225,00
processos contínuos.
1 Modem Wi-fi 150,00
Módulo regulador de
1 33,00
tensão
3 Patch cord de 50 cm 3,70
1 Botão push button 4,50

4. Modo de funcionamento

O protótipo de alarme residencial funcionará

Figura 14. Interface Homem Máquina. Fonte. Schneider
Eletric
instalado em uma maquete de casa residencial
simples, no qual sensores de presença e sensores
fotoelétricos serão instalados e monitorado via a
plataforma arduino. Além disso, a plataforma
arduino estará integrada com outros dispositivos, tais
como: atuadores, módulos de comunicação e um
display gráfico, o qual permitirá ao usuário interagir
com o sistema para configurar e monitorar os
ambientes.
Pretende-se que esse protótipo seja capaz de
realizar as principais funções de um alarme
residencial, que segundo [3] são:
• Prevenção: criação de barreiras físicas ou
virtuais, dispersando, dificultando ou ainda
impedindo o propósito de intrusão ou
ataque.
• Detecção e alarmes: capacidade de se
comunicar com sensores, entender seus
estados e acionar alarmes.
• Reconhecimento ou identificação: são
mecanismos que possibilitam ao sistema
diferenciar o usuário do não-usuário e
acionar os mecanismos de acordo.
• Retardo: tempo em que o sistema analisa
as condições dos sensores e verifica a
possibilidade de falsos alarmes ou espera
por uma ordem do usuário.
• Reação: efetivo disparo de atividades
programadas a fim de retardar ou mesmo
cancelar o processo de intrusão e emitir
avisos.
No aspecto da segurança da informação, como
por exemplo proteção contra-ataques cibernéticos, é
preciso deixar claro que não foi o objetivo desse
trabalho e portanto não serão abordadas técnicas de
prevenção. Porém, para acesso ao sistema e
configurações via web, será exigida uma senha para
que após logado o usuário possa monitorar os
estados dos sensores, fazer ativação e desativação do
alarme.
5. Fluxograma de Funcionamento
Para mostrar o esquema de funcionamento do
sistema de alarme proposto, foi elaborado o
fluxograma apresentado na Figura 15. O código do
programa está no Anexo I.
Figura 15. Fluxograma de funcionamento. Fonte.
Próprio Autor.
6. Aplicações
Este protótipo poderá ser aplicado a qualquer
tipo de residência, porém os seguintes itens devem
ser avaliados: a quantidade e os tipos de sensores e
suas especificações. Isso se deve ao fato de que uma
residência maior precisará evidentemente de mais
sensores (tanto em quantidade como o tipo de
sensor).
As funções empregadas no sistema proposto
são:
• monitoramento de perímetro externo da
residência;
• monitoramento de um ambiente interno;
• função pânico;
• monitoramento instantâneo online por IHM
local e remoto por celular através de
aplicativo proprietário.
7. Aspectos de Hardware
Os microcontroladores são comercializados na
sua maioria sem nenhuma plataforma de
desenvolvimento, isto é, somente o
microcontrolador. Sendo necessário para sua
utilização, a integração com outros componentes
eletrônicos: como diodos, reguladores de tensão,
resistores e capacitores. Assim, seria possível
implementar o projeto proposto.
No entanto, como um dos objetivos deste estudo
é elaborar um protótipo de sistema de gerenciamento
de segurança residencial de baixo custo e com o
menor tempo de desenvolvimento possível, a opção
por microcontroladores sem nenhuma plataforma de
desenvolvimento tornaria o projeto dificultoso e com
preço final do produto relativamente alto.
Tomando isto, escolheu-se a plataforma de
desenvolvimento Arduino para a realização do
desenvolvimento do protótipo, pois esta plataforma
já possui todos esses componentes integrados em
uma placa de circuito impresso. A facilidade de
interação com sensores digitais e analógicos
oferecida pela plataforma também foi significativa
no momento da escolha.
O esquema elétrico de ligação dos componentes
para a montagem do sistema de alarme está
apresentado no Anexo II.
8. Dificuldades encontradas e soluções
A escolha dos sensores e suas especificações foi
um pouco trabalhosa, pois a integração com a
plataforma arduino e o desenvolvimento do
algoritmo de programação que pudesse obter os
estados dos sensores resultou em vários testes e
algumas mudanças de tipos de sensores.
