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26/12/2023, 11:44 Descomplica

Arquitetura de protocolo IP

I ntrodução

O protocolo IP é um serviço de transferência de dados que aplica


regras de melhor esforço. Os datagramas não têm conexão e não
são confiáveis. Melhor esforço significa que o protocolo IP não fornece
nenhuma forma de verificação ou verificação de entrega, nem fornece
monitoramento de erros.

É de conhecimento geral, que a confiabilidade não é garantida ao usar o


protocolo IP. O protocolo faz todo o possível para levar os pacotes do
remetente ao destinatário, mas não há garantia de que isso seja feito com
perfeição. (BARRETO; ZANIN; SARAIVA, 2018, p.110).

Desta forma, nesta aula vamos trabalhar como o protocolo TCP/IP e


sobre a sua confiabilidade e a integridade nas transações de
comunicação sendo consideradas muito importantes, o protocolo IP deve
ser combinado com outro protocolo confiável, como o protocolo TCP.

Objetivos da aula

• Conhecer o protocolo IP e seu datagrama;

• Compreender a necessidade de evolução do IPV4 para o IPV6;

• Compreender como é o processo de endereçamento do computador e


perdendo dIPV4: Endereçamento;
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• Compreender a necessidade e o funcionamento das Sub-redes.

Resumo

O protocolo IP e seu datagrama

De acordo com Internet Protocol (IP) é o mecanismo de comunicação


usado por todas as máquinas conectadas a uma rede usando o protocolo
TCP/IP para transferir dados. Segundo Fourozan e Fergan (2008 apud
Barreto e Zanin e Saraiva 2018, p.110), no protocolo TCP/IP, o protocolo
IP reside em uma camada denominada camada de rede, conforme
apresenta a figura a seguir:

Figura 1: Posição do protocolo IP dentro dos protocolos TCP/IP

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Fonte: Adaptada de Fourozan e Fergan (2008, p. 204 apud Barreto e Zanin e Saraiva 2018, p.110).

Com o protocolo IP, cada datagrama é processado individualmente e


pode seguir caminhos diferentes até encontrar o destinatário. Isso significa
que os datagramas enviados pelo mesmo remetente podem chegar ao
destinatário fora de ordem. Além disso, alguns datagramas podem ser
perdidos, modificados ou corrompidos durante uma transação.
Novamente, a solução é usar um protocolo mais seguro e de maior
qualidade em combinação com o protocolo IP.

Figura 2: Datagrama do protocolo IP

Fonte: Adaptada de Fourozan e Fergan (2008, p. 205 apud Barreto, Zanin e Saraiva 2018, p.112).

Um datagrama é um pacote de comprimento variável que consiste em


duas partes: um cabeçalho e dados. O cabeçalho deve ter de 20 a 60
bytes e conter informações básicas sobre como o pacote deve ser

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roteado e enviado. Ao usar o protocolo TCP/IP, os cabeçalhos geralmente


aparecem em seções divididas em blocos de 4 bytes. (BARRETO;
ZANIN; SARAIVA 2018, S.111).

IPV4 e IPV6

O elemento que mantém a Internet unida é o protocolo da camada de


rede conhecido como Protocolo de Internet (IP). O protocolo foi
desenvolvido desde o início para conectar redes entre si. Porque, como já
sabemos, a Internet é apenas uma grande rede formada pela interligação
de todas as redes menores existentes. (BAY; BLUNING 2016, p.101).

Atualmente existem duas versões do protocolo IP, versão 4 e versão 6.


Entre as versões, primeiro destaque a versão 4. Isso ocorre porque é
amplamente distribuído e usado. O protocolo IP versão 4 pode ser
encontrado em todos os hosts conectados à rede. Sem eles, seria
impossível realizar qualquer tipo de comunicação ou troca de dados entre
dois ou mais dispositivos conectados.

Embora esta versão 4 esteja em uso há muitos anos, o rápido


crescimento da Internet e o uso indevido desse protocolo atingiram
rapidamente seus limites no que diz respeito à atribuição de endereços
aos hosts dentro da rede. Todos os novos hosts para a Internet. A partir
disso, podemos concluir que este protocolo atingiu seus limites. (BAY;
BLUNING 2016, p.102).

