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A história da enfermagem começa por Florence Nightingale, nascida em 12 de maio de 1820

em Florença na Itália, onde seu nome foi escolhido justamente por conta do nome da cidade.
Era de uma família rica e tradicional, mulher brilhante e impetuosa não aceitou se tornar
apenas uma esposa submissa, decidindo se dedicar à Caridade e encontrando o seu caminho
na enfermagem.
Florence foi uma enfermeira estatística, reformadora social e escritora que ficou famosa por
ser pioneira no tratamento de soldados feridos durante a guerra da Crimeia. Ficou conhecida
na história pelo apelido de a dama da lâmpada por fazer uso da lamparina na iluminação
durante a noite quando cuidava dos doentes, assim a lâmpada se tornou o símbolo da
enfermagem.
Florence é considerada a mãe da enfermagem Moderna, contribuiu para a melhoria e o
desenvolvimento da saúde, suas publicações influenciaram diversas áreas além da
enfermagem tais como estatística, administração em saúde, saúde pública, fisioterapia e
espiritualidade, destacou em sua época por suas habilidades em matemática e estatística.
Na guerra da Crimeia introduziu a visão da atuação da enfermagem, não somente ao paciente,
mas também ao ambiente, com o uso de gráficos conseguiu visualizar a situação dos hospitais
e apresentar propostas de melhorias. Foi precursora dos conhecimentos de administração em
enfermagem ao mudar a realidade dos hospitais, antes os hospitais eram apenas casas de
reclusos, casas que se iam para morrer onde insetos e roedores disputavam o alimento com os
próprios pacientes, onde mortos e vivos permanecia no mesmo ambiente, não havendo
separação alguma dos doentes. Após suas contribuições, o hospital passa a ver a saúde como o
maior bem produzido e a melhoria da qualidade de vida dos enfermos.
Florence tornou clara as relações entre o ser humano, o ambiente e a natureza, como elo
fundamental para a saúde, para o cuidado e para a cura.
Florence viveu até os 90 anos faleceu em Londres no dia 13 agosto 1910 em homenagem a
Florence Nightingale, o dia do seu nascimento 12 de maio foi escolhido para celebrar o dia
mundial do enfermeiro.
No Brasil a enfermagem se destaca por Ana Nery Justina Ferreira, nascida no município de
Cachoeira no estado da Bahia em 13 de dezembro 1814, foi a primeira enfermeira do Brasil
prestando serviços voluntários nos hospitais militares de Assunção, corrientes e Humaitá
durante a guerra do Paraguai. Casou-se aos 23 anos com Isidoro Antônio Nery Capitão de
fragata da Marinha, teve 3 filhos o cadete Pedro Antônio Nery e os médicos Isidoro Antônio
Nery filho e Justiniano de Castro Rebelo. Fucou viúva com 29 anos quando em 1843 seu
marido morreu a bordo do veleiro Três de Maio no estado do Maranhão. Em 1865 o Brasil
integrou a tríplice Aliança que lutou na guerra do Paraguai, os filhos e o irmão de Ana Nery
foram convocados para lutar no campo de Batalha, sensibilizada no dia 08 de agosto de 1865
Ana Nery escreveu uma carta ao presidente da província oferecendo os seus serviços de
enfermeira para cuidar dos feridos da guerra do Paraguai enquanto a Batalha durasse, onde
sua solicitação foi aceita.
Em 1865 Ana Nery partiu de Salvador em direção ao Rio Grande do Sul onde aprendeu noções
básicas de enfermagem com as irmãs de Caridade de São Vicente de Paulo, com 51 anos foi
inserida ao décimo batalhão de voluntários. Ana Nery começou atuando nos hospitais de
corrientes na Argentina onde havia cerca de 6.000 mil soldados internados e apenas algumas
freiras vicentinas realizando os trabalhos de enfermagem, ainda trabalhou em hospitais de
Salto na Argentina Humaitá e Assunção no Paraguai.
Após a guerra terminar, onde perderam um de seus filhos no campo de Batalha, retornou à
sua cidade Natal onde lhe foram prestadas grandes homenagens.
Anna Mary morreu na cidade do Rio de Janeiro aos 65 anos em 20 de maio de 1880 em sua
homenagem em 1923 a primeira escola oficial Brasileira de enfermagem recebeu o nome de
Ana Nery.
Em 1938 o Presidente Getúlio Vargas assinou o decreto número 2.956 que instituía o dia do
enfermeiro assim celebrada no dia 12 de maio devendo nesta data ser prestadas homenagens
especiais à memória de Anna Nery em todos os hospitais escolas de enfermagem do país
em 12 de maio 1960 o Presidente Juscelino Kubitscheck por meio do decreto número 48.202
institui a semana de enfermagem, a ser celebrada anualmente de 12 a 20 de maio.
Datas nas quais ocorreram respectivamente em 1820 o nascimento de Florence Nightingale
em 1880 o falecimento de Ana Nery.
em 2009 através da lei número 12.105 Ana Nery se tornou a primeira mulher a entrar para o
livro dos heróis e das heroínas da pátria depositado, no panteão da Liberdade e da democracia
em Brasília no Distrito Federal.
Ana Nery sempre será lembrada pelo seu legado e por ser pioneira da enfermagem no Brasil.
Hoje nós da enfermagem, não queremos palmas e sim mais respeito, queremos
reconhecimento, autonomia que nos é de direito.
A enfermagem é fundamental para a saúde todo dia, não meramente em tempos de
pandemia. Somos, aproximadamente, 80% da força de trabalho, a força da saúde pública em
Brasil turpo. Que sejamos reconhecidos com salários Mais dignos, que sejamos reconhecidos
com melhores condições de trabalho, com leis que nos garantam uma carga horária menos
exaustiva e o dimensionamento que é necessário.
Merecemos reconhecimento e respeito, somos profissionais capacitados a desempenhar o
cuidado ao ser humano.
A enfermagem não é Caridade e sim ciência!
busca o cuidado integral do ser humano e não a subserviência, somos nós que ficamos com o
paciente 24 horas por dia um cuidado integral essencial para a sua melhoria.
Prazer sou enfermeiro, minhas práticas são baseadas em evidências, em ciências. Tenho
competência para atuar com senso de responsabilidade social, compromisso com a cidadania,
como promotor da saúde integral.
Parabéns a todos os enfermeiros e enfermeiras, aos técnicos e auxiliares de enfermagem, que
nosso presente seja o reconhecimento autonomia e valorização da enfermagem!
Parabéns Enfermagem!

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