 Primeiramente optou-se por um módulo sensor conheca-esta-plataforma-de-hardware-livre-e-suas-
emissor e receptor de infravermelho da marca GBK, aplicacoes/>.
porém a aplicação e leitura foi praticamente [5] LIMA, Izabelle, Módulo Relé, 9 de agosto de
impossível devido o mesmo enviar os sinais para o 2015. Disponível em < http://autocorerobotica.
arduino em código aleatório. Isso tornou muito blog.br/modulo-rele/> acesso em 11/03/2018
difícil a sua utilização, já que não foi possível [6] CINESTEC, Módulo Relé Estado Sólido.
realizar a identificação se naquele ambiente havia Acesso em 26/04/2018, disponível em <
um invasor ou não. http://www.cinestec.com.br/product_info.php?prod
Devido a esta dificuldade, optou-se por utilizar ucts_id=22164>.
um sensor mais simples, que consiste em um led [7] Lima, C. B., & Villaça, M. (2012). AVR e
emissor de infravermelho e um receptor juntamente Arduino: técnicas de projeto (2ª ed.).
com um circuito formado por resistores para Florianópolis: Ed. dos autores.
conseguir obter o estado deste sensor, a montagem [7] Como utilizar teclado matricial 4X4. Acesso
deste foi especificada no item 2.6. 25/03/2018. Disponível em <
https://www.filipeflop.com/blog/teclado-matricial-
9. Conclusão 4x4-arduino/>.
[8] ELETRÔNICA DIDÁTICA, Protoboard.
Este trabalho apresentou a elaboração de um Acesso em 11/03/2018. Disponível
protótipo de um sistema de alarme residencial em<http://www.eletrônica didática.com.br
utilizando a plataforma Arduino. /protoboard.html> .
O objetivo proposto foi alcançado e o trabalho [9] ANDRADE, Luiz Claudio, Funcionamentos de
obteve bons resultados, já que demonstrou que a Programação, Algoritmos e linguagem C++, 27 de
plataforma Arduino conseguiu gerenciar todas as outubro de 2017. Disponível em <
situações propostas, exemplificou a facilidade e https://www.infoescola. com/informatica/cpp/ >
versatilidade de integração de componentes acesso em 11/03/2018.
eletrônicos unidos por lógicas de programação. [10] ALBUQUERQUE, P. U. (2009). Redes
Com o sistema deste trabalho, o usuário pode Industriais: Aplicações em Sistemas Digitais de
monitorar à distância e em “tempo real” os Controle Distribuído. São Paulo: Ensino
ambientes monitorados por sensores em sua Profissional.
residência. Todas as informações são acessadas pelo [11] ANTÔNIO C. C. (06 de abril 2016) Botão de
usuário através da internet, o que constitui uma pânico e senha de coação. Limeira/São Paulo.
funcionalidade extremamente poderosa e quase Acesso em 22/06/2018, disponível em <
indispensável nos dias de hoje. http://www.alertaseg.com.br/botao-de-panico-e-
senha-de-coacao>
Referências bibliográficas

[1] MARCONDES, J. S. (14 de julho de 2016).

Segurança Eletrônica: Conceitos, Finalidades e
Tecnologias. Acesso em 12/04/2018, disponível em
Gestão de Segurança Privada:
<https://www.gestaodesegurancaprivada.com.br/se
guranca-eletronica-conceito/>
[2] PAULA, M. E. (30 de setembro de 2004).
Estudo de Segurança Eletrônica Patrimonial.
Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil: Universidade
Federal de Minas Gerais. Acesso em 12/04/2018,
disponível em
<https://www.ppgee.ufmg.br/defesas/479M.PDF>.
[3] BUKMAN, G. (4 de maio de 2016).
Desenvolvimento de um Protótipo de Baixo Custo
Para Segurança Residencial. Ouro Preto, São
Paulo, Brasil. Acesso em 11/04/2018, disponível em
<http://monografias.ufop.br/bitstream/35400000/28
0/1/MONOGRAFIA_DesenvolvimentoDeProt%C3
%B3tipo.pdf>.
[4] LEMOS, Manoel. (17 de novembro de 2013).
