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ANA NÉRI: A PIONEIRA DA ENFERMAGEM NO

BRASIL
BIOGRAFIA

Anna Justina Ferreira Néri nasceu em Vila de Cachoeira do Paraguaçu, Bahia, no


dia 13 de dezembro de 1814. se casou aos 23 anos com o capitão de fragata da
Marinha, Antônio Isidoro Néri, do qual adotou o sobrenome e teve três filhos. Ana Néri já
acostumada a ter a casa sob sua responsabilidade, pois seu marido sempre estava no
mar, criou sozinha os filhos após ficar viúva aos 29 anos quando, em 1843, seu marido
morreu a bordo do veleiro Três de Maio, no Maranhão.

TRAJETÓRIA

Em 1865, o Brasil integrou a Tríplice Aliança, que lutou na Guerra do Paraguai e os


filhos de Ana Néri, o cadete Pedro Antônio Néri e os médicos Isidoro Antônio Néri Filho e
Justiniano de Castro Rebelo. foram convocados para lutar no campo de batalha.

No dia 8 de agosto, inconformada com a separação, Ana Néri escreveu ao


presidente da Província da Bahia, o conselheiro Manuel Pinho de Sousa Dantas uma
carta oferecendo seus serviços de enfermeira para cuidar dos feridos de Guerra do
Paraguai, enquanto o conflito durasse.

Aos 51 anos de idade, e sem esperar a resposta do seu pleito, Ana Néri viaja para
o Rio Grande do Sul, e lá aprende as primeiras noções de enfermagem com as irmãs de
caridade de São Vicente de Paulo. No dia 13 de agosto de 1865, visando cuidar dos
doentes e feridos, a baiana parte para o front de batalha, com o exército de voluntários,
tornando-se a primeira mulher enfermeira do país.

Ana Néri começou seu trabalho nos hospitais de Corrientes onde havia, nessa
época, cerca de seis mil soldados internados e algumas poucas freiras vicentinas
realizando os trabalhos de enfermagem. Mais tarde ajudou os feridos em hospitais de
Salto, Humaitá e Assunção.

Apesar da falta de condições, pouca higiene, falta de materiais e excesso de


doentes, Ana Néri chamou a atenção por sua dedicação ao trabalho como
enfermeira por todos os hospitais onde passou. Ana Néri com seus próprios
recursos montou uma enfermaria-modelo em Assunção, capital paraguaia, sitiada pelo
exército brasileiro. Ali, Ana Néri perdeu seu filho Justiniano.
Com o fim do embate, em 1870, Ana Néri volta ao Brasil, trazendo seis órfãos de
guerra.

CONDECORAÇÕES E HOMENAGENS

Foi condecorada com as medalhas de prata Geral de Campanha e a Medalha


Humanitária de Primeira Classe. Recebeu do imperador D. Pedro II, por decreto, uma
pensão vitalícia com a qual educou sua família.

No dia 20 de maio de 1880, aos 66 anos de idade, Ana falece no Rio de Janeiro, e
é sepultada no Cemitério São Francisco Xavier. A primeira escola oficial de enfermagem
de alto padrão no Brasil foi fundada por Carlos Chagas em 1923 e em 1926 recebeu o
nome de Ana Néri, em homenagem à primeira enfermeira brasileira. O dia do enfermeiro
é comemorado em 20 de maio.

Getúlio Vargas, instituiu em 1938, o Dia do Enfermeiro, a ser celebrado, em 12 de


maio. Segundo o decreto, na data devem ser prestadas homenagens especiais a
Memória de Ana Néri em todos os hospitais e escolas de enfermagem do país.

Como uma justa homenagem, em um dos locais mais visitados pelos turistas - o
Pelourinho, na cidade de Salvador – foi criado o Museu Ana Néri, para divulgar os
aspectos mais significativos da vida dessa ilustre baiana, e resgatar a história da
enfermagem brasileira, do século XIX até a atualidade.

E em 2009, seu nome, Ana Justina Ferreira Néri, é assentado no livro dos Heróis
da Pátria, depositado no Panteão da Liberdade e da Democracia, em Brasília, capital da
República.
REFERÊNCIAS

Disponível em:

https://www.gov.br/bn/pt-br/central-de-conteudos/noticias/ana-neri-a-201cmae-dos-
brasileiros201d

http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&id=357:ana-
neri

https://alfabetizacao.mec.gov.br/images/conta-pra-mim/livros/versao_digital/
anna_nery_versao_digital.pdf

https://www.cofen.gov.br/bahia-faz-homenagem-a-enfermeira-anna-neri/

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