Como a estrutura da Internet (rede) continuou a se expandir e novos


dispositivos foram conectados à rede todos os dias, tornou-se necessário
realizar o desenvolvimento de novos protocolos para atender à
necessidade de alocação de novos hosts. (Bay; BLUNING 2016, p.102)

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Chamado de protocolo IP versão 6, esse novo protocolo oferece um


potencial de crescimento virtualmente ilimitado para as redes existentes.
Desde o seu lançamento, foi realizado um processo de migração da
versão 4 para a versão 6. Esse processo é gradativo para que todos os
provedores de serviço (provedores de internet) e provedores de conteúdo
(portais) possam fazer as mudanças necessárias sem que seus serviços
ou clientes sofram com falta de conectividade ou informação.

Quadro 1: Comparativo entre IPv4 e IPv6

Fonte: Adaptado de Muniz et al. (2017, p. 533).

Portanto, nesse processo de transição, que ocorre há anos, nem todo o


conteúdo existente na Internet atualmente roda na versão 6 do protocolo.
Essa pilha de protocolo duplo será usada até que todos os serviços e
conteúdo estejam 100% versão 6.

IPV4: Endereçamento

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Como vimos, dentro de uma rede de computadores, todo dispositivo, todo


ativo de rede, precisa de um IP para se comunicar com outro ativo,
encaminhar pacotes ou gerar pacotes. Os endereços IP são responsáveis
​pela sincronização entre os hosts no sentido de que ambos estejam
próximos um do outro no sentido lógico da rede para que possam se
comunicar. (BAY; BLUNING 2016, p.105).

Portanto, todo ativo de rede deve ter uma interface de rede lógica ou
física. Essa interface de rede é o limite entre o próprio host e a camada de
rede, transferindo todos os dados gerados por esse host para a mídia
física anexada. (BAY; BLUNING 2016, p.105).

O endereçamento é muito básico para redes de computadores, e desta


forma, vada endereço IP tem 32 bits (equivalente a 4 bytes). Portanto, há
um total de 232 endereços IP possíveis. Isso é cerca de 210 vezes 103 e
é fácil ver que existem cerca de 4 bilhões de endereços IP possíveis.

Esses endereços são escritos em notação decimal com pontos. Neste


caso, cada byte do endereço é escrito em formato decimal e separado
dos demais bytes do endereço por um ponto. Por exemplo, considere o
endereço IP 193.32.216.9. 193 é o número decimal correspondente aos
primeiros 8 bits do endereço. 32 é o equivalente decimal do segundo
conjunto de 8 bits no endereço. Portanto, a representação binária do
endereço 193.32.216.9 é

11000001 00100000 11011000 00001001

Assim, conforme apresenta Kurose (2010; (BAY; BLUNING 2016, p.105),


cada interface de cada host, roteador ou outro ativo de rede precisa de um
endereço IP para poder se comunicar com outros dispositivos. No
entanto, adicionar IPs a uma interface não pode ser aleatório.

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É importante que seja respeitada a sub-rede à qual o host está atribuído,


pois ao contrário dos endereços Ethernet, os endereços IP são
hierárquicos. Cada endereço de 32 bits consiste em uma porção de rede
de comprimento variável nos bits altos e uma porção de host nos bits
baixos.

A parte da rede tem o mesmo valor para todos os hosts em uma rede.
Isso significa que uma rede é um bloco contíguo de espaço de endereço
IP. Esse bloco fixo de endereços comum a todos os hosts é chamado de
prefixo. Endereços de rede são geralmente números de 32 bits escritos
em notação decimal com pontos. Portanto, cada um dos 4 bytes é escrito
em notação decimal de 0 a 255. O prefixo é escrito com o endereço IP
mais baixo no bloco de endereços.

O comprimento do prefixo é determinado pelo número de bits na parte da


rede. Os bits restantes fazem parte do campo do host e podem variar.
Isso significa que o comprimento do endereço deve ser uma potência de
2. Por convenção, escreva o prefixo seguido de uma barra, seguido do
comprimento em bits da máscara de rede. (BAY; BLUNING 2016, p.107).