Arduino: Conheça esta plataforma de hardware
livre e suas aplicações. Acesso em 11/03/2018,
disponível em <http://blog.fazedores.com/arduino-
 Anexo I – Código Arduino
//==============================================================================//
// PROJETO ESPECÍFICO DE ENGENHARIA ELÉTRICA - 6º SEMESTRE - UNIVAG //
// GRUPO 02 - SISTEMA DE ALARME RESIDENCIAL //
// ALUNOS: ALESSANDRO F. LOUBET, DIEGO F. O. TOMASELLI, MARCELO C. L. OLIVEIRA,
YGOR.S.TOLEDO, RODRIGO G. SODRÉ //
//==============================================================================//

//==============================================================================//
//BIBIBLIOTECAS
//==============================================================================//
#include <SPI.h> //BIBLIOTECA BARRAMENTO DE COMUNICAÇÕES INTERNAS DO
ARDUINO
#include <Ethernet.h> //BIBLIOTECA MÓDULO ETHERNET SHIELD
#include <Mudbus.h> //BIBLIOTECA PROTOCOLO DE COMUNICAÇÃO MODBUS
//==============================================================================//
//VARIAVEIS GLOBAIS
//==============================================================================//
boolean modo_alarme = false; //VARIAVEL MODO FUNCIONAMENTO CENTRAL ALARME -
ATIVO = 1 / DESATIVADO = 0
bool statusbutton = LOW; //VARIAVEL MODO FUNCIONAMENTO CENTRAL ALARME -
ATIVO = 1 / DESATIVADO = 0
bool on_off_button = LOW; //VARIAVEL ARMAZENAMENTO STATUS BOTAO
int statuspanico = 0; //VARIAVEL DE STATUS FUNÇÃO PANICO
#define sensorIR 2 //DEFINE VARIAVEL PARA SENSOR DE INFRAVERMELHO
#define sensorPIR 3 //DEFINE VARIAVEL PARA SENSOR DE PIR
#define button 5 //DEFINE VARIAVEL PARA LED STATUS PANICO
#define ledAzul 6 //DEFINE VARIAVEL PARA LED 01
#define ledVerde 7 //DEFINE VARIAVEL PARA LED 02
#define buzzer 8 //DEFINE VARIAVEL PARA CAMPANHIA ALARME
#define ledPanico 9 //DEFINE VARIAVEL PARA SINALIZACAO PANICO
Mudbus Mb; //INSTANCIAMENTO PROTOCOLO MODBUS
//==============================================================================//
void setup() { //FUNÇAO DE CONFIGURAÇÕES
//==============================================================================//
uint8_t mac[] = { 0x90, 0xA2, 0xDA, 0x00, 0x51, 0x06 }; //ATRIBUI ENDEREÇO DE MAC SHIELD
ETHERNET
uint8_t ip[] = { 192, 168, 0, 250 }; //ATRIBUI ENDEREÇO DE IP SHIELD ETHERNET
Ethernet.begin(mac, ip); //INICIA ENDEREÇOS DE MAC E IP
//==============================================================================//
//DEFINIÇÃO DE PINOS ENTRADA E SAÍDAS
//==============================================================================//
pinMode(sensorIR, INPUT_PULLUP); //DEFINE PINO 2 COMO ENTRADA DO SENSOR IR
pinMode(sensorPIR, INPUT_PULLUP); //DEFINE PINO 3 COMO ENTRADA DO SENSOR PIR
pinMode(button, INPUT_PULLUP); //DEFINE PINO 5 DA PLACA COMO ENTRADA E
HABILITA RESISTORES PULL_DOW
pinMode(ledAzul, OUTPUT); //DEFINE PINO 6 DA PLACA COMO SAIDA
pinMode(ledVerde, OUTPUT); //DEFINE PINO 7 DA PLACA COMO SAIDA
pinMode(buzzer, OUTPUT); //DEFINE PINO 8 DA PLACA COMO SAIDA
pinMode(ledPanico, OUTPUT); //DEFINE PINO 9 DA PLACA COMO SAIDA
delay(2000); //TIMER 2000 MILISEGUNDOS
Serial.begin(9600); //INICIA REDES SERIAIS
digitalWrite(ledAzul, LOW); //DESLIGA LED AZUL
digitalWrite(ledVerde, LOW); //DESLIGA LED VERDE
digitalWrite(buzzer, HIGH); //DESLIGA CAMPANHIA
digitalWrite(ledPanico, LOW); //DESLIGA LED PANICO
}
//==============================================================================//
void loop() { //LOOP DO PROGRAMA
