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SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA

PEDAGOGIA

Taís Cesarina da Silva

Gestão do Projeto Educativo:


Jogos e brincadeiras

Itabira
2022
Taís Cesarina da Silva

Gestão do Projeto Educativo:


Jogos e brincadeiras

Projeto Educativo apresentado à Unopar, como

requisito parcial à conclusão do Curso dePedagogia.

Docente supervisor:Elisany Suelen Ferreira

Itabira
2022
DUÇÃO
A arte de ensinar a disciplina de matemática conta com o desenvolvimento do raciocínio
lógico, criatividade, estimulando assim a autonomia e a capacidade necessária para a
resolução de problemas do dia a dia. A partir dessa premissa surge a Oficina de Jogos
matemáticos para os alunos do ensino infantil da escola X. A importância de jogos
matemáticos simples, mas que, que exigem raciocínio lógico matemático colaboram com
o crescimento educacional do aluno. Além do mais, a adoção da ludicidade na disciplina
de matemática auxilia no combate a educação tradicional que ainda persiste no nosso
sistema de ensino.
Segundo Melo (2010), a importância dos jogos e brincadeiras no aprendizado infantil é
importante por fazer parte do desenvolvimento da personalidade da criança. Nesse
sentido, a oficina irá colabora com a aprendizagem da matemática e no desenvolvimento
pessoal e social dos alunos. Segundo Lamas (2015), o uso dos jogos matemáticos
possibilita ao aluno vivenciar experiencias únicas, desenvolvendo competências e
habilidades, esse pensamento está extremante alinhado com o que informa a Base
Comum Nacional Curricular – BNCC.

OBJETIVOS

Objetivo geral

Os objetivos que norteiam esse projeto correspondem aas habilidades que a BASE
NACIONAL COMUM CURRICULAR – BNCC definem como necessárias para a
aprendizagem da disciplina de matemática pelo ensino fundamental.

