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SINTÉTICAS X

ESSENCIAIS X
MOLÉCULAS

SINTÉTICAS
ESSÊNCIAS

aroma
ÓLEOS
Licenciado para - Ana Jéssica Soares Vale - 05052430329 - Protegido por Eduzz.com
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ÓLEOS ESSENCIAIS X
MOLÉCULAS SINTÉTICAS X ESSÊNCIAS SINTÉTICAS
Como as características naturais ou artificiais dos aromas nos afetam? Já foi provado cientifica-
mente que as moléculas sintetizadas em laboratório são estruturalmente idênticas às moléculas extraídas
de plantas. Por que então utilizar óleos essenciais puros e naturais?
Para responder a essas dúvidas, iremos aprofundar alguns conceitos e definir as características en-
contradas em um óleo essencial extraído de uma planta e uma essência sintética fabricada em laboratório.
O óleo essencial é composto por dezenas a centenas de moléculas naturais, cada uma delas com
especificidades diferentes. E o conjunto das bioatividades de cada uma dessas moléculas irá definir as inú-
meras propriedades terapêuticas de um óleo essencial (VISHWA AROMA, 2021).
O óleo essencial de lavanda, por exemplo, muito conhecido por suas propriedades calmantes e se-
dativas, é composto por várias moléculas em concentrações diferentes. Uma delas é a molécula de linalol,
da família química dos álcoois monoterpênicos, que apresenta propriedade antisséptica, antimicrobiana,
larvicida, anestésica, relaxante nervosa e sedativa (WOLFFENBÜTTEL, 2019 p.41). No entanto, essa é
apenas uma das tantas moléculas que compõem a diversidade molecular deste óleo essencial, que também
é composto por ésteres terpênicos como, acetato de linalila e acetato de lavandulila, com bioatividade
sedativa, calmante, ansiolítica. Ainda existem outros diferentes monoterpenos presentes na composição
aromática final deste óleo essencial, cada um deles com suas propriedades específicas. Essa diversidade mo-
lecular é o que determina o amplo espectro da bioatividade da lavanda e justifica o uso de um mesmo óleo
essencial para cuidar de diferentes questões de saúde.
Desta forma, entende-se que todas as moléculas presentes no óleo essencial de lavanda constituem
suas ações terapêuticas, com uma amplitude terapêutica muito maior se comparado a molécula isolada
de apenas um de seus componentes, mesmo que seja um dos principais responsáveis pela bioatividade do
óleo essencial.

De acordo com Baudoux (2018 p.27), pode-se chamar de essência um extrato obtido pela
prensagem mecânica a frio da casca de frutas do gênero Citrus, como a laranja e a bergamota,
por exemplo. Essência seria, portanto, o extrato prensado de um cítrico. Porém, no Brasil, esse
conceito não é habitual e pode inclusive ser um fator de confusão, pois frequentemente se usa o
termo essência para designar aromas sintéticos, diferenciando-os dos óleos essenciais naturais. E,
se denomina óleo essencial todo produto volátil de origem vegetal.

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No caso de uma molécula sintética, produzida em laboratório para uso farmacológico, ela é uma
cópia da molécula natural encontrada nas plantas medicinais e aromáticas. As essências, que, em geral, são
fragrâncias compostas por moléculas sintéticas, ao contrário dos óleos essenciais, não possuem a mesma
eficácia quanto a sua ação terapêutica. Elas proporcionam benefícios de bem-estar simplesmente por meio
do seu aroma agradável, no entanto, não terão bioatividade completa contidas nos óleos essenciais, como
antibacterianas, antifúngicas, antivirais e antissépticas, por exemplo (WOLFFENBÜTTEL, 2019 p.10).
E mesmo que a molécula sintética tenha a possibilidade de promover alguma ação terapêutica tal
qual a molécula natural original, existem outros pontos a serem observados. A diferença entre um óleo
essencial extraído de plantas aromáticas e uma molécula sintética não se resume apenas à sua bioatividade,
mas também ao tempo de ocupação dos receptores olfatórios e aos mecanismos de metabolização e elimi-
nação desta molécula do organismo.
Segundo Schnaubelt (2011 p.70), quando nossas células entram em contato com moléculas sin-
téticas, poderá ocorrer um processo alérgico, com aumento da produção de histamina1 para expulsar as
substâncias estranhas. Isso acontece porque o organismo não reconhece estas moléculas, nossas células
não estão adaptadas a elas, e por essa razão, não conseguem metabolizá-las e eliminá-las de uma forma sau-
dável. Por isso, quando pensamos em utilização de óleos essenciais para Aromaterapia é muito importante
a escolha de um produto de boa qualidade e 100% natural, garantindo a efetividade das ações terapêuticas
de cada óleo essencial, além de evitar efeitos indesejáveis, como alergias e irritações.
Além da diferença em termos de ações terapêuticas, um contraste bem evidente em relação aos
óleos essenciais e as essências é o custo, como no caso das rosas: enquanto um frasco de 3ml de absoluto
de rosa damascena custa cerca de R$ 500,00, um frasco de 10ml de essência sintética de rosas pode ser
encontrado a R$ 20,00.
Os custos dos óleos essenciais de boa qualidade são elevados devido à complexidade envolvida e aos
grandes volumes de massa vegetal envolvidos em sua extração. Considerando todo o investimento desde
o plantio, manutenção das plantas, colheita, processamento, armazenamento dos óleos e logística de dis-
tribuição, são necessários muitos recursos para manter a qualidade deste processo e do produto. Muitas
essências sintéticas, possuem apenas a molécula majoritária do aroma de um óleo essencial, o restante pode
ser veículo obtido de subproduto do petróleo, como propilenoglicol por exemplo. Portanto, desconfie de
óleos essenciais com valores muito baixos.

1
Histamina - É uma substância liberada pelo sistema imune que é responsável pelos sintomas de inchaço e irritação presentes
em alergias.

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PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE


ÓLEOS ESSENCIAIS E ESSÊNCIAS SINTÉTICAS

ÓLEOS ESSENCIAIS ESSÊNCIAS SINTÉTICAS

ambos são aromáticos

artificiais, produzidas em
naturais,
laboratório, com adição de
de origem vegetal
substâncias petrolíferas

apresentam ampla apresentam estruturas


complexidade química químicas mais simples

possuem diversas
propriedades terapêuticas, suas propriedades
como antissépticos, terapêuticas, quando
analgésicos, moduladores presentes, são muito restritas
do sistema nervoso, etc.

são facilmente reconhecidos e com maior frequência, podem


metabolizados pelo organismo, causar reações adversas como
diminuindo a chance de ter náuseas, dor de cabeça e
reações adversas irritação na pele

seu aroma rapidamente evapora seu aroma é persistente, pois


devido as moléculas aromáticas possuem adição de fortes
naturais serem voláteis fixadores sintéticos

tem custo elevado tem baixo custo

Fonte: Vishwa Aroma, 2021.

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REFERÊNCIAS

1. Baudoux, Dominique. O grande manual da aromaterapia de Dominique Baudoux - 1ª ed.


Belo Horizonte: Editora Laszlo, 2018. 673p.

2. Wolffenbüttel, A. N. Base da química dos óleos essenciais e aromaterapia. abordagem téc-


nica e científica - 3ª ed. Belo Horizonte, MG: Editora Laszlo, 2019. 465p.

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MOLÉCULAS SINTÉTICAS X
ESSÊNCIAS SINTÉTICAS
ÓLEOS ESSENCIAIS X

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