//==============================================================================//
Mb.Run(); //INICIA COMUNICAÇÃO MODBUS
Mb.C[21] = digitalRead(sensorIR); //ENDEREÇO COIL 21 MODBUS RECEBE STATUS DO
SENSOR IR
Mb.C[22] = digitalRead(sensorPIR); //ENDEREÇO COIL 22 MODBUS RECEBE STATUS DO
SENSOR PIR
Mb.C[23] = digitalRead(ledPanico); //ENDEREÇO COIL 23 MODBUS RECEBE STATUS DA
FUNÇÃO PANICO
buttonpanico(); //FUNÇÃO LEITURA BOTÃO PANICO
if (Mb.C[23] == HIGH) { //COMPARA SE BOTÃO FOI PRESSIONADO
panico(); //FUNÇÃO PANICO ATIVADA
} else {
desativado(); //FUNÇÃO DESATIVADO
}
modo_alarme = Mb.C[20]; //VARIAVEL MODO FUNCIONAMENTO RECEBE VALOR
VIA ETHERNET
if (modo_alarme == true) { //TESTE SE MODO FUNCIONAMENTO FOR = 1, ATIVA
ROTINA DE ALARME ATIVADO
ativado(); //CHAMA ROTINA ALARME ATIVADO
} else {
desativado(); //SE BOTÃO SUPERVISORIO = 0, ALARME DESATIVADO
}
}
//==============================================================================//
void ativado() { //ROTINA DE CENTRAL ALARME ATIVADA
//==============================================================================//
if (Mb.C[21] == 1 || Mb.C[22] == 1 ) { //COMPARA SE SENSORES IR OU PIR ESTÃO
DETECTANDO PRESENÇA
digitalWrite(ledAzul, HIGH); //SE HÁ PRESENÇA LIGA LED VERDE
digitalWrite(ledVerde, HIGH); //SE HÁ PRESENÇA LIGA LED VERDE
digitalWrite(buzzer, LOW); //SE HÁ PRESENÇA LIGA BUZZER
delay(500); //TIMER DE ALARME DESLIGADO
}
else {
desativado(); //FUNÇÃO DESATIVADO EM CASO NENHUM SENSOR
ATIVO
}
}
//==============================================================================//
void desativado() { //ROTINA PARA CONDIÇÃO DESATIVADA
//==============================================================================//
digitalWrite(ledAzul, LOW); //SE NÃO HÁ PRESENÇA LIGA LED BRANCO
digitalWrite(ledVerde, LOW); //SE NÃO HÁ PRESENÇA LIGA LED VERDE
digitalWrite(buzzer, HIGH); //DESLIGA CAMPANHIA
}
//==============================================================================//
void buttonpanico() { //ROTINA PARA CONDIÇÃO DE PANICO
//==============================================================================//
statusbutton = digitalRead(button); //VARIAVEL STATUSBUTTON RECEBE
VALOR PINO 4
if ((statusbutton == HIGH) && (on_off_button == LOW)) { //TESTE PARA LATCH UNLATCH DA
FUNÇÃO PANICO
statuspanico = 1 - statuspanico; //SE FUNÇÃO ATIVA E BOTÃO
PRESSIONADO, DESATIVA FUNÇÃO
delay(250); //TIMER DE 250 MILISEGUNDOS PARA
VARIAÇÃO DE PULL_UP
}
 on_off_button = statusbutton;
FUNÇÃO
if (statuspanico == 1) {
ATIVADA
digitalWrite(ledPanico, HIGH);
} else {
digitalWrite(ledPanico, LOW);
}
}
//==============================================================================//
void panico() {
//==============================================================================//
digitalWrite(ledAzul, HIGH);
digitalWrite(buzzer, LOW);
delay(300);
digitalWrite(ledVerde, HIGH);
digitalWrite(buzzer, HIGH);
delay(300);
digitalWrite(ledAzul, LOW);
digitalWrite(buzzer, LOW);
delay(300);
digitalWrite(ledVerde, LOW);
digitalWrite(buzzer, HIGH);
}
//VARIAVEL PARA RECEBER STATUS DA
//COMPARA SE STATUS FUNÇÃO ESTA
//ATIVA FUNCAO PANICO
//DESATIVA FUNCAO PANICO
//FUNÇÃO PANICO
//LIGA LED BRANCO
//LIGA CAMPANHIA
//TIMER DE LED BRANCO LIGADO
//LIGA LED VERDE
//DESLIGA CAMPANHIA
//TIMER LED VERDE LIGADO
//DESLIGA LED BRANCO
//LIGA CAMPANHIA
//TIMER LED BRANCO DESLIGADO
//DESLIGA LED VERDE
//DESLIGA CAMPANHIA
Anexo II – Esquema Ilustrativo das Ligações Elétricas