Objetivos específicos
 Comprovar que alunos desenvolvem suas habilidades e competências matemáticas
durante os jogos.
 Reconhecer que os alunos conseguem transpor seus conhecimentos matemáticos
para as situações problemas do dia-a-dia.
 Aperfeiçoamento de contas simples como soma, subtração, divisão e multiplicação.
PROBLEMATIZAÇÃO
Segundo a BNCC “O conhecimento matemático é necessário para todos os alunos da
Educação Básica, seja por sua grande aplicação na sociedade contemporânea, seja pelas
suas potencialidades na formação de cidadãos críticos, cientes de suas responsabilidades
sociais.” (MEC. 2018. pág 265).
Diferente do que propunha a matemática moderna, a BNCC afirma que a matemática não
estra restringida aos “fenômenos determinísticos” , e que para além deles, também está
inserida nas relações sociais e cotidianas da sociedade. Tratando-se das competências
específicas, todos os pontos apresentados reforçam o caráter humanístico da disciplina,
enquanto uma ciência humana, que surgiu essencialmente para dar conta das
necessidades humanas. Essa disciplina organiza e resolve dados que estão ligados a
ações e fenômenos da sociedade me geral. Para que a matemática seja aplicada com
êxito nas situações que a exigem, o ensino básico deve estabelecer, “compromisso com o
desenvolvimento do letramento matemático, definido como as competências e habilidades
de raciocinar, representar, comunicar e argumentar matematicamente” MEC (2018. pág
266). Em sua formulação, a BNCC se preocupou em adotar teorias que trouxessem uma
perspectiva mais moderna a educação. A aprendizagem significativa, é o conceito
principal da teoria de aprendizagem apresentada por David Ausubel, tal teoria advoga
sobre a importância e da relevância de obter um novo conhecimento que seja relacionado
aos conhecimentos prévios. Mas essa relação, não pode ser arbitraria, tem que ser
substantiva, a ponto de somar mais conhecimentos importantes para o aluno. Segundo
Frasson, Laburu, Zompero (2019, pág 304), “A expressão não arbitrária manifesta que a
interação não é com qualquer ideia prévia, mas sim com um conhecimento considerado
importante pelo aluno, já existente em sua estrutura cognitiva”. A interação entre esses
conhecimentos se torna efetiva quando a assimilação não destoa ou modifica o
conhecimento já preestabelecido. Os tipos de conteúdo de aprendizagem são
classificados em conceituais, procedimentais e atitudinais, os conceituais são referentes
aos (conceitos, fatos ou dados, princípios gerais). Os procedimentais (técnicas e
estratégias), os atitudinais se classificam em (atitudes, normas e valores). São essas três
tipologias que solidificaram as competências gerais estabelecidas na BCNN.
Na BNCC, competência é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e
procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais).
atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno
exercício da cidadania e do mundo do trabalho. (MEC, 2017. Pág. 8). Nesse sentido,
podemos concluir que o objetivo geral da BNCC é exatamente criar um currículo comum a
ser oferecidos para todos os estudantes, e que esse currículo, possibilite a integração de
novos conteúdos, que sejam referentes a vivência de cada sujeito, formando assim, um
novo conhecimento. As PCN´s ou parâmetros curriculares, surgiram no brasil no ano de
1995, pela então Secretaria e Ministério da Educação, atualmente, no volume relacionado
a disciplina de matemática dos alunos pertencentes ao terceiro e quartos ciclos do ensino
fundamental, dividem-se em duas partes. A primeira se limita a discutir a parte geral da
matemática, a segunda apresenta os tópicos e a didática a ser aplicada no terceiro e no
quarto ciclo. Segundo o documento, ainda hoje existem dificuldades no processo de
ensino e aprendizagem da disciplina, e isso ocorre por muitos motivos, dentre eles a falta
de qualificação do corpo docente, e o próprio problema de inter-relação entre os
conteúdos da disciplina. Uma das estratégias adotadas e indicadas pela PCN é a
utilização de problemas como forma de avaliar o que foi ensinado para os alunos. A
resolução de problemas matemáticos possibilita que os alunos mobilizem seus
conhecimentos, e os apliquem de forma relacionada, o gerenciamento das informações
apreendidas na sala de aula em uma única questão, aumentam o conhecimento do aluno
ao passo que, ele desenvolve novas competências e habilidades. Fica difícil imaginar
outra forma avaliativa que gerasse o mesmo resultado, pois “Um problema matemático é
uma situação que demanda a realização de uma sequência de ações ou operações para
obter um resultado. Ou seja, a solução não está disponível de início, mas é possível
construí-la.” (MEC, 1998, pág41) Segundo o último levantamento do Programa
Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), o Brasil em comparação com outros 78
países, apresentou que existe uma baixa proficiência em leitura, matemática e ciência, e
tratando-se de matemática, 68% dos alunos com até 15 anos não possuíam o nível
básico na disciplina.
O PISA define como letramento matemático “Capacidade de formular, empregar e
interpretar a matemática em uma série de contextos, o que inclui raciocinar
matematicamente e utilizar conceitos, procedimentos, fatos e ferramentas matemáticos
para descrever, explicar e prever fenômenos.” (BRASIL, 2018. pág 40.) Segundo os
resultados apresentados no relatório, a posição do Brasil no ranking: entre 69º e 72º, em
comparação com países da América do Sul, o Brasil ficou atras do Chile e do Uruguai,
ficando à frente de da Argentina e do Peru, ficando em último lugar dentre os países da
América Latina em relação a leitura matemática. Ainda segundo os dados, 50% dos
estudantes brasileiros que realizaram o teste foram considerados sem o nível necessário
de leitura, considerado pela OCDE como o mínimo para que se possa exercer de fato a
cidadania. BRASIL (2019). Para além dos 68% de alunos que não tem o mínimo de leitura
patética considerado pela OCDE, a pesquisa também mostrou que 41% não tinham
conhecimento para realizar questões e cálculos simples do cotidiano. Apenas 1% dos
alunos alcançaram o nível máximo em leitura matemática. BRASIL (2019). Mesmo com o
aumento nos investimentos e projetos educacionais no país, essa pesquisa mostrou que
desde 2009 o país não tem um avanço significativo, o que nos leva a questionar quais são
os fatores que retardam e criam obstáculos para a melhora nesses índices. Tais dados
acerca da estagnação da educação básica no Brasil também é apresentado pelo Índice
de Desenvolvimento da Educação Básica, esse índice é calculado tendo como base o
desenvolvimento dos alunos na prova Brasil, que consiste em uma prova com a disciplina
de português e matemática. Com base no resultado da prova Brasil que ocorreu em 2019,
reunindo as informações das escolas municipais, estaduais e federais. Uma pesquisa
realizada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE),
Pesquisa Internacional de Ensino e Aprendizagem, apresentou que 20% do tempo em
sala de aula é utilizado pelo professor para organizar e tomar a atenção dos alunos.
Frente a outros países, isso significou que o Brasil está acima da média quando o assunto
é indisciplina escolar, 55% dos professores brasileiros afirmaram que perdem tempo com
alunos que interrompem as explicações, 53% reclamaram que o barulho é um dos
maiores problemas. Existe entre os professores das escolas públicas um consenso sobre
o desamparo dos docentes pelo estado, não existe um acompanhamento, uma formação
continuada, uma real preocupação pelo andamento do processo pedagógico e dos
alunos. Tudo se resume a números, os alunos, professores, as notas, tudo se resume a
números que irão virar estatísticas na mesa de alguém. A destarte de todos os problemas
elencados, e que são motivos da indisciplina, também existe a estrutura e o currículo
educacional tradicional e fechado, que não considera a realidade de cada aluno e
também, a forma como o século XXI formata esses alunos. Como mencionado nesse
artigo, existem vários problemas que podem ser os motivadores dessa estagnação na
educação, fazendose necessário que as instituições educacionais e seus agentes criem
estratégias para combater o problema. Mas o questionamento que surge é. Quais as
estratégias para contornar essa situação? Atualmente é possível observar instituições e
professores se voltando mudanças nas estruturas curriculares, ressignificação da
educação, em estratégias e pedagogias ativas, além da análise e combate Todas essas
discussões nos levam a crer que a aproximação da disciplina de matemática ainda no
ensino infantil colaboraria com uma melhora no desenvolvimento dos alunos que saem do
ensino infantil para o ensino fundamental e os outros níveis da educação básica.