A principal vantagem adicional de usar prefixos de rede é fornecida aos


roteadores que só podem encaminhar pacotes com base neles. A última
parte, aquela endereçada ao host, é irrelevante para os roteadores, pois
eles devem atribuir todos os hosts usando o mesmo prefixo.

Sub-redes

Observe que, de tudo o que discutimos até agora, todos os dispositivos


conectados a uma rede devem ter endereços conectados diretamente à
rede ou sub-rede. Uma sub-rede é apenas uma rede dividida em vários
pedaços onde cada fragmento dessa divisão produziu uma nova rede,

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não importando quantas vezes a rede original foi dividida. (BAY; BLUNING
2016, p.110).

Esse conceito de sub-redes surgiu da necessidade de armazenar


endereços de rede. Uma rede pode criar várias outras redes, portanto,
essas redes diferentes podem ser distribuídas em locais diferentes sem
desperdiçar endereços IP. Conecte sua rede a um ou dois hosts. Dessa
forma, você pode dimensionar corretamente com base no número de IPs
necessários e criar uma sub-rede que atenda à demanda certa sem
sobrar muitos IPs nessa rede.

Se você tem uma rede e decide subdividi-la, não é necessária a


aprovação da ICANN ou de qualquer outra organização, pois o bloco ou a
rede permanecem os mesmos. Em outras palavras, mesmo que você
subdivida sua rede, a sensação de direcionar o tráfego permanece a
mesma. Assim as alterações só terão efeito dentro da rede local e o split
na verdade tem o efeito programado de isolar o tráfego entre as redes
criadas e não permitir o acesso direto entre as sub-redes, mas sim realizar
a transmissão, usamos o mesmo meio físico para armazenar seus dados.
(BAY; BLUNING 2016, p.110).

Uma máscara de sub-rede deve ser usada para obter a divisão em sub-
redes. Isso faz a divisão entre números de rede e sub-redes e hosts.
Essas máscaras de sub-rede também são escritas em notação decimal
com pontos, com uma barra vertical adicionada, seguida pelo número de
bits na rede e a parte da sub-rede. A máscara de rede de uma sub-rede
pode ser 255.255.252.0 ou outra notação /22 para indicar que a máscara
de sub-rede tem 22 bits de comprimento [...].(BAY; BLUNING 2016,
p.110).

Essa subdivisão da rede é fundamental para um bom planejamento e


construção da rede com o intuito de não desperdiçar endereços IP. O

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particionamento de rede é feito de forma com que seja a primeira rede


que conhecemos até agora, 192.168.1.0/24, tem 256 endereços, 254 dos
quais estão disponíveis para hosts. Divida esta rede em 6 novas sub-
redes com 30 hosts cada. (BAY; BLUNING 2016, p.110). A primeira etapa
na subdivisão é determinar se a rede principal suportará essa nova rede.
Para fazer isso, descubra quantos endereços IP você precisa para
construir esta rede.

Observe que cada nova rede tem um endereço de rede e um endereço


de broadcast, portanto, 32 endereços IP são emitidos para cada nova
rede. Então 32 x 6 = 192 e precisamos de 192 endereços. Nossa rede
principal suporta 254 endereços, portanto, a primeira suposição sobre a
disponibilidade de IP é feita pela rede principal. (BAY; BLUNING 2016,
p.110).

Após verificar a disponibilidade da rede principal, execute os cálculos de


rede para a nova máscara de rede. Para ajudar a priorizar os requisitos de
nível de PC, considere o diagrama a seguir para ajudar a identificar os
bits. (BAY; BLUNING 2016, p.110).

Figura 3: Octetos De Endereço Ipv4

Fonte: Bay e Bluning (2016, p.111).

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Com base na imagem, sabemos que precisamos de pelo menos 32


endereços IP para cada nova rede (30 para hosts, 1 para rede e 1 para
transmissão), portanto, decida qual das opções existentes melhor atende
às suas necessidades. Com base nessa analogia, podemos mapear uma
rede de 32 IPs em três possibilidades.