REFERENCIAL TEÓRICO
O referencial teórico escolhido neste projeto para nortear as discussões é Oliveira (2014),
segundo o autor muitos teóricos se pautaram a discutir ao longo de décadas a
importância da aplicação de jogos no processo de aprendizagem. segundo ele, Um
número crescente de evidências sugere que os jogos aliados às brincadeiras
proporcionam às crianças um contexto adequado para aprender e aprimorar suas
habilidades de alfabetização, o que decorre de processos cognitivos, solução de
problemas e imagens incorporados em diversas situações lúdicas. (OLIVEIRA, 2014, p.
54) Se antigamente os jogos configuravam puramente uma competição, nos dias atuais
os jogos se apresentam como atividades habituais de lazer, que muitas das vezes
buscam representar os aspectos da realidade. Oliveira (2014), também afirma que as
crianças envolvidas em brincadeiras desenvolvem de forma rápida os conhecimentos
matemáticos e a leitura, ao passo que, as crianças que pouco brincam sentem muitas ou
algumas dificuldades nessas disciplinas. No que diz respeito ao professor, Oliveira (2014),
afirmar ser imprescindível que os docentes tenham conhecimentos prévios sobre os jogos
e sobre os conhecimentos que desejam repassar, visto que os alunos já lançam mão de
opiniões próprias que devem ser aperfeiçoadas com o conhecimento do professor., como
afirma na citação abaixo. A prática educacional do jogo unido à teoria pode servir para o
professor intervir também nas dificuldades individuais de cada criança. Por meio da
brincadeira, a criança expressa os sentimentos, aqueles que não têm palavras para
expressar e nem explicar. (OLIVEIRA. 2014, p. 59). Não obstante, cumpre destacar que o
teórico aplicou a metodologia em práticas pedagógicas durante seu estágio, e que as
crianças participantes conseguiram desenvolver os jogos, assim como, outras áreas de
aprendizagem. Outro importante referencial teórico que o projeto apresenta é Melo
(2010), que advoga em seu trabalho intitulado “A importância da ludicidade na educação
infantil”, como as atividades lúdicas colaboram para a formação social e na personalidade
das crianças. Para além disso, para Melo (2010), os jogos são métodos e estratégias que
criam a ludicidade, e que a ludicidade por sua vez é a responsável pelo processo de
aprendizagem das crianças do ensino infantil, afirmando também que “É de grande
importância trabalhar os jogos simbólicos, regrados e as atividades de recreação, para
que a linguagem socializada possa se transformar em um verdadeiro instrumento do
pensamento.” (MELO. 2010, p. 25).

MÉTODO

a) Durante uma semana ocorrera na escola X a Oficia de jogos matemáticos para o


ensino infantil. Essa oficina irá acontecer no período matutino com a presença de todas as
classes do ensino infantil e na presença dos professores e de outros agentes da escola.
b) Na segunda-feira, primeiro dia da oficina os alunos irão jogar a batalha naval, na terça-
feira dominó, na quarta-feira a loja de brinquedos, na quinta-feira e na sexta-feira os jogos
serão livres, podendo as crianças escolherem as atividades lúdicas que desejam
participar.
c) Para o jogo de batalha naval o professor deverá desenhar no quadro, ou, dividi-lo em
quadrantes, distribuindo em cada quadrado prêmios e objetos. Tal jogo ensinará ao aluno
a ter noções de espaço, geometria, contagem, trabalhar os conjuntos e desenvolver
estratégias.
d) Nos jogos de dominó os professores deverão colocar os alunos para jogar por pares,
ensinar a dinâmica do jogo para os alunos. O dominó terá como função aperfeiçoar os
cálculos matemáticos dos alunos.
e) Uma das brincadeiras ofertadas será a loja de brinquedos, nessa atividade os
professores irão pegar alguns brinquedos e colocar preços, os alunos irão comprar esses
brinquedos com suas notas de dinheiro feitas por eles mesmos durante a oficina. Esse
jogo tem como função possibilitar que os alunos aprendam mais sobre os valores, além
de auxiliar no desenvolvimento de cálculos matemáticos como adição e subtração.

CRONOGRAMA

Etapas do Projeto Período


1. Planejamento 15 dias.
2. Execução 5 dias.
3. Avaliação 1 dia.

RECURSOS
 JOGOS DE TABUELEIRO .
 JOGOS DE BATALHA NAVAL .
 DOMINÓ.
 NOTAS DE DINHEIRO (feitas pelas crianças).
 MESAS PARA OS ALUNOS SE ACOMODAREM NO PÁTIO DA ESCOLA DURANTE
OS JOGOS DE TABULEIROS, DOMINÓ.
 UM QUADRO PARA APRESENTAR A PONTUAÇÃO DE CADA ALUNO.
 BRINQUEDOS AVULSOS PARA QUE AS CRIANÇAS.

AVALIAÇÃO
A avaliação da atividade proposta se dará mediante ao preenchimento do formulário
abaixo pelo professor. Inicialmente deverá marcar os jogos dos quais cada aluno
participou, as perguntas elencadas abaixo serão respondidas com sim ou não. A ideia
principal da avaliação é mapear as dificuldades de cada criança, e assim possibilitar que o
professor possa criar novas intervenções visando a remediação dessas dificuldades
Quadro I – FOMULÁRIO AVALIATIVO

Quais jogos o aluno participou durante a Batalha naval ( )


oficina? Dominó ( )
Loja de brinquedos ( )
Todos os jogos ( )
O aluno conhece todos os números? SIM( )
NÃO( )
O aluno compreendeu o jogo proposto? SIM( )
NÃO( )
O aluno apresentou dificuldades? SIM ( )
Adição ( )
Subtração ( )
Divisão ( )
Multiplicação ( )
Todas as operações ( )
O aluno manteve uma boa SIM( )
participação/socialização nas NÃO( )
atividades?

REFERÊNCIAS

BRASIL. Instituto Nacional De Estudos E Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira


(INEP). Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa): resultados nacionais Pisa
2018. FRASSON, Fernanda; LABURÚ, Carlos Eduardo; DE FREITAS ZOMPERO,
Andréia. Aprendizagem Significativa Conceitual, Procedimental E Atitudinal: Uma
Releitura Da Teoria Ausubeliana. Revista Contexto & Educação, v. 34, n. 108, p. 303-318,
2019. FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: um reencontro com a Pedagogia do
oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992 GAUTHIER, C. et al. Por uma teoria
pedagógica: pesquisa contemporâneas sobre o saber docente. Trad. de Francisco
Pereira. 2. ed. Ijuí: Unijuí, 2006 MARIA DA CONCEIÇÃO, F. R. Educação Matemática de
Jovens e AdultosEspecificidades, desafios e contribuições. Autêntica, 2016. MEC. Base
nacional comum curricular. 2018. MEC-Secretaria de Educação Fundamental.
INTRODUÇÃO AOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS, terceiro e quarto
ciclos do Ensino Fundamental. Brasília: 1998. NOVA ESCOLA. O que é indisciplina? , n.
226, p. 1-6, 1 outubro 2009. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/1696/o-
que-e-indisciplina acessado em: 01 de Mar de 2021 OLIVEIRA. Nelson Vander. A
PRESENÇA DE JOGOS MATEMÁTICOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Joinville 2014.
Instituto De Ensino Superior Santo Antônio – INESA curso de licenciatura em pedagogia.
Disponível em . Acesso em 20 de out de 2021. PERRENOUD, Philippe. Pedagogia
diferenciada. Porto Alegre: Artmed, 2000. ROQUE, Tatiana. História da matemática.
Editora Schwarcz-Companhia das Letras, 2012. TARDIF, Maurice. Saberes Docentes e
Formação Docente. Petrópolis: Vozes, 2002. MELO, Raquel Pessoa de. A
IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL. 2010. Disponível em .
Acesso em 10 de out de 2021.

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