128, 64 ou 32. Porém, tendo em vista os conceitos já discutidos, se é a


melhor escolha para economizar IPs, ou a melhor escolha para não
desperdiçá-los, qual seria a melhor para nossa situação?32 opções
válidas. Portanto, essas novas redes estão separadas por 32 endereços.
(Bay; BLUNING 2016, p.111).

Agora que sabemos onde atribuir a nova máscara de rede, vamos fazer
as contas. Anteriormente, a rede principal consistia em uma máscara de
rede de 24 bits, ocupando 3 dos 4 octetos. Para subdividir esta rede, a
nova máscara ocupa alguns bits no último octeto. Portanto, adicione o
valor de ocupação deste último octeto ao valor atual da máscara para
encontrar a nova máscara de rede. (BAY; BLUNING 2016, p.112).

Nossa máscara atual /24 é 255.255.255.0 , mas como escolhemos 32


acima, sabemos que o último octeto usa 3 bits. Ou seja, são marcados
com os bits 1 até o valor 32. A elipse amarela, então 24 + 3 = 27. A nova
máscara de rede é /27 ou 255.255.255.224 (lembre-se de que 224 é a
soma de 128+64+32).

Cada uma dessas sub-redes agora pode ser identificada pela máscara de
rede identificada e pelo número de hosts em cada nova sub-rede.
Observe que um valor de 0 (zero) conta como um endereço de rede.

É assim que a tabela de rede é organizada. Começando com o endereço


de rede, sempre adicione 32 para identificar a próxima rede, subtraia 1 do
valor inicial da próxima rede para obter o endereço de broadcast da rede

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anterior e identifique-a como a próxima rede. visível da mesa. ((Bay;


BLUNING 2016, S.112):

Figura 4: Endereços de Rede

Fonte: Bay e Bluning (2016, p.112).

Com base nesta tabela que criamos, não só conseguimos atender às


nossas necessidades iniciais de 6 novas sub-redes, como também
criamos mais 2 novas sub-redes para um total de 8 sub-redes baseadas
na rede principal. (BAY; BLUNING 2016, p.112).

Conteúdo bônus

Tópicos avançados

Do IPv4 para o IPv6, mas o que vem depois?

Saímos, ou melhor, estamos tentando sair do limitado IPv4 para o robusto


e longo IPv6 e assim pretendemos resolver durante séculos a demanda
por endereços IP, mas a indústria acredita que esse não é o único
problema.

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De acordo com Dias (2021), vários players do setor estão participando de


discussões sobre mudança, inovação e transformação na Internet. São
provedores de conteúdo, provedores de serviços de internet,
desenvolvedores profissionais de navegadores, fabricantes de máquinas
e dispositivos, pesquisadores e até usuários de internet. Em suma,
alguém que é especialista em tudo o que faz e conhece o procedimento
ou como usá-lo. Na verdade, esses personagens estão sempre
identificando áreas de melhoria.

Então pergunto: o que virá a seguir?

Disponível em: <https://www.ispblog.com.br/2021/01/04/reflexoes-sobre-a-


proposta-de-um-novo-sistema-de-protocolo-ip-para-o-itu-t/> Acesso em
01/02/2023.

Observação: Este conteúdo não será cobrado nas avaliações e estará,


obrigatoriamente, presente nas videoaulas. Fique tranquilo(a)!

Referência Bibliográfica

BARRETO, Jeanine dos Santos; ZANIN, Aline; SARAIVA, Maurício de


Oliveira. Fundamentos de redes de computadores. – Porto Alegre:
SAGAH, 2018.

BAY; Edemilson; BLUNING, Paulo Henrique. Fundamentos de redes de


computadores. UNIASSELVI, 2016.

MUNIZ, Angelo Henrique Alves.... [et al.]. Estudo de Caso Transição do


Protocolo IPv4 para IPv6. Revista Gestão em Foco - Edição nº 9 – Ano:
2017. Disponível em: < https://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-
https://aulas.descomplica.com.br/pos/mba-em-seguranca-da-informacao-54164c/turma/networking-essentials-461344/aula/arquitetura-de-prot… 12/13
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content/uploads/sites/10001/2018/06/055_estudo8.pdf> Acesso em:


31/10/202

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